Esquizofrenia / Dra Aline Rangel

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3 de julho de 2023 Todos

Já ouviu falar em Transtorno Psicótico? Trata-se de um estado mental de perda de ligação com a realidade, o que pode resultar em alucinações, mudanças de personalidade, desordem nos pensamentos, além de delírios, problemas sociais e claras dificuldades para realizar tarefas cotidianas.

São muitas as categorias de transtorno psicótico, mas, certamente a forma mais conhecida desse distúrbio mental é a Esquizofrenia – condição que afeta cerca de 1% da população mundial.

Psicose: quando a realidade se torna turva

Vivemos em um mundo onde a realidade muitas vezes é tida como garantida. Seguimos nossas vidas diárias com um entendimento claro do que é real e do que não é. No entanto, existem pessoas que experimentam um tipo diferente de realidade – uma que é turva e distorcida. Esse fenômeno é conhecido como psicose, uma condição que afeta a mente, os sentidos e altera a percepção e a interpretação da realidade.

A psicose é um termo amplo que engloba uma variedade de condições de saúde mental caracterizadas por uma perda do contato com a realidade. Ela afeta os pensamentos, percepções, sentidos, emoções e comportamentos das pessoas, tornando difícil distinguir o que é real do que não é. Pessoas que experimentam uma experiência psicótica ou “surto psicótico” podem ter alucinações, delírios, pensamento desorganizado e funcionamento comprometido. É importante notar que a psicose não é uma doença em si, mas sim um sintoma de um transtorno de saúde mental subjacente. Pode estar associada a outras condições clínicas (como febre, infecções, etc) e ser induzida pelo uso de substâncias que têm ação no nosso cérebro (intoxicação por álcool, p.ex.).

Quais são os tipos de transtorno psicótico?

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria, em sua 5a edição revisada em 2022 (DSM-5-TR), existem vários tipos de transtornos psicóticos. Estes incluem Esquizofrenia, Transtorno Esquizoafetivo, Transtorno Psicótico Breve, Transtorno Delirante, transtorno psicótico induzido por substância e transtorno psicótico devido a outra condição médica. Cada tipo possui características e critérios diagnósticos únicos, mas todos compartilham o fio comum de percepção alterada da realidade.

O DSM-5-TR fornece critérios diagnósticos específicos para cada tipo de transtorno psicótico. Esses critérios ajudam os profissionais de saúde mental a determinar se uma pessoa atende aos requisitos para um diagnóstico. Por exemplo, para ser diagnosticado com esquizofrenia, uma pessoa deve experimentar dois ou mais dos seguintes sintomas por um período significativo durante um mês: delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico, ou sintomas negativos. Além disso, os sintomas devem causar prejuízo significativo no funcionamento e persistir por pelo menos seis meses.

O Impacto da Psicose

Viver com sintomas psicóticos pode ser uma experiência avassaladora e desafiadora para as pessoas, seus familiares e qualquer pessoa que esteja ao seu redor.  Essa “realidade turva”  pode levar a sentimentos de confusão, medo e isolamento. Tarefas cotidianas, como trabalhar, estudar e socializar, podem se tornar muito difíceis ou até mesmo impossíveis. A psicose também pode afetar os relacionamentos, já que a percepção alterada da realidade da pessoa pode levá-la a se distanciar ou a suspeitar dos outros. Imagine-se no lugar de alguém que está ouvindo o tempo todo alguém comentando sobre tudo que ela faz, outras pessoas e, ainda, lhe dando ordens, como muitas pessoas com o diagnóstico de esquizofrenia experimentam? É crucial oferecer suporte e compreensão aos que tem esta condição, pois a intervenção precoce e o tratamento são vitais para o seu bem-estar.

Tratamento dos Transtornos Psicóticos

Felizmente, existem diversas opções de tratamentos para indivíduos com transtornos psicóticos atualmente. Medicamentos, como antipsicóticos, podem ajudar a controlar os sintomas e reduzir a frequência e intensidade dos episódios psicóticos, bem como sintomas de desinteresse, prejuízo na vontade e outras esferas da vida cotidiana. A terapia, incluindo a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a terapia familiar, também pode ser benéfica para ajudar as pessoas a lidar com os desafios diários para ter uma vida plena, dar suporte nas crises, etc. Além disso, grupos de apoio e recursos comunitários proporcionam um espaço para que as pessoas possam se conectar com outras que entendem suas experiências e oferecer apoio mútuo.

