Todos / Dra Aline Rangel


15 de agosto de 2018 Todos

Embora quem fume encare o cigarro, muitas vezes, como algo inofensivo, é importante ressaltar que o tabagismo é muito perigoso para a saúde. Quem fuma tem 10 vezes mais chances de desenvolver um câncer de pulmão, 5 vezes mais chances de ter um infarto, enfisema pulmonar ou bronquite crônica, além de 2 vezes mais riscos de sofrer um derrame cerebral. O tabagismo é uma dependência física e psicológica que está relacionada a aproximadamente 60 doenças diferentes. E não para por aí! É responsável pela morte de mais de 7 milhões de pessoas todos os anos.

Nem todo fumante tem o mesmo perfil. Há fumantes que fumam por prazer, com o objetivo de obter a sensação imediata de satisfação, bem-estar e felicidade. Tem os que fumam em condições de estresse, para relaxar e aliviar as tensões. Nesse caso, o cigarro é uma forma de amenizar as preocupações e angústias. Existe também aquele fumante por hábito, o que adquiriu o vício ao longo do tempo e acende o cigarro sem nem mesmo se dar conta.

Não há um único padrão de pessoa que fuma, tanto que os fumantes são classificados por tipos, entre eles: fumante ativo, fumante passivo e fumante ocasional. Leia o texto e saiba mais sobre as principais características de cada um deles.

Fumante ativo

O fumante ativo é quem inala a fumaça do cigarro de maneira direta, ou seja, é a pessoa que realmente fuma. Esse tipo de fumante tem a dependência física e psicológica do tabaco.

De acordo com pesquisas recentes, estima-se que 2,8 bilhões de pessoas no mundo inteiro são fumantes ativos. Isso corresponde a cerca de 40% da população mundial. A grande maioria dos fumantes é composta por homens, mas o tabagismo também é significativo entre mulheres.

Fumante passivo

O fumante passivo é aquele que não fuma, mas está exposto ao fumo de outra pessoa, estando assim sujeito aos efeitos nocivos do tabaco. Quando um cigarro é aceso, aproximadamente 2/3 da fumaça é lançada no ambiente e afeta quem está em volta.

Todo aquele não-fumante que convive com fumantes em espaços fechados, absorve componentes cancerígenos e tóxicos presentes no tabaco, sem nenhum tipo de filtro, o que representa um sério risco para a saúde. Segundo a OMS, o tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo, ficando atrás apenas do tabagismo ativo e do alcoolismo.

Fumante ocasional

O fumante ocasional, como o próprio nome sugere, fuma em ocasiões específicas. Ele não é dependente do cigarro, mas, eventualmente, pode fumar, seja numa festa, numa balada, numa viagem.

Embora não seja viciado em tabaco, o contato esporádico com a nicotina pode fazer com que ele desenvolva a dependência no futuro. É um erro pensar que ele pode abandonar o cigarro facilmente a qualquer momento.

Você quer saber mais sobre o tabagismo? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



24 de julho de 2018 Todos

Muitas vezes a mitologia nos ajuda a entender o mundo e compreender as ações e relações humanas. Mais do que lendas, ilustrações e relatos fictícios sobre deuses e deusas heróicos, os mitos podem dizer muito sobre nós. Hoje, vamos saber mais sobre as características do cuidador à luz do mito de Quíron.

Quíron nasceu centauro, metade homem, metade cavalo. Seu lado humano falou mais alto do que a impulsividade e agressividade animal, tanto que ele se tornou um ser sábio, gentil e admirado por todos que o conheciam.

Certo dia ele foi atingido acidentalmente por uma flecha lançada por seu amigo Hércules. Quíron era imortal, mas não podia curar a si mesmo, sendo, portanto, obrigado a conviver eternamente com uma ferida incurável. Ele foi, então, condenado a viver em sofrimento, sacrificando sua plena felicidade e devotando sua vida apenas ao cuidado dos outros. Continue lendo o texto e descubra mais sobre a íntima relação entre as características dos cuidadores e o mito de Quíron.

Dedicação e zelo

Cuidar: ato de tratar, dar atenção, tomar conta, reparar, zelar por algo ou alguém. Quem cuida de outra pessoa, se preocupa com o bem-estar físico, emocional e psíquico desse indivíduo. Dedica-se e se doa para que o outro se sinta bem. Essa é uma das principais características do cuidador.

