Transtorno bipolar / Dra Aline Rangel

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23 de julho de 2023 Todos

Uma pesquisa da Associação Americana de Psiquiatria (APA)  revela que cerca de 2,7% da população mundial sofre de Transtorno Explosivo Intermitente (TEI) – também conhecido como Síndrome do Hulk. O TEI é um distúrbio que gera comportamentos agressivos, com acessos de raiva descontrolada e agressões desmedidas motivadas por situações corriqueiras. A pessoa com esse transtorno de impulso costuma ter não apenas a saúde mental afetada, mas, principalmente, sua vida social.

Esse transtorno pode acarretar uma série de problemas, tanto para quem tem a doença, quanto para as pessoas que convivem com ela. A pessoa com TEI, geralmente, apresenta pouca tolerância à frustração, desenvolvendo uma inaptidão para gerenciar a raiva e a hostilidade, tornando-se instável afetivamente. A instabilidade emocional é muito presente em relacionamentos como de um namoro ou conjugal e não é incomum se apresentar como ciúmes patológico.

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) , para cada três pacientes homens, uma paciente mulher tem o TEI. O transtorno atinge 3,1% da população no Brasil. Os estudos realizados pela APA apontam que as pessoas que sofrem da Síndrome do Hulk e possuem outros distúrbios mentais, como ansiedade e depressão, têm pelo menos quatro vezes mais prevalência em possuir a doença.

Como diagnosticar um TEI de um ataque de raiva

O diagnóstico do TEI é feito com base ao histórico do paciente e de relatos de familiares sobre sua conduta em situações diárias. É importante lembrar que o transtorno só se comprova quando há repetição dos comportamentos agressivos por certo tempo – o que indica se tratar de uma enfermidade crônica.

A principal característica de uma pessoa com esse tipo de transtorno é a tendência para a impulsividade sem medir as consequências das suas atitudes agressivas, além de serem instáveis afetivamenteÉ importante reforçar que toda essa agressividade não acontece de forma premeditada, ou seja, as pessoas não conseguem conter essas explosões de fúria.

Nas explosões leves podem ocorrer ameaças, xingamentos, gestos obscenos, ofensas, gritos, imprudências no trânsito, ataque de objetos e agressões físicas sem lesão corporal.  Para ser caracterizado como um transtorno, essas reações precisam ter uma frequência média de duas vezes por semana, em um período, mínimo, de três meses.  Já nos casos severos, podem ocorrer destruição de propriedades e patrimônios e ataque físicos mais sérios, com lesão corporal. Caso esses episódios ocorram mais três vezes durante o período de um ano, já pode ser considerado um quadro de transtorno.

Normalmente, as pessoas que possuem essa doença não conseguem avaliar as consequências de seus atos para si e para os outros. As crises podem ocorrer de forma mais grave, caso o indivíduo seja criticado ou impedido de agir durante as explosões de agressividade. Outra característica muito comum a esses pacientes é que logo após esses ataques, seja leve ou severo, aparecem sentimentos de arrependimento, vergonha, culpa e ou tristeza. É muito comum observar comportamentos auto-lesivos ou extremamente destrutivos contra si mesmo após um acesso de raiva. Essa experiência de sofrimento genuíno é que caracteriza o TEI e, ao mesmo tempo, dificulta tanto o diagnóstico e tratamento desta condição. 

Qualquer forma de binarismo, costuma ser tóxica, excludente e reducionista mas com o TEI não é diferente. Assim como em outros transtornos psiquiátricos, onde o hedonismo, narcisismo patológico e condições atribuídas ao caráter (como compulsão sexual, dependência química e não-química, entre outros) geram confusão sobre como diferenciar o que é doença versus o que “cafajestagem”, é comum observar que, quem tem o transtorno e precisa de ajuda, tem dificuldade em buscar tratamento e aqueles que são “cafajestes de natureza” podem se justificar em diagnósticos mal feitos por profissionais pouco experientes neste tema.

