Todos / Dra Aline Rangel


20 de abril de 2018 Todos

Eu já cheguei a mencionar em alguns artigos sobre diferentes tipos de transtornos o quão importante é o trabalho multiprofissional na recuperação e prevenção de crises de um paciente em tratamento psiquiátrico. Seja ele um transtorno ou um conflito ou um perfil de personalidade mal adaptada, quando o tratamento interdisciplinar é realizado, as chances de melhora são significativamente melhores e as recidivas de sintomas e prejuízos são muito menos frequentes.

Especificamente para os transtornos mentais graves, essa abordagem ganhou força com a com a Reforma Psiquiátrica, no fim dos anos 1980, que teve como objetivo construir um novo modelo de assistência para os portadores de transtornos mentais no país. O objetivo é aliar a humanização em redes hospitalares e extra-hospitalares, garantindo identidade social e cultural aos pacientes.

Mas afinal, como é feito esse tratamento?

A intervenção interdisciplinar, como o próprio nome já diz, conta com vários profissionais, da mesma área ou não, que somam forças e habilidades e trocam habilidades técnicas para a recuperação de um paciente. Por exemplo, quando falamos em um paciente com um transtorno alimentar, o trabalho de um psiquiatra tem muito mais êxito com a ajuda de um nutricionista ou de um educador físico. Já no caso de um jovem com transtornos que geram dificuldade no aprendizado, a ajuda por vir de um pedagogo.

Basicamente, a ideia é formar uma espécie de rede de apoio externa ao consultório do profissional que irá garantir melhores chances de sucesso ao tratamento e redução de danos. Ou seja, é um tratamento simultâneo entre profissionais para a manutenção da estabilidade e diminuição da ocorrência dos sintomas.

Benefícios

Os benefícios variam de acordo com as demandas de cada paciente, mas é perceptível que há muito mais sucesso na melhoria da qualidade de vida e reintegração social de pacientes que participam de intervenções psiquiátricas.

É através dela que os profissionais ficam mais perto do paciente, cuidando melhor dele em seu “próprio território”. Isso explica o aumento dos números de unidades dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nos últimos anos, no contexto das políticas públicas de saúde mental, e hospitais dia e parcerias, interlocucoes e supervisoes nos serviços privados.

As unidades contam com diferentes profissionais que, no caso do Sistema Único de Saúde, auxiliam os pacientes em várias frentes, com o tratamento psiquiátrico, atendimento médico, auxílio social, dentre outros serviços com profissionais capacitados e mais sensibilizados para o cuidado com diferentes tipos de transtornos.

Outras formas mais abrangentes

Quando falamos em tratamento interdisciplinar, podemos estender o atendimento além dos pacientes em si. É o caso, por exemplo, de profissionais que buscam também estender o conhecimento a quem está mais perto do paciente: o familiar. Com isso, o psiquiatra pode sensibilizar, orientar e educar o familiar para que esteja junto com o paciente nos desafios do dia a dia, bem como entender e auxiliar dinâmicas ou relações familiares que estão adoecidas e que perpetuam a crise de um de seus pacientes, parecendo que ele é o único adoecido.

Tratamento interdisciplinar em grupo

Outra forma de tratamento interdisciplinar comum é o que é feito por meio de grupos terapêuticos e grupos de apoio, que realizam reuniões coletivas, mediadas por profissionais capacitados, com pacientes em tratamento para que, através de troca de experiências e discussões sobre os desafios diários, acabam criando uma rede em que o paciente consegue perceber que não está sozinho, e que outras pessoas também passam pelo mesmo desafio que ele.

Assistentes sociais, enfermeiros, psiquiatras, psicólogos, educadores… A lista de profissionais que podem ajudar um paciente que passa por um tratamento é bem extensa. E quanto mais envolvido esses profissionais estiverem no tratamento, melhor é o resultado.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



14 de março de 2018 Todos

A distimia é um problema pouco discutido, mas bastante comum no Brasil. Só para se ter ideia, de 5 milhões a 11 milhões de brasileiros são diagnosticados com a doença todos os anos. Esses são os que buscam tratamento, já que ela costuma ser confundida com traços negativos comportamentais e de personalidade, e isso impede que a pessoa busque auxílio psiquiátrico.

A palavra tem origem grega e, em livre tradução, significa mal-humorado. O portador desse transtorno geralmente é visto como alguém pessimista e de difícil convivência, justamente porque tem comportamento irritado, reclama demais e vê apenas o lado ruim das coisas. Quer conhecer melhor esse problema? Leia o artigo e entenda o transtorno!

Afinal de contas, o que é distimia?

