Todos / Dra Aline Rangel


15 de dezembro de 2019 Todos
A higiene do sono pode ser definida como um conjunto de hábitos ou atividades organizadas a fim de reduzir os fatores ambientais que prejudicam a boa qualidade do sono. É uma limpeza daquilo que interfere no descanso reparador. As atividades relacionadas a ela compreendem desde uma alimentação adequada, até ações praticadas perto do horário de dormir. A técnica pode, inclusive, ser considerada um tratamento. Muitas vezes, apenas sua aplicação já é suficiente para diminuir os efeitos da insônia. Mesmo em casos de distúrbios do sono em que é necessário o uso de medicamentos, a mudança de hábitos funciona como ação coadjuvante. Neste artigo, trazemos mais informações sobre essa importante prática. Confira!

Orientações para uma boa higiene do sono

  • Fique atento à sua necessidade de horas de sono. Geralmente, seis a sete horas por noite já são suficientes. Entretanto, isso pode variar. Por isso, é importante se adequar ao número de horas que você precisa para descansar;
  • Defina uma rotina para dormir e acordar nos mesmos horários, inclusive nos finais de semana;
  • Evite os cochilos no meio do dia;
  • Logo que o sono chegar, vá para a cama;
  • Se, ao deitar, não conseguir dormir, levante-se. Refaça a rotina preparatória do sono. Ouça uma música tranquila ou tome um banho morno. Não fique “rolando” até pegar no sono;
  • Prepare um ambiente tranquilo, confortável, limpo e silencioso para dormir;
  • Reserve a cama apenas para dormir. Não coma, assista TV, trabalhe ou estude ali;
  • Não fique calculando quanto tempo ainda tem para dormir. Isso aumenta a ansiedade e dificulta uma noite tranquila;
  • Evite substâncias que contenham estimulantes, como café, refrigerante de cola, chás e álcool perto do horário de dormir;
  • Prefira realizar atividades físicas até seis horas antes do horário de ir para a cama. Atividades físicas podem estimular a disposição;
  • Alimente-se com atenção. Durante a noite, o metabolismo está mais lento e a digestão se interrompe. Coma alimentos leves nos horários que se aproximam à hora de dormir;
  • Evitar os eletrônicos pelo menos meia hora antes de dormir. A luz brilhante dos aparelhos atrapalha o sono.

Por que esses hábitos são tão importantes?

O ato de dormir não é apenas um desligamento do cérebro. Pelo contrário, é uma condição biológica, cíclica e que produz uma série de repercussões para o organismo, no estado ativo e de descanso. Durante o sono, produzimos e secretamos diversos hormônios responsáveis por regular várias atividades do organismo, como GH, cortisol e noradrenalina. O sono ainda proporciona o descanso necessário para acumular energia. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de dezembro de 2019 Todos
O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) afeta cerca de 5% da população infantil em todo o mundo, normalmente acompanhando a pessoa também durante a vida adulta. Recentemente, estudos acerca do assunto têm associado o uso abusivo das tecnologias ao agravo dos sintomas do TDAH, tanto em crianças como em adultos. Continue a leitura e entenda melhor o assunto.

O que é TDAH

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade é um distúrbio neurobiológico que se manifesta essencialmente por alterações comportamentais, como desatenção, hiperatividade e impulsividade. As causas do transtorno são diversas. Os pacientes com TDAH têm alterações na área frontal do cérebro, o que reflete em suas conexões com o restante do órgão. Essa área é a responsável por foco, memória, autocontrole, organização e por controlar os comportamentos inadequados.

Quais são os sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção?

As crianças diagnosticadas tendem a ter problemas na escola, apresentam certa resistência para cumprir regras e compreender limites, além de demonstrar dificuldade no aprendizado. Os adultos costumam manifestar muita inquietação e falhas na memória. Geralmente, são bem esquecidos e agem com impulsividade, sem conseguir avaliar o próprio comportamento. Os sintomas interferem no funcionamento:
  • comportamental — apresentam irritabilidade, inquietude, agressividade, falta de moderação, hiperatividade e impulsividade;
  • cognitivo — falta de foco, desatenção, esquecimento;
  • humor — excitação, raiva, ansiedade e depressão.

