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3 tipos de autismo e seus tratamentos

3 tipos de autismo e seus tratamentos

15 de julho de 2019 by

O autismo ou Transtornos do Espectro Autista (TEA), trata-se do desenvolvimento que causa alterações na capacidade de comunicação, interação social e comportamento da criança. Normalmente, os autistas apresentam dificuldades na fala, bloqueios na hora de se expressar, dificuldade de interação e, até mesmo, realização de movimentos repetitivos.

De acordo com os dados do Center of Deseases Control and Prevention (CDC), o transtorno afeta 1 a cada 110 pessoas no mundo. Assim, a estimativa é que, no Brasil, existem, mais ou menos, 2 milhões de autistas.

Os sinais surgem, na maioria das vezes, entre os dois e três anos, quando a criança começa a ter uma interação maior com a família e amigos. Em alguns casos, já é possível observar alguns sintomas quando ainda são bebês, como ausência de expressões faciais ou de reação aos sons. Mas esses primeiros sintomas devem ser avaliados pelo médico.

Neste post, entenderemos um pouco mais sobre o assunto. Confira!

Quais são os tipos de autismo?

De acordo com o CDC, existem três tipos de manifestações:

  • Síndrome de Asperger: é considerada a forma mais leve do espectro autista. Os principais sintomas são obsessão por um único objeto, além de interesse excessivo por um assunto preferido, podendo discuti-lo por horas a fio, sem parar. A síndrome afeta três vezes mais os meninos e quem a desenvolve, normalmente, tem inteligência acima da média. Por conta disso, alguns médicos a chamam de “Autismo de Alto Funcionamento”. Caso não seja diagnosticado na infância, o adulto com Asperger poderá ter mais chances de desenvolver quadros depressivos e de ansiedade;
  • Transtorno Invasivo do Desenvolvimento: pode ser considerada uma “fase intermediária”, uma vez que é um pouco mais grave que a Síndrome de Asperger, mas não tão forte quanto o Transtorno Autista. Os sintomas são variáveis, mas, no geral, o paciente apresenta quantidade menor de comportamentos repetitivos, dificuldades com a interação social, competência linguística inferior à Síndrome de Asperger, mas superior ao Transtorno Autista;
  • Transtorno Autista: as pessoas com esse tipo costumam ter atrasos linguísticos significativos, desafios sociais e de comunicação, além de comportamentos e interesses incomuns. Algumas também têm deficiência intelectual. Os principais sinais que indicam a condição são falta de contato com os olhos, comportamentos repetitivos, como bater ou balançar as mãos, dificuldades em fazer pedidos usando a linguagem, desenvolvimento tardio da linguagem.

Além dos tipos, o transtorno pode ser dividido em três níveis:

  • Nível 1 — leve: em geral, as crianças apresentam dificuldades para trocar de atividades, problemas de planejamento e organização, dificuldade para iniciar a relação social e pouco interesse em interação;
  • Nível 2 — médio: os sintomas são um pouco mais graves e a criança apresenta limitações em iniciar interações sociais, são mais inflexíveis nos seus comportamentos, apresentam dificuldades em relação à mudança ou com os comportamentos repetitivos e sofrem para modificar o foco das suas ações;
  • Nível 3 — grave: crianças caracterizadas com esse nível possuem dificuldades mais graves em relação à comunicação verbal e não verbal, limitação em iniciar interações sociais e resposta mínima a aberturas sociais que partem de outros. Inflexibilidade de comportamento, extrema dificuldade em lidar com a mudança ou outros comportamentos restritos/repetitivos.

Como é o tratamento?

Para a condição ainda não há cura, mas sim tratamentos capazes de melhorar a qualidade de vida do paciente, com uma equipe multidisciplinar. O principal objetivo é maximizar as habilidades sociais e comunicativas da criança por meio da redução dos sintomas e do suporte ao desenvolvimento e aprendizado.

Em alguns casos, pode ser indicado o uso de medicamentos, que embora não sejam específicos para o autismo, ajudam com possíveis problemas emocionais comuns no espectro, como ansiedade, hiperatividade, ataques de raiva, impulsividade, agressividade e alterações de humor.


Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
psiquiatra em São Paulo!



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