Todos / Dra Aline Rangel


15 de novembro de 2019 Todos
Assim como os outros órgãos do corpo, o cérebro também precisa de atenção especial. Afinal, é ele quem rege todo o funcionamento do organismo e tudo o que sentimos. Existem diversos tipos de transtornos mentais que podem trazer grandes prejuízos aos seus portadores. Esse é o caso do transtorno da compulsão alimentar periódica. Você conhece esse problema? Sabe quais são os sintomas? Então, fique atento e continue a leitura deste artigo para aprender tudo sobre o assunto.

O que é o transtorno da compulsão alimentar periódica?

É um transtorno que se caracteriza pela ingestão de grandes quantidades de alimentos, em pouco tempo, associada ao sentimento de compulsão. Os pacientes desse transtorno, mesmo após se alimentarem de forma exagerada, não sentem vontade de se livrar do excesso de alimentos. Esse problema acomete, principalmente, pessoas que estão com sobrepeso ou obesas. De acordo com pesquisas, cerca de 3,5% das mulheres e 2% dos homens sofrem com o transtorno.

Quais são as causas?

As causas desse transtorno estão associadas aos fatores biológicos, psicológicos, genéticos e comportamentais. Contudo, é possível afirmar que há uma grande relação desse problema com transtornos de ansiedade e depressão, medo e estresse. O compulsivo alimentar entende as suas dificuldades emocionais como sensação de fome ou se alimenta para esquecer o problema e mudar o foco do pensamento. Para ele, o alimento é uma defesa, sendo utilizado como uma solução para evitar a solidão, o fracasso e o abandono. Esse transtorno também está relacionado com problemas com autoestima. Geralmente, um compulsivo alimentar não gosta da sua aparência. Há casos de atletas de alto rendimento ou celebridades que desenvolvem o transtorno em função da grande exposição que sofrem e pela necessidade de estarem sempre belas.

Quais são os sintomas?

O transtorno da compulsão alimentar periódica tem como principal característica o comportamento alimentar fora dos padrões da sociedade. O indivíduo ingere uma quantidade excessiva de alimentos, se comparado com outras pessoas, em um período de até duas horas. Os outros sintomas frequentes são:
  • a sensação de falta de controle, logo após a alimentação exagerada;
  • o paciente não sente vontade de vomitar ou de expelir os alimentos que ingeriu;
  • comer de forma acelerada;
  • desejo de se alimentar, mesmo sem fome;
  • escolher comer sozinho, para não ficar envergonhado;
  • após a alimentação, se sentir deprimido ou culpado.

Como é o tratamento?

O tratamento desse paciente é multidisciplinar, por isso, pode ser realizado em conjunto por psicólogos, nutricionistas e profissionais de outras especialidades. Contudo, por se tratar de um transtorno mental, a intervenção psicológica é fundamental. O tratamento pode ter como alternativas a terapia cognitivo-comportamental, a psicoterapia interpessoal, a participação em grupos de apoio, o uso de inibidores seletivos de recaptação de serotonina e de medicamentos para redução do peso. Caso tenha qualquer suspeita de ser um portador do transtorno da compulsão alimentar periódica, procure o atendimento de um psiquiatra para que seu caso seja avaliado. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de novembro de 2019 Todos
Uma alimentação desbalanceada, rica em alimentos gordurosos, pode causar graves distúrbios ao organismo. Contudo, existem casos em que a necessidade excessiva de ingerir alimentos ocorre em função de um transtorno emocional. Na maioria dos casos, esse é um quadro de hipergafia. Você conhece esse problema? Sabe qual é a causa? Então, fique atento e continue a leitura do artigo para aprender tudo sobre o assunto.

O que é hipergafia?

É um transtorno mental que faz com que o indivíduo desenvolva uma vontade irresistível de comer sem ter fome. Ele é caracterizado pela ingestão de grandes quantidades de alimentos, quando comparadas às de uma alimentação padrão. Outra característica é que diferentemente da bulimia: portadores de hipergafia não sentem o desejo de vomitar após a ingestão excessiva de alimentos. Isso faz com que ocorra um rápido aumento de peso.

Quais são as causas?