 

A psicose é uma condição que pode levar um indivíduo a uma montanha-russa por um mundo de uma realidade que muitos de nós não conseguiria nem imaginar o tamanho do sofrimento vivenciado. É crucial reconhecer o impacto que isso pode ter na vida das pessoas e oferecer apoio e compreensão.  Atualmente, anos 20 do século XXI, sabemos que, com a intervenção precoce e o tratamento adequado, pessoas com transtornos psicóticos podem aprender a transitar em sua “realidade alterada” e levar uma vida plena: diversa porém inclusa na sociedade e cercada de bem-estar.

 

Quer saber mais sobre Transtornos Psicóticos? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


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15 de janeiro de 2020 EsquizofreniaTodos

A esquizofrenia é uma doença que afeta mais de 2,5 milhões brasileiros. Acredita-se que esse alto número deve-se à quantidade de recaídas que o paciente esquizofrênico pode ter ao longo de sua vida.

A maior causa de crises é a descontinuação do tratamento, que pode se dar em função de vários fatores, sendo os principais:

1) baixos recursos financeiros por parte do paciente e familiares associado à ausência de políticas públicas que garantam o sustento do tratamento;
2) o não reconhecimento do próprio problema como uma doença que mereça ser cuidade; 
3) a incapacidade cuidar do seu próprio tratamento.

Por isso, o apoio familiar e social é fundamental para quem vive com a esquizofrenia, pois o paciente que tem o tratamento interrompido pode voltar a ter crises graves e incapacitantes e o auxílio de pessoas próximas pode ajudá-lo a manter a rotina de medicamentos e terapias.

A falta de tratamento da esquizofrenia pode implicar perdas para o doente e para as pessoas ao seu redor.

O tratamento da esquizofrenia

O cérebro da pessoa com esquizofrenia tem um desequilíbrio de neurotransmissores que provoca sintomas como alucinações, delírios, ideia de perseguição, pensamento desorganizado, dificuldade de falar, perdas cognitivas, perda na capacidade de demonstrar emoção, entre outros.

Além disso, o paciente esquizofrênico também pode ter surtos psicóticos, e o tratamento consiste basicamente em controlar os sintomas para que o doente se reintegre socialmente e leve sua vida da melhor forma possível para cada quadro.

No entanto, alguns casos têm prognóstico melhor e, quanto antes o tratamento for iniciado, melhores serão os seus resultados. Além disso, a manutenção do tratamento pelo tempo que for necessário também contribui para a diminuição dos sintomas mais severos.

Consequências da falta de tratamento

Quando as medidas terapêuticas são empregadas tardiamente ou não são feitas, aumentam as chance de o paciente sofrer sérias consequências, como veremos.

Problemas de socialização e convivência

Em função da diminuição das emoções, do comportamento incomum e das fortes crises, a pessoa com esquizofrenia tem a sua relação social diminuída ao extremo.

A perda da sociabilidade pode conduzir os doentes à perda de contato com família e à ausência de um lar.

Surtos frequentes de esquizofrenia

Os surtos, na maioria dos quadros de esquizofrenia, são frequentes. No entanto, em pacientes que postergaram o tratamento ou o interromperam, a frequência das crises aumentam consideravelmente.

Perdas cognitivas

A diminuição da função mental evolui gradativamente ao longo dos anos depois do início do transtorno. Esse comprometimento cognitivo dá origem a uma série de problemas.

Sendo assim, a gravidade do comprometimento cognitivo é vista como um determinante primordial da incapacidade global em pessoas com esquizofrenia.

Invalidez

A incapacidade global é o determinante de um quadro de invalidez, observada quando há prejuízo acentuado na capacidade cognitiva, crises frequentes e dificuldade de gerir a própria vida.

O lado difícil dessas consequências é que muitos pacientes com esquizofrenia acabam desempregados. Assim, acabam vivendo na pobreza e sem contato com a família.

