comportamento impulsivo / Dra Aline Rangel


8 de junho de 2020 Todos

Instabilidade emocional, sensação de inutilidade, insegurança, impulsividade e relações sociais prejudicadas são alguns dos sintomas do transtorno de personalidade borderline. A prevalência média do distúrbio psíquico na população é estimada em 1,6% a 5,9%, sendo diagnosticado principalmente em pessoas do sexo feminino.

Pacientes com este tipo de transtorno vivem uma montanha-russa emocional e tem dificuldade em controlar impulsos. Além disso, não toleram estar sozinhos e fazem esforços frenéticos para evitar o abandono, o que torna as relações pessoais desgastantes.

Reconhecido com o um dos transtornos mais lesivos, leva a episódios de automutilação, abuso de substâncias e agressões físicas. Cerca de 10% dos pacientes cometem suicídio.

O termo foi usado pela primeira vez em 1884 e passou por diversos conceitos ao longo dos anos. Originalmente, designava um grupo de pacientes que vivia no limite da sanidade, ou seja, na fronteira (borderline, em inglês) entre a neurose e a psicose. Foi só na década de 1980 que o diagnóstico da doença se tornou mais preciso.

Causas do transtorno de personalidade borderline

As causas e fatores envolvidos no surgimento desse transtorno são variados e abrangem desde a predisposição genética até experiências emocionais precoces e fatores ambientais.

  • Fatores genéticos: é cinco vezes mais frequente em parentes biológicos de primeiro grau de pessoas com o transtorno do que na população em geral. É relevante a presença de pais com o problema, podendo ser um ou ambos, na história clínica desses pacientes.
  • Instabilidade familiar: impacto do ambiente familiar no desenvolvimento da criança pode ser um fator causal importante. Cerca de 80% dos pacientes veem o casamento dos pais como muito conflituoso. Muitos passaram por negligência e abusos físicos e sexuais dentro da família.

O distúrbio pode ser também a consequência de uma educação muito autoritária, na qual pais rígidos sempre impõe seus desejos, e a criança sempre se submete, desenvolvendo dúvidas sobre a própria capacidade e vergonha pelos fracassos.

Como o distúrbio afeta a vida do paciente e das pessoas próximas?

Pessoas com esse transtorno são verdadeiros vulcões prontos a explodir a qualquer momento. Elas apresentam alterações súbitas e expressivas de humor e as relações interpessoais são intensas e instáveis, sendo muito difícil o convívio próximo com elas.

A situação é complicada para as pessoas próximas, porque uma só palavra mal colocada, pode levar do amor ao ódio em instantes. Além disso, uma situação inesperada sem relevância ou uma leve frustração pode levar o paciente a um acesso de raiva.

Além de medo de situações de abandono e perda, o paciente com transtorno de personalidade borderline também não sabe lidar com o êxito. É comum que eles abandonem ou destruam alvos e metas justamente quando a perspectiva de consegui-las é real e próxima.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



15 de setembro de 2019 Todos

Conhece alguém que tem o chamado “estopim curto”? Talvez essa pessoa não seja apenas nervosa. Pode ser que ela apresente comportamento impulsivo, resultado do transtorno de personalidade explosiva. Quem tem esse problema geralmente age de modo imprevisível e imprudente, sem pensar nas consequências de suas ações. 

As atitudes impulsivas e desajustadas trazem grandes prejuízos à vida social, afetiva e profissional desses indivíduos, justamente porque eles têm dificuldade de controlar suas emoções e seus atos. Quer saber como identificar se você ou alguém próximo tem comportamento impulsivo? Neste artigo, trazemos informações para você reconhecer e tratar o problema. Confira!

Quais as principais características do comportamento impulsivo?

A característica predominante do comportamento impulsivo, como o próprio nome sugere, é a incapacidade resistir às tentações e aos impulsos. A pessoa com esse tipo de comportamento costuma realizar atos sem planejamento, além de ações que podem colocar a si mesmas e outras pessoas em risco. Há um claro descontrole emocional e isso pode produzir efeitos graves.

De modo geral, pessoas com comportamento impulsivo possuem humor instável e imprevisível, tendência a acessos de raiva, temperamento conflituoso, imediatismo e dificuldades nos relacionamentos afetivos. Elas falam sem pensar e tomam decisões precipitadas constantemente.

Como a pessoa se sente antes de sucumbir ao impulso?

Em boa parte dos casos, o indivíduo sente uma crescente excitação, ansiedade ou tensão antes de cometer o ato impulsivo. Ele pode apresentar sintomas como tremor corporal, fala ofegante, dificuldade para conectar as ideias e se expressar pela fala, respiração acelerada, sudorese e palpitações. 

O que ela sente depois do ato impulsivo?

Os sinais físicos mencionados indicam que a pessoa não está bem para fazer aquela ação, mesmo assim ela ignora os sintomas, segue em frente e age por impulso. Depois de cometer o ato, pode se arrepender ou não. O sentimento de culpa, quando ocorre, vem acompanhado de autorrecriminação, mas nesse caso, pode ser tarde demais.

O comportamento impulsivo pode estar associado a outros transtornos?

Sim, nem sempre o comportamento impulsivo vem sozinho. Ele pode estar associado a outros transtornos, como, por exemplo:

  • jogo patológico, que corresponde ao vício de fazer apostas e jogar jogos de azar;
  • cleptomania, que equivale a incapacidade de resistir aos impulsos de roubar objetos, ainda que eles sejam desnecessários, inúteis e sem valor;
  • piromania, que significa incendiar coisas por prazer, para se sentir recompensado ou aliviar a ansiedade;
  • tricotilomania, que é o ato de puxar os fios do próprio cabelo para se sentir bem e se tranquilizar.

Como controlar o comportamento impulsivo?

Seria simples considerar que, para controlar o comportamento impulsivo, bastaria pensar antes de agir, respirar fundo e contar até dez. No entanto, quando a impulsividade é patológica, é mais difícil racionalizar esse processo. Sendo assim, para tratar a condição, é importante buscar suporte psicológico e psiquiátrico a fim de encontrar ferramentas para lidar com essa condição e desenvolver o autocontrole.

É necessário eliminar da vida alguns gatilhos que causam as explosões emocionais, além de se concentrar em coisas positivas, como um hobby, por exemplo. Se você notar que seus impulsos são muito difíceis de conter, procure ajuda imediatamente. Isso evita desdobramentos perigosos como quadros depressivos, irritabilidade, gastos desnecessários, ciúme doentio, etc.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!




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