homosexualismo / Dra Aline Rangel

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8 de dezembro de 2017 LGBTQIA+

A homossexualidade como “doença”

Desde a sua décima edição, a Classificação Internacional das Doenças da Organização Mundial de Saúde retirou da sua lista de Transtornos Psiquiátricos o “homossexualismo”, seguindo uma tendência mundial em considerar a homossexualidade como uma das variáveis de orientação sexual e não uma doença, como o sufixo “ismo” sugeria. Não sendo doença (ou Transtorno Psiquiátrico), a homossexualidade não demanda tratamento. Porém, com muita frequência, recebemos pais preocupados com a “escolha sexual” dos seus filhos, adultos com uma “homofobia internalizada” (ainda que assumidamente homossexuais) e adolescentes ou adultos jovens “em cima do muro” no que se refere a sua sexualidade, o que lhes causa bastante transtorno. Segundo Carmita Abdo, “é muito comum os homossexuais ou pessoas próximas procuram, à vezes, o auxílio de um profissional da saúde, no sentido de se reassegurarem ou mudarem de orientação sexual‘. 

A homossexualidade como fator de risco para conflitos emocionais

Há quase quarenta décadas, Marmor argumentava que, [apesar do homossexualidade não fazer parte do campo de ação do psiquiatra, apenas por ser homossexual, justificava-se a intervenção psiquiátrica, preventivamente indicada, para adolescentes e adultos que não estivessem fazendo identificações de papel de gênero “apropriadas”]. Isto porque a sociedade encarava a homossexualidade como um desvio de conduta.

O que observo, nos dias atuais, deixando de lado qualquer juízo encarado como “conservador” ou “liberal”, é que, se a atração sexual, a orientação sexual ou a indefinição desta, causa sofrimento, conflito ou quaisquer outros transtornos (doença ou não), um profissional especializado pode e deve ser consultado.

“Sair do armário”

Entender o desenvolvimento da sexualidade é tarefa difícil para a maioria das pessoas. Mudanças no corpo, atração e afetos dirigidos a outras pessoas, conhecimento e construção da identidade são trabalhos difíceis para qualquer pessoa, independente da orientação sexual desenvolvida. Não se trata de “sair do armário” e se revelar para as pessoas, pelo contrário: devemos entrar no “nosso armário”, ou seja, nas nossa emoções, pensamentos e crenças mais íntimas na construção de uma sexualidade ímpar, com auto-respeito e liberdade em expressá-la.

 

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