Sintomas mais comuns no transtorno explosivo intermitente

  • Agressões físicas e sem justificativa ou razão;
  • Surtos de raiva repentinos;
  • Pressão e batimentos cardíacos descontrolados;
  • Arremesso de objetos durante a crise;
  • Sudorese e tremores pelo corpo;
  • Falta de paciência e irritabilidade;
  • Falta de controle sobre as próprias ações;
  • Culpa após o ataque.

Como tratar o transtorno explosivo intermitente

Ainda há muito que se pesquisar sobre este transtorno e abordagens terapêuticas eficazes. Algumas experiências, no entanto, já demonstraram que a forma mais eficiente para o tratamento, até o momento, é a utilização de medicamentos (antidepressivos e estabilizadores do humor principalmente) associado à psicoterapia. Essas intervenções ajudam o paciente a lidar com a agressividade, reduzindo a frequência dos episódios de explosões e diminuindo os prejuízos gerados por eles.

É importante ter clareza de que, para se estabelecer o diagnóstico adequado, os ataques agressivos não devem ser decorrentes de substâncias lícitas ou ilícitas, como álcool, medicamentos ou drogas. Nem mesmo por condições psicológicas, como transtornos depressivos, mania ou exaltação no contexto do transtorno bipolar ou de personalidade ou ainda condições médicas, como traumatismo craniano, doença de Alzheimer, entre outras.

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19 de julho de 2023 transtorno bipolar

O Transtorno Bipolar é um transtorno de humor no qual os indivíduos vivenciam episódios de mania ou depressão. Esses episódios ocorrem sem uma razão aparente e podem durar semanas ou meses, causando perturbações na vida do paciente. No Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), o principal livro usado por psiquiatras para diagnosticar transtornos, o transtorno bipolar é categorizado em três tipos diferentes: tipo I, tipo II e ciclotimia. No entanto, algumas manifestações clínicas não parecem se encaixar bem nas categorias do manual, levantando questões sobre a classificação oficial.

Pesquisadores têm sugerido a existência de um espectro bipolar, que poderia explicar melhor as manifestações do transtorno bipolar e facilitar o diagnóstico e tratamento para indivíduos que atualmente não atendem aos critérios para um diagnóstico de acordo com o DSM-5. Mas o que exatamente é o espectro bipolar?

O que é o Espectro Bipolar?

O espectro bipolar pode ser definido como um diagnóstico longitudinal (feito ao longo do tempo) caracterizado por oscilações anormais de humor que englobam estados de mania, hipomania, traços de temperamento, episódios depressivos graves e estados de humor mistos. Embora não seja oficialmente reconhecido, esse tipo de diagnóstico seria útil para pacientes com transtorno bipolar, pois inclui uma variedade de manifestações observadas na prática clínica que não estão listadas no manual diagnóstico (DSM-5). Essa falta de reconhecimento leva a dificuldades no diagnóstico, manejo e remissão desses casos.

Pense em um espectro como uma linha com dois extremos e uma variedade de graus entre eles. Um exemplo é o espectro da luz visível, onde podemos ver várias cores entre certas frequências de ondas de luz. Dentro do espectro, não é possível diferenciar precisamente uma coisa da outra. No espectro da luz visível, vemos isso na transição de uma cor para outra: onde termina o verde e começa o azul? Entre essas duas cores, há outras tonalidades como “azul-petróleo” e “verde-água” que surgem da mistura de azul e verde.

O mesmo conceito se aplica ao espectro bipolar: os sintomas não podem ser categorizados de forma precisa nos tipos I e II, porque há uma ampla variedade de manifestações de sintomas ao longo do tempo. Ao tratar o transtorno bipolar como um espectro, ele engloba outras manifestações não especificadas no DSM-5, como “depressão moderada + hipomania” e “hipomania + mania”, juntamente com muitas outras expressões do transtorno que podem surgir ao longo do espectro.

O que existe além da Mania e da Depressão?

Além dos sintomas-chave do transtorno bipolar (depressão e mania), o espectro também inclui traços de temperamento, como uma pessoa com um temperamento hipomaníaco (extrovertida, otimista, enérgica, etc.). Isso significa que manifestações do espectro podem ocorrer mesmo na ausência de um episódio de humor claramente definido.

