ansiedade social / Dra Aline Rangel

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7 de fevereiro de 2023 AnsiedadeDepressão0

Engarrafamento de carros. Buzina. Gente pra cá, pra lá. Engarrafamento de gente! Os sinais estão claros: você vive num grande centro urbano. Agora, imagina este cenário com mais carros, buzinas, gente, gente, gente… Imaginou? Bem vindo, o ano de 2023 realmente começou. Você pode estar fora da escola ou faculdade há décadas mas, é fato, nós ainda organizamos nossas metas, tarefas, obrigações, lazer, etc, seguindo a lógica do ano letivo escolar. E isso traz consequências não só no barulho externo,  como o dos carros nas ruas, mas aos nossos “barulhos internos” também.

Ansiedade em relação ao retorno ao ano letivo é uma reação comum e pode ser causada por fatores como pressão para se sair bem, medo de enfrentar desafios, incerteza sobre o futuro, provas, competitividade, apresentações em público, aprovação social, bullying… esses e outros desafios surgem durante a fase escolar e acadêmica. Não há dúvidas de que adolescentes e adultos jovens estão entre as populações mais vulneráveis para ter ansiedade: a vida é só futuro.

Como identificar a ansiedade?

O Ministério da Educação divulgou em 2019 o último resultado do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes, PISA  — Programme for International Student Assessment —, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), onde os jovens brasileiros estão entre os mais ansiosos e estressados antes de provas.

Psicologicamente falando, a ansiedade moderada pode ser funcional. Esse sentimento leva a pessoa a se dedicar aos estudos. Se fosse pela ausência total de ansiedade, a pessoa não se importaria tanto em ir para a vida, desafiar-se e crescer. A ansiedade elevada, por outro lado, pode interferir na concentração e no sono, levá-lo ao isolamento, causar alterações no humor, pensamentos e fazê-lo se sentir incapaz diante de desafios da vida.

Fique de olho em alguns sinais:

  • Falta de vontade de frequentar a escola/faculdade;
  • Dificuldade de concentração;
  • Retraimento social e dificuldade de interagir com outras pessoas, mesmo que fora do ambiente escolar;
  • Pensamentos negativos;
  • Fadiga (cansaço físico e mental);
  • Distúrbios do sono;
  • Dores gastrointestinais, tontura, entre outros sintomas no corpo;
  • Estado de alerta constante e preocupação excessiva.

 

Identificou estes sinais? Aqui estão 5 dicas para ajudar a lidar com a ansiedade no início do ano letivo:

1) Planeje antecipadamente

Crie um cronograma de estudos e organize suas tarefas para minimizar o estresse.

2) Pratique autocuidado

Dedique tempo para cuidar da sua saúde física e emocional, dormindo o suficiente, comendo bem e praticando atividades que você goste.

3) Conecte-se com outros estudantes:

Participar de grupos de estudantes ou de atividades extracurriculares pode ajudá-lo a fazer amizades e se sentir mais conectado com a universidade.

4) Converse com um professor/coordenador pedagógico

Se você estiver se sentindo sobrecarregado, converse com um conselheiro de alunos ou um profissional de saúde mental.

5) Tenha uma rede de apoio

Aproveite o suporte que grupos de algumas Redes Sociais possam oferecer e/ou crie um grupo de suporte, nem que seja com você mesmo!

Gostou das dicas?

Lembre-se de que a ansiedade é uma experiência comum e que existem muitos recursos e estratégias disponíveis para ajudá-lo a lidar com ela. Se você se sentir sobrecarregado, não hesite em procurar ajuda e apoio.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra e psicoterapeuta em São Paulo. Clique no botão abaixo e fale com a minha equipe!



27 de abril de 2020 Ansiedade

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a síndrome do pânico já afeta 4% da população do país. Isso significa que mais de 8 milhões de brasileiros sofrem com o problema.

Ela é um tipo de transtorno de ansiedade em que ocorrem crises inesperadas de medo intenso e desespero de que algo ruim aconteça, sem ter algum motivo ou sinal de perigo aparente.

Pessoas em crises de pânico apresentam pelo menos quatro dos sintomas a seguir: taquicardia, falta de ar, dor ou desconforto no peito, formigamento, tontura, tremores, náusea, desconforto abdominal, visão embaçada, boca seca, dificuldade de engolir, sudorese, ondas de calor ou frio, e sensação de iminência da morte.

A frequência das crises varia de pessoa para pessoa e a duração tem tempo médio de 10 minutos. E não há como prever a chegada de uma.

Nos estágios iniciais do transtorno, não há nada específico capaz de desencadear o problema. Porém, há indícios de que lembrar de ataques de pânico anteriores pode contribuir e levar a uma nova crise.

