psiquiatra / Dra Aline Rangel


15 de setembro de 2023 Dra Aline RangelTodos

Entender a importância da saúde mental e considerar a consulta com um psiquiatra é fundamental para o bem-estar integral de uma pessoa. Neste artigo, exploraremos detalhadamente os cinco principais motivos para priorizar sua saúde mental, com insights valiosos e orientações para ajudá-lo a tomar decisões informadas sobre seu próprio cuidado emocional. Vamos mergulhar profundamente em cada um desses motivos, fornecendo informações e perspectivas que podem fazer toda a diferença em sua jornada rumo ao equilíbrio emocional e ao bem-estar duradouro.

🧠 Motivo 1: Recuperar o controle

Às vezes, a vida pode nos lançar desafios que parecem estar além de nosso controle. Pensamentos, emoções ou comportamentos podem sair do equilíbrio e começar a afetar negativamente várias áreas de nossas vidas, incluindo relacionamentos, trabalho e nossa percepção de bem-estar. É nesses momentos que buscar ajuda de um psiquiatra se torna essencial.

A Importância de pedir ajuda

Pedir ajuda não é sinal de fraqueza, ao contrário: é um ato de coragem. Muitos de nós passam por momentos de intensa angústia emocional e é fundamental reconhecer quando a situação está além de nossa capacidade de lidar sozinhos. Um profissional de saúde mental pode oferecer a você as ferramentas, estratégias e apoio necessários para recuperar o controle sobre sua vida emocional.

Como um profissional pode ajudar

Através dos encontros em consultas, você terá a oportunidade de explorar os pensamentos e sentimentos que estão causando desconforto e conflito. Um psiquiatra pode ajudá-lo a identificar padrões de pensamento prejudiciais, aprender a regular emoções intensas e desenvolver habilidades para lidar com os desafios do dia a dia. Através desse processo, você estará mais preparado para enfrentar as dificuldades da vida de maneira eficaz.

🌟 Motivo 2: Lidar com os desafios difíceis da vida

A vida é uma jornada repleta de altos e baixos e todos nós enfrentamos momentos difíceis em algum momento. Situações como doenças graves, a perda de uma pessoa querida, separação, divórcio ou problemas no trabalho podem ser particularmente esmagadoras. Quando esses desafios surgem, buscar ajuda de um psiquiatra pode fazer uma grande diferença em como você lida com eles.

Resiliência Emocional

Um profissional de saúde mental pode ajudá-lo a desenvolver resiliência emocional, permitindo que você enfrente os desafios da vida com uma mente mais clara e uma perspectiva mais saudável. Ao aprender a lidar com o luto, o estresse e as mudanças significativas na vida, você se tornará mais adaptável e capaz de enfrentar as adversidades com mais eficácia.

Apoio na tomada de decisões

Quando você está passando por um período difícil, pode ser difícil tomar decisões importantes. Um profissional de saúde mental pode oferecer uma perspectiva imparcial e objetiva, ajudando-o a avaliar suas opções e tomar decisões informadas. Isso pode ser especialmente útil durante divórcios, questões de guarda, decisões médicas complexas e outras situações desafiadoras.

🚫 Motivo 3: Superar comportamentos compulsivos,  uso de álcool, drogas ou auto-medicação

Vícios de forma geral, o uso de álcool, drogas e/ou auto-medicação é uma preocupação séria que pode afetar sua saúde física, emocional e social. Quando o uso dessas substâncias começa a interferir na sua saúde, emoções, relacionamentos, trabalho ou responsabilidades diárias, é crucial buscar ajuda profissional.

Efeitos do abuso de substâncias e compulsões não-químicos

O abuso de substâncias e compulsões não-químicas (compras, jogo, alimentar, sexual, etc) podem levar a uma série de problemas, incluindo dependência, deterioração da saúde mental, problemas financeiros e legais, bem como impactos negativos nos relacionamentos familiares e sociais. É uma situação complexa que requer intervenção especializada.

Tratamento e recuperação

Psiquiatras especializados em vícios podem fornecer avaliação, aconselhamento e suporte para ajudá-lo a superar o abuso de substâncias e comportamentos compulsivos. O tratamento pode incluir terapia individual ou em grupo, programas de reabilitação e estratégias de prevenção de recaída. Ao buscar ajuda, você dá um passo importante na direção da recuperação e da saúde a longo prazo.