Quíron desenvolveu muitas habilidades e aprendeu conhecimentos valiosos sobre música, arte, ética, filosofia e, até mesmo, terapias curativas. Não é à toa que se tornou um hábil curador. Quando adulto, ele se transformou em sábio, mestre, profeta e médico, que ajudava a todos os necessitados e transmitia voluntariamente seus conhecimentos a todos que estivessem dispostos a aprender. Entretanto, suas feridas permaneceram ali, pois quem cura nem sempre consegue curar a si mesmo.

Empatia

Outra característica marcante do cuidador é a empatia. Os bons cuidadores geralmente têm a capacidade de se colocar no lugar do outro e compreender a dor alheia. Por isso, eles tratam como gostariam de ser tratados: com afeto, respeito, gentileza e solidariedade.

Quíron foi abandonado cedo, seu pai fugiu e sua mãe o rejeitou. Ele tinha tudo para se revoltar, mas foi acolhido e cuidado pelo pai adotivo Apolo. Isso fez com que ele se tornasse um ser empático. Por meio de suas próprias dores, ele passou a entender melhor a dor de terceiros.

Humanidade e vulnerabilidade

Cuidadores são humanos. Assim como as pessoas que eles cuidam, eles também sofrem e merecem cuidados. Vale destacar que o cuidador também possui dores e feridas, no corpo e na alma, assim como Quíron.

Não é fácil cuidar de alguém que padece, não é simples zelar por um doente e estar sempre bem para confortar e tratar um enfermo. A necessidade de permanecer forte e jamais se mostrar vulnerável pode trazer impactos negativos para saúde física e mental do cuidador.

É desafiador ter que lidar com as responsabilidades profissionais e conciliar os compromissos do trabalho com as tarefas pessoais. Infelizmente, muitas vezes o cuidador deixa o próprio eu de lado em prol do outro.

É necessário encontrar o equilíbrio para que o bem-estar do cuidador não seja abalado, até porque, a saúde dos cuidadores precisa estar em dia para que eles desempenhem suas atividades com qualidade.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



24 de julho de 2018 Todos

A relação entre médico e paciente deve ser baseada em uma interação que envolve respeito, responsabilidade e confiança de ambas as partes. Como qualquer relação humana, ela não está livre de desafios e dificuldades, por isso, é importante buscar melhorá-la continuamente.

Infelizmente a relação médico-paciente tem se tornado cada vez mais fria, superficial e impessoal, o que faz com que boa parte dos tratamentos iniciados não tenha continuidade. Quantos pacientes reclamam da demora em serem atendidos ou do descaso na primeira abordagem do profissional? Temos que admitir que as reclamações, a frustração e insatisfação são muito comuns na atualidade.

Sem dúvida nenhuma, manter uma boa relação médico-paciente é fundamental para garantir a qualidade do atendimento e o sucesso do tratamento. Quando a relação é positiva, o paciente sente confiança no trabalho do profissional e isso aumenta sua disposição e motivação para se tratar. Pensando nisso, listei algumas dicas de como melhorar essa relação. Vem ver!

Humanize o atendimento

Tanto o médico quanto o paciente são humanos, passíveis de erros e acertos, sofrimentos e alegrias, fraquezas e fortalezas. O médico precisa enxergar o paciente como gente e vice-versa.

Nesse contexto, é muito importante humanizar o atendimento, o que consiste em unir o conhecimento técnico com o comportamento ético e respeitoso para oferecer cuidados dirigidos.

A humanização do atendimento médico demanda uma mudança de valores, práticas e conceitos que possibilitem o cuidado integral do paciente, contemplando não só a parte física, como também, a mental e emocional.

Seja claro e objetivo

A comunicação é muito importante na relação médico-paciente. Sendo assim, é indispensável primeiramente escutar, para depois falar. Além disso, os médicos precisam ser claros e objetivos no que dizem.

Um termo médico e excessivamente técnico pode ser óbvio para o profissional, porém, confuso para o paciente. Evite palavras muito rebuscadas e discursos complexos em seus diagnósticos e orientações. Isso distancia os pacientes e os enchem de dúvidas.

Filtre os problemas dos pacientes

O médico pode e deve ser próximo do paciente, desde que essa proximidade não extrapole um limite saudável para a relação. O profissionalismo deve prevalecer na hora de escutar e absorver os problemas dos pacientes.