A influência do uso da internet no TDAH

Uma pesquisa realizada com 2.587 estudantes em Los Angeles e publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA), em 2018, chegou a um dado importante sobre o TDAH: a cada nova atividade digital que o estudante interagia, a chance de desenvolver os sintomas do distúrbio aumentava em 10%. Os pesquisadores informam que a associação encontrada entre o uso da internet e os sintomas do TDAH é bem significativa e causa preocupação. A conclusão do estudo diz que os usuários mais intensivos dos dispositivos eletrônicos têm duas vezes mais chances de desenvolverem sintomas do transtorno. O que acontece é que as novas interações digitais provocam operações mentais semelhantes à de uma pessoa com déficit de atenção. Não é à toa que os portadores de TDAH têm mais habilidades relacionadas a essa área. Além de causar dependência, o uso exacerbado das novas tecnologias impulsionam a desatenção com estímulos rápidos e oscilantes. Isso propicia a atitude impulsiva como resposta, favorecendo a necessidade de recompensas imediatas, comportamentos similares aos de quem tem o transtorno.

A internet é causa ou consequência do TDAH?

Está bem claro para os pesquisadores que existe uma relação clara entre o uso de tecnologias e mídias digitais com o desenvolvimento dos sintomas de TDAH. A exposição a jogos eletrônicos e smartphones pode provocar insônia, aumento da sensação de tédio, prejudica a atenção e outros problemas associados à condição. Apesar de não ser possível afirmar que essa exposição é causa do distúrbio em si, há evidências de que pessoas com predisposição genética ao transtorno, expostas aos impulsos digitais constantes, podem acabar, de fato, desenvolvendo a condição. Outro fator importante é que o fácil acesso às novas tecnologias acaba dificultando o controle dos impulsos. Dessa forma, a internet e o TDAH acabam por formar uma relação de mão dupla. Os sintomas do transtorno tornam a internet mais atraente, e a internet acaba por agravar os sintomas do TDAH. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de dezembro de 2019 Todos
A esquizofrenia é um distúrbio mental incapacitante. Ela afeta cerca de 1% da população, atingindo da mesma forma homens e mulheres. Geralmente, os primeiros sintomas aparecem entre os 15 e os 30 anos de idade. Em razão de sua natureza crônica, é necessário acompanhamento psiquiátrico durante toda a sua evolução. Os transtornos esquizofrênicos se caracterizam pela perda da conexão com a realidade e pela distorção dos pensamentos. O paciente costuma sofrer com alucinações, delírios, comportamentos anômalos e dificuldades para demonstrar afeto. Neste artigo, trazemos informações sobre os tratamentos para o problema. Acompanhe para saber mais!

Tipos de esquizofrenia

Esquizofrenia paranoide

O paciente que tem esquizofrenia paranoide costuma ter falas desorganizadas, ausência de afeto e mania persecutória. É comum se sentir vítima de perseguição de pessoas e seres de outro mundo. Também há distanciamento dos ciclos sociais.

Esquizofrenia simples

Manifesta-se por alterações na personalidade. Geralmente, há isolamento social e inibição do afeto.

Esquizofrenia hebefrênica

Nesse caso,  o comportamento do paciente tende a ser infantilizado. As respostas emocionais são inadequadas e há presença de pensamentos desconexos.

Esquizofrenia catatônica

Quem é diagnosticado com essse tipo de esquizofrenia se encontra em um quadro de apatia intensa e atividade motora prejudicada. É comum não ter interesse nos acontecimentos do cotidiano e passar várias horas na mesma posição.

Esquizofrenia residual

O indivíduo com esse problema apresenta alterações no comportamento, na consideração do afeto e no convívio social. Entretanto, essas alterações ocorrem de modo pouco frequente, em comparação com as outras formas de esquizofrenia.

Esquizofrenia indiferenciada

O paciente desenvolve determinadas características típicas de algum tipo de esquizofrenia, mas não se enquadra em nenhum deles.

