Fibromialgia / Dra Aline Rangel

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A anedonia é um estado difícil de se explicar a quem nunca o experimentou. É como se as cores da vida desaparecessem, deixando para trás um vazio frio e sombrio. A incapacidade de sentir prazer em atividades que costumavam nos alegrar é avassaladora. Eu estava presa nesse labirinto emocional, perdidoa em uma busca desesperada por uma saída. No entanto, posso dizer que não só encontrei uma saída, mas também aprendi a sentir novamente.

Um Mundo Cinza

A anedonia transformou meu mundo em uma paleta de cinzas. E não eram “50 tons de cinza”… Coisas que antes me enchiam de alegria e satisfação, como passear no Horto, ouvir música e socializar, tornaram-se tarefas vazias e sem sentido. Cada dia era uma batalha contra a apatia e a indiferença que se apoderaram de mim. Eu me perguntava se algum dia voltaria a sentir a alegria e a emoção que outros pareciam desfrutar tão facilmente.

O Caminho da Recuperação

Minha jornada para superar a anedonia foi longa e desafiadora. Inicialmente, foi difícil aceitar que eu estava enfrentando esse problema. A negação me cegava para a realidade, tornando ainda mais difícil buscar ajuda. No entanto, reconhecer que precisava de suporte foi o primeiro passo para a cura.

Buscar Ajuda Profissional

Buscar a orientação do psiquiatra foi fundamental para minha recuperação. A Aline me ajudou a compreender as causas subjacentes da minha anedonia e a desenvolver estratégias para enfrentá-la. As consultas  me proporcionaram um espaço seguro para explorar meus sentimentos e preocupações, e, juntas, íamos descobrindo técnicas para lidar com os desafios emocionais. Embora eu negue até hoje para a maioria das pessoas, tomar o antidepressivo foi essencial pra minha recuperação.

Reconectar com a Vida

Ao longo do processo de tratamento, percebi que precisava me reconectar com a vida e redescobrir o que me trazia felicidade. Embora no início fosse difícil encontrar prazer em atividades cotidianas, aprendi a valorizar os pequenos momentos que me traziam alguma alegria, como apreciar a beleza da natureza (eu me forçava pegar o carro e ficar no estacionamento de um parque) ou saborear uma refeição deliciosa, ainda que sozinha e pedindo por delivery.

Aceitar as Emoções

Uma das lições mais importantes que aprendi foi que é normal ter altos e baixos emocionais. Aceitar minhas emoções, mesmo as mais difíceis, foi um passo essencial para aprender a sentir novamente. Em vez de lutar contra meus sentimentos, aprendi a acolhê-los e a permitir que fluíssem naturalmente.

Conforme eu progredia no meu tratamento, gradualmente, comecei a redescobrir a alegria em minha vida. As cores começaram a voltar ao meu mundo, e as atividades que antes pareciam sem graça ganharam vida novamente. Encontrar propósito e significado em minhas experiências diárias tornou-se uma bênção.


Superar a anedonia não é uma tarefa fácil, mas é possível com paciência, autoaceitação e apoio profissional. A jornada de recuperação é única para cada pessoa, mas é importante lembrar que não estamos sozinhos nessa luta. Com o devido cuidado e determinação, é possível aprender a sentir novamente e redescobrir a beleza da vida. Se você também está enfrentando a anedonia, saiba que há esperança e ajuda disponível para você. O primeiro passo é buscar o apoio adequado e permitir-se a oportunidade de cura e crescimento emocional. Acredite em si mesmo(a) e no poder de superar os desafios que a vida apresenta. A alegria pode estar à sua espera, apenas aguardando ser redescoberta.

*Obrigada, Hanna, por me permitir fazer minhas suas palavras!