As questões do enfermo jamais devem se tornar questões pessoais para o médico. O profissional deve encará-las com a seriedade e responsabilidade necessária, mas a condição do paciente não pode afetá-lo a ponto de prejudicar o tratamento ou sua própria vida, por exemplo.

Tenha paciência

Médicos precisam ter paciência no sentido de saber escutar os pacientes, ainda que os relatos sejam longos. Além disso, devem ter paciência para esclarecer dúvidas quantas vezes forem necessárias.

Deve haver paciência, também, para esperar os resultados e avaliá-los com cautela antes de fechar o diagnóstico. Por fim, a paciência deve estar presente na condução do tratamento, no intuito obter os melhores resultados. E se, depois de tudo, o desfecho não for positivo, é preciso ser paciente para lidar com a situação.

Trate bem o paciente

Seja simpático e empático. Trate o paciente como você gostaria de ser tratado. Se coloque no lugar do outro, respeite-o e procure entender as suas vulnerabilidades físicas e emocionais.

Ser bem acolhido num momento de dificuldade e se sentir à vontade mesmo diante da enfermidade pode ser determinante para enfrentar o tratamento com otimismo e dedicação, ou seja, a postura do médico pode influenciar na cura dos pacientes. Isso é muito sério!

Seja bem humorado

Médicos não precisam ser engraçados, afinal, não são humoristas. Mas, o ideal, é que sejam pessoas positivas, agradáveis e que tenham um humor estável.

Manter a cara fechada, descontar as frustrações no paciente ou ser grosseiro são atitudes que prejudicam bastante a relação médico-paciente. Ser bem humorado, por outro lado, transmite a ideia de que o profissional realmente sente prazer no que faz, logo, tem maiores chances de fazer bem feito.

Dê importância à pontualidade

Tanto no sistema público quanto no sistema privado de saúde, é comum que ocorram atrasos. Mesmo que essa seja a realidade, os profissionais da área médica devem tentar remar contra a maré.

A falta de pontualidade nos atendimentos traz transtornos para os pacientes e, inevitavelmente, mina o relacionamento com o médico. Além da impaciência e frustração geradas, o atraso pode fazer com que a consulta seja muito rápida e superficial. Como se não bastasse, compromete os outros compromissos do profissional e do paciente.

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6 de junho de 2018 Todos

Você sabia que 17% da população mundial já teve depressão pelo menos uma vez na vida? Muito se fala sobre esse distúrbio mental tão comum, mas nem todos sabem que a depressão tem um subtipo mais leve e menos conhecido: a distimia.

Se juntarmos o distúrbio depressivo maior à distimia, o número de pessoas atingidas sobe para 33%. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Distimia e depressão não são sinônimos. Elas apresentam similaridades e distinções. Confira o artigo e aprenda a diferenciar esses dois problemas mentais. Boa leitura!

O que é depressão maior e o que é distimia?

A depressão maior é um distúrbio mental afetivo que pode impactar os sentimentos, pensamentos, comportamentos e relacionamentos. Ela provoca tristeza, baixa autoestima, desânimo e pessimismo.

A distimia, por sua vez, é uma forma crônica de depressão, porém menos grave e mais longa do que a depressão maior.

Quais são as causas da depressão e distimia?

As condições associadas à depressão e à distimia incluem fatores sociais, biológicos e psicológicos que provocam alterações nas funções cerebrais e mudam as atividades de determinados circuitos neuronais.

Essas mudanças resultam em sintomas comportamentais e físicos, refletindo no apetite, nível de energia, qualidade do sono, concentração, autoestima e capacidade de interação social.

Vale destacar que alguns gatilhos que podem desencadear episódios depressivos são os acontecimentos traumáticos, estresse físico e psicológico, consumo de drogas, uso de anfetaminas e doenças sistêmicas, como o hipotireoidismo.

Quais os sintomas dos dois problemas?

Na depressão maior, os principais sintomas são a ansiedade, apatia, descontentamento, desesperança, isolamento, tédio, sofrimento emocional, irritabilidade, alterações no sono e apetite, pensamento suicida, impaciência, melancolia,falta de concentração e baixa produtividade.

Na distimia, boa parte dos sintomas de depressão maior podem se repetir, mas os sinais mais marcantes são mau humor, pessimismo, fadiga, excesso de autocrítica e dificuldades de relacionamento.