Tratamento da esquizofrenia

Esse distúrbio mental pode ter início inesperado e se estabelecer de imediato. Entretanto, em alguns casos, pode se instalar lentamente e demorar para ser identificado. Mesmo que cada paciente tenha uma sintomatologia própria, a manifestação da doença é grave o suficiente para comprometer a capacidade de trabalho e convívio em sociedade.  Sem tratamento, há risco, inclusive de suicídio. A esquizofrenia não tem cura. O tratamento da doença vai envolver um planejamento do psiquiatra para acompanhar o paciente e evitar as recaídas ao longo do tempo. A fase aguda é aquela em que o paciente está em crise, com os sintomas aflorados e em visível sofrimento mental. Nessa época, são indicadas algumas abordagens:
  • medicamentos antipsicóticos — esses medicamentos atuam bloqueando os neurotransmissores responsáveis pelos episódios de delírio e alucinação. Uma vez que os sintomas tenham desaparecido, o tratamento medicamentoso pode ser utilizado para evitar surtos futuros.
  • internação — nos quadros em que o paciente se encontra em perigo para si ou para quem convive, pode ser considerada a internação. O psiquiatra vai avaliar a necessidade e discuti-la com a família.
Na fase de estabilização, além da medicação, o paciente deve ser inserido em um programa de abordagens psicossociais para ajudá-los a retomar as habilidades sociais e diminuir o isolamento. A modalidade escolhida vai depender do quadro do paciente e de suas possibilidades. São elas:
  • psicoterapia — atenua os sintomas, previne novos surtos e ajuda a reinserir o paciente no convívio social.
  • terapia ocupacional — terapia voltada para a realização de atividades. Isso ajuda o paciente a recuperar a vontade de se comprometer com alguma atividade, reforçando a organização e criatividade.
  • grupos de apoio — contribuem para que os pacientes e familiares troquem experiências e se sintam inseridos em contexto social.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de dezembro de 2019 Todos
A eletroconvulsoterapia (ECT) é uma técnica que utiliza eletrochoques para induzir convulsões em pacientes portadores de algumas patologias psiquiátricas. Embora haja muita controvérsia no que diz respeito à sua aplicação, os resultados são eficazes e seguros. O que ocorre é falta de informação. Nos final dos anos 1930, quando o choque começou a ser usado no tratamento de doenças psiquiátricas, e nos anos subsequentes, havia pouco estudo e os métodos de utilização não eram bem definidos. Assim, o paciente sofria efeitos colaterais severos. Além disso, o choque é muito lembrado como o meio de tortura utilizado no Brasil e em outros países na década de 1960. Entretanto, hoje, a técnica utilizada para tratamento é muito diferente. Neste artigo, trazemos mais informações sobre este importante tratamento. Leia para saber mais!

Para que serve a eletroconvulsoterapia?

Na década de 1930, pesquisadores notaram que pacientes com epilepsia convulsiva não sofriam com psicoses. Daí em diante, começaram testes que comprovaram a tese. A convulsão atenuava significativamente os sintomas de doenças psiquiátricas, que não respondiam a outro tipo de tratamento. Dessa forma, a eletroconvulsoterapia passou a ser indicada para os seguintes distúrbios psiquiátricos:
  • esquizofrenia — sintomas de alucinação e delírio respondem bem à ECT;
  • transtorno depressivo maior — indicada para os sintomas mais graves da doença, sobretudo quando é necessária uma resposta mais rápida ao tratamento;
  • transtorno afetivo bipolar — indicada quando os sintomas são resistentes ao tratamento convencional ou quando o paciente decide por essa opção.

Como a ECT funciona?

O preparo para receber o tratamento inclui a avaliação do psiquiatra, avaliação anestésica e exames clínicos. Contudo, não há uma rotina específica. É necessário que o paciente esteja em jejum, como orientado pelo médico, pois será ministrada anestesia. As aplicações poderão ser feitas em ambulatório, sem necessidade de internação. O paciente é acompanhado pelo psiquiatra e pelo anestesista durante todo o procedimento. Após a anestesia ser administrada, o paciente recebe relaxantes musculares. Os relaxantes musculares são importantes para evitar a contração muscular e possíveis fraturas, sobretudo em pacientes idosos e com problemas ósseos. Além disso, o paciente ainda recebe oxigenação e monitoramento cardíaco, cerebral e de pressão arterial. Após a preparação, são colocados os eletrodos por onde o estímulo elétrico passa. O estímulo só é disparado na quantidade suficiente para provocar a convulsão que, por sua vez, só consegue ser identificada pelo monitor. A duração do procedimento todo é de aproximadamente 30 minutos. Quando passa a anestesia, o paciente é examinado e pode voltar para casa. Normalmente, a frequência da terapia é de até três vezes na semana. O paciente não costuma se lembrar das aplicações devido à anestesia, e podem ocorrer lapsos de memória temporal durante os meses de tratamento, que passam em seguida.

