Todos / Dra Aline Rangel


13 de fevereiro de 2018 Todos

O Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS) é um problema crônico que afeta aproximadamente 1 a 3% da população mundial. Embora não tenha cura, os sintomas podem ser amenizados com o tratamento adequado.

Infelizmente, o termo “antissocial” é bastante banalizado e aplicado indevidamente na atualidade. Ao contrário do que muitos imaginam, se uma pessoa é tímida, retraída e possui a vida social pouco movimentada, isso não significa que ela sofra com Transtorno de Personalidade Antissocial.

Quer saber como identificar esse transtorno psiquiátrico? Continue lendo o texto, descubra o que é personalidade antissocial e conheça os principais sintomas. Vem comigo!

O que é o transtorno de personalidade antissocial?

O Transtorno de Personalidade Antissocial provoca desajustes sociais, pois, geralmente, os indivíduos com TPAS não conseguem distinguir o que é certo e errado, assim como, não consideram os direitos e os sentimentos alheios.

Pessoas antissociais desrespeitam as regras sociais e as suas capacidades estão orientadas para a própria satisfação pessoal. Elas costumam explorar outras pessoas com a finalidade de obter algum ganho, seja material ou não.

Quais são os sinais desse transtorno?

Para saber identificar o Transtorno de Personalidade Antissocial é necessário reconhecer os sintomas do problema. Quem tem TPAS costuma apresentar as seguintes características e comportamentos:

  • Egocentrismo, vaidade, exibicionismo e senso de superioridade;
  • Desconsideração do que é errado ou certo;
  • Uso frequente de fraudes e mentiras para tirar proveito do outro;
  • Sagacidade e capacidade de manipulação;
  • Desrespeito às leis, normas de conduta e regras sociais;
  • Falta de empatia com outras pessoas;
  • Ausência de remorso quando prejudica alguém;
  • Relacionamentos rasos ou abusivos;
  • Hostilidade e agressividade;
  • Dificuldade de aprender com os erros;
  • Falta de preocupação com a segurança alheia e com a própria;
  • Ações impulsivas, sem temer consequências.

Os sintomas do Transtorno de Personalidade Antissocial costumam  diminuir com o avançar da idade. Depois dos 40 anos, é natural que melhoras significativas aconteçam, especialmente no que diz respeito a comportamentos agressivos, violentos e ilegais.

Quando o problema começa a se manifestar?

Os sintomas da personalidade antissocial começam a ficar evidentes na adolescência, mas o auge  sintomático acontece normalmente entre os 20 e os 30 anos. Apesar disso, é comum que esses indivíduos sejam diagnosticados com transtorno de conduta na infância e isso aumenta a propensão de TPAS na fase adulta. Vale lembrar que, embora esse seja um fator de risco, nem toda criança diagnosticada com transtorno de conduta desenvolverá a personalidade antissocial quando mais velha.

Como é o diagnóstico de TPAS?

O diagnóstico do Transtorno de Personalidade Antissocial não é tão simples, por isso, requer a intervenção de um profissional especializado, o psiquiatra. Pessoas antissociais não costumam perceber os sintomas em si mesmas, até porque, para eles, todas as características são inerentes à personalidade. Sendo assim, dificilmente buscam ajuda por conta própria.

Quando o fazem, chegam ao consultório com queixas adjacentes, como depressão, ansiedade ou dependência química, por exemplo. O médico, a partir de conversa com o paciente, análise do histórico e avaliação dos sintomas, poderá diagnosticar com precisão a existência do transtorno. A partir daí, o melhor tratamento será orientado.

Quer saber mais sobre personalidade antissocial? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



9 de fevereiro de 2018 Todos

Entre a infância e a vida adulta, está a adolescência, uma fase intermediária no desenvolvimento humano. Esse período é caracterizado por várias mudanças físicas, hormonais e comportamentais. É comum que nessa etapa, haja flutuações no humor e, até mesmo, transtornos psiquiátricos como a depressão. Sim! Existem adolescentes depressivos. Na verdade, 20% dos casos de depressão entre adultos tem início justamente na adolescência.

A depressão é um problema crônico que afeta, com frequência, indivíduos jovens e que aparentemente não possuem motivos para desenvolver tal transtorno. Na adolescência, a depressão se manifesta pelo estado de espírito persistentemente tristonho, irritado e atormentado, o que pode prejudicar diretamente o desenvolvimento escolar, as amizades e relações familiares. Ficou interessado no assunto? Leia o artigo e conheça as causas e tratamentos da depressão em adolescentes.