As causas desse transtorno estão associadas, principalmente, a acontecimentos do passado. Pessoas que sofreram com eventos traumáticos, acidentes, falecimentos ou perdas de bens materiais, estão mais predispostas a desencadear esse transtorno. Também é comum que pessoas obesas ou que possuem predisposição à obesidade desenvolvam o problema. Isso ocorre porque elas podem sofrer com baixa autoestima, ansiedade ou depressão. Em suma, transtornos psicológicos que funcionam como um gatilho para a compulsão alimentar.

Quais são os sintomas?

A hipergafia tem como principal característica o comportamento alimentar fora dos padrões. Em outras palavras, é caracterizada pela ingestão contínua de alimentos diversos, sendo mais comuns aqueles ricos em calorias. Outros sintomas recorrentes são irritabilidade, variação de humor, aumento rápido de peso, taxas sanguíneas desreguladas e aumento do risco de hipertensão e diabetes.

Como diagnosticar?

Na maioria dos casos, é o psiquiatra o profissional indicado para tratar esse paciente, pois esse é um transtorno mental, associado a fatores psicológicos e emocionais. O diagnóstico é feito a partir de um exame clínico do indivíduo e das informações colhidas sobre sintomas, histórico familiar, fatos passados que deixaram sequelas etc. Caso o paciente relate que se alimenta indevida e excessivamente, que ganhou peso rápido, que prefere se alimentar sem a companhia de outras pessoas e que não está feliz com essa conduta, já há uma pré-confirmação do quadro.

Como é o tratamento?

Esse transtorno mental tem cura, e o tratamento busca atuar nas causas que acarretaram esse problema. Então, após a descoberta do acontecimento que abalou psicologicamente o paciente ou a identificação de sinais de depressão, ansiedade, stress, o psiquiatra inicia o ciclo de terapias para tratar esses transtornos. A hipergafia só será curada quando a pessoa não sofrer mais com esses fatores e começar a desejar viver uma nova vida. Caso contrário, esse transtorno mental será uma realidade presente na sua vida. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de novembro de 2019 Todos
A sensação de medo é comum e inerente ao ser humano. Todos nós, independente da idade, sentimos medo como resposta a uma situação perigosa, sendo então algo benéfico para nossa sobrevivência. Porém, especialmente com crianças, existem casos em que essa sensação traz grande sofrimento, como no transtorno de ansiedade de separação. Por isso, é importante estar atento aos sinais enviados por eles, pois esse transtorno pode trazer prejuízos ao seu desenvolvimento. Sabe quais são esses sinais? Então, continue a leitura para conhecê-los!

O que é o transtorno de ansiedade de separação?

É o medo intenso da separação física de uma figura com quem tenha um forte vínculo, em geral a mãe. Essa forma de ansiedade acomete, principalmente, as crianças e os adolescentes. Sua principal característica é a preocupação excessiva de se distanciar de quem é a sua referência afetiva. Esse transtorno precisa ser observado e tratado de forma breve. Quando o quadro permanece, a criança tem queda no rendimento escolar, prejudica o seu desenvolvimento e tem dificuldade em se relacionar.

Quais são os sintomas?

Os sintomas estão ligados ao sofrimento intenso pelo afastamento dessa figura afetiva. Para os pacientes com esse transtorno, o distanciamento será efetivo e eles nunca mais terão contato com essa pessoa. Assim, um sintoma comum é a relutância da criança em sair de casa sem os pais e em dormirem sozinhas. Ela também pode sofrer com pesadelos que remetem à separação, dor de cabeça e vômitos no momento do afastamento ou antecipadamente.

Quais são as causas?

Assim como em qualquer transtorno de ansiedade, as causas estão associadas a fatores biológicos e ambientais. Por isso, se a criança já possuir uma predisposição genética para ansiedade e viver em um ambiente estressante, são grandes as chances de ela apresentar o transtorno de ansiedade de separação (TAS). Existe também a possibilidade de o TAS estar relacionado ao acontecimento de situações traumáticas, tais como separação dos pais, internação hospitalar, mudanças de casa ou de escola e falecimento de familiares próximos ou de animais de estimação.