O tratamento é seguro?

O procedimento, quando segue os parâmetros definidos pela Associação Brasileira de Psiquiatria, é perfeitamente seguro. O risco se equipara ao de qualquer técnica cirúrgica com anestesia. A pessoa não sente o choque nem a convulsão, que, como mencionado anteriormente, só é possível ver pelo monitor. Além disso, o paciente também não se lembra do ocorrido, como acontece em um exame de endoscopia. O efeito da eletroconvulsoterapia no corpo é similar ao uso de antidepressivos. Entretanto, a técnica é capaz de trazer alívio de sintomas que há anos são tratados e resistentes aos medicamentos. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de dezembro de 2019 Todos
Fibromialgia e transtorno depressivo são, frequentemente, temas relacionados. Isso ocorre porque, de acordo com a Sociedade Americana de Ansiedade e Depressão, 20% dos pacientes que sofrem de dores crônicas manifestam algum distúrbio de humor. Uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina identificou que, dentre os 70 pacientes de fibromialgia participantes, 65% apresentavam algum grau de depressão e 13% deles já alcançavam o nível mais grave do transtorno. Por que isso ocorre? Neste artigo, vamos abordar a relação entre as duas doenças. Acompanhe e saiba mais!

Entenda a fibromialgia

Também conhecida como síndrome da fibromialgia, essa é a segunda doença reumatológica crônica mais comum. Ela afeta cerca de 4% da população, apresentando maior prevalência em mulheres jovens, entre 40 e 55 anos. Por ser uma doença silenciosa, há uma certa dificuldade no diagnóstico, muitas vezes resultando em confusão com algum transtorno de ordem psicológica. A doença se caracteriza por quadros de dor musculoesquelética generalizada e pontos específicos de hipersensibilidade, chamados de pontos-gatilho ou tender points, sem que haja processos inflamatórios musculares presentes. Os sintomas variam entre leves e incapacitantes. Além da dor, a fibromialgia também provoca distúrbios do sono, fadiga, rigidez matinal e alterações de humor, trazendo prejuízos significativos à qualidade de vida do paciente.

Como a depressão se relaciona com a doença?

O impacto negativo dos sintomas provocados pela doença podem ser intensos, a ponto de impedir o cumprimento das atividades, obrigações sociais e laborais do indivíduo. O paciente com fibromialgia mostra dificuldades para realizar tarefas motoras e cognitivas, o que repercute no desempenho profissional, levando muitas vezes à queda da renda familiar. Nos relacionamentos, os sintomas têm potencial de interferirem no contato social, prejudicando as relações familiares e sociais. Diante da cronicidade da doença e de sua origem incerta, é muito comum a sensação de vulnerabilidade e desamparo. Somado às alterações cognitivas e à sua natureza incapacitante, o alto estresse psicológico gerado se torna o estímulo para o desenvolvimento de transtornos de saúde mental, tais como a depressão.

