compulsão sexual / Dra Aline Rangel

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Assunto considerado tabu, a disfunção sexual masculina acarreta problemas significativos na vida particular e de casais. De modo simples, estamos falando de bloqueios que impedem uma resposta sexual adequada, da incapacidade persistente ou recorrente de manter uma ereção até o final da atividade sexual. Fatores orgânicos e psicológicos estão associados a esses desajustes.Trata-se de um quadro que afeta a vida de quase metade dos brasileiros.

Fatores psicológicos que contribuem para a disfunção sexual masculina

1) Estresse e ansiedade

Você sabia que o simples fato de pensar muito em como será o desempenho na cama altera o ato sexual? Muitos homens sentem-se obrigados a satisfazer todos os desejos do parceiro e entram numa verdadeira corrida que mina a naturalidade. Outras preocupações (trabalho, casa, família, filhos, dinheiro), quando se manifestam de maneira excessiva, também são verdadeiros entraves a uma vida sexual satisfatória. E não pense você que tal comportamento restringe-se aos mais velhos – rapazes jovens também são impactados.

2) Pornografia

Estudos já comprovam certo impacto negativo da pornografia na vida sexual das pessoas. O que acontece, às vezes, é uma comparação desleal. O que é capturado sob lentes, posições estratégicas e efeitos audiovisuais não pode ser cobrado com tanta veemência na vida real. Quando a mente humana é “enganada”, pode-se cair na tentação de esperar da (o) parceira (o) atitudes plásticas demais.

3) Não posso ser pai agora! E se eu pegar alguma doença?

Relacionar-se sexualmente com sua (o) parceira (o) com medo de contrair alguma infecção ou doença, além de lidar com a possibilidade de ser pai, são outras causas de disfunção erétil psicológica. Muitos homens chegam preocupados ao consultório, mesmo tendo feito uso de preservativos adequadamente. Neste caso, salienta-se a importância de conhecer a (o) parceira (o) e não abrir mão de métodos de barreira.

4) Distúrbios mentais, como o de personalidade

Patologias que deixam o cérebro deficitário funcional e estruturalmente, de certa forma, prejudicam o ato sexual. Pense, por exemplo, em alguém com problemas de autoestima, quando o mínimo “erro” cometido altera a percepção em relação ao outro e a si próprio. Neste caso, qualquer comentário (mesmo aqueles ditos sem intenção de depreciar) pode impedir a plenitude nos momentos mais íntimos. O mesmo acontece no estado depressivo, que provoca falta de vontade de agir.

5) Desgastes no relacionamento

Quando a vida a dois não vai bem, discussões, brigas e até mesmo palavras mal empregadas podem causar danos importantes ao desempenho sexual.

Soluções para disfunção sexual masculina

Em alguns casos, pode-se fazer necessário o uso ou ajustes de medicamentos (determinados antidepressivos, por exemplo, têm efeitos colaterais na libido). Em todas as nuances, a terapia é uma ótima aliada, pois é possível, entre outros benefícios, avaliar certos comportamentos, descobrir suas “raízes”, dissipar incômodos e, consequentemente, realizar-se sexualmente. Disfunções sexuais precisam ser tratadas. Não tenha medo de compartilhar essas coisas com sua (o) parceira (o) e com algum especialista. O diálogo continua sendo essencial.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!

 


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19 de junho de 2022 Dra Aline RangelTodos1

Ao contrário do que muita gente imagina, gostar de fazer sexo não tem relação direta com a compulsão sexual ou “vício em sexo”, ou seja, ter uma vida sexual ativa e intensa não é sinal de que a pessoa é compulsiva.

Quem tem compulsão sexual não consegue resistir aos pensamentos e desejos exagerados sobre o sexo. Trata-se de um transtorno psiquiátrico caracterizado por atos impulsivos e obsessivos envolvendo a prática sexual, com o agravante de que o “viciado” precisa saciar sua vontade imediatamente, não importando onde, como e com quem.

Na compulsão sexual, a pessoa tem comportamentos e fantasias sexuais em excesso, como masturbação frequente, uso de pornografia, parceiros múltiplos e ocasionais, sexo desprotegido sem se preocupar com as consequências. Confira a seguir quais são as causas e tratamentos possíveis para esse tipo de compulsão.

Causas da compulsão sexual

Muitas vezes, o transtorno de compulsão sexual está ligado à ansiedade, mas também pode ser associado ao alcoolismo, dependência química, histórico familiar de compulsão, experiência de abuso sexual na infância, além de problemas pessoais e familiares.

Esses fatores geram desajustes psicológicos, alteram alguns neurotransmissores cerebrais e podem ter influência no desenvolvimento de quadros de compulsão sexual. Vale destacar que a maior parte (95%) dos casos de compulsão por sexo acontece com homens.

Tratamentos para compulsão sexual

O tratamento mais indicado para esse tipo de compulsão é a psicoterapia, processo terapêutico que visa identificar os gatilhos de ansiedade e controlar o comportamento impulsivo ou compulsivo.  Através da terapia, é possível tratar as causas psicológicas da compulsão por sexo, o que requer intervenção profissional, uma vez que dificilmente a pessoa com compulsão consegue se livrar dos problemas sozinha.

Eventualmente, podem ser administrados antidepressivos e neurolépticos para inibir o apetite sexual. Tudo deve ser orientado pelo psiquiatra, já que a automedicação não é recomendada em nenhuma situação. O profissional responsável pelo tratamento deve, preferencialmente, ser especializado em transtornos de ordem sexual.