Como diagnosticar?

O diagnóstico é realizado pela observação comportamental da criança e dos seus pais. Geralmente, quando os pais se mostram excessivamente preocupados com doenças, violência ou desastres, estão criando uma predisposição psicológica para a criança. A utilização de figuras imaginárias ameaçadoras para controlar a criança também favorece o desenvolvimento de ansiedade e a necessidade da presença constante dos pais para protegê-la. Para se confirmar o quadro, é preciso que sejam identificados sintomas referentes ao sofrimento excessivo e recorrente quando há a previsão ou a ocorrência de afastamento dos pais.

Como é o tratamento?

O tratamento é realizado em duas frentes: primeiro, com a reeducação dos pais quanto às manifestações de ansiedade na frente da criança ou do adolescente; segundo, com a intervenção do psiquiatra utilizando técnicas que compõem a terapia cognitivo-comportamental. Essa abordagem será gradual e respeitará as limitações da criança e o seu sofrimento. O tratamento precisa estar em sintonia com a escola, os pais e o terapeuta. A partir de agora, fique atento aos sinais que o seu filho pode estar emitindo. Você já conhece os sintomas do transtorno de ansiedade de separação, então, na primeira suspeita, procure um psiquiatra. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de outubro de 2019 Todos
O vício, na visão da psiquiatria, se caracteriza pelo uso compulsivo de alguma substância. Ele também é conhecido como transtorno de uso severo de substância. Assim, tem como consequência a dependência. Pessoas com esse problema, mesmo tendo consciência do dano que pode lhes trazer, não conseguem abandonar o hábito nocivo. Geralmente, ele é altamente incapacitante. Causa prejuízos na convivência social e prejudica a produtividade, bem como a qualidade de vida do indivíduo. No entanto, hoje em dia, há uma série de tratamentos que podem recuperar aqueles que são tomados pelo transtorno. Para obter ajuda, entretanto, é preciso que a pessoa, primeiramente, assuma que é um adicto, ou dependente. É também necessário ter uma estrutura familiar e de amigos que a apoie no caminho de volta à vida normal.

Encarando o vício

A dependência química é uma condição complexa, que desafia a própria psiquiatria. A possibilidade de uma pessoa desenvolver o vício varia de organismo para organismo. Ele pode estar relacionado a um transtorno mental pré-existente, como a ansiedade e a depressão. Em geral, quem abusa do consumo de substâncias químicas está buscando alívio para algum sofrimento, seja para o corpo ou para a mente. No entanto, há também quem passe a usar determinada droga para melhorar o desempenho em alguma atividade. Há, ainda, aqueles que começam o uso por influência dos seus pares. A maior complicação é que, com o tempo, o corpo cria resistência a essas substâncias. Gera, então, a necessidade de uma quantidade cada vez maior. Dessa maneira, o exagero acaba por causar sérios danos ao funcionamento cerebral. Ocasiona-se, então, alteração no comportamento, no pensamento e nas funções corporais. A noção da realidade passa a ficar desordenada e o convívio no trabalho e em família torna-se mais difícil. Além disso, o aprendizado e a tomada de decisões ficam prejudicados. Os sintomas do vício em substâncias tóxicas podem ser classificados a partir de quatro categorias. Em seguida, saiba quais são elas.
  • Controle prejudicado: desejo incontrolável de consumir a droga; falha na tentativa de controlar, diminuir ou parar o uso.
  • Problemas sociais: incapacidade de completar tarefas no trabalho, na escola ou em casa; queda de convívio social.
  • Uso arriscado: convivência em ambientes de risco ou ambientes em que a droga pode ser facilmente encontrada.
  • Efeitos de consumo: tolerância (necessidade de maiores quantidades para obter o mesmo efeito) e abstinência.