Ciclo entre fibromialgia e depressão

Se a existência da fibromialgia tem forte influência no desenvolvimento da depressão, o surgimento desse transtorno mental acaba por agravar a doença, formando um círculo vicioso entre as duas condições. A depressão pode ser considerada, inclusive, um sintoma secundário da fibromialgia. Sendo assim, é importante frisar a consequência que isso traz para a vida do doente. Por si só, a depressão já tem a capacidade de interferir nas relações interpessoais e comprometer a vitalidade de uma forma geral. Associada à fibromialgia, a depressão pode potencializar a frustração e o isolamento social, além de dificultar a adesão ao tratamento. Nesses casos, o tratamento deve levar em consideração as duas condições. Por outro lado, a fibromialgia não tem cura, portanto, a abordagem terapêutica deve ser orientada a atenuar os sintomas da doença. O uso de medicamentos antidepressivos e a terapia podem ser considerados, assim como o acompanhamento psiquiátrico. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de dezembro de 2019 Todos
A ansiedade é um estado emocional comum do ser humano. Quando em níveis normais, ela é até importante para a sobrevivência, funcionando como mecanismo de defesa em situações do presente ou antecipando acontecimentos futuros. Sendo assim, pode-se considerar esse estado emocional como uma reação natural do corpo ao medo. O problema acontece quando essa reação é exagerada ou desproporcional ao fator gerador do estresse, causando sentimentos de tensão, preocupação e pensamentos perturbadores por longos períodos. A intensidade e a frequência dos sintomas indicam quando a ansiedade se torna uma patologia e precisa ser tratada. A ansiedade se manifesta de diferentes formas, como:
  • Ansiedade generalizada — os sintomas de ansiedade podem aparecer em qualquer situação;
  • Ansiedade associada ao medo — é um temor exagerado quando a pessoa está diante de um determinado estímulo, como viajar de avião, alguns animais, altura etc;
  • Ataques de pânico — acontecem quando a pessoa sofre com crises recorrentes de medo intenso, muitas vezes sem explicação lógica;
  • Ansiedade social — ocorre quando há estímulo externo ou exposição a situações sociais, como entrevistas de emprego, falar com desconhecidos, frequentar ambientes cheios, etc.

Causas da ansiedade

Não é possível determinar a origem do problema. Cada pessoa vai desenvolver seus gatilhos de acordo com suas vivências. E, além delas, fatores emocionais adquiridos por meio das experiências vividas, fatores genéticos e até o histórico familiar podem estar envolvidos na causa da ansiedade. Dessa forma, é impossível estabelecer exatamente o que pode ou não dar origem ao desenvolvimento do distúrbio. O paciente precisa ser analisado individualmente para que a causa do seu problema possa ser identificada e tratada.

É possível prevenir?

Uma vez que as causas não são bem estabelecidas, esse distúrbio psicológico pode acometer qualquer pessoa, em diferentes fases da vida, desde crianças até idosos. Portanto, prevenir o aparecimento desse problema inclui hábitos que promovam a boa saúde mental, como exercícios físicos regulares, evitar o estresse e ingerir alimentos que aumentem os níveis de serotonina.

Como a atividade física pode prevenir a ansiedade?

A prática de atividade física ajuda na prevenção de diversas doenças e, dentre elas, os transtornos de ansiedade. Uma boa dica é priorizar os exercícios não competitivos, agradáveis e realizá-los de maneira regular e com orientação de um profissional. O que ocorre é que, durante a atividade física, o corpo é submetido a um esforço que provoca alterações em diversos sistemas do organismo. Para começar, os esportes beneficiam o sistema circulatório, melhorando a oxigenação do cérebro. Além disso, o exercício estimula a produção de neurotransmissores relacionados à ansiedade. Esses hormônios secretados durante o esporte são responsáveis pela sensação de bem-estar e reduzem o estresse. O aumento da endorfina no organismo atenua dores físicas e a elevação da serotonina melhora a qualidade do sono e o apetite. Outro benefício da prática de atividades físicas para prevenir a ansiedade é que isso ajuda a pessoa se conectar com o presente, deixando de lado as preocupações com trabalho, família e etc. Isso possibilita um tempo de distração para se acalmar e focar em algo prazeroso. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de dezembro de 2019 Todos
A dependência do álcool afeta 10% da população brasileira, com prevalência significativamente maior nos homens. O diagnóstico dessa condição não avalia o tipo ou a quantidade de bebida ingerida pela pessoa, mas, sim, se ela é capaz de controlar ou não o consumo. Os sintomas do alcoolismo envolvem a já mencionada falta de controle sobre o seu uso, aumento da tolerância aos efeitos da substância e os efeitos físicos e psicológicos. Esses surgem quando não há ingestão da bebida alcoólica, como tremores, vômitos, irritação, convulsão, etc. O álcool é uma substância tóxica. Seu uso contínuo por longos períodos traz consequências graves ao organismo. Além de danos a diversos órgãos, o produto ainda prejudica o funcionamento do sistema nervoso e é um fator de risco para o desenvolvimento de tumores e doenças cardiovasculares. O uso crônico do álcool ainda pode causar uma série de alterações psiquiátricas, levando a implicações graves à saúde mental, como veremos neste artigo. Continue a leitura e saiba mais!

