Você já ouviu falar em agorafobia? Esse é um tipo de transtorno de ansiedade relativamente comum. Só para ter ideia, no Brasil, a agorafobia atinge cerca de 150 mil pessoas.
A etimologia da palavra remete ao grego, em que a junção das palavras αγορά (ágora), que quer dizer praça pública, e φοβία (fobia), que significa terror, passou a designar essa condição que, ao pé da letra, significaria o temor de praça pública. Na prática, o problema vai muito além disso.
A agorafobia é um distúrbio que mexe com os pensamentos, as emoções e as atitudes. Tal transtorno é marcado pelo medo de situações que possam vir a causar sensação de desamparo, constrangimento ou aprisionamento.
Neste artigo, trazemos mais informações sobre a agorafobia, para você entender suas principais causas e possíveis tratamentos. Boa leitura!
Causas da agorafobia
Essa condição pode se desenvolver espontaneamente, sem nenhuma causa aparente, ou pode ser desencadeada por ambiente e situações estressantes, abuso de substâncias químicas e existência de outros transtornos de ansiedade.
A agorafobia pode aparecer, por exemplo, depois de episódios de crise de pânico. A síndrome do pânico é, inclusive, um importante fator de risco para o surgimento da condição agorafóbica. Quem tem essa síndrome está sujeito a experimentar ataques repentinos de medo extremo e incontrolável, com presença de sintomas físicos intensos, como aumento da frequência cardíaca, sudorese, hiperventilação ou falta de ar, sensação de sufocamento, tontura, náuseas, vômitos, desmaio, aperto no peito, formigamento, dormência, tremores, calafrios, descontrole, medo da morte, etc. Por temer novas crises no futuro, a pessoa acaba desenvolvendo outro transtorno de ansiedade: a agorafobia.
Tratamentos para agorafobia
Cumpre salientar que esse é um problema psíquico crônico, que pode durar meses, anos ou a vida inteira. Apesar disso, o tratamento adequado é capaz de melhorar – e muito – a qualidade de vida dos pacientes agorafóbicos. É importante tratar essa condição, para evitar que a agorafobia desencadeie outros transtornos, como depressão e dependência química.
O primeiro passo para tratar o distúrbio consiste em reconhecer os sinais. Os principais sintomas de agorafobia são reclusão social e o medo de determinadas circunstâncias, como de expor opiniões em público e do julgamento alheio, de ficar em ambiente fechados e sufocantes, de frequentar lugares lotados, como casas de show, estacionamentos e parques, de participar de processos seletivos e, até mesmo, de coisas corriqueiras como entrar no elevador, usar o transporte público e enfrentar filas.
Reconhecidas essas manifestações, a pessoa deve buscar suporte psiquiátrico para enfrentar esse transtorno de ansiedade. O tratamento clínico é desafiador, mas geralmente bem-sucedido. Ele consiste na combinação de sessões de psicoterapia e uso de fármacos específicos para o controle dos sintomas. Lembre-se de que a automedicação é contraindicada, pois somente o médico pode recomendar o tipo, a dosagem e a duração do tratamento medicamentoso. Isso aumenta a eficácia e a segurança da abordagem terapêutica.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!