É um transtorno depressivo persistente, caracterizado por desesperança, tristeza, desânimo e perda de interesse em atividades que antes davam prazer. Pessoas distímicas têm dificuldades para executar e concluir as tarefas cotidianas, entretanto o problema não é incapacitante, como uma depressão menor. As capacidades funcionais são mantidas, embora a distimia seja uma das principais causas de ausências ao trabalho e a locais de estudos.

Quais são as diferenças entre depressão e distimia?

A depressão também é marcada por sentimentos e atitudes negativas, porém a intensidade é maior e a duração é menor. Na depressão, o quadro dura até 6 meses e os sintomas são agudos. Com a distimia, a duração é prolongada e os sintomas são mais brandos. Isso não quer dizer que a depressão seja mais grave! Ambas as condições trazem impactos prejudiciais ao indivíduo, demandando tratamento especializado.

 

Como a distimia se manifesta?

Por ser uma doença crônica, ela tem sintomas que duram por anos, interferindo diretamente nas mais diversas áreas da vida, incluindo os estudos, a carreira e os relacionamentos. Ao longo desse tempo, não há episódios depressivos isolados, e sim mau humor constante. Embora tenha sintomas mais leves em comparação à depressão, ela se torna uma doença pesada, pois o distímico não nota que está doente, fato que o faz permanecer na condição e sofrer com a baixa aceitação social.

A distimia pode afetar qualquer pessoa?

Sim. O problema pode afetar qualquer pessoa. Mulheres têm 3 vezes mais chances de sofrer com ele, e os sintomas se iniciam normalmente na adolescência, porém podem se manifestar precocemente, na infância, ou tardiamente, na fase adulta ou na terceira idade. Vale destacar que experiências ruins, alterações hormonais, histórico familiar, desequilíbrios químicos e lesões cerebrais são fatores de risco para o desenvolvimento da doença.

Como tratar a distimia?

O primeiro passo para tratar a distimia é procurar ajuda psiquiátrica. O profissional indicará as melhores medidas, baseando-se na gravidade dos sintomas, na tolerância a medicamentos, na existência de outros transtornos, nos métodos usados anteriormente e no estilo de vida do paciente. Psicoterapia, medicação e prática de exercícios são opções para se controlar o quadro.

Quer saber mais sobre distimia? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



14 de março de 2018 Todos

O comportamento compulsivo é composto por hábitos que são seguidos repetidamente, em busca de alívio para a ansiedade ou angústia. As ações são realizadas tantas vezes que se tornam automáticas e naturais para quem tem a compulsão.

Marcado pelo excesso e pelo descontrole, esse transtorno pode comprometer efetivamente o bem-estar físico e a saúde emocional. A adaptação social também pode ser prejudicada pelas compulsões.

Você tem algum tipo de compulsão? Desconfia que alguém próximo é compulsivo? Leia nosso artigo e descubra quais são os principais indícios desse problema.

Comportamento compulsivo e o controle dos desejos

A pessoa que sofre de comportamento compulsivo tem dificuldade para controlar os desejos. Por conta disso, age impulsivamente, sem se preocupar se isso trará consequências negativas para a vida dela. O compulsivo por sexo, por exemplo, tem o apetite sexual latente, e isso pode o levar a praticar masturbação, acessar pornografia ou ter relações sexuais a qualquer hora, em qualquer lugar e com qualquer pessoa só para nutrir o desejo incontrolável.

Vergonha e culpa

Ceder à compulsão pode trazer prazer e alívio momentâneos, porém, passado um tempo, é possível sentir um vazio, vergonha e sentimento de culpa em decorrência do ato praticado. Na compulsão alimentar, isso é muito comum, já que o indivíduo que tem o problema, mesmo sem fome biológica, acaba comendo descontroladamente, o que pode produzir forte arrependimento e autopenalização resultantes em diversos transtornos alimentares.

Mentiras sobre a compulsão

O comportamento compulsivo é, muitas vezes, involuntário e automatizado. A pessoa faz algo e o repete inúmeras vezes porque está acostumada. Embora não tenha real noção de que se trata de uma doença, ela mente sobre a compulsão como forma de se proteger dos julgamentos. No fundo, sabe que está fora dos padrões sociais desejados. É por conta disso que um compulsivo por compras mente sobre o preço real dos produtos e esconde da família as novas sacolas.

Utilização excessiva do termo “eu preciso”

As pessoas compulsivas não possuem necessidade física e emergencial de praticar a compulsão, entretanto elas sentem que precisam daquilo agora, como se fosse uma questão de vida ou morte. Enquanto quem está de fora enxerga algo como supérfluo, o compulsivo entende que o objeto da compulsão é item de primeira importância.