Alterações psiquiátricas causadas pelo uso abusivo de álcool

Síndrome da dependência

Na síndrome da dependência, ocorre uma série de alterações comportamentais, cognitivas e fisiológicas que definem a compulsão pela bebida. O distúrbio provoca o desejo incontrolável de consumir álcool após o uso repetido e prolongado da substância, quando o indivíduo prioriza o vício em detrimento de qualquer outra atividade.

Intoxicação

Perturbação da consciência devido aos efeitos do álcool, alterando a percepção de afeto, comportamento e faculdades cognitivas. Geralmente, a intoxicação desaparece com a interrupção do uso e caso não haja lesão orgânica ou outras complicações.

Transtorno psicótico

Pode ocorrer durante ou imediatamente após o uso do álcool. É caracterizado por alucinações auditivas ou polissensoriais, paranoias e ideias de perseguição, agitação e emoções intensas, como medo absurdo ou euforia.

Síndrome amnésica

É caracterizada pela manifestação de transtornos crônicos da memória, afetando tanto os acontecimentos recentes quanto os antigos. Há confusão em relação ao tempo e à cronologia dos fatos, além de resistência para compreender novas informações.

Transtorno psicótico residual

Também chamado de transtorno de instalação tardia, ele causa alterações cognitivas, comportamentais, de percepção do afeto e de personalidade do dependente, que se mantém mesmo após o término dos efeitos do álcool sobre o organismo.

Síndrome da abstinência alcoólica

A abstinência ocorre quando há interrupção parcial ou total do álcool, após um período prolongado de uso. Está relacionada ao aumento da mortalidade associada ao consumo de álcool. Os sintomas variam de acordo com o caso específico e incluem vômito, agitação, ansiedade, alteração de humor, tremores, entre outros. Além desses sintomas, ainda há complicações psiquiátricas secundárias associadas à Síndrome da abstinência alcoólica, são elas:

Delirium tremens

Nesses casos, são habituais as confusões de tempo e espaço, alterações cognitivas e da memória, fala incoerente e pensamento desnorteado. As alucinações e ilusões são comuns. Os quadros de delirium podem acontecer em qualquer momento, com piora considerável durante a noite. Também há diminuição da atenção, sensação de perseguição e variação brusca de humor, podendo o dependente alcoólico ir da apatia intensa a quadros de ansiedade acentuada. Esse quadro é presente em apenas 5% da população em abstinência. Isso dificulta o diagnóstico correto e, portanto, leva ao atraso no tratamento, sendo responsável por alta morbidade relacionada à síndrome da abstinência alcoólica.

Síndrome de Wernicke Korsakoff (SWK)

É uma síndrome relacionada à falta de vitamina B1. O uso exagerado do álcool diminui a absorção da vitamina pelo intestino delgado. O baixo consumo de alimentos ricos em B1 agravam o quadro. Está caracterizada por um grupo de condições clínicas que compreendem oftalmoplegia, ataxia e confusão mental. Além de outros sintomas, a complicação psiquiátrica provocada por essa circunstância causa diminuição do estado de alerta, alteração do senso de percepção e confabulação, que são as memórias distorcidas, fantasiosas e mal interpretadas. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de dezembro de 2019 Todos
Você sabe o que é cleptomania? Este transtorno traz consequências sociais, psicológicas e até legais para o paciente. Mesmo com pouco reconhecimento, esta é uma situação mais comum do que se imagina. Quando falamos em compulsão, associamos logo a comportamentos que envolvam o consumo de substâncias que causam dependência, como álcool e drogas. No entanto, a compulsão é um termo médico utilizado para representar a necessidade que a pessoa sente em executar um comportamento repetido ou ritualístico, com objetivo de aliviar o estresse, o medo ou um desconforto gerado por uma obsessão. As compulsões também estão relacionadas a situações que proporcionem prazer. Essas atitudes, normalmente, causam culpa e mal-estar após serem realizadas. Nesse sentido, podemos citar a compulsão por compras, por comida, por sexo, por roubar, entre outros.