Outro fator importante sobre o espectro é que a manifestação de um indivíduo pode mudar ao longo do tempo. Em determinado momento da vida, eles podem apresentar comportamento hipomaníaco e depressão moderada, enquanto em outro momento podem experimentar episódios completos de mania e episódios depressivos graves, por exemplo – tudo sem a necessidade de uma mudança no diagnóstico.

Tipos de Transtorno Bipolar

Atualmente, o transtorno bipolar é dividido em três subtipos nos manuais diagnósticos:

  • Tipo I: Caracterizado pela presença de episódios maníacos e depressivos.
  • Tipo II: Episódios de hipomania e episódios depressivos. Não há mania completa.
  • Ciclotimia: Períodos com sintomas de hipomania ou depressão, mas que não são intensos ou duradouros o suficiente para se qualificar como um episódio de humor.

No passado, a principal diferença entre o tipo I e o tipo II era a necessidade de hospitalização: enquanto o tipo I causa prejuízos visíveis na vida do paciente durante os episódios maníacos, beirando a psicose, indivíduos com o tipo II podem ser até bem-sucedidos durante os episódios de hipomania, devido ao aumento da produtividade e energia.

Considerar o transtorno bipolar como um espectro permite uma melhor compreensão e reconhecimento das diversas manifestações observadas na prática clínica que não se encaixam perfeitamente nas categorias diagnósticas existentes. É muito mais fácil para um paciente com transtorno bipolar tipo I receber cuidados psiquiátricos durante um episódio maníaco, não deixando dúvidas sobre seu diagnóstico. No entanto, pacientes com transtorno bipolar tipo II muitas vezes procuram ajuda apenas durante os episódios depressivos e podem ser erroneamente diagnosticados com depressão unipolar.Essa abordagem pode levar a um melhor diagnóstico, manejo e remissão do transtorno, beneficiando principalmente indivíduos que atualmente não se enquadram nos critérios estabelecidos no DSM-5.


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Pessoas que sofrem com transtornos mentais tendem a se isolar ou a não serem bem-aceitas por colegas de trabalho e familiares. No caso do transtorno bipolar, por exemplo, outras pessoas não entendem que o paciente está sofrendo com algum tipo de problema e não está em perfeitas condições para uma boa convivência. Por isso, é importante entender como funciona esse transtorno e o que podemos fazer para ter um relacionamento saudável e harmonioso com quem sofre com isso.

O que é o transtorno bipolar?

O transtorno bipolar é uma condição crônica de saúde mental caracterizada por oscilações extremas de humor que alternam entre períodos de mania e depressão. Enquanto a depressão é mais conhecida, a mania é um aspecto crucial do transtorno bipolar que ainda é muito mal compreendido pela população de forma geral. Todo e qualquer episódio de oscilação do humor, seja no contexto de um conflito emocional grave (p.ex.: após uma separação conjugal) ou de outros transtornos psiquiátricos (p.ex.: Transtorno de Personalidade Borderline), criam crenças equivocadas de que “essa pessoa é bipolar”.

A mania, com alegria ou irritabilidade patológicas, é o estado de exaltação do humor. Nesse quadro, o paciente demonstra estar alegre sem um motivo específico. Esse humor pode ser eufórico, irritável ou até arrogante. Nesse estágio, é comum que ele também apresente mania de grandeza.

A hipomania é um estado semelhante ao de mania, mas em menor intensidade. Apesar de ser uma fase mais amena, requer atenção redobrada, pois o paciente pensa que já está curado e não precisa manter o tratamento.

A depressão, dentro do transtorno afetivo bipolar, se divide nos tipos 1 e 2. Durante o tipo 1, a pessoa apresenta momentos depressivos intercalados com episódios de mania. Já no tipo 2, os estados de mania são menos intensos.