Um prazer perigoso

Entre as principais substâncias responsáveis pelo vício, estão:
  • álcool;
  • tabaco;
  • maconha;
  • LSD e outros alucinógenos;
  • inalantes, como cola de sapateiro;
  • analgésicos opiáceos, como heroína, codeína e oxicodona;
  • sedativos, hipnóticos e ansiolíticos;
  • estimulantes, como cocaína e metanfetamina.
Durante a fase de intoxicação, os adictos relatam que a sensação é de prazer, calma, ampliação dos sentido, bem como alívio de estresse. Essas sensações variam de substância para substância. Assim como a abstinência de cada uma delas, que, dependendo da droga, pode ser altamente severa. A consequência desses momentos de prazer observados em quem tem algum tipo de vício pode ser o desencadeamento de malefícios irreversíveis para o organismo e, até mesmo, a morte precoce. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de outubro de 2019 Todos
O Transtorno dismórfico corporal (TDC) é um problema psiquiátrico, ocorrido quando uma pessoa tem preocupação excessiva com algum detalhe de sua aparência física. No entanto, nem sempre a parte do corpo que incomoda apresenta algum defeito visível. Sendo assim, esse é um transtorno caracterizado principalmente pela distorção da autoimagem. Ou seja, a pessoa não consegue se enxergar de fato como ela é. Além disso, tem grande dificuldade de se aceitar. Por isso, quem tem TDC está sempre buscando mudar algo que a incomoda em sua aparência física. Seja por meio de dieta e exercícios, seja por meio de cirurgia plástica.

Como identificar o TDC?

O cuidado com a aparência física é normal, mas tem um limite para ser considerado saudável. Quando esse cuidado se transforma em uma preocupação excessiva, passa se configurar como um transtorno da mente. Quem apresenta o transtorno dismórfico corporal tem rejeição acentuada por determinada parte do corpo. É comum ouvir portadores de TDC dizendo: “Ah, eu odeio meu nariz”. Ou: “Olha como a minha barriga é horrorosa!” Além disso, esses indivíduos passam boa parte do dia preocupados com esse detalhe da aparência. Sempre pensam que as outras pessoas também estão percebendo o dito defeito. Para o portador do TDC, o detalhe malvisto é considerado anormal. Acompanhando esse julgamento, surgem comportamentos específicos. Assim, em alguns casos, olham-se constantemente no espelho para verificar a suposta anormalidade. Em outros, evitam se olhar no espelho para não ver o aspecto que os incomodam. Quando a pessoa tem algum recurso financeiro, frequentemente procura procedimentos estéticos. É comum se submeterem a eles, bem como a procedimentos dentários e cirúrgicos com o objetivo de corrigir o defeito que, por vezes, só existe na própria perspectiva. Uma vez que são pessoas com dificuldade de aceitar sua própria imagem, é comum que evitem eventos sociais. Muitos se isolam com medo de sofrer rejeição.

Buscando tratamento

Como o portador de TDC demora a perceber que tem problemas em relação à sua autoimagem, muitas vezes um diagnóstico só ocorre em anos. Em alguns casos, a pessoa com o transtorno só percebe que não estava se enxergando adequadamente quando um amigo ou parente chama a atenção para o problema. O transtorno dismórfico corporal traz muito sofrimento para o portador. Por isso, o tratamento é fundamental para garantir mais qualidade de vida. Entre os métodos de tratamento utilizados, estão o emprego de medicamentos antidepressivos e a terapia cognitivo-comportamental. Esses dois procedimentos terapêuticos são realizados porque a rejeição física pode ser decorrente tanto de problemas no sistema nervoso central quanto de influências culturais. Viver em uma família, grupo ou sociedade em que há supervalorização de padrões estéticos, da beleza idealizada pode ser gatilho para o transtorno dismórfico corporal. Criação sob uma educação muito rígida, com pais superprotetores, também pode desencadear o TDC. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de outubro de 2019 Todos
Atualmente, passar um bom tempo nas redes sociais faz parte do dia a dia de muitas pessoas. No entanto, estudos recentes revelaram que reduzir essa prática ou passar um tempo fora das mídias sociais pode melhorar muito a qualidade de vida. Desde o avanço do uso do Facebook, na última década, os pesquisadores atentam para um fato. As mídias sociais podem reduzir a sensação de bem estar. Entre outros problemas, foi verificado, por exemplo, que as pessoas consideradas “heavy users” têm propensão a desenvolver problemas de sono. Há, também, risco de aumento da sensação de solidão e depressão.