A proibição da masturbação, abstenção de pornografia e  jejum de sexo não bloqueiam o comportamento compulsivo e, portanto, não tratam o comportamento compulsivo. Como a compulsão é originada por ansiedade, essas restrições podem tornar a pessoa ainda mais ansiosa, aumentando significativamente as chances dela desenvolver outras formas de compulsão, pois a tendência é que ela sinta a necessidade de canalizar a energia e os desejos para os alimentos, jogos ou compras, por exemplo.

O que acontece se a compulsão sexual não for tratada?

Como o sexo está ligado ao prazer, nem sempre os compulsivos sexuais buscam tratamento. Em geral, quando jovens, a percepção que têm sobre de si é de serem hipersexualizados ou gostar muito de sexo. Eles não notam que os hábitos relacionados ao sexo ganharam um caráter patológico e, por isso, não se preocupam. Isso é preocupante, afinal, a compulsão sexual pode produzir impactos muito negativos se não for adequadamente tratada. Entre os prejuízos estão a perda de vida social, relacionamentos superficiais, riscos para a saúde, além de problemas familiares, profissionais, financeiros e legais.

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10 de março de 2022 Todos

A compulsão é o quarto diagnóstico psiquiátrico mais comum no mundo. Motivo de preocupação entre quem convive com pessoas compulsivas e objeto de interesse dos pesquisadores da área, ela deve ser discutida e tratada com empatia e responsabilidade.

Os variados tipos de compulsão acometem boa parte da população mundial. Bilhões de pessoas não conseguem controlar os impulsos e se rendem às vontades, dando lugar a diferentes formas desse transtorno. 

Afinal de contas, o que é compulsão?

É um transtorno emocional caracterizado por hábitos específicos, que são repetidos excessivamente pelo indivíduo compulsivo. A repetição acontece até mesmo quando a ação é inconveniente e traz prejuízos à pessoa.

Quem sofre desse transtorno desenvolve um mecanismo inconsciente para obter alívio ou prazer imediato. A sensação de bem-estar é uma espécie de recompensa, que faz com que ele repita o comportamento, até que isso se torne compulsão.

Os sintomas mais frequentes do problema são os seguintes:

  • dificuldade para controlar a própria vontade;
  • alívio no momento em que cede a essa vontade;
  • culpa e vergonha depois dos episódios compulsivos;
  • mentiras sobre o comportamento;
  • irritação quando não consegue praticar o ato compulsivo;
  • pensamento obsessivo sobre o assunto;
  • utilização massiva da palavra “preciso”.

Compulsão alimentar

Essa é uma das mais frequentes formas do transtorno diagnosticadas nos consultórios psiquiátricos. Pessoas que a apresentam sentem a necessidade de comer, ainda que não estejam com fome, o que as leva a consumir grandes quantidades de alimento em um curto período de tempo.

Pode ser decorrente de distúrbios de percepção da própria imagem, problemas de ordem emocional, estresse, ansiedade e dietas realizadas de forma inadequada. Nesse último caso, a privação de determinados alimentos pode desencadear a vontade incontrolável de comer, mesmo que já se esteja saciado.

Compulsão por compras

Também conhecida como oniomania, geralmente essa forma do problema vem acompanhada de estresse ou ansiedade. O hábito de comprar descontroladamente pode causar sérios danos sociais ao indivíduo compulsivo, pois ele chega a deixar de adquirir o essencial para gastar com itens supérfluos.

Os shopaholics, ou consumidores compulsivos, já são 3% da população mundial, e esse número tende a aumentar. Aqueles que compram de maneira compulsiva costumam esconder as novas compras da família e mentir sobre os valores gastos na aquisição dos produtos. Além disso, compradores compulsivos ficam muito empolgados e eufóricos durante as compras. Conhece alguém assim?

Compulsão por exercícios físicos

Apresenta também o nome de vigorexia, como preferir, e é um transtorno resultante da distorção de imagem. Nesse tipo de transtorno, a pessoa enxerga o corpo menor do que é, e isso o leva a praticar atividades físicas compulsivamente.

Em casos mais graves, o indivíduo com vigorexia além de praticar exercícios de forma exagerada, também recorre a anabolizantes e promove o culto excessivo ao corpo, deixando de lado as outras áreas da vida.

Compulsão por trabalho

O workaholic, também chamado de trabalhador compulsivo, é alguém que trabalha sem parar. O termo se aplica a alguém que gosta muito do trabalho que realiza ou a pessoas que simplesmente se sentem obrigadas a trabalhar.

O profissional com esse problema tem uma visão distorcida do descanso e do lazer, o que faz com que ele pense em trabalhar até mesmo nos momentos de folga ou quando está comendo, por exemplo. Para completar, ele pode se tornar agressivo, competitivo e desenvolver problemas físicos, como gastrite e doenças cardiovasculares.

Compulsão por jogos

Os famosos jogos de azar, como caça-níqueis, bingo, jogos de carta e loteria podem causar compulsão em aproximadamente 2% da população brasileira. Semelhante a vícios como tabagismo e alcoolismo, essa expressão do problema precisa ser tratada.

O comportamento exagerado e repetitivo por jogos é visto com muito preconceito pela sociedade, mas, assim como outras doenças compulsivas, é necessário recorrer à ajuda psiquiátrica para combatê-lo.

Compulsão por sexo

Essa manifestação do transtorno é bem diferente de gostar muito de sexo. Nela, o indivíduo tem comportamentos sexuais exagerados, como se masturbar excessivamente, ter múltiplos parceiros ocasionais e fazer uso diário de pornografia.

O compulsivo sexual não resiste aos desejos e pensamentos eróticos. Ele sente que precisa saciar imediatamente a vontade, não importando como, onde e com quem. Para quem gosta de fazer sexo, mas sem compulsão, essas questões importam.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!




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