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Anedonia é a dificuldade ou incapacidade de uma pessoa em sentir prazer ou se motivar a realizar atividades que antes eram prazerosas. A anedonia como um sintoma, ou seja, como uma sensação sentida ou observada, é condição essencial para o diagnóstico do Transtorno Depressivo, juntamente com o humor triste, mas pode estar presente em outros transtornos psiquiátricos e condicões clínicas diversas. Infelizmente, muitas pessoas negligenciam o diagnóstico de depressão quando não há percepção de tristeza no paciente que está “gritando por ajuda”. Em geral, encontramos um indivíduo com o humor indiferente ou até irritado e, embora pareça funcional (trabalha, estuda, etc), tudo é feito com uma completa falta de prazer ou motivação, vitalidade e/ou percepção de recompensa – isso é a anedonia!

Classificação da anedonia

Como mencionado anteriormente, a anedonia é um sintoma e pode estar ligada a casos de depressão, depressão leve persistente (distimia), fibromialgia, fadiga crônica, esquizofrenia, etc. Ela pode ser classificada em dois tipos — social ou física. No primeiro, o paciente tem desinteresse no contato com a sociedade ou em realizar atividades com outras pessoas. Já no segundo, a pessoa apresenta uma incapacidade de sentir prazer no toque, contato íntimo ou em comer, por exemplo. Esta classificação é antiga em psiquiatria e tem mais uma finalidade didática.

Além de apresentar desinteresse em relação ao próximo, pacientes com anedonia têm indiferença em relação a si mesmo. O indivíduo parece estar emocionalmente vazio ou “congelado”, sem sofrer alterações de humor, independentemente do que aconteça ao seu redor. A disfunção ainda provoca uma sensação de desconexão com o mundo e eleva o risco de suicídio.

Tratamento da anedonia

Apesar da anedonia ser muito comum em pacientes com depressão, nem sempre uma pessoa deprimida apresentará o sintoma. De outra forma, ela pode estar presente em usuários de drogas e álcool, sobretudo durante as crises de abstinência, e também quem sofre de esquizofrenia, neurastenia. ou fadiga crônica, Mal de Parkinson, câncer, estresse pós-traumático, distúrbios alimentares e transtornos de ansiedade. Por se tratar de um sintoma e não um transtorno, pode ser tratada e curada. Na maioria dos casos, o tratamento tem como foco a doença base, como a depressão ou outra psiquiátrica.

A ajuda de um profissional especializado em saúde mental é fundamental para o tratamento desta condição. Numa consulta com um psiquiatra, por exemplo, o paciente poderá identificar as condições associadas  a esse sintoma, diagnosticar se existe um transtorno psiquiátrico associado, como a depressão. Se necessário, poderá ser prescrito medicamentos, como antidepressivos ou remédios direcionados para o problema psiquiátrico identificado.

Ainda, é importante se preocupar com a rotina da pessoa, incluindo boa alimentação, movimentar-se ou atividade física constante, sono regular e momentos de lazer. Técnicas de relaxamento e respiração, acupuntura e massagens também são alternativas recomendadas, pois ajudam a acalmar a mente, diminuindo os pensamentos negativos. Além disso, dão mais disposição e proporcionam a melhora da saúde como um todo.

É necessário “marcar hora” com as atividades que outrora lhe davam prazer. Fazer listas, um diário, registrar a emoção ou ausência desta na ocasião em que estiver vendo um perfil de série que goste, por exemplo, é uma técnica validada e recomendada, ainda que pareça “uma grande bobeira”. A ideia do tratamento é resgatar “as bobeiras da vida” também e reagir a elas.


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psiquiatra em São Paulo!


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Fevereiro Roxo é uma campanha de conscientização sobre a fibromialgia, uma condição de saúde que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A fibromialgia é uma síndrome de dor crônica que causa dores musculares, fadiga, insônia e outros sintomas. A campanha Fevereiro Roxo tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a fibromialgia, fornecer informações sobre a condição e apoiar aqueles que sofrem com ela. É importante reconhecer a fibromialgia como uma condição real e validar as experiências das pessoas que sofrem com ela, para que possam receber o tratamento e o apoio adequados.

O que é a Fibromialgia?