De modo geral, os sintomas são os mesmos nos dois casos, mas na distimia eles aparecem de forma mais branda e com longa duração, podendo se estender por meses ou anos.

Como tratar distimia e depressão?

Ambos os problemas são tratáveis. A distimia responde muito bem ao tratamento psicoterápico, já que as sessões ajudam o paciente a lidar com os sintomas do distúrbio e superar as limitações..

No caso da depressão, a psicoterapia deve ser combinada com o uso de medicamentos que auxiliam no controle da depressão e evitam as recaídas. 

Quais são as diferenças, afinal?

Diferentemente da depressão maior, que acontece de forma abrupta, a distimia não se manifesta através de uma mudança comportamental repentina. Ela é constante e duradoura. Sua intensidade é moderada, a ponto de ser confundida como parte do temperamento e personalidade do portador. Entretanto, indivíduos com distimia são bastante vulneráveis a apresentar episódios francamente depressivos. Esta situação é chamada de “depressão dupla”.

Já a depressão maior é intensa, grave e marcada por alterações inesperadas de comportamento, como a tristeza profunda e a perda de interesse em atividades que antes eram vistas como prazerosas.

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6 de junho de 2018 Todos

A ejaculação precoce é um problema que preocupa muitas pessoas: tanto os homens que têm o problema, quanto seus parceiros e parceiras sexuais. Estima-se que 30% da população masculina sofre com essa condição e pode ter sua satisfação sexual e autoestima prejudicadas.

A ejaculação precoce acontece quando a ejaculação ocorre muito rápido. Em alguns casos, ela antecede a penetração. Quando os episódios são isolados e esporádicos não há maiores problemas, porém, quando eles se repetem e se tornam rotineiros, é necessário buscar ajuda.

Apesar de muito incômoda e, até mesmo, constrangedora, a ejaculação precoce tem tratamento. Uma das formas de tratar essa condição é recorrer ao acompanhamento psiquiátrico. Descubra a seguir como a psiquiatria pode ser útil nesse sentido.

Como a psiquiatria pode ajudar no tratamento da ejaculação precoce?

A ejaculação precoce nem sempre é um problema físico. A causa da disfunção ejaculatória pode estar ligada à mente, ou seja, o orgasmo e ejaculação antecipados podem estar relacionado a fatores biológicos e psicológicos. Por isso, além do urologista, o psiquiatra é o profissional indicado para tratar essa condição.

Entre as causas e fatores de risco da ejaculação precoce estão ansiedade, problemas de relacionamento, traumas passados, uso de medicamentos psicotrópicos, disfunção erétil, nível elevado de neurotransmissores e estresse. Tudo a ver com psiquiatria, não é mesmo?

Qual é a relação entre a mente e a vida sexual?

Estar bem psicologicamente é fundamental para manter uma vida sexual saudável e plenamente satisfatória. Por outro lado, a dificuldade para ter uma ereção, o medo de falhar e a preocupação excessiva com o desempenho podem fazer com que o homem ejacule antes do tempo.

Além disso, fatores como instabilidade emocional, estresse, ansiedade e traumas podem comprometer o relaxamento e concentração, o que adianta o orgasmo e resulta em casos patológicos de ejaculação precoce.

Qual o papel do psiquiatra no tratamento desse problema?

O psiquiatra é importante no diagnóstico correto do problema, pois sabe diferenciar o que é normal do que é patológico. Se a ejaculação acontece mais cedo uma, duas ou três vezes, isso não é preocupante. Agora, se a ejaculação acontece sempre antes, no primeiro ou segundo minuto de penetração, há um forte indício de ejaculação precoce.

A partir do diagnóstico, o médico poderá orientar e tranquilizar o paciente, além de sugerir o melhor tratamento para a ejaculação precoce. Somente um bom especialista pode conduzir o tratamento com a seriedade, sensibilidade, conhecimento, profissionalismo e discrição necessários.

Como o tratamento da ejaculação precoce é realizado?

O tratamento da ejaculação precoce pode incluir medidas como exercícios de estimulação sexual, técnicas de relaxamento, uso de medicamentos antidepressivos e sessões de psicoterapia.