🤔 Motivo 4: Obter perspectivas imparciais

Em alguns momentos da vida, você pode se encontrar em uma encruzilhada, enfrentando decisões difíceis e emocionalmente complexas. Nessas situações, ter uma perspectiva imparcial e objetiva pode ser inestimável. Um psiquiatra pode desempenhar esse papel crucial.

A Necessidade de Orientação

É normal se sentir confuso quando confrontado com escolhas que podem ter um impacto significativo em sua vida. A ideia é poder ajudá-lo a explorar suas opções, avaliar os prós e contras e considerar as implicações a longo prazo de suas decisões.

Tomada de Decisões Mais Conscientes

Em nosso trabalho, você terá a oportunidade de abordar seus dilemas e preocupações de maneira estruturada e focada. Isso pode ajudá-lo a tomar decisões mais conscientes e alinhadas com seus valores e objetivos pessoais.

🌈 Motivo 5: Restaurar a esperança

Há momentos na vida em que a desesperança pode tomar conta, fazendo com que você sinta que a vida não vale mais a pena ser vivida. Nessas situações, é crucial entender que, muitas vezes. você não está preparado para tomar decisões de vida ou morte sozinho.

Lidando com a desesperança

Sentir-se sem esperança é uma experiência profundamente dolorosa. É importante reconhecer que a desesperança é uma emoção temporária e que a ajuda está disponível. Quero ajudá-lo a encontrar uma saída da escuridão e a restaurar a esperança em sua vida.

🆘 Buscando ajuda

Você quer saber como é uma primeira consulta comigo?

Explico tudo lá no artigo acima.


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A anedonia é um estado difícil de se explicar a quem nunca o experimentou. É como se as cores da vida desaparecessem, deixando para trás um vazio frio e sombrio. A incapacidade de sentir prazer em atividades que costumavam nos alegrar é avassaladora. Eu estava presa nesse labirinto emocional, perdidoa em uma busca desesperada por uma saída. No entanto, posso dizer que não só encontrei uma saída, mas também aprendi a sentir novamente.

Um Mundo Cinza

A anedonia transformou meu mundo em uma paleta de cinzas. E não eram “50 tons de cinza”… Coisas que antes me enchiam de alegria e satisfação, como passear no Horto, ouvir música e socializar, tornaram-se tarefas vazias e sem sentido. Cada dia era uma batalha contra a apatia e a indiferença que se apoderaram de mim. Eu me perguntava se algum dia voltaria a sentir a alegria e a emoção que outros pareciam desfrutar tão facilmente.

O Caminho da Recuperação

Minha jornada para superar a anedonia foi longa e desafiadora. Inicialmente, foi difícil aceitar que eu estava enfrentando esse problema. A negação me cegava para a realidade, tornando ainda mais difícil buscar ajuda. No entanto, reconhecer que precisava de suporte foi o primeiro passo para a cura.

Buscar Ajuda Profissional

Buscar a orientação do psiquiatra foi fundamental para minha recuperação. A Aline me ajudou a compreender as causas subjacentes da minha anedonia e a desenvolver estratégias para enfrentá-la. As consultas  me proporcionaram um espaço seguro para explorar meus sentimentos e preocupações, e, juntas, íamos descobrindo técnicas para lidar com os desafios emocionais. Embora eu negue até hoje para a maioria das pessoas, tomar o antidepressivo foi essencial pra minha recuperação.

Reconectar com a Vida

Ao longo do processo de tratamento, percebi que precisava me reconectar com a vida e redescobrir o que me trazia felicidade. Embora no início fosse difícil encontrar prazer em atividades cotidianas, aprendi a valorizar os pequenos momentos que me traziam alguma alegria, como apreciar a beleza da natureza (eu me forçava pegar o carro e ficar no estacionamento de um parque) ou saborear uma refeição deliciosa, ainda que sozinha e pedindo por delivery.

Aceitar as Emoções

Uma das lições mais importantes que aprendi foi que é normal ter altos e baixos emocionais. Aceitar minhas emoções, mesmo as mais difíceis, foi um passo essencial para aprender a sentir novamente. Em vez de lutar contra meus sentimentos, aprendi a acolhê-los e a permitir que fluíssem naturalmente.

