Gastos excessivos / Dra Aline Rangel


15 de fevereiro de 2020 Todos
Se uma pessoa tem gastos excessivos e não consegue se organizar, ela pode entrar em dívidas, buscar empréstimos e, dentro de algum tempo, tornar difícil a manutenção da sua qualidade de vida. Gastos excessivos podem ser mais do que dificuldade de planejar-se financeiramente: eles podem indicar a presença de transtornos de ordem mental. Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre a compulsão por compras e sobre as enfermidades que podem estar por trás dela. Um adendo é necessário antes disso: o material aqui contido não tem como objetivo oferecer um diagnóstico, mas chamar atenção para circunstâncias reais. Apenas um especialista, após extensa análise dos sintomas, hábitos e histórico médico do paciente, pode oferecer um diagnóstico concreto e um plano de ação. Isso dito, confira abaixo quais são as enfermidades que têm gastos excessivos como sintoma.

Gastos excessivos: quando a situação passa dos limites?

Se uma pessoa tende a fazer compras quando está nervosa, quando passou por alguma situação negativa ou positiva, ou apenas para “passar o tempo”, é preciso que observemos o seu comportamento mais de perto. Às vezes, a situação chega a um nível alarmante. A pessoa afetada pode gastar mesmo quando a conta está negativa e mentir sobre o valor das compras para amigos e cônjuge. Outros comportamentos de risco são: criar justificativas para comprar peças ou objetos novos, competir com outras pessoas (ainda que de forma velada) e até mesmo passar mal quando não consegue comprar aquilo que deseja.

O que gera a compulsão por compras?

Comportamentos compulsivos podem se manifestar de diversas maneiras. Neste artigo, falamos especificamente de pessoas que têm compulsão por compras. Mas, existe compulsões de diversos tipos, como compulsão por medicamentos, livros, álcool, drogas e até por relações sexuais. Em geral, as pessoas compulsivas têm um quadro significativo de ansiedade. O ato de comprar, em casos do gênero, atua de maneira a suavizar o impacto do estado emocional. As compras oferecem para o paciente não apenas uma distração, mas uma sensação momentânea de conforto, alívio e tranquilidade. O problema é que o estado de satisfação tende a ser provisório. Em algum tempo, a pessoa compulsiva precisará repetir o comportamento para voltar a se sentir bem. A depressão é outro fator de risco para quadros compulsivos. Pessoas depressivas, especialmente quando não tratadas da maneira correta, tendem a buscar formas de preencher o sentimento de frustração, inadequação ou vazio emocional. Em alguns casos, podem recorrer a fármacos, entorpecentes ou relações sexuais. Em outros, podem preencher o tempo com trabalho, sempre buscando a exaustão e a ausência de pensamento sobre aquilo que inquieta e incomoda. As compras, nesse ínterim, atuam de maneira a aliviar a dor do quadro. Comprar pode servir como um alívio e conforto, oferecendo alguma dose de serotonina, distração e até mesmo uma sensação de recompensa para o cérebro.

Como reconhecer uma pessoa compulsiva?

Ser consumista não é ser compulsivo, necessariamente. Há quem goste de comprar quando pode, mas que não se sente profundamente incomodado ou nervoso quando não arremata novas roupas, equipamentos, móveis, etc. Os gastos excessivos devem ser avaliados quando a pessoa não consegue sair de casa sem comprar algo. Compulsivos por compras passam dias adquirindo produtos desnecessários pela internet. Eles podem agir de forma agressiva ao serem questionados sobre seus gastos, comportamentos e hábitos de consumo. É preciso buscar ajuda especializada, não apenas para garantir a saúde financeira, mas para investigar quais podem ser os gatilhos responsáveis pelos gastos excessivos. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



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