É crucial enfatizar a importância do tratamento precoce da esquizofrenia assim que ela for diagnosticada. Atrasar ou negligenciar o tratamento para esse transtorno mental pode ter graves consequências negativas. Desde o comprometimento das funções cognitivas até a diminuição da qualidade de vida e o aumento do risco de autolesão, as repercussões da esquizofrenia não tratada são abrangentes e significativas. Felizmente, existem tratamentos medicamentosos eficazes disponíveis para gerenciar os sintomas da esquizofrenia e melhorar o bem-estar geral. Buscar intervenção precoce e aderir a um regime de medicação prescrita pode melhorar significativamente o prognóstico deste transtorno mental. É essencial que os profissionais de saúde, os pacientes e suas famílias reconheçam a importância do tratamento oportuno e trabalhem juntos para garantir que recebam os cuidados de que precisam. Ao abordar a esquizofrenia precocemente, podemos capacitar as pessoas a levar uma vida plena e reduzir o fardo desse transtorno que pode ser incapacitante tanto para o indivíduo quanto para a sociedade como um todo.

 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



15 de dezembro de 2019 Todos
A esquizofrenia é um distúrbio mental incapacitante. Ela afeta cerca de 1% da população, atingindo da mesma forma homens e mulheres. Geralmente, os primeiros sintomas aparecem entre os 15 e os 30 anos de idade. Em razão de sua natureza crônica, é necessário acompanhamento psiquiátrico durante toda a sua evolução. Os transtornos esquizofrênicos se caracterizam pela perda da conexão com a realidade e pela distorção dos pensamentos. O paciente costuma sofrer com alucinações, delírios, comportamentos anômalos e dificuldades para demonstrar afeto. Neste artigo, trazemos informações sobre os tratamentos para o problema. Acompanhe para saber mais!

Tipos de esquizofrenia

Esquizofrenia paranoide

O paciente que tem esquizofrenia paranoide costuma ter falas desorganizadas, ausência de afeto e mania persecutória. É comum se sentir vítima de perseguição de pessoas e seres de outro mundo. Também há distanciamento dos ciclos sociais.

Esquizofrenia simples

Manifesta-se por alterações na personalidade. Geralmente, há isolamento social e inibição do afeto.

Esquizofrenia hebefrênica

Nesse caso,  o comportamento do paciente tende a ser infantilizado. As respostas emocionais são inadequadas e há presença de pensamentos desconexos.

Esquizofrenia catatônica

Quem é diagnosticado com essse tipo de esquizofrenia se encontra em um quadro de apatia intensa e atividade motora prejudicada. É comum não ter interesse nos acontecimentos do cotidiano e passar várias horas na mesma posição.

Esquizofrenia residual

O indivíduo com esse problema apresenta alterações no comportamento, na consideração do afeto e no convívio social. Entretanto, essas alterações ocorrem de modo pouco frequente, em comparação com as outras formas de esquizofrenia.

Esquizofrenia indiferenciada

O paciente desenvolve determinadas características típicas de algum tipo de esquizofrenia, mas não se enquadra em nenhum deles.

Tratamento da esquizofrenia

Esse distúrbio mental pode ter início inesperado e se estabelecer de imediato. Entretanto, em alguns casos, pode se instalar lentamente e demorar para ser identificado. Mesmo que cada paciente tenha uma sintomatologia própria, a manifestação da doença é grave o suficiente para comprometer a capacidade de trabalho e convívio em sociedade.  Sem tratamento, há risco, inclusive de suicídio. A esquizofrenia não tem cura. O tratamento da doença vai envolver um planejamento do psiquiatra para acompanhar o paciente e evitar as recaídas ao longo do tempo. A fase aguda é aquela em que o paciente está em crise, com os sintomas aflorados e em visível sofrimento mental. Nessa época, são indicadas algumas abordagens:
  • medicamentos antipsicóticos — esses medicamentos atuam bloqueando os neurotransmissores responsáveis pelos episódios de delírio e alucinação. Uma vez que os sintomas tenham desaparecido, o tratamento medicamentoso pode ser utilizado para evitar surtos futuros.
  • internação — nos quadros em que o paciente se encontra em perigo para si ou para quem convive, pode ser considerada a internação. O psiquiatra vai avaliar a necessidade e discuti-la com a família.
Na fase de estabilização, além da medicação, o paciente deve ser inserido em um programa de abordagens psicossociais para ajudá-los a retomar as habilidades sociais e diminuir o isolamento. A modalidade escolhida vai depender do quadro do paciente e de suas possibilidades. São elas:
  • psicoterapia — atenua os sintomas, previne novos surtos e ajuda a reinserir o paciente no convívio social.
  • terapia ocupacional — terapia voltada para a realização de atividades. Isso ajuda o paciente a recuperar a vontade de se comprometer com alguma atividade, reforçando a organização e criatividade.
  • grupos de apoio — contribuem para que os pacientes e familiares troquem experiências e se sintam inseridos em contexto social.
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8 de dezembro de 2018 Todos

A esquizofrenia é uma doença mental cuja incidência na população é de 1%. Terceira na lista de causas da perda de qualidade de vida, em geral ela se manifesta entre os 15 e 35 anos. As principais características desse quadro são as alucinações, dificuldade de raciocinar e se concentrar, delírios e perda de contato com a realidade.