Um mês sem Facebook

Com o intuito de verificar o impacto do Facebook na vida das pessoas, pesquisadores da Universidade de Nova York e de Standford, nos Estados Unidos, recrutaram mais de 3 mil usuários dessa rede social. O estudo propôs, então, que metade desse grupo desativasse sua conta por um mês. O experimento mostrou que, apesar da diminuição da interação, quem ficou fora da rede teve melhora na sensação de bem-estar. Sintomas de ansiedade e depressão diminuiram em 25 a 40% desse grupo. Além disso, quem ficou um mês sem Facebook aumentou o número de atividades off-line, e melhorou o convívio com a família e com os amigos. Outra importante constatação foi que as pessoas observadas também foram menos influenciadas por ideias políticas polarizadas. Dessa forma, cada um desses indivíduos teve uma concepção de suas próprias posições e escolhas mais pessoal e independente. O único ponto considerado negativo foi a diminuição do consumo de informação jornalística. Isso porque, hoje em dia, muitas pessoas informam-se exclusivamente pelas redes sociais. Nesse caso, a alternativa seria visitar diretamente os sites de notícias, havendo a necessidade de atualização sobre os assuntos cotidianos.

Apenas alguns minutos por dia sem mídias sociais

Outro estudo norte-americano, desta vez da Universidade da Pensilvânia, analisou como a limitação do uso da rede social pode impactar a vida das pessoas. Em conclusão, o resultado do experimento mostra dados relevantes com relação ao ganho de qualidade de vida. Um grupo foi dividido em pessoas que acessariam irrestritamente as redes sociais Facebook, Instagram e Snapchat; e pessoas que teriam o uso dessas mesmas redes sociais limitados a 10 minutos por dia. Após três semanas, o grupo que passou apenas poucos minutos nessas mídias apresentou resultado surpreendente. Houve diminuição considerável da sensação de solidão e dos sintomas de ansiedade e depressão. Sendo assim, os autores do estudo concluíram que reduzir o uso dessas mídias pode trazer uma série de benefícios para o indivíduo. Nem sempre a restrição é possível para todas as pessoas. No entanto, pensar na limitação do uso pode ser um bom caminho para a preservação da saúde mental. Os autores propõem, ainda, que se pense a forma como se gasta o tempo no Facebook, Instagram ou outras mídias sociais. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de outubro de 2019 Todos
O transtorno alimentar restritivo evitativo, também conhecido pela sigla TARE, é diagnosticado quando uma pessoa come quantidades muito pequenas de alimento. Além disso, quem é acometido pelo problema pode se recusar a comer determinado tipo de comida. É natural ter alimentos preferidos e alimentos não tolerados. Mas, quem é portador do TARE não tem o apetite normal como o das outras pessoas. Conseguem, inclusive, além de evitar algumas comidas, se alimentar de quantidades tão ínfimas a ponto de comprometer a própria saúde. O TARE é classificado como um transtorno psiquiátrico e foi incluído na 5ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria (DSM-5). Isso porque o comportamento alimentar restritivo pode estar associado a uma resposta emocional negativa do indivíduo em relação a algum aspecto da sua vida.

Causas para o transtorno alimentar restritivo evitativo

A associação negativa entre as emoções e a comida, característica do transtorno restritivo evitativo, é apontada por alguns profissionais da área de saúde mental como decorrência de problemas familiares. Pode ocorrer, por exemplo, em função de pais muito rígidos, que forçam a ingestão de alimentos indesejados. Ou, então, de famílias que brigam muito na hora das refeições, criando um abalo emocional na criança que está à mesa para se alimentar. Para corroborar com essa perspectiva, a maior incidência do TARE é em crianças. O TARE não tem relação com a escassez de alimentos incidente em algumas culturas. Alguns estudiosos defendem que o transtorno também pode ter relação com o impacto sensorial que a comida causa em cada pessoa. Ou seja, o aspecto do alimento desperta emoções negativas, desencadeando enjoo e náuseas, o que impede a pessoa de ingerir tal alimento. É importante ressaltar, no entanto, que esse tipo de problema não se relaciona com doenças como a anorexia ou a bulimia. Isso porque o que acontece é a privação e repulsa pelos alimentos. Indivíduos com TARE podem restringir os alimentos que ingerem a uma lista de, no máximo, 10 itens.

