Inúmeras tarefas a realizar, compromissos marcados, prazos a cumprir, mas a concentração não colabora. O tempo vai passando e a dispersão fica cada vez maior. Você já passou ou presenciou alguma situação assim? A dificuldade de concentração é um dos sintomas psiquiátricos comuns em pacientes com diferentes perfis. Ela se caracteriza pela existência de problema para se focar em atividades cotidianas e pela consequente frustração por não completá-las.
Esse problema atinge de adultos a crianças e pode ter desdobramentos sérios na vida dos indivíduos que sofrem com a dificuldade de concentração, podendo impactar a carreira e as relações interpessoais. Leia o artigo e saiba mais sobre esse sintoma psiquiátrico.
Como tratar a dificuldade de concentração?
Quem tem problemas de concentração apresenta dificuldade para se focar até mesmo nas simples tarefas do dia a dia. Algo que é feito naturalmente e rapidamente por alguém com facilidade de concentração demanda um esforço descomunal de pessoas que não se concentram tão facilmente.
Para amenizar esse sintoma, é possível adotar medidas comportamentais, como organizar a rotina por meio de agendas, checklists e aplicativos, evitar a procrastinação, se alimentar de forma saudável, ter um sono de qualidade e eliminar distrações. Além disso, é fundamental buscar auxílio profissional para entender a origem da desatenção.
Quais as causas da dificuldade de concentração?
Pode acontecer por causa de diferentes motivos, incluindo anemia, deficiências hormonais, depressão, estresse, tensão, fadiga, sobrecarga de trabalho, problemas emocionais e pessoais, ansiedade e transtorno de déficit de atenção com hiperatividade. Para tratar a dificuldade de concentração, é essencial conhecer os motivos que levam o indivíduo a ser pouco concentrado.
E quando a baixa concentração acontece desde criança?
A falta de concentração desde a infância normalmente é um sintoma ligado ao transtorno do deficit de atenção com hiperatividade (TDAH), que está relacionado a uma criança muito agitada, impulsiva e/ou distraída. Nem toda criança ativa e desatenta tem TDAH! Nesse tipo de transtorno, a baixa atenção, hiperatividade e/ouimpulsividade interferem significativamente na vida e no desenvolvimento da pessoa, podendo gerar, inclusive, dificuldades de aprendizagem.
Uma criança pode ser desatenta somente porque não foi ensinada a eliminar os múltiplos distratores num momento que precisa focar em uma única direção ou intenção (p.ex.: fazer a lição de casa e ter que desligar a TV). Rotinas como essa interferem muito na possibiidade de direcionar a atenção para algo, que nem sempre é muito pazeroso, e confundir com transtornos reais do neurodesenvolvimento. Neste sentido, é importante destacar a importância da psicoeducação das crianças e dos seus cuidadores.
Por que há tantos adultos desatentos?
Já reparou o quanto alguns adultos são distraídos e perdem o foco com facilidade? A baixa concentração definitivamente não é um sintoma exclusivo de crianças com TDAH. Problemas pessoais e emocionais podem produzir efeitos como a desatenção excessiva. Todas as exigências e responsabilidades da fase adulta, problemas como o desemprego repentino, morte de pessoas queridas, preocupação com decisões a serem tomadas, separação conjugal e outros fatores podem resultar na falta de atenção.
Um momento de dor pode ser associado à dificuldade de se focar nas tarefas. Ainda bem que é possível obter ajuda psicológica e/ou psiquiátrica para superar a fase dolorosa e a dificuldade de concentração. Quando o sofrimento vai embora, a tendência é que o problema de falta de foco acabe ou, pelo menos, seja minimizado.
A falta de concentração ou desatenção é um sintoma complexo que vai além do TDAH, afetando indivíduos de diversas maneiras. Embora o TDAH seja um transtorno conhecido associado à desatenção, é importante reconhecer que ela também pode ser resultado de outros fatores, como depressão, ansiedade, anemia, deficiências hormonais e deficiências de vitaminas. Identificar a raiz da falta de concentração é essencial para um tratamento eficaz, pois diferentes causas requerem abordagens distintas. As opções de tratamento podem incluir medicamentos, terapia, modificações no estilo de vida e cuidado das condições médicas ou de saúde mental subjacentes. Além disso, pessoas destentas podem se beneficiar de estratégias de como lidar com a falta de concentração com o objetivo de melhorar o foco, promover o bem-estar mental e desenvolver um sistema de apoio sólido. Ao compreender a natureza multifacetada da desatenção e suas diversas causas, podemos fornecer apoio abrangente e personalizado para aqueles que experimentam esse sintoma.
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Quer saber mais sobre dificuldade de concentração? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!