A cleptomania

Furto compulsivo ou cleptomania é um transtorno psiquiátrico caracterizado pelo impulso incontrolável de roubar itens de lojas, amigos ou familiares, mesmo com a consciência de que esse ato é moralmente errado. O indivíduo que furta em decorrência da doença não tem intenção de prejudicar quem foi roubado. Na maior parte das vezes, o objeto do roubo não tem valor monetário relevante ou alguma necessidade de uso para o cleptomaníaco.

Sintomas e diagnóstico da cleptomania

Geralmente, os sintomas começam durante o final da adolescência e o início da vida adulta e incluem:
  • incapacidade de negar o impulso de roubar objetos sem valor ou necessidade;
  • tensão elevada nos momentos em que o ato de furtar se aproxima;
  • sentimentos de prazer e alívio durante o ato;
  • o roubo é cometido sem que a pessoa queira expressar raiva ou vingança e ocorre em estado de consciência lúcida, sem envolver estados alucinatórios;
  • culpa, remorso e vergonha após a realização do furto.
Esses sintomas são o que diferencia a cleptomania do furto intencional, que é planejado e estimulado, visando o valor monetário do objeto e da sua utilidade. Além da presença desses sintomas, para configurar a cleptomania, o roubo não deve ser justificado por um transtorno de conduta, episódio maníaco ou pelo transtorno de personalidade antissocial.

Consequências

As consequências do transtorno podem trazer prejuízos enormes para quem sofre com o problema. Ainda que o ato de furtar traga um certo alívio ou prazer, também provoca culpa e remorso. A vergonha e o medo de ser julgado, juntamente com a falta de entendimento acerca do problema, desestimulam a busca por ajuda médica. Isso atrasa o diagnóstico, que muitas vezes demora anos para ocorrer. A doença em si já causa sofrimento intenso. A falta do tratamento acaba deixando o paciente inapto para o convívio social e laboral. Os pensamentos compulsivos associados ao furto influenciam negativamente na capacidade de concentração em casa e no trabalho. A presença de comorbidades psiquiátricas relativas à cleptomania também é bastante comum. Com o tempo, e falta de tratamento, os pacientes acabam desenvolvendo outros transtornos, como abuso de substâncias, transtornos de humor e personalidade, bem como dificuldade de controlar os próprios impulsos. Muitas vezes, sem saber que se trata de uma doença, os cleptomaníacos ainda sofrem consequências legais dos furtos que cometem. É grande o número de pacientes que são flagrados durante o roubo. Estima-se que 80% dos pacientes com cleptomania passaram por essa situação. Embora nem sempre haja pena legal de privação de liberdade, ainda existem as repercussões sociais do fato, que geram grande estresse emocional ao doente. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


16 de novembro de 2019 Todos
Pessoas que estão continuamente com sonolência são rotuladas como preguiçosas, depressivas ou então se acredita que não estão dormindo adequadamente. Contudo, esse sintoma pode ser um quadro de hipersonia. Neste artigo, trazemos informações sobre esse problema. Continue a leitura e saiba mais!

O que é hipersonia?

É uma condição que faz com que o indivíduo sinta um sono excessivo durante o dia, às vezes incontrolável. Isso faz com que durma em horários pouco apropriados ou por um período maior durante a noite. Diferentemente da narcolepsia, a hipersonia só produz a vontade de dormir, mas, na maioria dos casos, o paciente consegue se manter acordado. Todos nós temos hábitos de sono que atendem às nossas necessidades, assim, a quantidade de horas dormindo é variável. Porém, pessoas que sofrem com esse distúrbio do sono podem passar 10 horas dormindo ininterruptamente.

Como é causada?

Essa sonolência pode ser classificada como primária ou secundária. A primária tem relação com alterações nas regiões do cérebro que controlam o sono. A secundária está associada a condições que causem fadiga excessiva no paciente, tais como apneia do sono, doença de Parkinson, insuficiência renal, depressão, anemia, alterações hormonais, doenças da tireoide e obesidade. Além disso, o uso de medicamentos antidepressivos, ansiolíticos ou estabilizadores de humor pode promover a sonolência excessiva.

Quais são os sintomas?

Para diagnosticar esse distúrbio, é preciso que os sintomas já estejam ocorrendo há, pelo menos, três meses. Os sintomas mais recorrentes são dificuldade para acordar, necessidade de dormir, em média, 10 horas por noite, cansaço durante o dia, exaustão, desorientação, falta de concentração, perda de memória, bocejo constante e irritabilidade.