Conforme eu progredia no meu tratamento, gradualmente, comecei a redescobrir a alegria em minha vida. As cores começaram a voltar ao meu mundo, e as atividades que antes pareciam sem graça ganharam vida novamente. Encontrar propósito e significado em minhas experiências diárias tornou-se uma bênção.


Superar a anedonia não é uma tarefa fácil, mas é possível com paciência, autoaceitação e apoio profissional. A jornada de recuperação é única para cada pessoa, mas é importante lembrar que não estamos sozinhos nessa luta. Com o devido cuidado e determinação, é possível aprender a sentir novamente e redescobrir a beleza da vida. Se você também está enfrentando a anedonia, saiba que há esperança e ajuda disponível para você. O primeiro passo é buscar o apoio adequado e permitir-se a oportunidade de cura e crescimento emocional. Acredite em si mesmo(a) e no poder de superar os desafios que a vida apresenta. A alegria pode estar à sua espera, apenas aguardando ser redescoberta.

*Obrigada, Hanna, por me permitir fazer minhas suas palavras!


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Já parou para pensar como determinados fatos nos marcam e são capazes de definir parte da nossa personalidade? Alguns eventos e situações podem ter um caráter negativo e desdobramentos muito prejudiciais, a ponto de influenciarem os pensamentos e comportamentos por um logo período de tempo.

Imagine experimentar emoções perturbadoras, memórias tristes, sensação constante de perigo, desconexão com a realidade, incapacidade de confiar em outras pessoas e lembranças assustadoras. Isso pode acontecer depois que a pessoa vive um momento ruim, como por exemplo, uma tragédia familiar.

Nesse tipo de caso, pode ser muito difícil superar a dor e seguir a vida normalmente, afinal, a pessoa pode ficar traumatizada. A boa notícia é que, adotando as estratégias certas, é possível se recuperar de traumas psicológicos e emocionais. Leia o artigo, descubra como identificar e tratar o problema.

Trauma é a mesma coisa de evento traumático?

Não! As situações traumáticas são fatos e eventos que surpreendem negativamente os indivíduos, como os desastres naturais, acidentes, doenças sérias, procedimentos médicos, perda de pessoas amadas, assaltos, torturas, abusos, etc. Um indivíduo pode passar por essas situações traumáticas, sem, necessariamente, ficar traumatizado.

Os traumas não possuem origem no evento traumático em si. Eles se originam a partir da resposta psíquica e do sistema nervoso para o acontecimento negativo, tanto no momento em que ocorreu, como na sequência. Se a pessoa não consegue agir frente à situação traumática, lutando, fugindo, abstraindo ou superando, o sistema nervoso fica desorganizado e o trauma se estabelece.

Como os traumas acontecem?

Os traumas acontecem depois de experiências emocionalmente dolorosas. Quem sofre com o problema tem a chamada memória traumática, em que a lembrança do momento ruim traz à tona sons, imagens, cheiros e sentimentos vivenciados no passado, quando a situação que desencadeou o trauma aconteceu.

Esse acesso recorrente à memória traumática é capaz de ativar gatilhos que culminam no desagradável retorno ao momento traumatizante, o que gera angústia, tristeza, medo, etc.

Como reconhecer os sintomas?

O trauma gera um conjunto de sintomas que produzem inúmeras sensações e resultam em alterações emocionais, cognitivas e psicológicas. Entre os principais sinais de que a pessoa tem um trauma estão:

  • Sentimento de ansiedade, pânico, desespero, apreensão, raiva, culpa, irritabilidade e desamparo;

  • Capacidade de cognição alterada, que pode afetar o raciocínio lógico, a concentração, confusão mental e a memória de situações triviais;

  • Pensamentos indesejados, preocupação excessiva e/ou paranoia;

  • Travas sociais, timidez e dificuldade de estabelecer relacionamentos interpessoais;

  • Problemas familiares e profissionais pós-trauma;

  • Sensação de impotência e incompetência;

  • Insônia e pesadelos;

  • Sintomas físicos como fadiga, dores e tensão muscular.

Como tratar os traumas?

O melhor tratamento para traumas é a psicoterapia associada ao tratamento psiquiátrico conduzidos por um profissional especializado. Durante as sessões, é possível levar o paciente a elaborar melhor a situação, de modo que, gradualmente, ele modifique os seus padrões mentais negativos e ou que a repercussão emocional desse seja menos desorganizodora.

