compulsão pornografia / Dra Aline Rangel

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O transtorno de comportamento sexual compulsivo ou, simplesmente, compulsão sexual (CID-11: HA02) é caracterizado pela dificuldade persistente em controlar impulsos sexuais intensos, levando a comportamentos repetitivos, apesar das consequências negativas para o indivíduo. Assim como no impulso sexual excessivo, não há uma medida exata do que seria um “comportamento sexual normal”. O que define o transtorno é o impacto negativo desses comportamentos na vida cotidiana.

Exemplos de comportamentos compulsivos incluem:

  • Passar horas consumindo material sexual online, negligenciando tarefas diárias e responsabilidades.
  • Buscar relações sexuais repetitivas com diferentes parceiros, mesmo quando isso coloca em risco a saúde, o trabalho ou relacionamentos.
  • Utilizar o sexo como uma forma de evitar lidar com emoções difíceis, como estresse ou ansiedade, repetidamente, sem sucesso em controlar esse padrão.

Esse termo “comportamento sexual” age como um “guarda-chuva” que cobre diferentes tipos de expressões sexuais, desde pensamentos, fantasias e impulsos até ações repetitivas. O comportamento sexual torna-se problemático quando é compulsivo e a pessoa não consegue controlar a repetição, mesmo quando isso gera sofrimento e prejuízos à sua vida.

Essa explicação deve deixar claro que o problema não é a “quantidade” de atividade sexual em si, mas o “impacto negativo” que esse comportamento repetitivo e incontrolável gera.

Identificando seus gatilhos de “Vício Sexual

Muitas pessoas acreditam que “viciados em sexo” são provocados apenas quando encontram uma imagem erótica, como uma foto sugestiva ou veem uma pessoa vestida de maneira sensual. No entanto, na realidade, quase qualquer coisa pode ser um gatilho para o vício sexual.

Um gatilho é algo que desperta pensamentos e sentimentos de desejo, que resultam em fantasias e comportamentos sexuais. O gatilho pode ser de natureza sexual, mas também pode ser um evento desagradável ou uma memória infeliz. O desejo sexual e a necessidade de satisfazer esse desejo tornam-se uma forma de evitar pensamentos ou sentimentos difíceis de lidar. Eventos positivos também podem ser gatilhos para comportamentos sexuais.

A compulsão sexual pode ser considerado algo cíclico. Gatilhos geram fantasias sexuais, que levam a rituais, como visitar sites pornográficos ou contatar parceiros sexuais. A consumação do ato, que envolve o sexo e o orgasmo, é seguida por um distanciamento emocional, como racionalizações ou culpar outros pelo comportamento sexual. Em seguida, geralmente há uma onda de emoções negativas, como culpa, vergonha, ansiedade ou depressão. Esse desconforto emocional pode, então, desencadear um novo ciclo de compulsividade sexual.

Quando você está ciente dos seus gatilhos, pode preveni-los. Isso é especialmente verdade se você puder substituir uma atividade positiva e não sexual quando um gatilho ocorrer. Atividades positivas podem incluir conversar com um amigo próximo, ir à academia, reaproximar-se de relacionamentos sexuais “saudáveis” ou trabalhar, ou um hobby.

Identificando seus Gatilhos Internos e Externos

Liste os gatilhos internos que podem levar a um ciclo de atuação sexual. Gatilhos internos comuns incluem baixa autoestima, estresse, sentimentos de solidão e tédio, ou tristeza. Avalie a “força” do gatilho de 1 a 10, sendo: 1=Não muito forte, fácil de ignorar e 10=Muito forte, incontrolável. Também anote atividades positivas que você pode realizar quando enfrentar um gatilho.

GATILHOS INTERNOS                  FORÇA                 ATIVIDADES POSITIVAS

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Agora liste os gatilhos externos que podem levar a um ciclo de atuação sexual. Gatilhos externos comuns incluem o uso de drogas e álcool, discussões, críticas, dificuldades no trabalho ou na escola. Avalie a “força” do gatilho e liste atividades positivas para superá-lo.

GATILHOS EXTERNOS                   FORÇA                 ATIVIDADES POSITIVAS

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Assunto considerado tabu, a disfunção sexual masculina acarreta problemas significativos na vida particular e de casais. De modo simples, estamos falando de bloqueios que impedem uma resposta sexual adequada, da incapacidade persistente ou recorrente de manter uma ereção até o final da atividade sexual. Fatores orgânicos e psicológicos estão associados a esses desajustes.Trata-se de um quadro que afeta a vida de quase metade dos brasileiros.

Fatores psicológicos que contribuem para a disfunção sexual masculina

1) Estresse e ansiedade

Você sabia que o simples fato de pensar muito em como será o desempenho na cama altera o ato sexual? Muitos homens sentem-se obrigados a satisfazer todos os desejos do parceiro e entram numa verdadeira corrida que mina a naturalidade. Outras preocupações (trabalho, casa, família, filhos, dinheiro), quando se manifestam de maneira excessiva, também são verdadeiros entraves a uma vida sexual satisfatória. E não pense você que tal comportamento restringe-se aos mais velhos – rapazes jovens também são impactados.

2) Pornografia

Estudos já comprovam certo impacto negativo da pornografia na vida sexual das pessoas. O que acontece, às vezes, é uma comparação desleal. O que é capturado sob lentes, posições estratégicas e efeitos audiovisuais não pode ser cobrado com tanta veemência na vida real. Quando a mente humana é “enganada”, pode-se cair na tentação de esperar da (o) parceira (o) atitudes plásticas demais.

3) Não posso ser pai agora! E se eu pegar alguma doença?

Relacionar-se sexualmente com sua (o) parceira (o) com medo de contrair alguma infecção ou doença, além de lidar com a possibilidade de ser pai, são outras causas de disfunção erétil psicológica. Muitos homens chegam preocupados ao consultório, mesmo tendo feito uso de preservativos adequadamente. Neste caso, salienta-se a importância de conhecer a (o) parceira (o) e não abrir mão de métodos de barreira.

4) Distúrbios mentais, como o de personalidade

Patologias que deixam o cérebro deficitário funcional e estruturalmente, de certa forma, prejudicam o ato sexual. Pense, por exemplo, em alguém com problemas de autoestima, quando o mínimo “erro” cometido altera a percepção em relação ao outro e a si próprio. Neste caso, qualquer comentário (mesmo aqueles ditos sem intenção de depreciar) pode impedir a plenitude nos momentos mais íntimos. O mesmo acontece no estado depressivo, que provoca falta de vontade de agir.

5) Desgastes no relacionamento

Quando a vida a dois não vai bem, discussões, brigas e até mesmo palavras mal empregadas podem causar danos importantes ao desempenho sexual.

Soluções para disfunção sexual masculina

Em alguns casos, pode-se fazer necessário o uso ou ajustes de medicamentos (determinados antidepressivos, por exemplo, têm efeitos colaterais na libido). Em todas as nuances, a terapia é uma ótima aliada, pois é possível, entre outros benefícios, avaliar certos comportamentos, descobrir suas “raízes”, dissipar incômodos e, consequentemente, realizar-se sexualmente. Disfunções sexuais precisam ser tratadas. Não tenha medo de compartilhar essas coisas com sua (o) parceira (o) e com algum especialista. O diálogo continua sendo essencial.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!

 




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    Médica graduada na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro com Residência em Psiquiatria no Instituto de Psiquiatria Universidade Federal do Rio de Janeiro.


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