A psicoterapia pode ajudar o paciente a lidar com suas frustrações, compreender os gatilhos da ejaculação precoce, controlar comorbidades como ansiedade e depressão, além de desenvolver mecanismos para aumentar a autoconfiança, superar traumas e melhorar a vida sexual.

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6 de junho de 2018 Todos

Os transtornos sexuais podem afetar homens e mulheres de várias idades. Apesar do maior acesso a informações e tratamentos, até mesmo as pessoas mais jovens estão sujeitas a disfunções no sexo.

Transtornos sexuais são problemas multifatoriais que podem ser causados por aspectos biológicos, clínicos, psicológicos e sociais. O estilo de vida também pode influenciar na saúde e satisfação no sexo.

Tais disfunções envolvem dificuldades no campo da sexualidade, podendo se manifestar em uma ou mais das seguintes fases da resposta sexual: desejo, excitação, platô, orgasmo e resolução.

Há de se considerar que são vários os tipos de transtorno sexual. Alguns são mais comuns e conhecidos do que outros. Leia o artigo e descubra um pouco mais sobre cada um deles.

Ejaculação precoce

A ejaculação precoce é um problema comum. Estima-se que 30% dos brasileiros ejaculam antes do esperado. Em muitos casos, a ejaculação  acontece antes mesmo da penetração, o que gera frustração no homem e no parceiro(a).

Se a dificuldade de controlar a ejaculação acontece poucas vezes, não é motivo para se preocupar. Porém, se os episódios se repetem, é importante procurar auxílio médico com o urologista e o psiquiatra. O tratamento pode envolver a psicoterapia e o uso de medicamentos.

Compulsão sexual

A compulsão sexual ou “vício em sexo” pode ser explicada como um transtorno do controle de impulsos até quadros semelhantes às adições (compulsão ou dependência química, por exemplo), no qual a pessoa tem atos e pensamentos obsessivos envolvendo sexo. Ela pode ser caracterizada pela masturbação excessiva, múltiplos parceiros ocasionais, vontade de fazer sexo não importando com quem, onde e como, exposição a situações sexuais perigosas, etc.

A tendência é que os comportamentos e fantasias se intensifiquem com o tempo e tragam prejuízos para várias áreas da vida, incluindo as aspirações pessoais, profissionais e relacionamentos interpessoais.

Disfunção erétil

A disfunção erétil, popularmente chamada de impotência sexual, é uma dificuldade periódica ou persistente de conseguir ter ou manter a ereção, até o final da relação. Tal problema pode ser causado por fatores emocionais, como por exemplo, ansiedade, preocupação com o desempenho, medo de fracassar, entre outros, ou ter etiologia orgânica.

O tratamento para a disfunção erétil pode ser psicoterápico e/ou farmacológico. 

Transtorno de desejo sexual hipoativo

O transtorno de desejo sexual hipoativo acontece quando o indivíduo tem bloqueios e dificuldades nos níveis de fantasia e imaginação sexual. Nesse caso, há uma falta de libido e perda de interesse por sexo.

Em outras palavras, essa disfunção é marcada pela diminuição do apetite sexual. A boa notícia é que existe tratamento, sendo a psicoterapia a alternativa mais indicada para reverter o quadro.

Vaginismo

O vaginismo é um transtorno sexual marcado por contrações involuntárias e espasmódicas dos músculos da parede vaginal durante a penetração do pênis. Essa disfunção torna o ato sexual doloroso e, em muitos casos, impossibilita sua conclusão.

Não há cirurgia para o vaginismo. O tratamento combina o acompanhamento psicoterápico com o acompanhamento ginecológico e fisioterapêutico. Exercícios pélvicos de fortalecimento da musculatura podem ser muito úteis na recuperação da fisiologia e anatomia da vagina.

Outros transtornos

Menos comuns, mas igualmente passíveis de tratamento são os transtornos orgásmicos, parafilias, exibicionismo, fetichismo, frotteurismo, sadismo, masoquismo, dispareunia e pedofilia.

Quer saber mais sobre transtornos sexuais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



6 de junho de 2018 Todos

Pacientes soropositivos são mais propensos ao desenvolvimento de transtornos neuropsiquiátricos, incluindo problemas cognitivos, ansiedade e depressão.

A mente pode ser impactada tanto pelos fatores psicossociais que envolvem a doença, como por fatores orgânicos. Vale destacar que essa doença viral ataca o sistema nervoso central e pode provocar enfermidades neurocognitivas.