Irritação de não praticar o ato compulsivo

Assim como um dependente químico fica irritado quando está em abstinência de drogas, o compulsivo, seja qual for a compulsão, pode demonstrar irritabilidade e agressividade quando está impossibilitado de praticar o ato compulsivo. Para que maiores danos não sejam causados, é importante buscar auxílio psiquiátrico, a fim de tratar e controlar o problema.

Alterações nas atitudes e pensamentos

Quem tem comportamento compulsivo apresenta mudanças nas atitudes e pensamentos. Ela cultiva rituais e repetições, pode ter preocupações excessivas e apresentar obsessão, medo, dúvida, desconforto, aflição, culpa e outros sentimentos negativos. Tudo isso afeta negativamente o bem-estar mental e social da pessoa compulsiva.

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10 de março de 2018 Todos

Cuidar da saúde da mente é tão importante quanto cuidar da saúde do corpo, afinal, para ter uma vida plena, feliz e equilibrada, é fundamental que haja bem-estar físico e mental. Na verdade, a saúde mental influencia diretamente na saúde física, uma vez que ambas estão relacionadas.

É comum que pessoas com a saúde mental debilitada tenham mais dificuldade para cuidar do corpo e vice-versa. Para que isso não ocorra com você, confira uma lista com dicas valiosas para melhorar a saúde da sua mente.

Corrija a sua postura ao andar

Procure mudar a sua forma de andar. Alinhe os ombros, erga a cabeça e olhe para frente! Uma pesquisa conduzida pelo Journal of Behavior Therapy and Experimental Psychiatry chegou à conclusão de que andar com a cabeça baixa e os ombros caídos pode impactar negativamente a saúde mental, produzindo efeitos como mau humor e baixa aceitação social.

Durma bem

O sono de qualidade é essencial. Uma boa noite de sono é capaz de melhorar o humor, controlar a ansiedade, prevenir o estresse, aumentar a concentração e turbinar a disposição. Por outro lado, estudos recentes apontaram que a privação do sono pode ocasionar a morte de parte dos neurônios.

Cuide da sua aparência

A aparência não é tudo, mas se sentir bonito gera a sensação de prazer e autoconfiança, além de fazer bem para o humor. Lembre-se que você é a pessoa mais importante do mundo e, por mais que você tenha múltiplas tarefas a cumprir na agenda, é necessário encontrar um espaço em meio à rotina agitada para dedicar tempo a si mesmo.

Pratique exercícios físicos

Para manter a mente em dia, o corpo também precisa estar em dia, concorda? A prática de exercícios, além de promover o bem-estar físico, diminui em 19% o risco de depressão e estresse. Em outras palavras, as atividades físicas contribuem efetivamente na promoção de uma vida mais leve e feliz, portanto mexa-se mais.

Não procrastine

Deixar para amanhã o que pode ser feito hoje é um péssimo hábito. Não importa se a tarefa é trabalhosa demais ou entediante, o fato é que, se ela é necessária e de sua responsabilidade, deve ser feita dentro do prazo. Não evite o inevitável nem adie o inadiável. A procrastinação atrasa a vida e pode fazer com que você se sinta frustrado.

Cultive relacionamentos saudáveis

Seja no convívio profissional seja, nas relações amorosas, na família ou no campo da amizade, tente cultivar relacionamentos verdadeiramente saudáveis. Eles fazem muito bem para a mente! Sentir-se amado, querido e respeitado é determinante para quem deseja levar uma vida prazerosa e tranquila.

Aprenda coisas novas

Assim como o corpo precisa ser estimulado, a mente também deve ser exercitada por meio de novas aprendizagens. Não estagne nem se acomode! Busque aprender outras atividades, absorver diferentes conhecimentos e desenvolver habilidades distintas. Isso vai fazer com que o seu cérebro se mantenha ativo e seja capaz de criar novas conexões.

Alimente-se de forma equilibrada

O que você coloca no prato também tem a ver com a saúde mental. Alguns alimentos podem aumentar o grau de energia, otimizar a concentração e minimizar os riscos de problemas como estresse, ansiedade e depressão. São eles: abacate, grãos integrais, banana, oleaginosas, peixes e cenoura. Já o consumo de cafeína e bebidas alcóolicas deve ser moderado, para não causar danos à mente.

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3 de março de 2018 Todos

Os transtornos alimentares são distúrbios psiquiátricos ligados ao comportamento alimentar, podendo levar os indivíduos a emagrecimento excessivo, obesidade ou, em casos mais graves, óbito. Esses problemas, de modo geral, são provocados por mudanças graduais ou repentinas na alimentação, gerando sérios desdobramentos físicos, emocionais e sociais para quem sofre com eles. Dentre os principais transtornos de alimentação, estão a bulimia e a anorexia, que juntas afetam cerca de 1% da população mundial. Ambos atingem especialmente mulheres jovens, no entanto podem acontecer também com homens. Ninguém está completamente livre de se tornar bulímico ou anoréxico!