Além disso, existem diferentes tipos desse transtorno, mas todos afetam o humor, a energia e a eficiência do indivíduo. As oscilações de humor podem não respeitar um período de tempo, ocorrendo de forma aleatória.

Quais são as causas do transtorno bipolar

Não há uma comprovação científica para a origem do problema, o que se sabe é que fatores genéticos e a ocorrência de alterações no cérebro ou nos níveis dos neurotransmissores estão relacionados com o transtorno.

Existem também outras causas que podem servir como gatilhos para o transtorno bipolar, tais como estresse prolongado, uso de remédios inibidores de apetite, puerpério, hipertireoidismo e hipotireoidismo.

Dicas para lidar com pessoas bipolares

Existem algumas dicas essenciais que servem como regras de convivência para ajudar você a viver de forma harmoniosa com pessoas bipolares num momento de crise. Veja:

  1. Evite discutir, pois esse debate pode desencadear uma crise na pessoa. Assim, evite dizer coisas que podem gerar irritação.
  2. Tenha calma ao falar e use um tom de voz adequado. Dessa forma, você evita que a pessoa bipolar aja com impulsividade e tome atitudes exageradas.
  3. Procure ser positivo ao conversar com o paciente, principalmente nos episódios depressivos.
  4. Evite embates, pois será prejudicial para ambos. Lembre-se de que a pessoa já sofre com a variação de emoções.
  5. Não torne a pessoa bipolar uma vítima da situação e evite facilitar as coisas para ela. A atitude correta é se mostrar disponível, incentivá-la a realizar suas tarefas e seguir em frente.
  6. Não julgue a condição de quem sofre com o transtorno, evite preconceitos ou suposições inadequadas sobre o quadro dele.
  7. Esteja atento ao que é dito pela pessoa bipolar. Normalmente, eles costumam fazer o que dizem. Então, se ouvi-lo comentar qualquer coisa relacionada a suicídio, por exemplo, procure ajuda.

 

Lidar com uma pessoa que tem o diagnóstico de transtorno bipolar requer compreensão, paciência e compaixão. Ao se informar sobre o transtorno, criar um ambiente seguro e acolhedor e incentivar os cuidados pessoais e a busca de ajuda profissional, você pode ter um impacto positivo na qualidade de vida dessa pessoa. Lembre-se de que estar presente para alguém com transtorno bipolar significa oferecer apoio consistente, ouvir ativamente e reconhecer suas experiências únicas. Juntos, podemos ajudar indivíduos com transtorno bipolar a navegar em sua jornada rumo à estabilidade e ao bem-estar. Com todas essas informações e colocando em prática essas dicas você estará apto a lidar melhor com quem sofre com o transtorno bipolar.


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15 de fevereiro de 2022 Todostranstorno bipolar

Quando falamos em episódios de mania, estamos nos referindo a uma manifestação característica do Transtorno Bipolar. O transtorno bipolar é uma condição crônica de saúde mental caracterizada por oscilações extremas de humor que alternam entre períodos de mania e depressão. Enquanto a depressão é mais conhecida, a mania é um aspecto crucial do transtorno bipolar que ainda é muito mal compreendido pela população de forma geral. Todo e qualquer episódio de oscilação do humor, seja no contexto de um conflito emocional grave (p.ex.: após uma separação conjugal) ou de outros transtornos psiquiátricos (p.ex.: Transtorno de Personalidade Borderline), criam crenças equivocadas de que “essa pessoa é bipolar”.

A frequência das crises maníacas varia de acordo com o quadro instalado, conjuntura psicossocial e adesão adequada ao tratamento deste transtorno. Da mesma forma, a gravidade da situação pode variar.

Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre os episódios de mania, para que amigos, parentes e pessoas próximas a indivíduos bipolares consigam identificar oscilações de humor e auxiliar quando necessário. Confira, a seguir.

Episódios de mania: como são diagnosticados?