Em casos mais graves, o especialista pode complementar o tratamento com a prescrição de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, capazes de regular os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos.

Quer saber mais sobre trauma? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



9 de setembro de 2020 Depressão

Ninguém gosta de receber diagnósticos. Do mais simples ao mais complexo dos casos, saber que você enfrentará uma doença nunca é uma boa notícia. Sobretudo se for um problema que não se vê sangrar e não se vê cicatrizar. Ou uma doença que não dá margem para indicar com precisão o período de tratamento. É o caso da depressão. Por se tratar de um transtorno invisível e imprevisível, o diagnóstico de depressão costuma ser ainda mais duro de receber, pois é repleto de dúvidas. Como será daqui pra frente?

É um cenário, também, repleto de esperança, afinal a depressão pode ser tratada. Não é possível estimar exatamente em quanto tempo, já que cada caso é um caso. Os sintomas e graus variam, assim como o tratamento para cada um deles. Há uma certeza, porém. De que agora, sabendo do que se trata, passamos a trilhar um caminho muito menos nebuloso. Daqui pra frente será muito melhor.

Como encarar essa fase

As reações ao diagnóstico podem ser muitas. Há quem fique espantado e sinta culpa, perguntando-se “por que isso está acontecendo justo comigo?”; há quem fique agoniado imaginando que sua vida jamais será a mesma. Eu já vi diferentes formas de receber a notícia ao longo da minha carreira como psiquiatra e, no geral, muitos pacientes que atendo respiram com um certo alívio e esperança, sabendo agora que aquilo que sentem tem um nome e uma solução. As conversas sobre transtorno depressivo estão acontecendo com mais frequência, o que tem tornado a recepção do diagnóstico um pouco melhor e menos dolorosa.

Uma vez diagnosticado o transtorno, é importante ter em mente que será preciso rigor e disciplina com o tratamento. Ele é comprovadamente eficaz, desde que seja precisamente seguido. Pode-se, em alguns casos, haver intervenção farmacológica e ter de incluir hábitos na rotina que irão contribuir para o bem-estar em geral, como exercícios físicos, mudanças nutricionais, proximidade com pessoas que ama, boas noites de sono, etc. O uso do medicamento não é recomendado a longo prazo e, após o término do tratamento, será importante manter esses bons hábitos para a manutenção de uma vida próspera e saudável.

As sessões de terapia serão grandes aliadas no processo terapêutico. Nelas haverá a oportunidade de discutir com o psiquiatra sobre a evolução do tratamento. Isso é importante pois no início podem acontecer ajustes no medicamento prescrito ou na dosagem recomendada, uma vez que leva um tempo para o paciente se adaptar. Além disso, o acompanhamento do profissional de psiquiatria oferece grande conforto e alívio em um momento delicado como esse. É comprovado que há um efeito terapêutico no simples fato de ter alguém com quem compartilhar suas dores, medos e inseguranças. Somando os bons hábitos à terapia e aos medicamentos, o prognóstico é bastante otimista.

Início de tratamento requer paciência e compreensão

Após receber o diagnóstico, culpar-se, envergonhar-se ou sentir raiva não vão ajudar. Em vez disso, é importante ter compaixão e compreensão consigo mesmo. Um paciente que fraturou o braço sabe que não é o momento de praticar um esporte. Isso não é esperado dele. Por outro lado, não vemos a depressão, o que faz com que muitas pessoas passem a se cobrar no início do tratamento. Os medicamentos levam um tempo para surtir efeitos mais perceptíveis, então a paciência, combinada ao comprometimento que eu citei mais cedo, será recompensada dentro de algumas semanas com uma notável redução dos sintomas depressivos.

Alguns dos sintomas mais comuns da depressão são a profunda letargia, cansaço extremo e tristeza sem motivo aparente. Se ainda não há vontade de sair de casa, tudo bem. Se sentir vontade de chorar, vá em frente. Não há problema nisso, desde que essa falta de ânimo, com o passar do tempo, dê lugar a uma maior vivacidade, ao interesse em fazer aquilo que gosta e que faz bem.

O relacionamento com o psicoterapeuta será como uma parceria, tanto antes, quanto durante e depois do tratamento. Conte com o profissional! Se há segurança em seu trabalho e em sua expertise, confie no tratamento proposto. O esperado é que o prazer de viver a vida seja restaurado ao longo de poucos meses. Haverá saída para a depressão enquanto houver busca por tratamento e fé nos resultados.