Bulimia e anorexia estão intimamente relacionadas ao desejo de se enquadrar nos padrões estéticos estabelecidos pela sociedade, mas existem mais diferenças que semelhanças entre as duas. Confira a postagem e aprenda a diferenciar esses transtornos alimentares.

O que é bulimia e o que é anorexia?

A bulimia é um distúrbio alimentar em que a pessoa come exageradamente alimentos variados, sem restrição de calorias, em um curto período de tempo. Há perda de controle sobre a alimentação, além de abuso de laxantes e episódios de vômito, para evitar o ganho de peso.

Na anorexia é diferente. A pessoa anoréxica tem uma visão distorcida da própria imagem e sente dificuldade de aceitar o próprio corpo como ele é. O indivíduo tem a impressão de que está sempre acima do peso e por isso abusa de dietas restritivas e exercícios para emagrecer.

Quais são os sintomas desses distúrbios alimentares?

O conjunto de sintomas da bulimia inclui preocupação demasiada com a silhueta, pavor de ganhar peso, perda de controle sobre o que come, ingestão exagerada de alimentos até sentir dor ou desconforto, ida imediata ao banheiro depois das refeições, indução do vômito após se alimentar, uso de laxantes e diuréticos, consumo de suplementos diários para auxiliar na perda de peso.

Já os sintomas mais frequentes de anorexia são o grande medo de engordar, a imagem corporal distorcida, a ausência de menstruação por três ciclos ou mais, o corte da comida em pequenos pedaços, a movimentação dos alimentos no prato (em vez da ingestão deles), o exercício excessivo, a recusa em comer em público, o uso de comprimidos diuréticos, laxantes e redutores de apetite, a pele amarelada, seca ou manchada, a confusão no raciocínio, o deficit de memória, o desânimo, a boca seca, a sensibilidade ao frio, a perda de resistência óssea, a diminuição da gordura corporal e o desgaste nos músculos.

Quais são as consequências de bulimia e anorexia?

Os dois transtornos alimentares trazem impactos negativos. A bulimia pode provocar diversos problemas gástricos, como diarreia e dor de estômago. Além disso, há perda de líquido, fraqueza, tontura e erosão no esmalte do dente.

As consequências da anorexia, por sua vez, são desnutrição, parada cardíaca, insuficiência renal, falência dos órgãos e risco elevado de morte.

Afinal de contas, qual é a maior diferença entre os distúrbios?

A principal diferença entre bulimia e anorexia está no processo de ganho e perda de peso. Na anorexia, a perda é acentuada e costuma deixar a pessoa desnutrida a ponto de colocar a vida dela em risco. Quem sofre desse transtorno alimentar come pouco ou nada para conseguir emagrecer.

Na bulimia o peso se mantém normal ou com sobrepeso, o indivíduo sofre de compulsão, ataca a comida e depois se arrepende. Para amenizar a culpa, o arrependimento e o medo de engordar, tenta eliminar forçadamente os alimentos do organismo.

Como tratar os dois problemas?

Apesar das diferenças mencionadas acima, qualquer um dos transtornosalimentares demanda tratamento especializado. Nessa questão, anorexia e bulimia se assemelham. Ao identificar a presença de um ou mais sintomas, o ideal é buscar auxílio psiquiátrico a fim de compreender as origens dos transtornos alimentares e, a partir disso, definir o melhor tratamento.

Vale destacar que os dois distúrbios são multifatoriais e podem acontecer devido a causas genéticas, traumáticas, psicológicas, sociais, hormonais, culturais e familiares. Um bom psiquiatra é capaz de ajudar a pessoa com bulimia ou anorexia a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dela.

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2 de março de 2018 Todos

Nas últimas décadas, tem havido uma crescente conscientização da academia e da população geral sobre a relevância da religião e da espiritualidade nas questões de saúde. Revisões sistemáticas da literatura científica identificaram mais de 3.000 estudos empíricos investigando as relações entre religião / espiritualidade  e saúde. A Associação Mundial de Psiquiatria (WPA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) trabalham arduamente para garantir que a promoção e os cuidados em saúde mental sejam baseados cientificamente e, ao mesmo tempo, compassivos e com sensibilidade cultural.

