A distimia, também chamada de Transtorno Depressivo Persistente (DSM 5), é uma forma mais leve e menos conhecida de depressão. De acordo com a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos, cerca de 11 milhões de brasileiros sofrem com esse problema.
Frequentemente confundida com um mau humor crônico, a distimia traz sérios impactos psicológicos e sociais para a vida da pessoa, que pode apresentar características como baixa autoestima, falta de esperança, queda na produtividade e sentimento de inadequação.
É natural que, eventualmente, as pessoas se sintam tristes, chateadas ou infelizes com momentos difíceis e situações estressantes. Contudo, quem tem distimia experimenta essas sensações ruins de maneira constante, durante anos, o que prejudica diretamente a vida social. Quer saber um pouco mais sobre a distimia? Então conheça os principais sinais dessa condição, as causas e possíveis tratamentos.
Quais são as causas de distimia?
A distimia pode ser causada por razões semelhantes às da depressão convencional, incluindo fatores bioquímicos, genéticos e ambientais. São eles: alterações anatômicas no cérebro, predisposição familiar e situações inesperadas, como problemas financeiros, acidentes, perda de pessoas queridas, momentos de estresse, etc.
Cumpre ressaltar que o Transtorno Depressivo Persistente é mais comum em mulheres do que em homens, embora possa afetar ambos os sexos.
E os sintomas do problema?
Os sintomas são mais leves do que na depressão tradicional, porém, podem se manifestar durante um longo período. Entre os principais sinais do problema estão:
- Tristeza e humor deprimido na maior parte do tempo;
- Perda do interesse e do prazer em atividades que antes eram atrativas e prazerosas;
- Diminuição ou aumento do apetite;
- Sono excessivo ou insônia quase todos os dias;
- Perda de energia e fadiga;
- Falta de concentração para realizar até mesmo tarefas simples;
- Sentimento de inutilidade, desesperança e/ou culpa;
- Pensamentos recorrentes de morte;
- Atitude pessimista;
- Mau humor e irritabilidade.
Os sintomas podem aparecer individualmente ou em conjunto, o que significa que até mesmo as pessoas com poucos sinais de distimia têm chances reais de apresentar o problema. Vale destacar que os sintomas aparecem e desaparecem no decorrer do tempo, sendo que, quando eles surgem antes dos 21 anos, o quadro é chamado de distimia de início precoce. Se começam depois dessa idade, o quadro recebe o nome de distimia de início tardio.
Como tratar?
Não é por ser considerada um tipo mais leve de depressão, que a distimia não demanda atenção especial e tratamento. Os sintomas da distimia atrapalham a rotina do indivíduo. Isso, por si só, é motivo para se tratar.
O primeiro passo do tratamento consiste em procurar um especialista para fazer um diagnóstico preciso. Psicólogos e psiquiatras podem ajudá-lo nessa etapa. Com base na gravidade dos sintomas, perfil do paciente, problemas emocionais associados, tratamentos anteriores, estilo de vida e outras características, o profissional poderá indicar psicoterapia, uso de medicamentos antidepressivos, entre outros recursos para tratar a distimia.
Quer saber mais sobre distimia? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!