Conheça um pouco mais sobre a depressão lendo aqui no blog outros artigos sobre o tema. E conte comigo para solucionar suas dúvidas ou angústias. Tamo junto!



9 de maio de 2020 Depressão

Perda de emprego ou de uma pessoa próxima, dificuldades de relacionamento, problemas financeiros ou qualquer mudança indesejada nos padrões de vida podem estar associados a um profundo mal-estar físico, emocional e até mesmo à depressão. Em qualquer idade ou momento ela pode se manifestar, ocasionada pela combinação de fatores genéticos, psicológicos e ambientais.

Considerada uma doença psiquiátrica, é caracterizada por alteração da maneira como a pessoa pensa e sente, além de afetar o comportamento social  e o senso de bem-estar físico.

Quando os sentimentos de tristeza, falta de energia e ânimo permanecem por semanas a fio, aumentam em intensidade e começam a interferir no trabalho, na vida estudantil ou nos relacionamentos sociais, incluindo o familiar, pode-se tratar de depressão.

Sinais e sintomas da depressão

Para identificar a doença, é possível analisar se há a alterações no modo de vida, por meio dos sinais e sintomas seguintes:

  •     Pensamentos: pacientes depressivos relatam problemas de concentração e tomada de decisões, perda de memória recente e de lapsos de memória frequentes, além de pensamentos negativos. São comuns também baixa auto-estima, sensação excessiva de culpa e autocrítica. Nos casos mais graves, os pacientes apresentam pensamentos autodestrutivos, como vontade de se suicidar.
  •     Sentimentos: tristeza sem motivo identificável, não ter mais prazer na realização de atividades que anteriormente sentia e falta motivação para fazer qualquer coisa são comuns em pessoas depressiva.  Às vezes, está presente irritabilidade e pode haver dificuldade em controlar o temperamento.
  •     Comportamento: alguns pacientes não se sentem confortáveis na presença de outras pessoas, de maneira que evitam situações sociais. A doença também afeta na produtividade no trabalho e em casa. Algumas vezes, a pessoa não consegue nem se levantar da cama, pela manhã, para fazer alguma atividade. É comum também apresentar mudanças em relação ao apetite, podendo estar aumentado ou diminuído. Devido à tristeza crônica, é comum a presença de choro constante. O desejo sexual pode desaparecer, o que resulta em ausência de atividade sexual. Nos casos mais graves, o indivíduo passa a negligenciar a si mesma, evitando realizar até mesmo higiene pessoal.
  •     Bem-estar físico: alguns pacientes não conseguem dormir, ficando acordados por horas ou acordando várias vezes durante a noite. Em outros casos, eles costumam dormir em excesso, inclusive durante o dia, embora continuem tendo a sensação de estarem cansados. Muitos se queixam de dores por todo o corpo e fadiga crônica.

Diagnóstico e tratamento

Você precisará falar sobre isso com um profissional da saúde sobre isso, ok? Isso pode soar embaraçoso, inútil ou estigmatizado, mas lembre sempre que toda a sua interpretação do que está acontecendo e como sair disso poderão estar comprometidos pela própria depressão. A avaliação de um médico generalista ou de um especialista, como o psiquiatra, é muito necessária. No seu primeiro contato será feita uma entrevista que incluirá histórico do paciente, conflitos, sentimentos e sintomas, bem como alguns exames, poderá diagnosticar o problema.

Na maioria das vezes, o tratamento da depressão é feito de forma conjunta com medicamentos e uma conversa terapêutica e psicoterapia. Existem diversos medicamentos antidepressivos que ajudam a regular a bioquímica cerebral, e o médico definirá o mais indicado para o paciente.

O acompanhamento psicológico, além de buscar levantar os conflitos e consequências relacionadas ao problema, é fundamental, porque os remédios demoraram um tempo para fazer efeito, mas sobretudo existem determinantes emocionais e psicodinâmicos que precisam ser identificados e suficientemente elaborados pela pessoa.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!

 



27 de abril de 2020 Ansiedade

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a síndrome do pânico já afeta 4% da população do país. Isso significa que mais de 8 milhões de brasileiros sofrem com o problema.

