borderline / Dra Aline Rangel


19 de fevereiro de 2021 LGBTQIA+Todos

A Síndrome de Borderline ou Transtorno de Personalidade Borderline, ou ainda Síndrome de Limítrofe é um transtorno mental grave caracterizado por mudanças súbitas de humor, medo de abandono e comportamentos compulsivos de indivíduos, como gastar ou comer descontroladamente. Ela pode ser muito comumente confundida com a esquizofrenia ou bipolaridade, sendo necessário o diagnóstico de um psiquiatra.

Uma pessoa com esse transtorno tem uma autoimagem muito distorcida e muitas vezes se sente inútil e falha em tudo o que faz. Isso pode acabar afastando o indivíduo de pessoas que ama. Muitas vezes, a pessoa com a síndrome, por esse sentimento de incapacidade ser tão forte, acabam se sabotando quando têm chances reais de que algo dê certo em seus planos e metas.

Esse transtorno afeta o modo como o indivíduo se vê e, a partir daí, como se relaciona e como se comporta em relação a outras pessoas.

Quais os sintomas da Síndrome de Borderline?

Os indivíduos que sofrem do Transtorno de Personalidade Borderline tem medo que as emoções fujam do controle e, por isso, tendem a se tornarem mais irracionais em situações de muito estresse, criando dependência em relação a outras pessoas e “válvulas de escape” para se sentirem mais confortáveis e, assim, estáveis.

Os sintomas mais comuns englobam momentos de estabilidade que alternam com surtos psicóticos. Geralmente esse transtorno de personalidade se desenvolve na adolescência e vai ficando cada vez mais frequente com o passar dos anos. Uma pessoa que sofre da Síndrome de Borderline também possui relações interpessoais intensas e instáveis. Outros sintomas da síndrome são:

  • Alterações de humor ao longo do dia;
  • Raiva, desespero e pânico;
  • Instabilidade;
  • Medo de abandono;
  • Impulsividade (gastos descontrolados, consumo exagerado de comida, outras substâncias e sexo);
  • Incapacidade de cumprir regras e obedecer a leis;
  • Baixa autoestima;
  • Sentimento de solidão e vazio;
  • Atos autolesivos e tentativas de suicídio.

O que leva uma pessoa a desenvolver essa síndrome?

As causas do Transtorno de Personalidade Borderline estão ligadas, geralmente, a situações traumáticas durante a infância. Alguns fatores que levam ao desenvolvimento do transtorno podem ser a predisposição genética, experiências como enfrentar doenças graves ou a morte de entes queridos, situações de abuso ou negligência, e também instabilidade familiar.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito através da descrição do comportamento pelo próprio paciente para o profissional, que irá analisar os fatores recorrentes na vida do indivíduo de acordo com o conhecimento sobre os vários tipos de transtornos de personalidade existentes.

Também é indicado o uso de exames fisiológicos para que sejam descartados outros transtornos como esquizofrenia, por exemplo.

Há tratamento eficaz para o transtorno?

Sim. Para que uma pessoa com Síndrome de Borderline possa se tratar é necessário o acompanhamento de um psiquiatra ou psicólogo, através da psicoterapia em grupo ou individual. Com ela, mudanças gradativas são percebidas na vida do paciente, que começa a controlar melhor as suas emoções negativas e os gatilhos que elas proporcionam.

É importante que ele confie em seu terapeuta e se sinta confortável para se abrir com ele. Além disso, pode ser indicado também o uso de medicamentos antidepressivos, estabilizadores de humor e calmantes.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



8 de junho de 2020 Todos

Instabilidade emocional, sensação de inutilidade, insegurança, impulsividade e relações sociais prejudicadas são alguns dos sintomas do transtorno de personalidade borderline. A prevalência média do distúrbio psíquico na população é estimada em 1,6% a 5,9%, sendo diagnosticado principalmente em pessoas do sexo feminino.

Pacientes com este tipo de transtorno vivem uma montanha-russa emocional e tem dificuldade em controlar impulsos. Além disso, não toleram estar sozinhos e fazem esforços frenéticos para evitar o abandono, o que torna as relações pessoais desgastantes.

Reconhecido com o um dos transtornos mais lesivos, leva a episódios de automutilação, abuso de substâncias e agressões físicas. Cerca de 10% dos pacientes cometem suicídio.

O termo foi usado pela primeira vez em 1884 e passou por diversos conceitos ao longo dos anos. Originalmente, designava um grupo de pacientes que vivia no limite da sanidade, ou seja, na fronteira (borderline, em inglês) entre a neurose e a psicose. Foi só na década de 1980 que o diagnóstico da doença se tornou mais preciso.

Causas do transtorno de personalidade borderline

As causas e fatores envolvidos no surgimento desse transtorno são variados e abrangem desde a predisposição genética até experiências emocionais precoces e fatores ambientais.