Predominante no sexo masculino, a doença pode ser confundida com outros problemas mentais na fase inicial. Os sintomas precoces surgem antes dos mais característicos da doença e podem ser diagnosticados como depressão e outros transtornos.

O que é a esquizofrenia

O psiquiatra alemão Emil Kraepelin foi o primeiro a descrever a doença mental e a chamou de demência precoce, no século 19. Somente no século 20 o psiquiatra suíço Eugen Bleuler a denominou como esquizofrenia, acreditando que o nome anterior não era abrangente o suficiente. Muitos estudos foram realizados até que se compreendesse a doença como nos dias atuais.

Ela se conceitua como a fragmentação do ato de pensar, aliado à dificuldade crescente em distinguir as experiências internas e externas.  É uma patologia orgânica capaz de influenciar, de forma profunda, as emoções e comportamentos do indivíduo.

Não há causa única para o desenvolvimento desse problema, mas, sim, várias influências que podem dificultar o prognóstico dos pacientes. Não só o quadro psicológico do paciente, mas também o ambiente que o cerca, a hereditariedade, a combinação de outros transtornos mentais e o uso contínuo de substâncias psicoativas são alguns exemplos. A patologia é mais frequente em homens, especialmente os mais jovens. As mulheres podem demonstrar sinais do início da doença em idade mais avançada.

Cada pessoa pode apresentar variações nos sintomas, que são definidos como positivos e negativos. Os positivos são os que mais caracterizam a doença, sendo mais comuns os delírios, que se caracterizam por pensamentos e situações irreais, alucinações que fazem o paciente ouvir vozes, ver coisas que não são verdadeiras, pensamentos desconexos e sem sentido e alteração comportamental radical com excesso de ansiedade, agressividade e impulsos.

Já nos sintomas negativos, o paciente pode perder as motivações, ter as emoções prejudicadas, a convivência tradicional impedida e dificuldade nas relações interpessoais e profissionais. O indivíduo se isola das pessoas, aparenta total apatia, indiferença e perde a facilidade de raciocínio.

Tipos de esquizofrenia

Os psiquiatras aceitam 7 tipos, que têm níveis sintomáticos diferenciados, assim como tratamentos. A classificação será detalhada a seguir.

1 – Simples

O paciente se isola do convívio social, mostra-se indiferente ao afeto externo e é mais dispersivo no cotidiano. Nesse tipo, a pessoa demonstra muito mais os sintomas negativos que os positivos.

2 – Paranoica

Atinge pacientes mais velhos e é a mais comum de todas, já que os sintomas são de quadros de alucinações, sensação de perseguição, delírios, falta de emoção, isolamento social e fala confusa.

3 – Catatônica

É o tipo menos comum. A principal característica é o catatonismo, fazendo com que a pessoa não consiga reagir ao ambiente em que está. Ela apresenta movimentos lentos ou total paralisia por horas ou dias, oscilando entre falar palavras repetitivas ou ficar completamente muda e fazer movimentos desordenados e estranhos.

4 – Desorganizada

O pensamento é desorganizado e sem conexões, fazendo com que o paciente fale coisas também sem sentido. Tem predominância dos sintomas negativos.

5 – Residual

Não apresenta sintomas positivos, somente os negativos.

6 – Cenestopática

O paciente apresenta características que não sem encontradas em nenhum dos outros tipos da doença.

7 – Indiferenciada

Apresenta características de todos os tipos, mas não se enquadra em nenhum. Por isso é de difícil diagnóstico.

 

O principal tratamento para a esquizofrenia são antipsicóticos, aliado à psicoterapia e a métodos alternativos. A diferença entre os tipos se baseia na vulnerabilidade do paciente. Dessa forma, a medicação pode ser alterada e ministrada em dosagens bem maiores.

 

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