Ela é um tipo de transtorno de ansiedade em que ocorrem crises inesperadas de medo intenso e desespero de que algo ruim aconteça, sem ter algum motivo ou sinal de perigo aparente.

Pessoas em crises de pânico apresentam pelo menos quatro dos sintomas a seguir: taquicardia, falta de ar, dor ou desconforto no peito, formigamento, tontura, tremores, náusea, desconforto abdominal, visão embaçada, boca seca, dificuldade de engolir, sudorese, ondas de calor ou frio, e sensação de iminência da morte.

A frequência das crises varia de pessoa para pessoa e a duração tem tempo médio de 10 minutos. E não há como prever a chegada de uma.

Nos estágios iniciais do transtorno, não há nada específico capaz de desencadear o problema. Porém, há indícios de que lembrar de ataques de pânico anteriores pode contribuir e levar a uma nova crise.

Diagnóstico

Uma crise isolada ou uma reação de medo intenso diante de ameaças reais não constituem eventos suficientes para o diagnóstico da doença. Para ser diagnosticada como síndrome, as situações abaixo devem ocorrer com o paciente:

 

  • sofrer de ataques de pânico inesperados e frequentes.
  • sentir medo e angústia pela recorrência de um novo ataque e pelas consequências dessa nova crise, como perda de controle, ataque cardíaco ou mudanças súbitas de comportamento.
  • evitar situações que possam desencadear em uma nova crise.
  • não serem causadas por abuso de substâncias.
  • modificar o comportamento, a ponto do estilo de vida ser interferido negativamente.

Tratamento para síndrome do pânico

A boa notícia é que o problema tem cura. O principal objetivo do tratamento é reduzir o número e a intensidade das crises, assim como promover uma recuperação mais rápida.

Após o diagnóstico, o paciente é tratado com uma associação de psicoterapia e medicamentos, que incluem antidepressivos e ansiolíticos. Os medicamentos atuam sobre os desequilíbrios bioquímicos que geram os efeitos físicos associados à doença. Já a psicoterapia trabalha os medos, as fobias, a ansiedade e ajuda a pessoa a mudar a atitude diante dos ataques de pânico.

O tempo de tratamento varia a cada caso, podendo ir de alguns meses a vários anos. Manter o processo pelo período definido com o psiquiatra é fundamental para a cura. Caso contrário, um tratamento interrompido antes do fim pode significar o retorno da doença com intensidade ainda maior.

Também faz parte do tratamento da síndrome do pânico a mudança no estilo de vida, priorizando boa alimentação e a realização de exercícios físicos com frequência. Outra indicação é fazer atividades de lazer, que ajudem a não pensar nos efeitos de um possível ataque de pânico, assim como ações de relaxamento, incluindo massagens e meditação.

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15 de abril de 2020 Todos

Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que os transtornos mentais atingem cerca de 10% da população mundial, o que corresponde a mais de 700 milhões de pessoas.

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 46 milhões de pessoas sofrem de transtornos mentais. Em relação ao tratamento, o órgão do governo federal estima que 3% da população brasileira necessita de cuidados contínuos em saúde mental, devido a transtornos severos e persistentes, e 9% precisam de atendimentos eventuais.

Esses dados mostram a importância do acesso a serviços de saúde mental e a profissionais especializados, para que essa população receba o diagnóstico e o tratamento adequado. Esclareceremos abaixo algumas questões para ajudar na escolha de um psiquiatra qualificado e de confiança.

Como o psiquiatra atua

Ele é o profissional capacitado para diagnosticar problemas de ordem mental e somente com ele o tratamento pode ser feito à base de medicamentos. Depressão, ansiedade,  transtorno obsessivo compulsivo (TOC), bipolaridade e transtornos sexuais são alguns dos transtornos mentais que levam as pessoas a buscar tratamento psiquiátrico.

Este especialista pode atuar efetivamente em todos os diagnósticos de transtornos mentais – sejam eles leves, moderados ou graves. Um dos focos do tratamento com um psiquiatra é melhorar os aspectos funcionais da vida diante de uma determinada doença mental e, depois, tratar de forma gradativa e progressiva o problema.

A busca por um tratamento psiquiátrico muitas vezes acontece de forma tardia, devido ao estigma que ainda ronda as pessoas que sofrem de transtornos mentais. Além disso, a falta de informações faz com que os pacientes e seus familiares tenham dificuldade em entender a necessidade de procurar um especialista.