Os transtornos depressivos são os principais distúrbios psíquicos entre pessoas com AIDS. Estima-se que a depressão entre soropositivos pode chegar a 40%.

Sem dúvida nenhuma, as consequências da doença não se restringem ao ataque do vírus HIV ao sistema imune. A AIDS atinge, também – e fortemente – a estabilidade emocional.

Quer entender como os pacientes com HIV podem desenvolver a depressão? Leia o artigo e saiba mais sobre esse assunto tão importante;

Ligação entre o HIV e quadros depressivos

É comum que pacientes com doenças graves e crônicas, como o HIV, desenvolvam comorbidades como a depressão.

Isso acontece por conta dos efeitos colaterais do tratamento, vulnerabilidade emocional, falta de autoestima, discriminação social e o próprio estigma da doença.

O diagnóstico da doença abala o psicológico

Muitos pacientes com HIV não conseguem aceitar sua condição e não reconhecem que precisam de acompanhamento clínico, farmacológico e psicológico.

Geralmente quem não aceita a doença reage ao problema com pessimismo, tristeza, desinteresse, desânimo, sentimento de culpa e desvalorização. Isso favorece o desenvolvimento de quadros depressivos.

A depressão atrapalha o tratamento do HIV

A depressão é, comprovadamente, o principal motivo para pacientes com depressão abandonarem o tratamento. Segundo pesquisas recentes, 53% dos soropositivos deprimidos interrompem a terapia, deixando de ir às consultas e tomar os medicamentos.

Além de todas as questões já discutidas, a depressão é um agravante para a AIDS. Estar deprimido pode reduzir as defesas naturais do organismo contra vírus, bactérias e outros agentes nocivos. Como se não bastasse, em pessoas com HIV, um quadro de depressão favorece o surgimento de infecções oportunistas e abre brecha para a progressão da AIDS.

Medicação para o HIV e alterações mentais

A medicação para tratar a doença pode provocar efeitos colaterais com manifestações semelhantes à depressão. Entre elas é possível citar a sonolência excessiva, insônia, tontura, pesadelos, desânimo e alucinações.

Esses sintomas pseudodepressivos podem ser evitados e controlados com o devido acompanhamento médico. Em algumas situações, o medicamento poderá ser substituído por ordem do especialista.

Tratamento da depressão em soropositivos

O tratamento da depressão em pacientes soropositivos deve ser primeiramente psicoterápico, pois a psicoterapia ajuda o indivíduo a lidar com a doença de maneira otimista e conduzir o tratamento do HIV com responsabilidade e disciplina.

Quando a terapia não é suficiente para promover a melhora do estado depressivo, o tratamento farmacológico deve entrar em cena. Medicamentos psicotrópicos, como antidepressivos, colaboram na regulação das funções cerebrais de substâncias químicas responsáveis pelo prazer, bem-estar, concentração e motivação.

Quer saber mais sobre o AIDS e depressão? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



6 de junho de 2018 Todos

A adolescência é um complexo período de transição, em que o indivíduo não é mais criança, mas ainda está longe de se tornar um adulto. Nessa etapa da vida, as atividades são intensas e as transformações físicas e mentais também.

As emoções dos adolescentes ficam à flor da pele. Não é para menos! As alterações hormonais típicas da puberdade mudam a forma do adolescente pensar, sentir e agir, o que pode ser um gerador de conflitos.

Nesse momento tão delicado, pais, educadores e os próprios adolescentes precisam aprender a lidar com essa fase conflituosa. Quer saber como tornar isso possível? Confira as dicas!

Esteja aberto a mudanças

Pais e professores precisam estar abertos a mudanças. Um convívio saudável com o adolescente parte do princípio da aceitação das diferenças e respeito às mudanças que ocorrem nessa etapa. As alterações físicas e comportamentais na adolescência são naturais. Não veja isso como um bicho de sete cabeças!

Tenha empatia e sensibilidade

Ser adolescente não é fácil! Mudanças no corpo, confusão sentimental, desajuste na convivência, baixa aceitação pessoal, distorção da própria imagem, bullying na escola, problemas de relacionamento, desenvolvimento da sexualidade, entre outros aspectos tornam essa fase repleta de conflitos internos e externos. Para lidar com esse momento, é indispensável ter empatia e sensibilidade. Não julgue o adolescente. Acolha-o!