No campo dos transtornos mentais, demonstrou-se que religião / espiritualidade  têm implicações significativas para prevalência (especialmente em transtornos depressivos e por uso de substâncias), diagnóstico (ex.: diferenciação entre experiências espirituais e transtornos mentais), tratamento (ex.: comportamento de busca de tratamento, aderência, mindfulness, terapias complementares), desfechos clínicos (ex.: melhora clínica, e suicídio ) e prevenção, bem como para a qualidade de vida e bem-estar.

Posicionamento da Associação Mundial de Psiquiatria (WPA) sobre Espiritualidade e Religiosidade em Psiquiatria

Psiquiatras precisam levar em conta todos os fatores que afetam a saúde mental. Evidências mostram que religião / espiritualidade devem ser incluídas entre estes, independentemente da orientação espiritual, religiosa ou filosófica dos psiquiatras. No entanto, poucas escolas médicas ou currículos de especialidade fornecem qualquer treinamento formal para psiquiatras aprenderem sobre a evidência disponível ou como abordar adequadamente a religião / espiritualidade  tanto na pesquisa quanto na prática clínica.

Independentemente de definições precisas, a espiritualidade e a religião lidam com as crenças fundamentais, valores e experiências dos seres humanos. Portanto, a consideração da sua relevância para as origens, a compreensão e o tratamento dos transtornos psiquiátricos bem como para a atitude do paciente frente à doença deveria estar no centro da psiquiatria acadêmica e clínica.

Formação Médica em Espiritualidade e Religiosidade

Considerações espirituais e religiosas também têm implicações éticas significativas para a prática clínica da psiquiatria. Em particular, a WPA propõe que:

  1. Uma consideração cuidadosa das crenças e práticas religiosas dos pacientes, bem como a sua espiritualidade, deveriam ser abordadas rotineiramente sendo, por vezes, um componente essencial da coleta da história e diagnóstico psiquiátrico.
  2. A compreensão da religião e da espiritualidade e sua relação com o diagnóstico, etiologia e tratamento de transtornos psiquiátricos devem ser consideradas como componentes essenciais tanto da formação psiquiátrica como do contínuo desenvolvimento profissional.
  3. Há uma necessidade de mais pesquisas sobre religião e espiritualidade em psiquiatria, especialmente sobre suas aplicações clínicas. Estes estudos devem abranger uma ampla diversidade de contextos culturais e geográficos.
  4. A abordagem da religião e da espiritualidade deve ser centrada na pessoa. Psiquiatras não devem usar sua posição profissional para fazer proselitismo de visões de mundo seculares ou espirituais. Psiquiatras devem sempre respeitar e ser sensíveis às crenças e práticas espirituais / religiosas de seus pacientes, das famílias e cuidadores de seus pacientes.
  5. Os psiquiatras, sejam quais forem suas crenças pessoais, devem estar dispostos a trabalhar com líderes / membros de comunidades religiosas, capelães e agentes pastorais, bem como outros membros da comunidade, em suporte ao bem-estar de seus pacientes e devem incentivar seus colegas multidisciplinares a fazerem o mesmo.
  6. Os psiquiatras devem demonstrar consciência, respeito e sensibilidade para o importante papel que a espiritualidade e religiosidade podem desempenhar para muitos funcionários e voluntários na formação de uma vocação para trabalhar no campo dos cuidados em saúde mental.
  7. Os psiquiatras devem estar cientes tanto do potencial benéfico quanto prejudicial das práticas e visões de mundo religiosas, espirituais e seculares e estarem dispostos a compartilhar essas informações de forma crítica e imparcial com a comunidade em geral, em apoio à promoção da saúde e bem-estar.

Acesse aqui o texto original (inglês) publicado no site da WPA.

Quer saber mais sobre Espiritualidade e Religião em Psiquiatria? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



27 de fevereiro de 2018 Todos
O cuidado com a saúde mental das crianças e dos adolescentes deve ser prioridade e colocá-los em risco pode trazer consequências danosas à formação do aparelho psíquico. A determinação sexual é dependente de fatores genéticos, epigenéticos e do desenvolvimento psicossexual precoce e as variações do desenvolvimento sexual podem ocorrer em crianças e adolescentes e devem ser abordadas como tal, não devendo ser objeto de questões políticas, ideológicas ou de outra ordem.

Cremesp manifesta-se sobre saúde mental da criança e do adolescente após Plenária Temática

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) realizou, no dia 19 de janeiro, no auditório de sua sede, a Plenária Temática sobre Desenvolvimento Psicossexual da Criança e do Adolescente.

