vigorexia / Dra Aline Rangel


15 de junho de 2022 Todos

A vigorexia, também conhecida por Síndrome de Adônis ou Transtorno Dismórfico Muscular, é uma doença psicológica caracterizada pela insatisfação constante com o corpo, em que a pessoa se enxerga muito magra e fraca, quando na verdade é forte e possui músculos bem desenvolvidos, por exemplo.

Em certos aspectos, a vigorexia e a anorexia nervosa são desordens semelhantes, uma vez que interferem na visão desvirtuada que os portadores têm do próprio corpo. Os anoréxicos esquálidos e desnutridos se enxergam obesos, e os vigoréxicos se veem fracos, magros e franzinos, apesar de fortes e muito musculosos.

Além da causa neurológica, a vigorexia também está associada à adoção, por muitas pessoas, de um padrão de corpo definido como ideal e, por isso, acabam por se tornar obcecados por exercícios e alimentação com o objetivo de atingirem tal padrão.

Esse transtorno é mais comum em homens entre 18 e 35 anos e leva à prática exaustiva de exercícios físicos, sempre com aumento de carga, além de preocupação excessiva com a alimentação e uso de anabolizantes, que podem trazer riscos para a saúde.

Os principais sintomas da vigorexia são:

  • Imagem negativa e distorcida do próprio corpo;
  • Cansaço;
  • Inapetência;
  • Insônia;
  • Ritmo cardíaco alterado, mesmo nos momentos de descanso;
  • Dores musculares;
  • Tremores;
  • Queda no desempenho sexual;
  • Irritabilidade;
  • Depressão;
  • Ansiedade e desinteresse por atividades que não estejam ligadas à atividade física.

Além da busca pelo corpo perfeito, a vigorexia pode levar à adoção de dietas restritivas, muitas vezes baseadas no consumo exagerado de proteínas, e também no uso de esteroides anabolizantes, acarretando diversos riscos para a saúde.

Diagnóstico e tratamento da vigorexia      

O diagnóstico da vigorexia é baseado em uma avaliação psicológica que analisa os fatores de risco, pensamentos, comportamentos e sentimentos relatados à dismorfia, além do histórico familiar e pessoal do paciente.

Feito o diagnóstico, o tratamento envolve uma equipe multidisciplinar, com médicos, psicoterapeutas, nutricionistas, preparador físico e professores de educação física.  A maior dificuldade dos pacientes com vigorexia é admitir que apresentam o transtorno, já que acreditam que não há nada de errado com seu comportamento. Por isso, o tratamento psicológico é muito importante e deve ser realizado por meio da terapia, especialmente a cognitivo comportamental, eficaz em transtornos de imagem distorcida.

Em muitos casos, no início do tratamento pode ser recomendado fazer uso de medicamentos à base de serotonina, com o objetivo de controlar a depressão e a ansiedade além de outros sintomas relacionados ao comportamento obsessivo compulsivo.

É importante lembrar que a pessoa não precisa abandonar totalmente a prática de exercícios, mas o treinamento deve ser orientado por profissionais com experiência na área. Para evitar recaídas, é importante que a família e amigos estejam cientes do transtorno e ajudem o paciente a ter disciplina e a superar os desafios diários.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



10 de março de 2022 Todos

A compulsão é o quarto diagnóstico psiquiátrico mais comum no mundo. Motivo de preocupação entre quem convive com pessoas compulsivas e objeto de interesse dos pesquisadores da área, ela deve ser discutida e tratada com empatia e responsabilidade.

Os variados tipos de compulsão acometem boa parte da população mundial. Bilhões de pessoas não conseguem controlar os impulsos e se rendem às vontades, dando lugar a diferentes formas desse transtorno. 

Afinal de contas, o que é compulsão?

É um transtorno emocional caracterizado por hábitos específicos, que são repetidos excessivamente pelo indivíduo compulsivo. A repetição acontece até mesmo quando a ação é inconveniente e traz prejuízos à pessoa.

Quem sofre desse transtorno desenvolve um mecanismo inconsciente para obter alívio ou prazer imediato. A sensação de bem-estar é uma espécie de recompensa, que faz com que ele repita o comportamento, até que isso se torne compulsão.