Busque orientação psiquiátrica

A adolescência é um período propício ao desenvolvimento de distúrbios psiquiátricos, como transtornos do humor, transtornos alimentares, transtornos do uso de substâncias psicoativas, transtornos de conduta, transtornos psicóticos e transtornos psicóticos.

Tais problemas mentais podem levar a pessoa ao isolamento social, comportamento impulsivo e, até mesmo, tendência suicida. Daí a importância de buscar orientação e apoio psiquiátrico para lidar com os conflitos na adolescência. Todos esses distúrbios podem ser tratados com medicação e psicoterapia.

Ouça o adolescente

O diálogo é muito importante na adolescência. Dar conselhos e impor regras sem ouvir as opiniões e reivindicações do adolescente não é uma estratégia eficiente para lidar com os conflitos na adolescência. Alguém que não tem espaço para argumentar e discordar, dificilmente tem a possibilidade de crescer e amadurecer, portanto, vale a pena dar voz ao adolescente.

Estabeleça limites

Adolescentes, de modo geral, desejam privacidade, liberdade, autonomia. É importante que, gradualmente, eles conquistem esses benefícios, no entanto, é crucial que limites sejam estabelecidos durante o processo.

A permissividade total deve ser evitada, assim como o autoritarismo excessivo. Encontre o equilíbrio e aumente as concessões à medida que o adolescente se revela responsável, confiável e maduro.

Estreite os laços com o adolescente

É comum que adolescentes se isolem do mundo e se distanciem das pessoas que mais o amam. Se isso ocorrer, é fundamental tentar se aproximar e estreitar os laços com ele.

Quebre as barreiras no relacionamento e mostre para o adolescente que ele pode contar com você. Esteja aberto para conversar e esclarecer dúvidas, conheça os hobbies e amigos do seu filho, evite a postura hierárquica e adote uma atitude positiva e amistosa. Isso vai fazer toda diferença!

Quer saber mais sobre adolescência? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



6 de junho de 2018 Todos

A busca pelo corpo perfeito e esbelto, a supervalorização da aparência e as cobranças estéticas típicas da sociedade atual podem levar as pessoas a distúrbios alimentares graves. Sobretudo na adolescência, fase repleta de mudanças físicas e mentais, a vulnerabilidade a esse tipo de distúrbio é maior.

Adolescentes lidam com transformações corporais bruscas e intensas, os hormônios da puberdade – literalmente – explodem, a imagem diante do espelho não é reconhecida, tampouco, o novo visual é aceito com naturalidade. Além disso, a vontade de se enquadrar nos padrões sociais leva muitos adolescentes a desejarem outro corpo.

Essa combinação de fatores pode resultar em problemas sérios, principalmente, bulimia e anorexia. Continue lendo o artigo e descubra como tratar distúrbios alimentares na adolescência.

Conheça os distúrbios alimentares

Distúrbios alimentares são transtornos que estão associados a determinantes emocionais, que se caracterizam pela obsessão e autocontrole na ingestão dos alimentos, com o intuito de conquistar o corpo perfeito. Os principais tipos de distúrbios alimentares são a bulimia e anorexia.

A bulimia é um transtorno alimentar que consiste no consumo excessivo de alimentos, seguido de estratégias para evitar o ganho de peso, como a provocação de vômitos e o uso de laxantes.

A anorexia, por sua vez, é marcada pela distorção da própria imagem. Por isso, a pessoa se mantém abaixo do peso, através de medidas como a prática de jejum e excesso de exercícios físicos.

Fique atento aos sinais

Compulsão alimentar, muito tempo na academia, comportamentos dietéticos anormais, perda ou ganho repentino de peso, mudanças nos hábitos alimentares, obsessão pela imagem, baixa autoestima, entre outros sintomas podem sinalizar que algo não vai bem com o adolescente.

Ao notar ações incomuns nesse sentido, procure um médico psiquiatra para que ele possa fazer uma avaliação e orientação adequadas. Lembre-se que as alterações no apetite e na silhueta são comuns na adolescência, mas, em muitos casos, podem indicar transtornos alimentares.

