A distimia é um problema pouco discutido, mas bastante comum no Brasil. Só para se ter ideia, de 5 milhões a 11 milhões de brasileiros são diagnosticados com a doença todos os anos. Esses são os que buscam tratamento, já que ela costuma ser confundida com traços negativos comportamentais e de personalidade, e isso impede que a pessoa busque auxílio psiquiátrico.
A palavra tem origem grega e, em livre tradução, significa mal-humorado. O portador desse transtorno geralmente é visto como alguém pessimista e de difícil convivência, justamente porque tem comportamento irritado, reclama demais e vê apenas o lado ruim das coisas. Quer conhecer melhor esse problema? Leia o artigo e entenda o transtorno!
Afinal de contas, o que é distimia?
É um transtorno depressivo persistente, caracterizado por desesperança, tristeza, desânimo e perda de interesse em atividades que antes davam prazer. Pessoas distímicas têm dificuldades para executar e concluir as tarefas cotidianas, entretanto o problema não é incapacitante, como uma depressão menor. As capacidades funcionais são mantidas, embora a distimia seja uma das principais causas de ausências ao trabalho e a locais de estudos.
Quais são as diferenças entre depressão e distimia?
A depressão também é marcada por sentimentos e atitudes negativas, porém a intensidade é maior e a duração é menor. Na depressão, o quadro dura até 6 meses e os sintomas são agudos. Com a distimia, a duração é prolongada e os sintomas são mais brandos. Isso não quer dizer que a depressão seja mais grave! Ambas as condições trazem impactos prejudiciais ao indivíduo, demandando tratamento especializado.
Como a distimia se manifesta?
Por ser uma doença crônica, ela tem sintomas que duram por anos, interferindo diretamente nas mais diversas áreas da vida, incluindo os estudos, a carreira e os relacionamentos. Ao longo desse tempo, não há episódios depressivos isolados, e sim mau humor constante. Embora tenha sintomas mais leves em comparação à depressão, ela se torna uma doença pesada, pois o distímico não nota que está doente, fato que o faz permanecer na condição e sofrer com a baixa aceitação social.
A distimia pode afetar qualquer pessoa?
Sim. O problema pode afetar qualquer pessoa. Mulheres têm 3 vezes mais chances de sofrer com ele, e os sintomas se iniciam normalmente na adolescência, porém podem se manifestar precocemente, na infância, ou tardiamente, na fase adulta ou na terceira idade. Vale destacar que experiências ruins, alterações hormonais, histórico familiar, desequilíbrios químicos e lesões cerebrais são fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
Como tratar a distimia?
O primeiro passo para tratar a distimia é procurar ajuda psiquiátrica. O profissional indicará as melhores medidas, baseando-se na gravidade dos sintomas, na tolerância a medicamentos, na existência de outros transtornos, nos métodos usados anteriormente e no estilo de vida do paciente. Psicoterapia, medicação e prática de exercícios são opções para se controlar o quadro.
Quer saber mais sobre distimia? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!