Compareceram ao evento o presidente do Conselho, Lavínio Nilton Camarim, a psicanalista e conselheira do Cremesp, Kátia Burle Guimarães, a professora do Departamento de Psiquiatria da FMUSP e presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Carmita Abdo, os psiquiatras da Infância e Adolescência, Francisco Baptista Assumpção Junior e Regina Elisabeth Lordello Coimbra, o psiquiatra e professor de Bioética na FMUSP, Cláudio Cohen, e a endocrinologista pediátrica e membro da Câmara Técnica de Endocrinologia do Cremesp, Elaine Maria Frade Costa.

Após o evento, o Cremesp divulgou uma nota a fim de manifestar suas considerações a respeito da saúde mental da criança e do adolescente, deixando claro que este cuidado deve ser prioridade.

Confira, abaixo, a nota na íntegra.

 

NOTA DO CREMESP

Após a plenária temática “DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE”, realizada pelo CREMESP em 19 de janeiro p.p, este Conselho vem a público manifestar suas considerações a respeito da saúde mental da criança e do adolescente.

A saúde mental do ser humano depende de um desenvolvimento harmônico, desde o princípio da vida, e uma parte dessa formação se faz por meio do desenvolvimento psicossexual da libido.

Considerando que:

1) a criança é uma pessoa em desenvolvimento e que o ser humano nasce desprovido de condições autônomas para se manter, tanto física quanto psiquicamente,

2) a criança é dependente e requer cuidados especiais, distintos em cada fase do desenvolvimento,

3) as diferentes fases de desenvolvimento evoluirão ao longo das duas primeiras décadas de vida e que essa evolução dar-se-á gradativamente,

4) os bebês e as crianças são absolutamente vulneráveis,

5) é negligente, irresponsável e alienante consentir ou induzir as crianças a fazerem escolhas prematuras, já que são desprovidas de maturidade para tal,

6) é função parental apresentar referenciais para a educação psicossexual da criança, podendo se valer de orientação médica e psicológica,

7) durante a adolescência ainda há parcial vulnerabilidade,

8) educação sexual, direito da criança e do adolescente, é muito diferente de incentivo à indefinição sexual, o que traz a eles insegurança, inadaptação e risco, com consequências para essa população vulnerável,

9) é medida antiética a realização de experimentos psíquicos, não aprovados pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), conforme legislação vigente, com a população de crianças e adolescentes, visto sua vulnerabilidade,

10) os Conselhos de Medicina têm por função zelar pela saúde da população, em seus aspectos físicos e psíquicos,

11) a homologação da Sessão Plenária do CREMESP realizada em 14 de fevereiro de 2018.

O CREMESP considera que o cuidado com crianças e adolescentes em seu desenvolvimento psicossexual é prioridade, deixando claro que as diferenças sexuais existem e devem ser observadas para que a confusão não se estabeleça por desvio de objetivos.

Veja a publicação em sua íntegra no site do CREMESP.



24 de fevereiro de 2018 Todos

Para muitas pessoas, incluído alguns terapeutas, “diagnóstico é um palavrão”. Todos presenciamos o mau uso das formulações diagnósticas em psiquiatria. Uma pessoa complexa é super simplificada de maneira imprudente pelo entrevistador que está ansioso em razão de incerteza. Uma pessoa angustiada é tratada de forma linguisticamente distante pelo terapeuta.

Etiquetas são para roupas, não para pessoas

Uma das objeções ao diagnóstico deve-se à visão de que os termos diagnósticos são inevitavelmente pejorativos. Jane Hall é a autora da célebre frase “etiquetas são para roupas, não para pessoas”. Paul Watchel, de forma mais sarcástica, referiu-se ao diagnóstico como “insultos de pedigree fantasioso”. Terapeutas experientes costumam tecer tais comentários também, mas suspeito que, em seu próprio aprendizado, tenha sido útil lidar com uma linguagem que generalizou as diferenças individuais e com suas implicações para o tratamento. Uma vez que se aprendeu a observar os padrões clínicos dentro de organizações diagnósticas que foram estudados por décadas, se pode jogar o livro pela janela e saborear a unicidade individual que é cada paciente.

No entanto, se eu obtiver sucesso ao transmitir as diferenças individuais com respeito, os pacientes não irão recorrer aos termos diagnósticos a fim de se sentirem diferentes, inferiores e/ou superiores a outras pessoas. Em vez disso, contarão com uma linguagem útil à imaginação de diferentes possibilidades subjetivas. Um aspecto significativo, tanto do crescimento pessoal quanto do profissional.

O abuso da linguagem diagnóstica pode ser demonstrado com facilidade, o que não quer dizer que isso seja um argumento para que seja descartada. Todos os tipos de males podem surgir em nome de ideais valiosos – amor, patriotismo, cristianismo, etc. – não por culpa de sua perspectiva original mas justamente porque esta foi pervertida. A pergunta que deve ser feita é: a aplicação cuidadosa e não abusiva dos conceitos diagnósticos aumenta as chances do paciente obter ajuda?