Embora ainda não haja uma compreensão completa da fibromialgia, estudos mostram que as pessoas com a condição experimentam níveis significativos de dor crônica, fadiga e outros sintomas. A dor associada à fibromialgia é considerada uma dor central, o que significa que é causada por problemas no sistema nervoso central e não por lesões ou doenças nas articulações ou músculos. No entanto, a dor é real e afeta seriamente a qualidade de vida das pessoas que sofrem com a condição. É importante que as pessoas com fibromialgia recebam o diagnóstico e o tratamento adequados para ajudá-las a gerenciar sua dor e melhorar sua qualidade de vida.

Fibromialgia e Preconceito

A dor crônica e a fadiga associadas à fibromialgia são sérias e podem afetar significativamente a qualidade de vida das pessoas. O sofrimento é real e, infelizmente, ainda há muito desconhecido sobre esta condição, o que pode levar a dúvidas e descrenças.

Infelizmente, ainda existe preconceito em relação a pessoas com fibromialgia e outras condições de dor crônica. Algumas pessoas podem duvidar da existência da fibromialgia e acreditar que é uma desculpa para seus sintomas ou uma condição mental, em vez de uma condição física real. Isso pode levar a discriminação no local de trabalho, na escola ou em outros aspectos da vida social e pode afetar significativamente sua capacidade de realizar tarefas diárias e sua qualidade de vida.

Como ajudar alguém com Fibromialgia

Se você está procurando ajudar alguém que tem fibromialgia, aqui estão algumas dicas que podem ser úteis:

  1. Compreenda a condição: Aprenda tudo o que puder sobre fibromialgia, incluindo sintomas, tratamentos e como a condição pode afetar a vida da pessoa.
  2. Seja compreensivo: As pessoas com fibromialgia enfrentam uma dor constante e fadiga, então seja compreensivo com suas limitações e ajude-as a gerenciar sua dor.
  3. Seja paciente: A fibromialgia pode afetar a capacidade da pessoa de realizar tarefas cotidianas, então seja paciente e ajude-as a completar tarefas se precisarem.
  4. Ofereça apoio emocional: A fibromialgia pode levar a depressão e ansiedade, por isso ofereça apoio emocional e incentive-os a procurar ajuda se precisarem.
  5. Respeite seus limites: A fibromialgia pode tornar as tarefas cotidianas difíceis, então respeite os limites da pessoa e ofereça ajuda quando precisar.
  6. Encoraje a busca de tratamento: Encoraje a pessoa a procurar tratamento e a trabalhar com seu médico para encontrar a melhor abordagem de tratamento para suas necessidades.

Tratamento da Fibromialgia

Não há um tratamento único que seja o melhor para todas as pessoas com fibromialgia. O tratamento é personalizado e depende das necessidades individuais de cada pessoa. O objetivo é ajudar a aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida.

No entanto, existem tratamentos e estratégias que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas com fibromialgia. Isso pode incluir medicamentos para dor, terapia física, terapia ocupacional, terapia comportamental e outras terapias. Além disso, mudanças no estilo de vida, como a prática de atividade física regular e a adesão a uma dieta saudável, também podem ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas com fibromialgia. Atenção: atividade física não é sinônimo de academia e/ou musculação e dieta saudável tampouco é igual a dieta restritiva. Movimente seu corpo.

É importante que as pessoas com fibromialgia trabalhem com seu médico e equipe de saúde para encontrar a melhor abordagem de tratamento para suas necessidades individuais. O apoio de familiares, amigos e outros membros da comunidade também pode ser extremamente valioso para as pessoas com fibromialgia, especialmente quando se trata de lidar com o impacto da condição na sua vida diária.

É importante lembrar que a fibromialgia é uma condição real e debilitante. As pessoas com fibromialgia merecem respeito e compaixão, e precisam de apoio e compreensão para lidar com sua dor e superar os desafios da vida cotidiana.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra e psicoterapeuta em São Paulo. Clique no botão abaixo e fale com a minha equipe!




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    Médica graduada na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro com Residência em Psiquiatria no Instituto de Psiquiatria Universidade Federal do Rio de Janeiro.


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