síndrome de bornout / Dra Aline Rangel

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28 de junho de 2023 AnsiedadeDepressãoGeral

Você provavelmente já ouviu falar no termo Burnout, mas e o termo Boreout? Estas são duas condições de esgotamento emocional relacionadas ao trabalho, mas as duas apresentam características distintas. Enquanto o Burnout é amplamente conhecido e discutido, o Boreout é menos reconhecido, mas não menos impactante. Ambos podem afetar negativamente a saúde mental e a qualidade de vida das pessoas, mas surgem em formatos diferentes.

Burnout

O Burnout refere-se ao esgotamento causado por um acúmulo excessivo de estresse relacionado ao trabalho. É comum em profissionais que enfrentam uma carga de trabalho intensa, longas horas de trabalho, pressão constante e falta de controle sobre seu ambiente de trabalho.

Os sintomas típicos do Burnout incluem:

      • Exaustão física e emocional;
      • Cinismo em relação ao trabalho;
      • Sentimento de ineficácia;
      • Sentimento de esgotamento;
      • Desmotivação;
      • Dificuldades de concentração;
      • Apresentação de sintomas físicos, como dores de cabeça e insônia.

Boreout

Por outro lado, o Boreout é caracterizado pela falta de estímulo e desafio no trabalho, levando a um tédio constante e à sensação de que as tarefas são monótonas e insignificantes. As pessoas que sofrem de Boreout geralmente têm um excesso de tempo livre no trabalho e não são desafiadas intelectualmente.

A falta de motivação e estímulo pode levar à:

      • Apatia;
      • Falta de interesse;
      • Depressão (em casos mais extremos);
      • Sensação de estar preso em uma rotina sem sentido (o que pode afetar sua autoestima e autoconfiança).

Como Lidar

Embora o Burnout e o Boreout apresentem sintomas e causas diferentes, ambos exigem atenção e cuidado. É fundamental reconhecer os sinais precoces dessas condições e buscar ajuda adequada.

No caso do Burnout, medidas como estabelecer limites saudáveis, praticar autocuidado, buscar apoio social e talvez considerar uma mudança no ambiente de trabalho podem ser benéficas.

No Boreout, é importante buscar maneiras de tornar o trabalho mais desafiador e envolvente, buscar novas responsabilidades ou até mesmo considerar uma mudança de carreira, se necessário.

O suporte de um profissional de saúde mental é valioso para ambas as situações, ajudando a desenvolver estratégias de enfrentamento e restabelecer o equilíbrio emocional.



16 de junho de 2020 Todos

A síndrome de Burnout (do inglês to burn out, semelhante como queimar por completo) ou esgotamento profissional, aparece em decorrência do acúmulo exagerado de estresse nos trabalhadores. Principalmente, naqueles que atuam em ambientes muito competitivos, que geram amontoamentos de funções ou com que envolvam atividades de extrema responsabilidade.

No Brasil, 30% dos profissionais apresentam os sintomas relacionados à síndrome. As informações são de uma pesquisa da filial nacional da International Stress Management Association (Isma), a mais antiga associação, sem fins lucrativos, voltada para a pesquisa e desenvolvimento da prevenção e do tratamento de estresse no mundo. O estudo entrevistou mil pessoas, entre 20 a 60 anos.

A síndrome é um distúrbio psíquico marcado pelo estado de tensão emocional constante provocado por condições de trabalho desgastantes. Ele foi descrito, pela primeira vez, em 1974 por Herbert J. Freudenberger, médico psicanalista alemão, que verificou os sintomas, inicialmente, em si mesmo e, posteriormente, em outros médicos e pesquisadores.

Causas da síndrome de bornout

A síndrome aparece, especialmente, em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso e estão ligadas às áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos.

Profissionais que exercem as funções de agentes penitenciários, bombeiros, policiais, advogados, atendentes de call centers e mulheres que enfrentam dupla ou tripla jornada, correm um risco maior de desenvolver a doença.

A síndrome pode ser manifestada ainda quando se impõe metas e prazos inexequíveis ou muito difíceis de serem executados, gerando um desgaste muito grande por parte da pessoa, tanto de esforço físico, quando de horários e jornadas prolongadas, sem pausas ou descansos.

Sintomas

  • ·Sentir-se esgotado e desanimado;
  • Dor de cabeça recorrente;
  • Alterações no apetite;
  • Alterações no sono;
  • Apresentar sentimentos constantes de fracasso e insegurança;
  • Dificuldade para cumprir as tarefas do trabalho;
  • Isolamento;
  • Agressividade e irritabilidade;
  • Mudanças severas de humor;
  • Dificuldade de concentração;
  • Lapsos de memória;
  • Suor excessivo;
  • Distúrbios gastrintestinais;
  • Pressão alta;
  • Dores musculares;
  • Baixa autoestima.

Como tratar

Quando observado que os sintomas acima são recorrentes, concomitantes ou não, é de vital importância que se procure ajuda médica. O psiquiatra está apto para fazer o diagnóstico, que em alguns casos pode ser confundido com um quadro de depressão.

É fundamental que não se espere que os sintomas se agravem e se alcance um quadro clínico mais grave, ao menor sintoma procure um especialista. Este profissional ajudará no desenvolvimento de estratégias para aliviar o estresse e pressão constantes.

Em alguns casos, poderão também serem receitados medicamentos para o controle desses gatilhos que geram a síndrome.Como previnir

A prática de exercícios físicos regulares pode combater o aparecimento da síndrome e até mesmo ajudar no processo de tratamento. Atividades físicas contribuem para a circulação, para pensamentos menos pesados, permitem uma “fuga” da realidade e favorecem a produção de substâncias que causam o relaxamento e o bem-estar.

Participe também de atividades com amigos e familiares, que tragam conforto e leveza. Reserve momentos para o descanso e para atividades prazerosas. No trabalho, procure estipular metas plausíveis e que possam ser executadas, tente evitar o acúmulo de tarefas e programe momentos de pausa. Essas ações podem contribuir para melhorar a qualidade de vida e evitar o aparecimento da doença.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!




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    Médica graduada na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro com Residência em Psiquiatria no Instituto de Psiquiatria Universidade Federal do Rio de Janeiro.


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