O humor elevado ou irritável pode ser classificado como mania ou hipomania, dependendo da gravidade e da presença de sintomas psicóticos. O humor elevado ou irritável grave, associado ou não a sintomas psicóticos, que causam mudanças no comportamento e funcionalidade do indivíduo, é classificado como mania. A duração do estado maníaco deve ser de pelo menos uma semana, com humor elevado ou irritabilidade presente na maior parte do dia, quase todos os dias. O critério de duração mínima é dispensável se a hospitalização for necessária.

Na hipomania, as elevações de humor e as perturbações comportamentais/funcionais são menos graves e de menor duração do que no estado maníaco (consecutivos quatro dias), o que geralmente não requer atendimento médico. No entanto, a hipomania pode evoluir para mania. 

Deve-se observar que a presença de sintomas psicóticos é sempre indicativa de uma condição grave e, mesmo que os outros sintomas de ativação não sejam tão proeminentes, isso automaticamente exclui a possibilidade de um episódio hipomaníaco. Esse é um erro frequentemente cometido em clínicas psiquiátricas, principalmente por profissionais menos experientes.

Episódios de mania: é possível prevê-los?

Não necessariamente. Alguns são engatilhados por situações específicas e outros acontecem de forma abrupta.

O primeiro indício de que o paciente está passando por um episódio de mania é a alteração no comportamento interpessoal, como:

  • Aumento de energia;
  • Diminuição da necessidade de sono;
  • Necessidade de falar ou se movimentar.

Esses são alguns dos elementos que podem ajudar a identificar uma mudança significativa de humor. A irritabilidade, que pode aparecer diante de uma negativa, ou sem motivos aparentes, também indica a presença de um componente distinto no comportamento da pessoa bipolar.

Outros sintomas de episódios de mania

  • .A sensibilidade também pode estar presente e pode vir acompanhada de sudorese, sentimento de nervosismo, pensamento acelerado e boca seca.
  • Não é incomum também que, durante um episódio de mania, o indivíduo fale depressa e sobre muitos assuntos diferentes. Às vezes, a pessoa não consegue permanecer em uma linha de pensamento. Tudo é acelerado.
  • Atitudes inconsequentes e que podem ter consequências graves também indicam alterações de humor.
  • Alguns pacientes, por exemplo, bebem grandes quantidades de álcool e, depois, dirigem.
  • Outros abusam de drogas, fazem grandes compras no cartão de crédito ou entram em atividades sexuais com desconhecidos – muitas vezes, sem a devida proteção.
  • Os excessos estão dentro do comportamento maníaco, que pode ser caracterizado também como uma necessidade de “viver” tudo o que precisa ser vivido, como se não houvesse tempo a perder.
  • Muitas vezes, após os episódios maníacos, os pacientes se sentem culpados, preocupados e com baixa autoestima.
  • Suas atitudes, em alguns momentos, podem prejudicá-los diante de sua família, amigos ou companheiros de trabalho.
  • Esse é o momento em que os episódios depressivos podem tomar conta do indivíduo, que troca a euforia por sentimentos de profunda inadequação e tristeza.

Tratamento do episódio maniforme

  1. Medicamentos: Estabilizadores de humor como o carbonato de lítio, antipsicóticos (haloperiodo, risperidona, quetiapina, olanzapina, lurazidona, etc) e certos anticonvulsivantes (divalproato de sódio, lamotrigina, etc) são comumente prescritos para tratar os sintomas maníacos na crise e na manutenção e/ou prevenção de crises maniformes..
  2. Psicoterapia: Psicoterapias de diferentes tipos (Cognitivo Comportamental, Dialético Comportamental, etc) e a psicoeducação (indivdual e/ou familiar) podem auxiliar os indivíduos a compreenderem seus gatilhos, desenvolverem mecanismos de enfrentamento e regular suas emoções.
  3. Eletroconvulsoterapia (ECT): Em casos graves ou quando os medicamentos se mostram ineficazes, a TEC pode ser considerada para aliviar os sintomas maníacos.