Qualquer sofrimento psíquico que esteja atrapalhando a vida do indivíduo merece uma avaliação psiquiátrica para verificar se isso representa, ou não, uma doença mental.

Quando procurar atendimento?

O profissional de psiquiatria deve ser procurado quando se apresenta sintomas que prejudiquem a vida, tanto no campo profissional quanto social como alterações de sono, de alimentação, cuidados com a higiene pessoal, apatia e falta de ânimo para atividades do dia a dia, pensamentos de morte ou suicídio, alucinações ou delírios.

Como escolher?

Na hora de escolher o profissional, verifique se ele possui registro no Conselho Federal de Medicina (CFM) e esteja com esse número ativo. Além disso, o profissional deve ter uma numeração do Registro de Qualificação de Especialidade (RQE), que confirma a prática de residência médica em psiquiatria. Todos esses dados podem ser consultados no site de cada conselho regional.

É importante buscar ainda referências ou indicações com outros pacientes e, até mesmo, profissionais de saúde, para checar se o perfil desse profissional está de acordo com o seu.

Fique atento também aos dias, horários, locais de atendimento e de telemedicina. Os transtornos mentais são doenças crônicas, por isso, os tratamentos são por todo uma vida, ou mesmo a longo prazo.

Escolher um profissional que se encaixe na sua rotina, que possa ser encontrado com regularidade, que esteja próximo do seu trabalho ou casa, são fundamentais para o sucesso terapêutico.

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4 de abril de 2020 Todos

O quê eu posso fazer para ajudar alguém com um sofrimento profundo e ideação suícida?

Muitas vezes sou questionada pela família ou amigos de quem está num profundo sofrimento emocional e pensando em morte sobre “o que posso fazer para ajudar a aliviar o sofrimento dele(a)?” Para este e outro pedidos de ajuda, eu gostaria de ter uma “receita de bolo”. Infelizmente ela não existe. Mas a nossa experiência como profissionais da saúde mental e as evidências científicas nos permitem dar orientações adequadas sobre o que fazer ou não fazer.

1- Primeira Dica

 Pergunte: “Você está pensando em se matar?” Não é uma pergunta fácil, mas estudos mostram que perguntar a indivíduos em risco se eles estão com pensamentos suicidas não aumenta suicídios ou pensamentos suicidas.

2- Segunda Dica

Mantenha-os seguros: reduzir o acesso de pessoas em profundo sofrimento a itens ou lugares altamente letais é uma parte importante da prevenção de suicídios. Embora isso nem sempre seja fácil, perguntar se a pessoa em risco tem um plano e remover ou desativar os meios letais pode fazer a diferença.

3- Terceira Dica

Esteja lá: ouça com atenção e aprenda o que o indivíduo está pensando e sentindo. Os resultados sugerem que reconhecer e falar sobre suicídio pode de fato reduzir ao invés de aumentar os pensamentos suicidas.

4- Quarta Dica

Ajude-os a se conectar: ​​salve o número do Centro de Valorização da Vida em seu telefone para que ele esteja lá quando você precisar: 188. Você também pode ajudar a estabelecer uma conexão com um indivíduo de confiança, como um membro da família, amigo, conselheiro espiritual ou profissional de saúde mental. Se você estiver fora do Brasil, visite a Associação Internacional de Prevenção de Suicídio e telefones de outros países neste link para obter um banco de dados de recursos internacionais.

5- Quinta Dica

Mantenha-se conectado: manter contato após uma crise ou após a alta hospitalar pode fazer a diferença. Estudos mostram que o número de mortes por suicídio diminui quando alguém acompanha a pessoa em risco. Também pode ser útil salvar vários números de emergência no seu telefone celular. A capacidade de obter ajuda imediata para você ou para um amigo pode fazer a diferença. O número de telefone de um amigo ou parente confiável. O número emergencial de resgate em saúde SAMU: 192, Corpo de Bombeiros: 193, da Polícia Militar: 190. Caso o paciente seja assistido por um psiquiatra ou psicoterapeuta, tenha sempre em mãos o telefone desses profissionais.

Quer saber mais outras dicas de como lidar com situações emocionais extremamente difíceis? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!




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    Médica graduada na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro com Residência em Psiquiatria no Instituto de Psiquiatria Universidade Federal do Rio de Janeiro.


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