  • Fatores genéticos: é cinco vezes mais frequente em parentes biológicos de primeiro grau de pessoas com o transtorno do que na população em geral. É relevante a presença de pais com o problema, podendo ser um ou ambos, na história clínica desses pacientes.
  • Instabilidade familiar: impacto do ambiente familiar no desenvolvimento da criança pode ser um fator causal importante. Cerca de 80% dos pacientes veem o casamento dos pais como muito conflituoso. Muitos passaram por negligência e abusos físicos e sexuais dentro da família.

O distúrbio pode ser também a consequência de uma educação muito autoritária, na qual pais rígidos sempre impõe seus desejos, e a criança sempre se submete, desenvolvendo dúvidas sobre a própria capacidade e vergonha pelos fracassos.

Como o distúrbio afeta a vida do paciente e das pessoas próximas?

Pessoas com esse transtorno são verdadeiros vulcões prontos a explodir a qualquer momento. Elas apresentam alterações súbitas e expressivas de humor e as relações interpessoais são intensas e instáveis, sendo muito difícil o convívio próximo com elas.

A situação é complicada para as pessoas próximas, porque uma só palavra mal colocada, pode levar do amor ao ódio em instantes. Além disso, uma situação inesperada sem relevância ou uma leve frustração pode levar o paciente a um acesso de raiva.

Além de medo de situações de abandono e perda, o paciente com transtorno de personalidade borderline também não sabe lidar com o êxito. É comum que eles abandonem ou destruam alvos e metas justamente quando a perspectiva de consegui-las é real e próxima.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



15 de junho de 2019 Todos

A Síndrome de Borderline ou Transtorno de Personalidade Borderline, ou Limítrofe, é um distúrbio mental caracterizado pela instabilidade emocional, oscilação de humor, comportamento impulsivo e inconstante, baixa autoestima e distorção da autoimagem.

Esse transtorno se manifesta mais em mulheres e pode se desenvolver em qualquer fase da vida. As principais causas para o aparecimento do transtorno são:

  • Predisposição genética;
  • Experiências traumáticas na infância ou em outras fases da vida;
  • Separação bruscas de entes queridos, seja por rompimento afetivo ou morte;
  • Bullying ou abuso psicológico ou sexual, em algum momento da existência do indivíduo;
  • Vivência de situações de terror e pânico, que deixaram marcas emocionais muito fortes e profundas;
  • Problemas neurológicos como uma disfunção cerebral em partes do cérebro que estão relacionada com as emoções, podem causar o surgimento desse transtorno.

O diagnóstico do transtorno Borderline não é uma tarefa simples, uma vez que outras condições psicológicas possuem sintomas semelhantes de ansiedade, psicose e intensidade de humor. Dessa forma, o diagnóstico deve ser realizado por um psiquiatra habilitado. O diagnóstico ocorre através de anamnese, processo que engloba entrevista sobre histórico familiar e clínico do paciente, além de avaliação psicológica, que pode incluir o preenchimento de questionários.

O psiquiatra é o profissional mais adequado para diagnosticar o quadro. Contudo, psicólogos e psicanalistas também podem ajudar ao longo do tratamento.

Como lidar com um paciente com Borderline?

A personalidade Borderline não tem cura, por isso, demanda atenção e tratamento constantes. Lidar com pessoas com esse tipo de transtorno de personalidade é complicado e exige paciência de toda a família. O primeiro passo é encaminhar a pessoa para o tratamento adequado, tanto psiquiátrico, quanto psicológico.

Junto com o tratamento psicológico, a família e os amigos têm um papel fundamental na rotina e dia a dia do paciente. Algumas mudanças de hábitos podem ajudar:

  • Ambiente familiar tranquilo: pacientes com transtorno Borderline têm dificuldade em tolerar estresse nos relacionamentos (rejeição, críticas, discordâncias) e podem, portanto, se beneficiar de um ambiente calmo em casa.
  • Mantenha uma rotina familiar: portadores do transtorno têm medo de solidão e rupturas em seus relacionamentos, uma simples viagem pode desencadear uma crise e o sentimento de abandono. Por isso, é importante manter uma rotina familiar, com contato constante com amigos e familiares, buscando reduzir o sentimento de rejeição e abandono.
  • Fique atento às falas e atitudes dos pacientes: ameaças de suicídio e automutilação devem ser encaradas com seriedade. Dê atenção à pessoa, converse e tenha um tempo só para ela, ajudando-a a entender seus sentimentos e angústias;
  • Incentive uma rotina saudável: além do tratamento psicoterápico e farmacológico, borderlines podem buscar alívio dos sintomas por meio de hábitos de vida saudável, como boa alimentação e prática de atividades físicas. Hobbies também são importantes, atividades que não são terapias, mas são terapêuticas.

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