Como lidar com uma pessoa em fase de mania do Transtorno Bipolar

  • Converse com ela sem tocar no assunto, a menos que ela manifeste vontade de conversar sobre isso. Evite, da mesma forma, limitá-la ao seu transtorno de humor: atribuir todos os seu fracassos ao fato da pessoa ter Transtorno Bipolar é um bom exemplo deste comportamento.
  • Se você for muito próximo, tenha o telefone dos médicos responsáveis pelo tratamento, além do contato pessoal de parentes, companheiros ou conhecidos.
  • Em um momento de crise, pedir ajuda especializada pode ser uma excelente ideia, especialmente se você não tiver certeza sobre como prosseguir. Isso é importante, inclusive, se a pessoa apresentar riscos para si mesma e para os outros.
 
A mania é um aspecto significativo do transtorno bipolar, caracterizado por humor elevado, aumento dos níveis de energia e comportamento impulsivo. Reconhecer os sintomas da mania, criar um ambiente de apoio e buscar ajuda profissional são cruciais para gerenciar e tratar efetivamente essa condição. Medicamentos, psicoterapia e outras modalidades de tratamento desempenham um papel vital na estabilização do humor e na redução do impacto dos episódios maníacos na vida do indivíduo. Ao compreender a mania e suas opções de tratamento, as pessoas com transtorno bipolar podem levar uma vida satisfatória e ter um melhor controle sobre sua saúde mental.

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29 de novembro de 2018 Todos

As alterações de humor fazem parte das emoções do ser humano, mas, quando elas se tornam acentuadas, podem ser sintomas de transtorno bipolar. O paciente pode ir muito rápido da mania à depressão e causar danos nas relações interpessoais e profissionais, além de o quadro piorar com o tempo caso não seja feito um tratamento.

Muitas vezes o paciente não percebe as alterações repentinas. Seu estado pode variar de uma euforia súbita, com prejuízo do senso crítico e da capacidade de avaliar as situações, até chegar à depressão profunda e ao isolamento. Isso tudo sem um motivo aparente.

O que é o transtorno bipolar?

O transtorno bipolar, também conhecido como maníaco depressivo, é caracterizado por estados de intensa animação, chamada de mania ou hipomania, e podendo alternar com depressão. É possível que, junto ao problema, também surjam outros transtornos mentais, como psicose, síndromes de ansiedade e pânico.

As mudanças não ficam apenas no humor. Elas também influenciam comportamento, pensamentos, energia e emoções. Mais que bom ou mau humor comum, os ciclos da doença podem durar horas, dias, semanas e até meses de acordo com o grau, sendo capazes de interferir no dia a dia do paciente. Esse transtorno está presente em 4% da população mundial adulta, e o número de pessoas diagnosticadas só aumenta no Brasil.

Na fase da mania ou da hipomania, denominada de acordo com a gravidade, o paciente tem um comportamento energético, ativo, entusiasmado, com muita alegria e que pode chegar à irritação. Dentre os riscos dessa fase, estão as decisões sem reflexão, que podem causar grandes prejuízos para si e para as pessoas ao redor. Ações impulsivas e inconsequentes também são um grande risco ao paciente.

Já na fase depressiva, o indivíduo apresenta desinteresse pelo que lhe provoca prazer, humor deprimido, falta de energia, alteração do sono e do apetite, pensamento mais lento, isolamento gradual, que pode culminar em desinteresse pela vida e até mesmo no suicídio.

As alterações de humor não apresentam uma lógica, fazendo com que não haja previsibilidade no próximo estado emocional do paciente. As causas para que uma pessoa adquira o transtorno bipolar ainda não foram elucidadas e podem ser hereditárias. Em geral começam a se manifestar na adolescência, mas não é uma regra, e muitas pessoas também podem apresentar os primeiros sintomas na vida adulta.

Tratamentos

O maior problema dessa condição ocorre quando ele é mal diagnosticado ou negligenciado tanto pelo médico quanto pela sociedade. A falta de cuidado adequado pode gerar grande sofrimento ao paciente, mas, se ele tiver a atenção necessária, pode ter uma vida normal e com qualidade.