Os sintomas mais frequentes do problema são os seguintes:

  • dificuldade para controlar a própria vontade;
  • alívio no momento em que cede a essa vontade;
  • culpa e vergonha depois dos episódios compulsivos;
  • mentiras sobre o comportamento;
  • irritação quando não consegue praticar o ato compulsivo;
  • pensamento obsessivo sobre o assunto;
  • utilização massiva da palavra “preciso”.

Compulsão alimentar

Essa é uma das mais frequentes formas do transtorno diagnosticadas nos consultórios psiquiátricos. Pessoas que a apresentam sentem a necessidade de comer, ainda que não estejam com fome, o que as leva a consumir grandes quantidades de alimento em um curto período de tempo.

Pode ser decorrente de distúrbios de percepção da própria imagem, problemas de ordem emocional, estresse, ansiedade e dietas realizadas de forma inadequada. Nesse último caso, a privação de determinados alimentos pode desencadear a vontade incontrolável de comer, mesmo que já se esteja saciado.

Compulsão por compras

Também conhecida como oniomania, geralmente essa forma do problema vem acompanhada de estresse ou ansiedade. O hábito de comprar descontroladamente pode causar sérios danos sociais ao indivíduo compulsivo, pois ele chega a deixar de adquirir o essencial para gastar com itens supérfluos.

Os shopaholics, ou consumidores compulsivos, já são 3% da população mundial, e esse número tende a aumentar. Aqueles que compram de maneira compulsiva costumam esconder as novas compras da família e mentir sobre os valores gastos na aquisição dos produtos. Além disso, compradores compulsivos ficam muito empolgados e eufóricos durante as compras. Conhece alguém assim?

Compulsão por exercícios físicos

Apresenta também o nome de vigorexia, como preferir, e é um transtorno resultante da distorção de imagem. Nesse tipo de transtorno, a pessoa enxerga o corpo menor do que é, e isso o leva a praticar atividades físicas compulsivamente.

Em casos mais graves, o indivíduo com vigorexia além de praticar exercícios de forma exagerada, também recorre a anabolizantes e promove o culto excessivo ao corpo, deixando de lado as outras áreas da vida.

Compulsão por trabalho

O workaholic, também chamado de trabalhador compulsivo, é alguém que trabalha sem parar. O termo se aplica a alguém que gosta muito do trabalho que realiza ou a pessoas que simplesmente se sentem obrigadas a trabalhar.

O profissional com esse problema tem uma visão distorcida do descanso e do lazer, o que faz com que ele pense em trabalhar até mesmo nos momentos de folga ou quando está comendo, por exemplo. Para completar, ele pode se tornar agressivo, competitivo e desenvolver problemas físicos, como gastrite e doenças cardiovasculares.

Compulsão por jogos

Os famosos jogos de azar, como caça-níqueis, bingo, jogos de carta e loteria podem causar compulsão em aproximadamente 2% da população brasileira. Semelhante a vícios como tabagismo e alcoolismo, essa expressão do problema precisa ser tratada.

O comportamento exagerado e repetitivo por jogos é visto com muito preconceito pela sociedade, mas, assim como outras doenças compulsivas, é necessário recorrer à ajuda psiquiátrica para combatê-lo.

Compulsão por sexo

Essa manifestação do transtorno é bem diferente de gostar muito de sexo. Nela, o indivíduo tem comportamentos sexuais exagerados, como se masturbar excessivamente, ter múltiplos parceiros ocasionais e fazer uso diário de pornografia.

O compulsivo sexual não resiste aos desejos e pensamentos eróticos. Ele sente que precisa saciar imediatamente a vontade, não importando como, onde e com quem. Para quem gosta de fazer sexo, mas sem compulsão, essas questões importam.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!




NEWSLETTER








    Sobre



    Médica graduada na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro com Residência em Psiquiatria no Instituto de Psiquiatria Universidade Federal do Rio de Janeiro.


    Contato


    São Paulo – SP

    Rua Cubatão, 86 – 405 – Paraíso


    WhatsApp


    E-mail

                  aline@apsiquiatra.com.br

    Nosso material tem caráter meramente informativo e não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico, autotratamento ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte o seu médico.

    Copyright © 2023 – Todos os direitos reservados

    Política de Privacidade

    × Agende sua consulta