Uma das preocupações que temos ao receber a prescrição de medicamentos é se eles podem causar dependência. Os antidepressivos e ansiolíticos, chamados de psicofármacos, são os que mais causam dúvidas quando a relação malefício/benefício é observada.
Você já usou algum desses medicamentos? Conhece alguém que já ficou dependente? Neste artigo, vamos abordar esse assunto e explicar um pouco mais sobre os psicofármacos. Continue a leitura e saiba mais!
O que são antidepressivos?
A introdução desse tipo de medicamento — que atua no sistema nervoso central — para o tratamento de transtornos mentais se tornou popular a partir dos anos 1950. Na atualidade, o seu uso tem crescido exponencialmente.
Eles costumam ser eficientes na promoção do equilíbrio das funções eletroquímicas do cérebro e do controle do fluxo dos neurotransmissores. Existem diversos tipos desse psicofármaco, por isso, o tempo para que eles façam efeito é variável.
Uma reação comum das pessoas que utilizam esse remédio é a piora ou a ausência de efeitos positivos nas primeiras semanas do tratamento. Isso ocorre porque o cérebro ainda está aprendendo a lidar com a nova substância.
Para que eles servem?
Ainda não há uma comprovação científica de que a depressão e a ansiedade ocorram em função de um desequilíbrio químico cerebral. Por isso, há divergências de opiniões na comunidade médica sobre os efeitos dos psicofármacos.
Contudo, esses transtornos são que mais motivam a prescrição desse tipo de medicação. E o motivo para tal está na forma como os antidepressivos atuam no bloqueio e na recaptação de neurotransmissores.
Porém, é importante esclarecer que esse psicofármaco não cura qualquer transtorno mental. Ele atua na remissão completa dos sintomas, ou seja, a depressão ainda existe, mas é mantida sob controle.
Além desses transtornos, esse medicamento também pode ser indicado para tratar o estresse pós-traumático, obsessão-compulsão, bulimia, disforias pré-menstruais, entre outros.
Eles oferecem prejuízos para a saúde?
Como o uso desse psicofármaco atua no controle dos sintomas dos transtornos mentais, o paciente tem uma melhora do seu quadro, retornando a uma vida normal. Assim, ele pode associar a necessidade da medicação para a obtenção da felicidade oferecida pela ausência dos sintomas.
Dessa forma, um dos problemas mais recorrentes é a síndrome de abstinência provocada pela interrupção abrupta no uso dos medicamentos, cujos sinais, geralmente, se iniciam após 72 horas da última utilização.
Durante a crise de abstinência, o paciente apresenta ansiedade, insônia, irritabilidade, oscilações de humor, tonturas, falta de coordenação motora, náuseas, vômitos, calafrios, fadiga, dor muscular, entre outros.
Em razão desse quadro, é possível afirmar que há uma dependência do paciente quanto ao uso dos psicofármacos. Para que não haja essa crise de abstinência, o tratamento deve ser interrompido de forma gradativa e com acompanhamento médico.
Quanto aos benefícios dos antidepressivos, as pessoas precisam ter ciência de que eles só começam a aparecer cerca de seis semanas após o início do tratamento e precisa ser continuado por períodos de seis meses a um ano, para que não ocorram recaídas.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
psiquiatra em São Paulo!