Desde os primórdios da história, com nossos ancestrais, adaptamos características para sobrevivência em diversos ambientes. Uma delas é o medo. Imagine a seguinte situação: você está parado na calçada enquanto aguarda o semáforo abrir para os pedestres. Nesse momento, um carro se aproxima com rapidez e sem controle em sua direção. Quais são seus sentimentos nesse instante? “Esse motorista é louco”, “não posso morrer”, “tenho que fazer alguma coisa”.
Como seu corpo se comporta? Com calafrios, suor, choro e corrida imediata. A todas essas características chamamos “medo”. Ou seja, o medo consiste em uma resposta imediata a uma ameaça conhecida, externa e bem definida: o carro vai me atropelar. Ele foi desenvolvido ao longo da história humana, a fim de que nós possuíssemos o extinto de sobrevivência. Dessa maneira, conseguimos nos livrar de situações perigosas e nos manter em constante equilíbrio. E fobia? O que seria este essa sensação?
Fobia: temendo o incerto
Apesar de serem confundidos, fobia e medo são muito diferentes. A fobia consiste em um transtorno mental ansioso, que pode, inclusive, chegar ao ponto de incapacitar o indivíduo. Enquanto o medo é uma resposta a algo real, a ansiedade fóbica resulta de uma ameaça interna, vaga, conflituosa ou desconhecida. Como resultado, a pessoa pode sentir uma sensação desagradável, apreensão, dor de cabeça, inquietação e até pânico. Com o passar do tempo, o indivíduo começa a esquivar-se das situações que lhe causam fobia, contudo, nem sempre isso é possível.
Exemplos de fobia
Fobia específica
- Ansiedade frente a situações específicas, como Acrofobia (altura), Agorafobia (lugares abertos), Zoofobia (animais), Misofobia (sujeira e germes), Pirofobia (fogo), Xenofobia (estranhos).
- Geralmente, o objeto da sensação específica está relacionado com uma situação em que a pessoa passou por intenso medo. Por exemplo, uma pessoa que foi atacada por um cão bravo, pode desenvolver fobia de cães.
Fobia social
- Fobia de se embaraçar e de causar algum tipo de constrangimento ou gafe em situações sociais, tais como reuniões, apresentações orais, encontros amorosos, festas. A pessoa se sente constantemente julgada pelos outros e que seu comportamento, jeito de andar, falar, escrever, comer, é inferior ao das outras pessoas.
- O sentimento fóbico é desproporcional à ameaça real e pode causar grande sofrimento e prejuízo no comportamento pessoal. As situações que causam fobia também passam a ser evitadas e a pessoa começa a se isolar.
Como saber se tenho medo ou fobia?
A primeira etapa é reconhecer os sentimentos que você apresenta e quais são as situações que os desencadeiam. Após isso, busque ajuda do médico psiquiatra, pois ele saberá fazer a avaliação completa. Geralmente, o tratamento é associado com medicamentos e terapia cognitiva comportamental. Após isso, a pessoa lida muito melhor com as fobias e passa a ter uma vida tranquila.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!