antidepressivos / Dra Aline Rangel


4 de abril de 2020 DepressãoTodos

O que você precisa saber sobre opções de tratamento e medicação

Muitos de vocês, como eu, seguem várias fontes de notícias ao longo do dia. Seja rádio, televisão, sites de notícias eletrônicas ou mídias digitais, existem inúmeras maneiras pelas quais as pessoas podem acessar informações com facilidade 24 horas por dia, sete dias por semana. Essa proliferação de informações é maravilhosa – mas pode ser avassaladora e, em alguns casos – especialmente em questões de saúde mental – imprecisa ou simplesmente inverídica.

Mais recentemente, fiquei impressionada com entrevistas recentes com pessoas que não são profissionais de saúde mental que discutem a depressão sem ter uma formação profissional no campo. Esses autores se colocam  em uma plataforma pública para discutir o tratamento da depressão e o que “funciona” e o que “não funciona” – e embora muito “pareça” convincente e factual – em muitos casos, não é – e isso pode seja muito perigoso.

Como é o plano de tratamento da Depressão

Como psiquiatra praticante por muitos anos, posso atestar o fato de que os tratamentos para depressão funcionam e que aqueles que sofrem com depressão precisam ser informados sobre o que esperar durante o tratamento. Existem muitas pesquisas baseadas em evidências para mostrar que a medicação e a terapia são uma maneira poderosa e eficaz de tratar a depressão. De fato, o tratamento da depressão geralmente é um tratamento combinado, não muito diferente do tratamento para hipertensão ou enxaqueca. É importante saber que, embora apenas a medicação e a psicoterapia (terapia cognitivo-comportamental, terapia interpessoal, psicanálise, etc) possam aliviar os sintomas depressivos, é uma combinação de medicação e psicoterapia que foi associada a taxas de melhoria significativamente mais altas em doenças mais graves, crônicas, e apresentações complexas de depressão.

É fundamental que alguém que sofre de depressão seja informado sobre as opções de tratamento e tenha um médico ou terapeuta que discuta claramente que tipos de medicamentos estão disponíveis, como gerenciar a falta de eficácia ou efeitos colaterais e como trabalhar com o paciente para garantir que os medicamentos sejam eficazes. Muitas pessoas me disseram que a medicação salvou suas vidas; quase todos desejavam tê-las experimentado antes. E a grande maioria as tolera muito bem. Também é importante entender o que são as psicoterapias, como elas diferem em termos de base de evidências e quão importante é tentar a terapia e encontrar uma que funcione melhor para você, em vez de permanecer na terapia por anos sem alívio dos sintomas. A terapia geralmente não é fácil e exige muito esforço e comprometimento. Mas funciona e já vi muitas pessoas encontrarem alívio da depressão e prosperarem. Um médico disponível e receptivo é uma necessidade absoluta, e visitas frequentes de acompanhamento para garantir que o plano de tratamento esteja correto e funcionando (e para modificar o plano, se necessário) também são essenciais.

O problema do estigma sobre Transtornos Mentais

Ainda como sociedade, sentimos vergonha ao falar sobre transtornos mentais. É difícil e às vezes impossível para as pessoas procurarem a ajuda de que precisam. O suicídio é a segunda principal causa de morte em nossa população adulta jovem. Lembre-se: estar informado sobre as opções de tratamento é a chave para encontrar o tratamento certo para você ou para um ente querido. Você pode aprender sobre as opções de medicação e terapia visitando outros posts do meu blog.

Os tratamentos de depressão funcionam e podem melhorar significativamente a qualidade de vida. Este período de quarentena é um momento maravilhoso para nos comprometermos a nos educar sobre as opções de tratamento. Vamos nos comprometer a fazer perguntas, aprender e manter-se informado sobre a pesquisa e os tratamentos atuais. Isso ajudará à quebra do estigma em torno dos problemas de saúde mental e garantirá que as pessoas encontrem o tratamento de que precisam hoje e continuem a trabalhar como uma sociedade para obter melhores tratamentos amanhã.

Quer saber mais sobre tratamento da depressão? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!

 



15 de março de 2020 Todos
Os antidepressivos, como o próprio nome sugere, é uma categoria de medicamentos desenvolvidos para tratar especialmente os transtornos depressivos, mas também podem se utilizados no tratamento de transtornos de ansiedade, distúrbios do sono, dependência química, dores crônicas, transtornos alimentares, disfunções sexuais, etc. Quer saber mais detalhes sobre os antidepressivos? Leia o artigo e fique por dentro do assunto!

Como agem os antidepressivos?

Antidepressivos são fármacos psiquiátricos que atuam no sistema nervoso central. Eles são utilizados para tratar variados distúrbios e são capazes de promover o equilíbrio das funções eletroquímicas do cérebro, bem como, normalizar o fluxo dos neurotransmissores. Essa regulação auxilia na atenuação dos sintomas de depressão e outros transtornos.

Quanto tempo demora para os antidepressivos fazerem efeito?

O tempo de ação varia de acordo com o caso e depende das respostas do organismo de cada paciente. Enquanto alguns antidepressivos começam a surtir efeito nos primeiros dez dias de tratamento, outros demoram meses, uma vez que a melhora é gradual e lenta. Isso ocorre porque os pacientes não reagem imediatamente às novas substâncias e o cérebro, no começo, ainda está aprendendo a lidar com elas.

Quais são os tipos de antidepressivos?