Diagnóstico

Uma crise isolada ou uma reação de medo intenso diante de ameaças reais não constituem eventos suficientes para o diagnóstico da doença. Para ser diagnosticada como síndrome, as situações abaixo devem ocorrer com o paciente:

 

  • sofrer de ataques de pânico inesperados e frequentes.
  • sentir medo e angústia pela recorrência de um novo ataque e pelas consequências dessa nova crise, como perda de controle, ataque cardíaco ou mudanças súbitas de comportamento.
  • evitar situações que possam desencadear em uma nova crise.
  • não serem causadas por abuso de substâncias.
  • modificar o comportamento, a ponto do estilo de vida ser interferido negativamente.

Tratamento para síndrome do pânico

A boa notícia é que o problema tem cura. O principal objetivo do tratamento é reduzir o número e a intensidade das crises, assim como promover uma recuperação mais rápida.

Após o diagnóstico, o paciente é tratado com uma associação de psicoterapia e medicamentos, que incluem antidepressivos e ansiolíticos. Os medicamentos atuam sobre os desequilíbrios bioquímicos que geram os efeitos físicos associados à doença. Já a psicoterapia trabalha os medos, as fobias, a ansiedade e ajuda a pessoa a mudar a atitude diante dos ataques de pânico.

O tempo de tratamento varia a cada caso, podendo ir de alguns meses a vários anos. Manter o processo pelo período definido com o psiquiatra é fundamental para a cura. Caso contrário, um tratamento interrompido antes do fim pode significar o retorno da doença com intensidade ainda maior.

Também faz parte do tratamento da síndrome do pânico a mudança no estilo de vida, priorizando boa alimentação e a realização de exercícios físicos com frequência. Outra indicação é fazer atividades de lazer, que ajudem a não pensar nos efeitos de um possível ataque de pânico, assim como ações de relaxamento, incluindo massagens e meditação.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



10 de abril de 2020 Todos

Você conhece esse sentimento de ansiedade quando não tem certeza do que os outros pensam de você, deixando-o com uma suspeita de que possa ser inadequado, não saiba saber o que dizer e ser muito criticado ou de que está se fazendo de bobo? Isso se chama ansiedade social. E, embora todos tenham alguma ansiedade social, para muitos, a alta ansiedade social atrapalha conexões sociais significativas e a qualidade de vida. Então, o que acontece quando as políticas de distanciamento social dizem para você ficar longe das pessoas? Para aqueles com alta ansiedade social, isso provavelmente é um grande alívio. No entanto, embora menos pressão e oportunidade de socializar possam aliviar a ansiedade por enquanto, a realidade é que a melhor maneira de vencer a ansiedade social para o bem é permanecer engajado em atividades sociais significativas, mesmo quando você se sente ansioso.

Por que permanecer engajado ajuda na Ansiedade Social?

A diminuição do contato social permite incubar a ansiedade e dificulta o progresso e a manutenção deste progresso. Pesquisas mostram que quanto mais você evita o que teme, mais ansiedade se acumula ao longo do tempo, dificultando ainda mais o engajamento no futuro. Além disso, evitar a interação social pode causar isolamento e solidão, o que aumenta a chance de desenvolver depressão.

O que fazer:

1) Seja gentil consigo mesmo.

Mesmo que a ansiedade social seja baixa, outros tipos de ansiedade podem ser altos devido a mudanças nas rotinas diárias, estresse financeiro e incerteza em relação à saúde e segurança. Reconheça as fontes de sua ansiedade e tente equilibrar atividades que te acalmam e de autocuidado a curto prazo com estímulos ocasionais fora de sua zona de conforto, que podem ajudá-lo a progredir a longo prazo em direção à superação da ansiedade social.

2) Lembre-se de seus objetivos a longo prazo.

Quando a crise passar e você retomar suas atividades habituais, o que especificamente você gostaria de fazer e que a ansiedade social geralmente atrapalhava? Iniciar planos sociais? Falar no trabalho? Ir a encontros? Pode ser útil se concentrar em uma ou duas metas de longo prazo mais importantes para você, mesmo que demore um pouco para chegar lá.

3) Dê pequenos passos agora.

Com base em suas metas de longo prazo, que pequenos passos você pode dar agora? Por exemplo, se o início de planos sociais de grupo é importante para você, mas você geralmente evita isso, comece contatando um amigo ou membro da família para agendar um bate-papo por vídeo. Depois de praticar isso algumas vezes, passe a iniciar uma reunião virtual para duas ou três pessoas. O objetivo é criar uma série de mini-desafios para você fazer coisas que você sabe que são seguras, que melhorarão sua qualidade de vida, mas que você normalmente sente alguma ansiedade ao fazer e/ou tende a evitar completamente. Antes de cada mini-desafio, tente descobrir o que mais preocupa e, depois, reflita sobre o que realmente aconteceu. O resultado que você temeu foi tão provável ou catastrófico quanto você pensou que seria?

