É preciso ter em mente que determinadas pessoas não são hiperativas por falta de educação ou descontrole, mas sim por uma questão neurológica: existe um subdesenvolvimento em determinadas regiões do cérebro. Isso provoca uma má comunicação, culminando na hiperatividade.
Mas afinal, como saber a diferença entre a patologia e uma agitação convencional? Quais os principais sintomas de um indivíduo hiperativo?É isso que você irá descobrir na sequência. Decifrar determinados sinais para então buscar ajuda psiquiátrica especializada é o primeiro passo importante. Acompanhe a leitura!
Sintomas do hiperativo
1. Impulsividade, que o leva a situações de risco constantemente, levando o indivíduo a subir em locais proibidos ou pular de locais muitos altos em relação à sua estatura, por exemplo;
2. Sono de pouca qualidade, já que um dos sinais mais evidentes do transtorno é o movimento constante mesmo quando se está em repouso, ou seja, o afetado se movimenta demais mesmo durante o sono;
3. Dificuldade em terminar tarefas, pois mesmo que determinado projeto seja iniciado, ele será abandonado antes de ser finalizado para que a pessoa possa trabalhar em outro projeto, que muito provavelmente também não será concluído;
4. Tiques nervosos, como descruzar e cruzar as pernas com frequência considerada acima da média ou bater constantemente a ponta do pé no chão quando está sentado;
5. Falta de filtro social, ou seja, dizer tudo o que vem à cabeça, mesmo que seja inconveniente diante das pessoas envolvidas no contexto em questão. A ação pode vir ou não somada à interrupção constante da fala de terceiros e mudança de tópico da conversa mesmo que ela não tenha terminado;
6. Inquietude, fazendo com que a realização de atividades simples, como sentar para fazer uma pintura, seja praticamente impossível;
7. Possuir inteligência geralmente acima da média mas ter resultados escolares que não a refletem, uma vez que o indivíduo não consegue manter o foco durante o processo de aprendizagem e na realização de atividades escolares;
8. Maior tendência a se concentrar quando a atividade que deve ser realizada tem caráter estimulante;
9. Ansiedade, que é expressa principalmente pela necessidade constante de busca por novidades e aventuras para que não se fique entediado;
10. Criatividade acima da média, que é demonstrada em brincadeiras durante a infância e no trabalho (no caso de hiperativos adultos);
11. Facilidade em se distrair, mesmo com as coisas mais sem importância;
12. Mudanças repentinas no nível de disposição ou no humor.
Por fim, é importante ressaltar que esses sintomas podem ocorrer de forma isolada (ou seja, através da manifestação de somente um deles) ou de forma geral, por meio da combinação de sintomas.
No caso de crianças, pais e professores devem estar atentos aos períodos e situações em que os sintomas tendem a ser mais intensos, notadamente quando as tarefas a serem realizadas são mais complexas, durante a tarde e a noite e quando o ambiente em que o hiperativo se encontra exige um comportamento mais polido e controlado, como restaurantes, festas de aniversário, igreja, dentre diversos outros.
Deve-se tomar cuidado para se certificar de que o nível de atividade da criança, adolescente ou adulto ultrapassa a atividade motora normal elevada para indivíduos da sua faixa etária. Como os índices de identificação e estatísticas de sintomas de TDAH variam de um grupo cultural para outro, a interpretação de seus comportamentos também deve ser considerada usando-se uma abordagem de competência cultural. Outras informações complementares, incluindo escalas de pontuação por pais e professores, entrevistas com professores e /ou observação em sala de aula, podem ajudar a esboçar um quadro mais abrangente dos sintomas em diversos contextos, no caso de crianças e adolescentes. Além disso, deve-se esclarecer se as dificuldades na escola não são decorrentes apenas de TDAH, porque esses sintomas podem mascarar transtornos específicos da aprendizagem ou outro prejuízo neurocognitivo. Uma triagem completa para detecção de outras condições psiquiátricas que são frequentemente comórbidas com TDAH seria útil, incluindo uma avaliação de sintomas de humor e de ansiedade e avaliação de comportamento disruptivo ou de oposição.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!