Conheça os tratamentos disponíveis

O tratamento desse distúrbio do sono é comportamental e medicamentoso. Para confirmar o quadro, o médico especialista poderá solicitar a realização de alguns exames, como polissonografia, tomografia axial computadorizada, ressonância magnética, de sangue, entre outros. O médico também orienta a família do paciente sobre a sua condição e propondo soluções que melhorem a rotina do paciente, tais como a realização de cochilos programados, a adaptação dos horários de trabalho, evitando turnos rotativos.

Como prevenir?

A prevenção dos distúrbios do sono, como a hipersonia, passa pela mudança de hábitos. As principais recomendações são ter uma alimentação saudável, jantar moderadamente, dormir em um ambiente escuro e sem barulhos, praticar exercícios físicos, evitar uso abusivo de álcool e não usar estimulantes sem prescrição médica. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de novembro de 2019 Todos
Uma das preocupações que temos ao receber a prescrição de medicamentos é se eles podem causar dependência. Os antidepressivos e ansiolíticos, chamados de psicofármacos, são os que mais causam dúvidas quando a relação malefício/benefício é observada. Você já usou algum desses medicamentos? Conhece alguém que já ficou dependente? Neste artigo, vamos abordar esse assunto e explicar um pouco mais sobre os psicofármacos. Continue a leitura e saiba mais!

O que são antidepressivos?

A introdução desse tipo de medicamento — que atua no sistema nervoso central — para o tratamento de transtornos mentais se tornou popular a partir dos anos 1950. Na atualidade, o seu uso tem crescido exponencialmente. Eles costumam ser eficientes na promoção do equilíbrio das funções eletroquímicas do cérebro e do controle do fluxo dos neurotransmissores. Existem diversos tipos desse psicofármaco, por isso, o tempo para que eles façam efeito é variável. Uma reação comum das pessoas que utilizam esse remédio é a piora ou a ausência de efeitos positivos nas primeiras semanas do tratamento. Isso ocorre porque o cérebro ainda está aprendendo a lidar com a nova substância.

Para que eles servem?

Ainda não há uma comprovação científica de que a depressão e a ansiedade ocorram em função de um desequilíbrio químico cerebral. Por isso, há divergências de opiniões na comunidade médica sobre os efeitos dos psicofármacos. Contudo, esses transtornos são que mais motivam a prescrição desse tipo de medicação. E o motivo para tal está na forma como os antidepressivos atuam no bloqueio e na recaptação de neurotransmissores. Porém, é importante esclarecer que esse psicofármaco não cura qualquer transtorno mental. Ele atua na remissão completa dos sintomas, ou seja, a depressão ainda existe, mas é mantida sob controle. Além desses transtornos, esse medicamento também pode ser indicado para tratar o estresse pós-traumático, obsessão-compulsão, bulimia, disforias pré-menstruais, entre outros.

Eles oferecem prejuízos para a saúde?

Como o uso desse psicofármaco atua no controle dos sintomas dos transtornos mentais, o paciente tem uma melhora do seu quadro, retornando a uma vida normal. Assim, ele pode associar a necessidade da medicação para a obtenção da felicidade oferecida pela ausência dos sintomas. Dessa forma, um dos problemas mais recorrentes é a síndrome de abstinência provocada pela interrupção abrupta no uso dos medicamentos, cujos sinais, geralmente, se iniciam após 72 horas da última utilização. Durante a crise de abstinência, o paciente apresenta ansiedade, insônia, irritabilidade, oscilações de humor, tonturas, falta de coordenação motora, náuseas, vômitos, calafrios, fadiga, dor muscular, entre outros. Em razão desse quadro, é possível afirmar que há uma dependência do paciente quanto ao uso dos psicofármacos. Para que não haja essa crise de abstinência, o tratamento deve ser interrompido de forma gradativa e com acompanhamento médico. Quanto aos benefícios dos antidepressivos, as pessoas precisam ter ciência de que eles só começam a aparecer cerca de seis semanas após o início do tratamento e precisa ser continuado por períodos de seis meses a um ano, para que não ocorram recaídas. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



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