Como tratar?

O transtorno tem cura e deve ser efetivamente tratado, pois pode trazer prejuízos para a saúde do indivíduo. Exemplos são a deficiência nutricional, perda de peso e crescimento abaixo da média em crianças. Além disso, pode haver interferência no funcionamento psicossocial e desencadeamento de transtornos de ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo. E, ainda, transtornos do neurodesenvolvimento, como por exemplo, o transtorno do espectro autista e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O tratamento para este tipo de problema deve ser, sobretudo, multidisciplinar. O psiquiatra, em associação com o nutricionista e com o psicólogo, pode ajudar o indivíduo a lidar com todas as dificuldades relacionadas ao problema. Em alguns casos, o transtorno restritivo evitativo pode ser um alerta para o aparecimento de outros distúrbios alimentares. Por isso, é importante que, no caso de crianças, os pais fiquem atentos a comportamentos anormais em relação à comida. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de outubro de 2019 Todos
A grande maioria das pessoas nunca ouviu falar em alotriofagia. Entretanto, você provavelmente já soube de alguma mulher grávida que quis comer algo fora do comum, como barro, gelo ou algodão, por exemplo. A alotriofagia, ou pica, é um transtorno em que há a ingestão de substâncias sem valor nutricional, normalmente fora de qualquer cultura alimentar. É um problema mais incidente em crianças de um a seis anos, mulheres grávidas e indivíduos com carências nutricionais.

Por que comer substâncias sem valor nutritivo?

A alotriofagia pode ter diversas causas. Pessoas com deficiência de zinco e ferro, por exemplo, podem desenvolver o transtorno. Esse é o caso das mulheres grávidas, que, por vezes, têm anemia em alguma fase da gestação. O problema também pode acometer indivíduos com algum tipo de transtorno mental. Como depressão, esquizofrenia ou transtorno obsessivo compulsivo (TOC). O único sintoma desse distúrbio alimentar é a ingestão de substâncias estranhas à alimentação normal. Entre os itens que os portadores da doença costumam consumir, estão: terra, cabelo, gelo, sabão, fezes de animais, alimento sem preparo, barro e tinta. A pessoa com alotriofagia repete o comportamento de ingerir essas substâncias por um período longo de tempo. Não é, portanto, apenas um acontecimento pontual. Entre as consequências do transtorno está o risco de intoxicação e infecção no aparelho digestivo.

Diagnóstico da alotriofagia

Na busca por um diagnóstico, o médico precisa, primeiramente, eliminar a possibilidade de a prática alimentar atípica não ser sintoma de doenças mentais. Nesses casos, o indivíduo não tem capacidade de discernir o que é que se pode ou não comer. Diante de um quadro que se caracterize a alotriofagia, deve-se verificar se a ingestão da substância causou algum dano ao organismo. Isso é possível através da realização de exames de imagem e de sangue. Logo após, também é necessário investigar o ambiente em que a pessoa vive, suas relações familiares e outras possíveis causas para o aparecimento do transtorno. É aconselhado que um familiar ou pessoa próxima acompanhe o indivíduo na primeira consulta.

Tratamento

O tratamento será indicado de acordo com o que o médico do caso verificou como causa. Entre os procedimentos terapêuticos utilizados, estão a prescrição de suplementos vitamínicos, bem como psicoterapia. Em casos onde forem verificados problemas gástricos, infecção e intoxicação, também serão prescritos medicamentos específicos para o tratamento de cada uma desses problemas. Não há, entretanto, um medicamento específico que trate a Pica. As crianças precisam ter um acompanhamento especial. Assim, quanto antes o distúrbio for observado, menores serão os ricos e os danos que a ingestão de alimentos impróprios pode trazer. Os médicos e profissionais envolvidos no tratamento desse tipo de problema são os psiquiatras, os psicólogos, os clínicos gerais e os nutrólogos. Se você perceber alguma criança ou adulto próximo que apresente o sintoma da alotriofagia, não deixe de encorajá-lo a procurar por um médico de confiança. Dessa maneira, quanto antes o tratamento for iniciado, menores as chances de prejuízos para o organismo da pessoa. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de setembro de 2019 Todos

Conhece alguém que tem o chamado “estopim curto”? Talvez essa pessoa não seja apenas nervosa. Pode ser que ela apresente comportamento impulsivo, resultado do transtorno de personalidade explosiva. Quem tem esse problema geralmente age de modo imprevisível e imprudente, sem pensar nas consequências de suas ações. 