Como o diagnóstico pode ajudar uma pessoa?

Existem ao menos cinco vantagens relacionadas ao empreendimento do diagnóstico de forma sensível e após treinamento adequado:

  1. Sua utilidade para o planejamento da terapia;
  2. Suas implicações em relação ao prognóstico;
  3. Sua contribuição à proteção dos consumidores de serviços de saúde mental;
  4. Seu valor em capacitar o terapeuta na transmissão de empatia;
  5. Seu papel na redução na probabilidade de pessoas facilmente perturbáveis fugirem ao tratamento.

Práticas de diagnóstico conscientes encorajam a comunicação ética entre os profissionais e seus potenciais pacientes ou clientes, um tipo de “verdade na publicidade”. Na busca de uma avaliação cuidados, o psiquiatra pode falar ao paciente algo sobre o que pode ser esperado e, assim evitar prometer demais ou criar desvios. Descobri, por exemplo, que poucos pacientes ficam chateados quando ouvem que contar sua história e relatar seus desafios pessoais vai requerer do tratamento psiquiátrico ou psicoterapia um longo tempo antes que ela possa resultar em uma mudança, que depende mais de uma experiência interna do próprio paciente. Muitos até se sentem encorajados quando o psiquiatra aprecia a profundidade de seus problemas e se dispões a um compromisso de longa data.

Um paciente recente, homem psicologicamente sofisticado que visitou muitos profissionais antes de chegar a mim com queixa do que considerava “tendências obsessivas graves”, me confrontou: “Então você é a especialista do diagnóstico; e como foi que me categorizou?”. Dei um grande suspiro e respondi: “Acho que o que mais me saltou aos olhos foi a quantidade de paranoia contra a qual você vem lutando”. “Finalmente alguém entendeu!”, ele disse. Para aqueles clientes que demandam uma cura milagrosa e aos quais falta o desejo ou a habilidade de se comprometer com algo tão sério quanto uma mudança genuína, um feedback honesto sobre o diagnóstico permite que recuem agradecidos e não desperdicem seu próprio tempo ou do psiquiatra atrás de mágica.

Quer saber mais sobre diagnóstico em Psiquiatria? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



13 de fevereiro de 2018 Todos

Burnout é um termo de origem inglesa que, em livre tradução, significa “queima depois do desgaste”, ou seja, refere-se a algo ou alguém que deixa de funcionar por exaustão. Em psicologia e psiquiatria, Burnout é uma espécie de metáfora utilizada para explicar o sofrimento e estresse dos profissionais em seu ambiente de trabalho. De acordo com a International Stress Management Association, cerca de 30% dos profissionais brasileiros sofrem com esse problema ocupacional.

A exaustão laboral leva os indivíduos a se desgastarem e se esgotarem, a ponto de apresentarem falta de motivação, desinteresse pelas tarefas e insatisfação constante. No caso de profissionais que lidam diretamente com o público e convivem com situações extremas, a Síndrome de Burnout é bastante frequente. Bons exemplos são os profissionais da área de saúde.

Médicos, enfermeiros e profissionais de saúde com um todo têm, entre suas funções, cuidar da saúde dos pacientes, mas, será que eles mesmos precisam de cuidados para preservar seu bem-estar físico e mental? Confira a seguir informações importantes sobre o burnout em profissionais de saúde e tire suas próprias conclusões sobre o assunto.

Por que o burnout é tão comum em profissionais de saúde?

A Síndrome de Burnout em profissionais de saúde pode ser desencadeada pela tensão emocional crônica que os trabalhadores vivenciam por causa da exaustão física, cobranças profissionais excessivas, baixa realização pessoal, ambiente insalubre, baixos salários e carga horária intensa de trabalho.

Quais são os sintomas do burnout em profissionais da área de saúde?

O ambiente de hospitais, clínicas e postos de saúde nem sempre é agradável. Pelo contrário! Ele pode ser tumultuado e desgastante, o que favorece o aparecimento dos seguintes sintomas de Burnout:

  • Sentimento de impotência diante de situações graves;
  • Desmotivação profissional;
  • Estafa física e mental;
  • Insensibilidade emocional;
  • Infelicidade no trabalho;
  • Manifestações físicas com cefaleia, insônia e alterações gastrointestinais;
  • Desgaste nas relações profissionais e familiares;
  • Baixo rendimento no expediente;
  • Alterações de humor;
  • Falhas de memória;
  • Dificuldade de concentração;
  • Isolamento social, irritabilidade e agressividade;
  • Pessimismo e baixa autoestima

Como a Síndrome de Burnout se desenvolve nesses trabalhadores?