Como esse problema também pode surgir junto a outras doenças, o tratamento precisa verificar se há comorbidades (duas ou mais doenças que aparecem de forma simultânea). Não há cura total do problema, mas é possível manter um bom controle sobre a doença através de medicamentos e psicoterapia. O ambiente de convivência do paciente também é fundamental para que ele possa ter melhoras ou pioras.

Estabilizantes de humor, antidepressivos, antipsicóticos e tranquilizantes são os tipos de medicamentos receitados, de acordo com a apresentação da doença. Mesmo quando há uma melhora do quadro, o transtorno bipolar é crônico, e  o paciente precisa manter a medicação sempre, para evitar que os sintomas retornem com mais intensidade.

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16 de setembro de 2018 Todos

O transtorno afetivo bipolar, também conhecido como bipolaridade e doença maníaco-depressiva, é um distúrbio psiquiátrico complexo, caracterizado especialmente pelas mudanças de humor e comportamento. Pessoas com esse transtorno muitas vezes alternam episódios de depressão com euforia.

As crises bipolares são variáveis em termos de frequência, duração e intensidade Elas podem ser leves, moderadas ou graves, mas, todo caso de transtorno bipolar merece atenção, até porque, esse problema de saúde mental está entre as principais causas de suicídio no mundo.

Vale destacar que o transtorno bipolar atinge aproximadamente 4% da população mundial em idade adulta. Só no Brasil, o número de pessoas diagnosticadas com esse problema ultrapassa 6 milhões de pessoas.

Quer conhecer os diferentes tipos de transtorno bipolar e descobrir quais são os tratamentos possíveis para amenizar os sintomas dessa condição? Continue lendo o artigo.

Quais são os tipos de transtorno bipolar?

O transtorno bipolar é dividido basicamente em três tipos. O tipo 1 é o mais complexo, pois o quadro contempla fases depressivas e maníacas intensas, que debilitam o paciente e provocam sérios danos na vida pessoal, social e profissional do indivíduo. Nesse tipo de transtorno, o período de mania dura, no mínimo, uma semana, enquanto o período de depressão pode se estender por meses ou semanas. A internação pode ser necessária.

O tipo 2 de transtorno bipolar é mais brando, pois os episódios de depressão e euforia não impactam drasticamente o dia a dia da pessoa e da família. São crises realmente mais leves e sem grandes desdobramentos. Nesse caso, não há alternância expressiva no humor, energia e nível de atividade.

Há ainda a ciclotimia, que é marcada por vários períodos de hipomania (mania moderada) e numerosos períodos depressivos, que podem se estender por até dois anos.

Quais são os sintomas de bipolaridade?

Em todos os tipos de bipolaridade, há variações nos padrões comportamentais. Nos episódios maníacos, a pessoa tende a ficar eufórica e exaltada, ter muita energia, apresentar nervosismo e irritação, ter problemas para dormir, falar muito rápido, ficar sensível demais, ter pensamento acelerado, achar que consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo, se colocar em situações arriscadas.

Já nos episódios depressivos, é comum que o paciente fique desanimado, triste, pessimista e desesperançoso. Além disso, pode ficar preocupado, se sentir vazio, ter problemas de concentração e memória, apresentar alterações no apetite e no sono, demonstrar cansaço, falta de motivação e energia. Nos casos mais graves, os pensamentos de morte são recorrentes.

Como tratar esse transtorno?

A bipolaridade não tem cura, entretanto, o trantorno pode e deve ser tratado, a fim de controlar os sintomas e reduzir as crises bipolares. Independentemente do tipo de transtorno bipolar, a prioridade é estabilizar o humor do paciente e, para tanto, são utilizados medicamentos estabilizadores de humor, antipsicóticos e antidepressivos, além de métodos como a psicoterapia, eletroconvulsoterapia (ECT) e estimulação magnética transcraniana (EMT).

O tratamento deve ser conduzido por um bom psiquiatra, no intuito de aumentar a segurança no processo e potencializar a eficácia dos resultados. A automedicação é totalmente contraindicada. Somente o especialista pode recomendar o tipo, dosagem e duração do tratamento farmacológico.

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