As atitudes impulsivas e desajustadas trazem grandes prejuízos à vida social, afetiva e profissional desses indivíduos, justamente porque eles têm dificuldade de controlar suas emoções e seus atos. Quer saber como identificar se você ou alguém próximo tem comportamento impulsivo? Neste artigo, trazemos informações para você reconhecer e tratar o problema. Confira!

Quais as principais características do comportamento impulsivo?

A característica predominante do comportamento impulsivo, como o próprio nome sugere, é a incapacidade resistir às tentações e aos impulsos. A pessoa com esse tipo de comportamento costuma realizar atos sem planejamento, além de ações que podem colocar a si mesmas e outras pessoas em risco. Há um claro descontrole emocional e isso pode produzir efeitos graves.

De modo geral, pessoas com comportamento impulsivo possuem humor instável e imprevisível, tendência a acessos de raiva, temperamento conflituoso, imediatismo e dificuldades nos relacionamentos afetivos. Elas falam sem pensar e tomam decisões precipitadas constantemente.

Como a pessoa se sente antes de sucumbir ao impulso?

Em boa parte dos casos, o indivíduo sente uma crescente excitação, ansiedade ou tensão antes de cometer o ato impulsivo. Ele pode apresentar sintomas como tremor corporal, fala ofegante, dificuldade para conectar as ideias e se expressar pela fala, respiração acelerada, sudorese e palpitações. 

O que ela sente depois do ato impulsivo?

Os sinais físicos mencionados indicam que a pessoa não está bem para fazer aquela ação, mesmo assim ela ignora os sintomas, segue em frente e age por impulso. Depois de cometer o ato, pode se arrepender ou não. O sentimento de culpa, quando ocorre, vem acompanhado de autorrecriminação, mas nesse caso, pode ser tarde demais.

O comportamento impulsivo pode estar associado a outros transtornos?

Sim, nem sempre o comportamento impulsivo vem sozinho. Ele pode estar associado a outros transtornos, como, por exemplo:

  • jogo patológico, que corresponde ao vício de fazer apostas e jogar jogos de azar;
  • cleptomania, que equivale a incapacidade de resistir aos impulsos de roubar objetos, ainda que eles sejam desnecessários, inúteis e sem valor;
  • piromania, que significa incendiar coisas por prazer, para se sentir recompensado ou aliviar a ansiedade;
  • tricotilomania, que é o ato de puxar os fios do próprio cabelo para se sentir bem e se tranquilizar.

Como controlar o comportamento impulsivo?

Seria simples considerar que, para controlar o comportamento impulsivo, bastaria pensar antes de agir, respirar fundo e contar até dez. No entanto, quando a impulsividade é patológica, é mais difícil racionalizar esse processo. Sendo assim, para tratar a condição, é importante buscar suporte psicológico e psiquiátrico a fim de encontrar ferramentas para lidar com essa condição e desenvolver o autocontrole.

É necessário eliminar da vida alguns gatilhos que causam as explosões emocionais, além de se concentrar em coisas positivas, como um hobby, por exemplo. Se você notar que seus impulsos são muito difíceis de conter, procure ajuda imediatamente. Isso evita desdobramentos perigosos como quadros depressivos, irritabilidade, gastos desnecessários, ciúme doentio, etc.

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15 de setembro de 2019 Todos

Transtorno de personalidade borderline e transtorno bipolar são distúrbios psíquicos crônicos que afetam os pensamentos, os sentimentos e as atitudes, produzindo efeitos na área social, afetiva, profissional, etc.

