sinais suicidio / Dra Aline Rangel


8 de setembro de 2023 Dra Aline RangelSuicídio

O suicídio é um fenômeno complexo e multifacetado que pode afetar indivíduos de diversas origens, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Entretanto, é fundamental compreender que o suicídio pode ser prevenido. Reconhecer os sinais de alerta, tanto em si mesmo quanto em alguém próximo, é o primeiro e mais crucial passo. Neste contexto, é importante ressaltar a relevância de buscar ajuda de um profissional de saúde mental, como um psiquiatra, ao abordar essa questão sensível.

SINAIS DE ALERTA

Os sinais de alerta descritos abaixo não devem ser interpretados isoladamente, mas sim como indicativos de possíveis riscos. É essencial estar atento aos seguintes sinais de alerta, principalmente quando eles se manifestam simultaneamente:

Agravamento de problemas de conduta ou expressão verbal

Um indivíduo que enfrenta pensamentos suicidas frequentemente manifesta problemas de conduta ou expressa verbalmente seus sentimentos de angústia. Essas manifestações não devem ser interpretadas como ameaças, mas sim como sinais de alerta para um risco real. Nesse contexto, a busca por ajuda de um psiquiatra pode ser decisiva.

Preocupação com a própria morte ou falta de esperança

Pessoas em risco de suicídio frequentemente expressam preocupação com sua própria morte ou sentem falta de esperança. Elas podem falar sobre morte e suicídio com mais frequência do que o comum e confessar sentimentos de desesperança, culpa e falta de autoestima. Tais ideias podem ser expressas verbalmente, por escrito ou por meio de desenhos.

Expressão de ideias ou intenções suicidas

Comentários como “Vou desaparecer”, “Vou deixar vocês em paz”, “Eu queria poder dormir e nunca mais acordar” ou “É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar” não devem ser ignorados. São indícios claros de que a pessoa está enfrentando uma crise emocional grave e precisa de ajuda.

Isolamento

Pessoas com pensamentos suicidas tendem a se isolar. Elas podem evitar atender a telefonemas, interagir menos nas redes sociais, passar mais tempo em casa ou isoladas em seus quartos e reduzir ou cancelar atividades sociais, inclusive aquelas que antes eram apreciadas.

Outros fatores

Além desses sinais de alerta, diversos outros fatores podem contribuir para o risco de suicídio, como exposição a agrotóxicos, perda de emprego, crises econômicas, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, agressões psicológicas ou físicas, conflitos familiares, doenças crônicas e incapacitantes, entre outros. Esses fatores, embora não determinantes, devem ser levados em consideração ao avaliar o risco.

PEDINDO AJUDA

Quando pensamentos de suicídio se tornam insuportáveis, é essencial buscar ajuda. Conversar com alguém de confiança é o primeiro passo importante. Além disso, a assistência de um psiquiatra, especializado em saúde mental, pode ser crucial nesse momento delicado.

Direitos ao pedir ajuda

Ao buscar ajuda, você tem o direito de ser respeitado e levado a sério. Seu sofrimento deve ser considerado, e você deve poder falar sobre si mesmo e sua situação em privacidade. É essencial que você seja ouvido e encorajado a buscar a recuperação.

Onde buscar ajuda

Profissionais de saúde mental, como psiquiatras, são recursos valiosos para lidar com pensamentos suicidas. Além disso, é possível encontrar apoio em:

  • CAPS e Unidades Básicas de Saúde: Essas unidades oferecem atendimento em saúde mental.
  • UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro e Hospitais: Em situações de emergência, esses locais podem fornecer assistência imediata.
  • Centro de Valorização da Vida – CVV (ligação gratuita 188): O CVV realiza apoio emocional e prevenção do suicídio por telefone, e-mail, chat e voip 24 horas todos os dias.

O CVV, em parceria com o SUS, oferece atendimento gratuito através do número 188, que pode ser acessado a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular. Também é possível encontrar mais informações e suporte em www.cvv.org.br.

Ao considerar a importância de buscar ajuda de um psiquiatra, reforçamos a mensagem de que a assistência profissional especializada é fundamental na prevenção do suicídio e no tratamento de questões de saúde mental. Lembre-se de que você não está sozinho(a) e que a ajuda está disponível para aqueles que buscam apoio. A vida é preciosa, e o cuidado com a saúde mental é fundamental para um futuro mais saudável e equilibrado.




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    Médica graduada na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro com Residência em Psiquiatria no Instituto de Psiquiatria Universidade Federal do Rio de Janeiro.


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