Busque auxílio psicoterápico

Geralmente os distúrbios alimentares não se restringem a problemas com a alimentação. Eles coexistem com doenças como a depressão e ansiedade. Mecanismos psicológicos desencadeiam os transtornos e podem fazer com que o indivíduo ingresse em um ciclo compulsivo, viciante e extremamente prejudicial que, em casos mais graves, pode gerar consequências como a obesidade, desnutrição, comportamento suicida e morte.

Para evitar desdobramentos tão negativos, é importante buscar auxílio psicoterápico. As sessões de psicoterapia podem ajudar a família e o adolescente a enfrentarem e superarem o distúrbio alimentar, minimizando seus impactos.

Outras medidas positivas

Além da psicoterapia, outras medidas podem contribuir efetivamente na recuperação do adolescente com transtornos alimentares. Essas medidas incluem a adoção de um modelo de alimentação saudável na família, a prática de elogios em casa (não só em relação à imagem, mas às habilidades, atitudes, características intelectuais e caráter do adolescente), o apoio dos amigos e familiares no enfrentamento do problema, a dedicação a hobbies e atividades prazerosas que não tenham ligação com a comida.

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6 de junho de 2018 Todos

Também chamada de oniomania, a compulsão por compras é um distúrbio mental que atinge cerca de 3% da população mundial. Esse tipo de compulsão tem levado cada vez mais pessoas aos consultórios psiquiátrico, o que é perfeitamente compreensível, afinal, o transtorno compulsivo por compras impacta negativamente a vida do “shopaholic”.

A compulsão por compras é caracterizada pelo desejo de comprar impulsivamente e descontroladamente variados itens, mesmo que eles não sejam necessários no momento. Além dos prejuízos financeiros, a oniomania pode trazer danos mentais, gerar problemas nos relacionamentos e impactar negativamente a vida social do indivíduo.

Diferentemente de quem compra por necessidade, o compulsivo compra por prazer e vivencia uma série de emoções e sensações associadas ao ato de comprar, como por exemplo, a ansiedade, a euforia, a satisfação, a gratificação, a culpa, o arrependimento e a vergonha. Se impedido de comprar, ele pode ficar angustiado, irritado e frustrado.

Quer saber por que acontece a compulsão por compras e como tratar essa condição? Confira a seguir mais detalhes sobre esse distúrbio!

Por que esse tipo de compulsão acontece?

São vários os fatores associados que podem levar a pessoa a comprar compulsivamente. Entre eles estão o desequilíbrio emocional, a busca por diversão, a necessidade de aceitação social, a baixa autoestima, a insegurança, o desejo por status, a vontade de compensar uma perda ou frustração, além da influencia do mercado e da mídia.

Algumas questões vividas na infância, como o consumo excessivo dos pais, os presentes para compensar a ausência, as restrições financeiras e o materialismo familiar também podem ter participação no desenvolvimento da compulsão por compras.

Indivíduos que foram muito comparados ou rejeitados quando crianças tendem a se tornarem adultos inseguros, influenciáveis e consumistas, que sucumbem facilmente aos apelos da moda, tecnologia e beleza.

Como tratar a compulsão por compras?

O primeiro passo para tratar a oniomania é identificar os sintomas desse tipo de compulsão. Os principais sinais são os seguintes:

  • fazer compras por impulso;
  • comprar quando está triste ou deprimido;
  • esconder as novas compras da família;
  • mentir sobre os valores dos itens comprados;
  • sentir ansiedade e euforia durante a compra;
  • ter arrependimento e vergonha depois de comprar;
  • comprar muitos itens supérfluos;
  • gastar mais do que ganha por causa do descontrole emocional;
  • alívio momentâneo e imediato ao comprar.

Quando um ou mais indícios forem notados, é preciso procurar auxílio psiquiátrico, a fim de controlar a compulsão por compras. O problema pode ser tratado através de abordagens terapêuticas como medicação e sessões de psicoterapia.

Podem ser utilizados fármacos para tratar transtornos compulsivos, como os antidepressivos e ansiolíticos e estabilizadores do humor. Já o acompanhamento psicoterapêutico embora a literatura científica seja clara e traga evidências sobre abordagens focadas na terapia cognitiva comportamental, observamos a efetividade em várias linhas teóricas e técnicas, sobretudo mais expressivas. A participação dos amigos e familiares também pode ser determinante na superação da compulsão por compras, enquanto a postura crítica, prejudicial e discriminativa só atrapalha a recuperação.

Quer saber mais sobre compulsão por compras? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!

 




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