4) Adapte-se ao distanciamento social.

Reserve um momento para avaliar quais aspectos de suas circunstâncias atuais da vida podem estar causando ansiedade social, bem como quais atividades você pode evitar desnecessariamente por causa de medos sociais. Se o uso da tecnologia (por exemplo, videoconferência, telefonemas) aumentar a ansiedade, poderá ajudar a praticar o uso da tecnologia sem um desafio de ansiedade social primeiro. Como alternativa, se o uso da tecnologia facilitar as situações sociais, use isso como uma oportunidade para realmente desafiar a si mesmo, talvez cometendo um pequeno erro de propósito para ver se é tão ruim quanto você pensou que seria. E lembre-se: quando ouvir o distanciamento social, pense em socialização distante!

5) Celebre suas realizações.

É difícil sair da sua zona de conforto para desafiar a ansiedade. Você deve se sentir ansioso ao fazer esses exercícios, e tudo bem! Observe o que aprendeu (por exemplo, “não é tão ruim quanto eu pensava”) e celebre seus sucessos, por menores que sejam. Sempre.

 

Quer saber mais outras dicas de como lidar com a Ansiedade Social? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



15 de junho de 2019 Todos

O transtorno de ansiedade social, ou fobia social, é um distúrbio caracterizado pelo desconforto e medo incontrolável de uma ou várias ocasiões sociais. A pessoa pode apresentar dificuldades em apresentar um trabalho em público ou comer na frente de outras pessoas, por exemplo, por medo de ser julgada ou de que as pessoas notem suas fraquezas.

A doença é considerada frequente na população brasileira, sendo o terceiro transtorno mental mais recorrente e o primeiro transtorno de ansiedade mais comum.

Esse desconforto provoca uma ansiedade incontrolável e pode interferir no desempenho profissional ou pessoal do paciente, o que pode acarretar em outros problemas psicológicos, como depressão grave ou agorafobia, medo de permanecer em locais abertos, fechados ou ficar em meio a multidões.

As causas dessa ansiedade social podem estar relacionadas a diversos fatores, mas, sabe-se que ao contrário de outras condições de saúde, a fobia social está mais ligada a causas externas do que genéticas. Os principais fatores de risco para desenvolvimento da doença são:

  • Histórico social: pacientes com histórico de doenças de ansiedade na família tendem a ser mais propensos ao desenvolvimento do distúrbio;
  • Experiências negativas: crianças e adolescentes que sofrem com bullying, rejeição ou qualquer tipo de humilhação tendem a desenvolver distúrbios de ansiedade social;
  • Acontecimentos traumáticos, conflitos familiares ou abusos também podem desencadear a doença;
  • Timidez: crianças e adolescentes mais tímidas e retraídas são mais propensas a desenvolver o transtorno, uma vez que possuem mais dificuldade de enfrentar novas situações;
  • Apresentações e novas amizades: conhecer novas pessoas e fazer um discurso em público também podem desencadear o transtorno em algumas pessoas;
  • Aparência: pessoas com deformidade facial ou em outras partes do corpo, gagueira e outras doenças visíveis também tendem a desenvolver a ansiedade social.

Os principais sintomas dos pacientes com fobia social são:

  • batimento cardíaco acelerado;
  • dor no estômago ou náuseas;
  • tontura ou vertigem; confusão;
  • diarreia;
  • tensão muscular;
  • transpiração excessiva;
  • sensação que a garganta está travada ou dificuldade em engolir;
  • esquecer o que ia falar momentaneamente;
  • vontade exagerada de ir ao banheiro.

Pessoas com fobia social também tendem a ser muito pessimistas, esperando sempre o pior – principalmente de situações sociais.

Diagnóstico e tratamento da fobia social

Não existe um exame que possa detectar o transtorno de ansiedade social. O diagnóstico é feito com base na conversa com o paciente e familiares. Normalmente, um diagnóstico completo só é feito depois de seis meses de apresentação dos sintomas.

O tratamento é feito com a ajuda de medicamentos e terapia. Além de ajudar o paciente a descobrir os gatilhos que levam às crises de ansiedade, o tratamento ajuda a ultrapassar as barreiras de modo que a pessoa não se sinta tão preocupada com a possível opinião de outras pessoas.

A terapia também é importante para ajudar a afastar os pensamentos negativos que normalmente surgem na ansiedade social, fazendo com que a pessoa enxergue as coisas sem muitas preocupações, melhorando a qualidade de vida.

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