Os antidepressivos são classificados em alguns tipos: inibidores não seletivos da recaptação de moaminas, inibidores seletivos da recaptação da serotonina, inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina, inibidores da recaptação de serotonina e antagonistas ALFA-2, inibidores seletivos da recaptação de dopamina, antagonistas ALFA-2 e inibidores da Monoaminoxidase.

Que sintomas os antidepressivos podem amenizar?

Os efeitos dependem do tipo de antidepressivo. A gama de sintomas que podem ser amenizados através do tratamento fármaco incluem sonolência, boca seca, cansaço, visão borrada, dor de cabeça, tremores, palpitações, náuseas, vômito, prisão de ventre,  tontura, transpiração, rubor, queda da pressão, ganho de peso, distúrbios ejaculatórios, sudorese excessiva, etc.

Deve-se tomar antidepressivos por conta própria?

O uso de antidepressivos vem crescendo no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Só para ter ideia, em nosso país o aumento chegou a 11,6% segundo dados da IMS Health. Apesar  desse crescimento, a utilização não deve ser irrestrita. O uso requer responsabilidade, indicação adequada e orientação médica, afinal, somente o profissional pode recomendar o tipo, dosagem e duração do tratamento antidepressivo. A automedicação é completamente contraindicada.

Por que os antidepressivos não resolvem, sozinhos, a depressão?

Quem tem depressão costuma apresentar baixos níveis de serotonina, neurotransmissor importante, relacionado à sensação de prazer e bem-estar. A baixa quantidade de serotonina prejudica fortemente a comunicação neuronal e resulta no desequilíbrio químico das emoções. Os antidepressivos entram em cena, a fim de melhorar a comunicação entre os neurônios, aumentando a concentração e o tempo que o hormônio permanece ali. Apesar disso, mesmo com os níveis de serotonina regulados, alguns pacientes não apresentam melhoras no quadro depressivo. Isso ocorre porque nesses casos, não há apenas um desbalanceamento químico que a medicação deveria corrigir. É que cada pessoa pode responder de formas diferentes ao tratamento fármaco. O ideal é que a abordagem terapêutica inclua também outros métodos eficientes, como por exemplo, a psicoterapia. Quer saber mais sobre antidepressivos? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de novembro de 2019 Todos
Uma das preocupações que temos ao receber a prescrição de medicamentos é se eles podem causar dependência. Os antidepressivos e ansiolíticos, chamados de psicofármacos, são os que mais causam dúvidas quando a relação malefício/benefício é observada. Você já usou algum desses medicamentos? Conhece alguém que já ficou dependente? Neste artigo, vamos abordar esse assunto e explicar um pouco mais sobre os psicofármacos. Continue a leitura e saiba mais!

O que são antidepressivos?

A introdução desse tipo de medicamento — que atua no sistema nervoso central — para o tratamento de transtornos mentais se tornou popular a partir dos anos 1950. Na atualidade, o seu uso tem crescido exponencialmente. Eles costumam ser eficientes na promoção do equilíbrio das funções eletroquímicas do cérebro e do controle do fluxo dos neurotransmissores. Existem diversos tipos desse psicofármaco, por isso, o tempo para que eles façam efeito é variável. Uma reação comum das pessoas que utilizam esse remédio é a piora ou a ausência de efeitos positivos nas primeiras semanas do tratamento. Isso ocorre porque o cérebro ainda está aprendendo a lidar com a nova substância.

Para que eles servem?

Ainda não há uma comprovação científica de que a depressão e a ansiedade ocorram em função de um desequilíbrio químico cerebral. Por isso, há divergências de opiniões na comunidade médica sobre os efeitos dos psicofármacos. Contudo, esses transtornos são que mais motivam a prescrição desse tipo de medicação. E o motivo para tal está na forma como os antidepressivos atuam no bloqueio e na recaptação de neurotransmissores. Porém, é importante esclarecer que esse psicofármaco não cura qualquer transtorno mental. Ele atua na remissão completa dos sintomas, ou seja, a depressão ainda existe, mas é mantida sob controle. Além desses transtornos, esse medicamento também pode ser indicado para tratar o estresse pós-traumático, obsessão-compulsão, bulimia, disforias pré-menstruais, entre outros.

Eles oferecem prejuízos para a saúde?

Como o uso desse psicofármaco atua no controle dos sintomas dos transtornos mentais, o paciente tem uma melhora do seu quadro, retornando a uma vida normal. Assim, ele pode associar a necessidade da medicação para a obtenção da felicidade oferecida pela ausência dos sintomas. Dessa forma, um dos problemas mais recorrentes é a síndrome de abstinência provocada pela interrupção abrupta no uso dos medicamentos, cujos sinais, geralmente, se iniciam após 72 horas da última utilização. Durante a crise de abstinência, o paciente apresenta ansiedade, insônia, irritabilidade, oscilações de humor, tonturas, falta de coordenação motora, náuseas, vômitos, calafrios, fadiga, dor muscular, entre outros. Em razão desse quadro, é possível afirmar que há uma dependência do paciente quanto ao uso dos psicofármacos. Para que não haja essa crise de abstinência, o tratamento deve ser interrompido de forma gradativa e com acompanhamento médico. Quanto aos benefícios dos antidepressivos, as pessoas precisam ter ciência de que eles só começam a aparecer cerca de seis semanas após o início do tratamento e precisa ser continuado por períodos de seis meses a um ano, para que não ocorram recaídas. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



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    Médica graduada na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro com Residência em Psiquiatria no Instituto de Psiquiatria Universidade Federal do Rio de Janeiro.


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