A sensação de medo é comum e inerente ao ser humano. Todos nós, independente da idade, sentimos medo como resposta a uma situação perigosa, sendo então algo benéfico para nossa sobrevivência. Porém, especialmente com crianças, existem casos em que essa sensação traz grande sofrimento, como no transtorno de ansiedade de separação.
Por isso, é importante estar atento aos sinais enviados por eles, pois esse transtorno pode trazer prejuízos ao seu desenvolvimento. Sabe quais são esses sinais? Então, continue a leitura para conhecê-los!
O que é o transtorno de ansiedade de separação?
É o medo intenso da separação física de uma figura com quem tenha um forte vínculo, em geral a mãe. Essa forma de ansiedade acomete, principalmente, as crianças e os adolescentes. Sua principal característica é a preocupação excessiva de se distanciar de quem é a sua referência afetiva.
Esse transtorno precisa ser observado e tratado de forma breve. Quando o quadro permanece, a criança tem queda no rendimento escolar, prejudica o seu desenvolvimento e tem dificuldade em se relacionar.
Quais são os sintomas?
Os sintomas estão ligados ao sofrimento intenso pelo afastamento dessa figura afetiva. Para os pacientes com esse transtorno, o distanciamento será efetivo e eles nunca mais terão contato com essa pessoa.
Assim, um sintoma comum é a relutância da criança em sair de casa sem os pais e em dormirem sozinhas. Ela também pode sofrer com pesadelos que remetem à separação, dor de cabeça e vômitos no momento do afastamento ou antecipadamente.
Quais são as causas?
Assim como em qualquer transtorno de ansiedade, as causas estão associadas a fatores biológicos e ambientais. Por isso, se a criança já possuir uma predisposição genética para ansiedade e viver em um ambiente estressante, são grandes as chances de ela apresentar o transtorno de ansiedade de separação (TAS).
Existe também a possibilidade de o TAS estar relacionado ao acontecimento de situações traumáticas, tais como separação dos pais, internação hospitalar, mudanças de casa ou de escola e falecimento de familiares próximos ou de animais de estimação.
Como diagnosticar?
O diagnóstico é realizado pela observação comportamental da criança e dos seus pais. Geralmente, quando os pais se mostram excessivamente preocupados com doenças, violência ou desastres, estão criando uma predisposição psicológica para a criança.
A utilização de figuras imaginárias ameaçadoras para controlar a criança também favorece o desenvolvimento de ansiedade e a necessidade da presença constante dos pais para protegê-la.
Para se confirmar o quadro, é preciso que sejam identificados sintomas referentes ao sofrimento excessivo e recorrente quando há a previsão ou a ocorrência de afastamento dos pais.
Como é o tratamento?
O tratamento é realizado em duas frentes: primeiro, com a reeducação dos pais quanto às manifestações de ansiedade na frente da criança ou do adolescente; segundo, com a intervenção do psiquiatra utilizando técnicas que compõem a terapia cognitivo-comportamental.
Essa abordagem será gradual e respeitará as limitações da criança e o seu sofrimento. O tratamento precisa estar em sintonia com a escola, os pais e o terapeuta.
A partir de agora, fique atento aos sinais que o seu filho pode estar emitindo. Você já conhece os sintomas do transtorno de ansiedade de separação, então, na primeira suspeita, procure um psiquiatra.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
psiquiatra em São Paulo!