A Síndrome de Burnout se desenvolve em três etapas específicas: exaustão emocional seguida de despersonalização e baixa realização profissional. A exaustão é o traço inicial, que pode ter desdobramentos físicos, psíquicos ou ambos. Ela é caracterizada pela falta de entusiasmo, energia e vigor para realizar as atividades, ou seja, é o esgotamento em si.

A despersonalização, por sua vez, é marcada pela insensibilidade emocional, com dissimulação afetiva e tratamento de colegas e pacientes como objetos. Aqui, o profissional trabalha de maneira impessoal e distanciada.  Já a baixa realização no trabalho é o resultado do Burnout. O profissional se sente insatisfeito e frustrado com sua profissão e com a vida laboral que ele leva.

Como tratar a Síndrome de Burnout?

O tratamento da Síndrome de Burnout envolve psicoterapia e, eventualmente, o uso de antidepressivos prescritos pelo especialista. Além disso, o profissional que sofre de Burnout deve adotar hábitos saudáveis, como por exemplo, praticar exercícios físicos, se alimentar de forma balanceada, aumentar o contato com amigos e familiares, aproveitar as folgas, se dedicar a hobbies, não pensar em trabalho o tempo inteiro, dormir bem, organizar a rotina  e fazer pequenos intervalos regulares ao longo do expediente.

Quer saber mais sobre a síndrome do esgotamento? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



13 de fevereiro de 2018 Todos

A distimia, também chamada de Transtorno Depressivo Persistente (DSM 5), é uma forma mais leve e menos conhecida de depressão. De acordo com a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos, cerca de 11 milhões de brasileiros sofrem com esse problema.

Frequentemente confundida com um mau humor crônico, a distimia traz sérios impactos psicológicos e sociais para a vida da pessoa, que pode apresentar características como baixa autoestima, falta de esperança, queda na produtividade e sentimento de inadequação.

É natural que, eventualmente, as pessoas se sintam tristes, chateadas ou infelizes com momentos difíceis e situações estressantes. Contudo, quem tem distimia experimenta essas sensações ruins de maneira constante, durante anos, o que prejudica diretamente a vida social. Quer saber um pouco mais sobre a distimia? Então conheça os principais sinais dessa condição, as causas e possíveis tratamentos.

Quais são as causas de distimia?

A distimia pode ser causada por razões semelhantes às da depressão convencional, incluindo fatores bioquímicos, genéticos e ambientais. São eles: alterações anatômicas no cérebro, predisposição familiar e situações inesperadas, como problemas financeiros, acidentes, perda de pessoas queridas, momentos de estresse, etc.

Cumpre ressaltar que o Transtorno Depressivo Persistente é mais comum em mulheres do que em homens, embora possa afetar ambos os sexos.

E os sintomas do problema?

Os sintomas são mais leves do que na depressão tradicional, porém, podem se manifestar durante um longo período. Entre os principais sinais do problema estão:

  • Tristeza e humor deprimido na maior parte do tempo;
  • Perda do interesse e do prazer em atividades que antes eram atrativas e prazerosas;
  • Diminuição ou aumento do apetite;
  • Sono excessivo ou insônia quase todos os dias;
  • Perda de energia e fadiga;
  • Falta de concentração para realizar até mesmo tarefas simples;
  • Sentimento de inutilidade, desesperança e/ou culpa;
  • Pensamentos recorrentes de morte;
  • Atitude pessimista;
  • Mau humor e irritabilidade.

Os sintomas podem aparecer individualmente ou em conjunto, o que significa que até mesmo as pessoas com poucos sinais de distimia têm chances reais de apresentar o problema. Vale destacar que os sintomas aparecem e desaparecem no decorrer do tempo, sendo que, quando eles surgem antes dos 21 anos, o quadro é chamado de distimia de início precoce. Se começam depois dessa idade, o quadro recebe o nome de distimia de início tardio.

Como tratar?

Não é por ser considerada um tipo mais leve de depressão, que a distimia não demanda atenção especial e tratamento. Os sintomas da distimia atrapalham a rotina do indivíduo. Isso, por si só, é motivo para se tratar.

O primeiro passo do tratamento consiste em procurar um especialista para fazer um diagnóstico preciso. Psicólogos e psiquiatras podem ajudá-lo nessa etapa. Com base na gravidade dos sintomas, perfil do paciente, problemas emocionais associados, tratamentos anteriores, estilo de vida e outras características, o profissional poderá indicar psicoterapia, uso de medicamentos antidepressivos, entre outros recursos para tratar a distimia.

Quer saber mais sobre distimia? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!




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