Embora apresentem algumas características em comum, a personalidade borderline e a bipolaridade são duas condições distintas, que não devem ser confundidas. A confusão entre os distúrbios pode acarretar a disseminação de informações equivocadas, atrapalhar a procura por ajuda médica adequada e, consequentemente, atrasar o diagnóstico e o tratamento.

Para aprender a diferenciar as duas condições, continue a leitura. 

O que é transtorno de personalidade borderline?

Também chamado de transtorno de personalidade limítrofe, o transtorno de personalidade borderline é caracterizado por mudanças súbitas de humor, além de presença de comportamentos autodestrutivos e impulsivos, compulsões, deturpação da imagem e descontrole emocional. 

Pessoas que apresentam essa condição, tendem a passar por episódios aparentemente inexplicáveis de grande ansiedade, raiva e até mesmo depressão. Por isso, costuma ter dificuldade de criar laços e manter relacionamentos estáveis.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP), esse tipo de distúrbio é mais incidente em mulheres. Cerca de 75% dos quadros ocorrem com pessoas do sexo feminino e os sintomas aparecem normalmente entre os 18 e 25 anos, embora possam surgir em outras faixas etárias. 

O que é transtorno bipolar?

O transtorno afetivo bipolar é um distúrbio crônico marcado pela alternância entre dois estados bem diferentes: o eufórico e o depressivo. As mudanças podem acontecer de maneira repentina e intensa, oscilando sem qualquer aviso prévio. 

Quando a pessoa que sofre com transtorno bipolar está vivenciando um polo depressivo, ela experimenta sintomas como desânimo, indiferença, isolamento, perda de interesse, queda na energia, baixa autoestima, insônia, etc. 

Já quando está na fase eufórica (polo da mania), a pessoa se sente autoconfiante, animada, falante e hiperativa. Além disso, pode apresentar sintomas psicóticos como aumento da libido, delírios de grandeza, irritabilidade e incapacidade de avaliar situações de risco.

Quais os sintomas dos dois transtornos?

No transtorno de personalidade borderline, os sinais mais comuns são a imagem distorcida, impulsividade, imprudência, insegurança, relacionamentos turbulentos e instáveis, emoções intensas e descontroladas, agressividade, alterações no humor, sentimento de abandono e solidão, tendências impulsivas e compulsivas, além de automutilação.

No transtorno bipolar, os sintomas frequentes são as flutuações do humor, sentimentos e comportamentos oscilantes que incluem raiva, ansiedade, angústia, apatia, euforia, culpa, descontentamento, tristeza, agitação, agressividade, choro excessivo, irritabilidade, impulsividade, autolesões, depressão, ansiedade, paranoia, falta de concentração, lentidão na realização de atividades, pensamento e fala acelerados, falsa ideia de superioridade, perturbações do sono e episódios maníacos. 

Quais são as diferenças, afinal?

Em ambos os casos, há alterações no humor, atitudes impulsivas e consequências negativas, como os prejuízos aos relacionamentos. Essa certamente é a causa da confusão, mas é importante reforçar que os transtornos não são a mesma coisa!

Enquanto borderline é um transtorno de personalidade, a bipolaridade é um transtorno afetivo. Os episódios de emoção levada aos extremos, típicos do transtorno borderline, ocorrem a qualquer momento e de forma irregular, dentro de horas ou dias. As crises do transtorno bipolar (no polo depressivo ou no maníaco) se estendem por semanas ou meses.

As crises no transtorno borderline são desencadeadas principalmente por questões psicológicas e fatores externos. Já no transtorno afetivo bipolar, além dessas causas, as crises podem ser geradas por desequilíbrios nos neurotransmissores.

Os dois quadros são sérios e podem trazer impactos muito prejudiciais para a vida de quem sofre com eles, daí a necessidade de tratar tais distúrbios da maneira adequada. A abordagem terapêutica pode combinar sessões de psicoterapia com o tratamento com os fármacos apropriados. Procure o psiquiatra se estiver apresentando um ou mais sintomas de transtorno borderline ou transtorno bipolar. A ajuda profissional faz toda a diferença no controle de ambas as condições.

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    Médica graduada na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro com Residência em Psiquiatria no Instituto de Psiquiatria Universidade Federal do Rio de Janeiro.


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