Causas da depressão na adolescência

Múltiplos fatores podem ocasionar a depressão em adolescentes, a começar pela predisposição genética. Filhos de pais depressivos têm até quatro vezes mais chances de ter depressão. O quadro também é bastante comum entre adolescentes portadores de doenças crônicas, como a epilepsia e a diabetes.

Em muitas situações, a depressão se instala depois de acontecimentos estressantes, como por exemplo, a perda de entes queridos. Além disso, a negligência dos pais, implicância de colegas, alterações no corpo, distúrbios hormonais, rejeição dos parentes, alcoolismo, uso de drogas e episódios de violência na infância também podem aumentar os riscos de depressão na adolescência.

Cumpre destacar que até a puberdade, as chances de desenvolver depressão é a mesma para meninas e meninos. Depois disso, o problema se torna duas vezes mais frequente em garotas.

Sintomas de depressão na adolescência

Antes de falar sobre os possíveis tratamentos da depressão em adolescentes, é importante mencionar os sintomas do problema, até porque, a identificação desses sinais é o passo que antecede a busca por tratamento. Os principais sintomas são os seguintes:

  • Estado de espírito deprimido durante o dia;
  • Cansaço e indisposição excessivos;
  • Diminuição do interesse e prazer em atividades que antes gostava;
  • Diminuição do apetite, perda ou ganho de peso;
  • Insônia ou sono demasiado;
  • Apatia ou agitação psicoterapia;
  • Sentimento de culpa e inutilidade;
  • Dificuldade de concentração;
  • Ideias suicidas e pensamentos de morte;
  • Choro frequente.

Tratamentos para adolescentes com depressão

O primeiro passo do tratamento consiste em esclarecer a natureza da enfermidade para os pais do adolescente com depressão. É fundamental conversar sobre os sintomas, as causas, evolução, opções medicamentosas, psicoterapia, etc.

Por falar em psicoterapia, esse é um tratamento que apresenta ótimos resultados, pois produz melhoras significativas nas relações interpessoais, além do resgate do prazer nas atividades rotineiras.

O tratamento medicamentoso, se bem orientado, também tem efeitos positivos, afinal, há antidepressivos seguros e bastante eficazes. A dose correta realmente pode ajudar na recuperação dos sintomas.

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21 de janeiro de 2018 Todos

Os transtornos mentais são doenças que podem ser ignoradas por anos, podendo chegar a um estágio complexo e de difícil tratamento. Isso acontece porque os sintomas se misturam com a rotina e a correria da vida contemporânea e das inúmeras responsabilidades que um adulto carrega durante sua vida.
Para evitar que os transtornos mentais se tornem caso de tratamento intensivo ou de medicação, separamos algumas dicas para evitar esse tipo de situação.

  1. Faça checapes que incluem exames neurológicos e avaliação psicológica regularmente. É natural fazer alguns exames durante o ano e aqueles de rotina anualmente, mas nem todo mundo tem o costume de fazer exames neurológicos – isso pode ser um erro. Ao examinar seu cérebro, você estará prevenindo-se de possíveis transtornos.
  2. Conheça seu histórico genético para se prevenir. Doenças mentais podem ser genéticas, por isso se você tem familiares que tenham tido algum tipo de transtorno, faça o acompanhamento adequado, para prevenir possíveis doenças futuras.
  3. Muitos fatores que levem ao estresse fazem mal ao seu cérebro. A doença do século é o estresse. Por ser relativamente nova, nem sempre é levada a sério ou tratada devidamente. Níveis excessivos de estresse podem ocasionar diversos outros tipos de doenças, inclusive distúrbios mentais. Como grande vilão de nossas vidas, o estresse pode ser evitado com a prática de exercícios físicos, meditação, momentos de relaxamento e pausas em atividades de intensas responsabilidades e irritabilidades.
  4. Agressões tanto físicas quanto psicológicas podem causar transtornos mentais. A agressão, além de machucar interna ou externamente, deixa marcas mais profundas. O trauma de sofrer uma agressão pode não ser superado e os resquícios desse sentimento podem virar transtornos mais severos. Busque ajuda psicológica profissional caso tenha sofrido qualquer tipo de agressão; a dor que sente no momento pode chegar a níveis bem mais complicados para tratamento.

Além de tudo o que citamos acima existem fatores da vida que podem gerar transtornos, afinal cada pessoa é única.  Isso faz com que cada indivíduo encare de forma diferente os desafios de cada dia.Assim, devemos ficar atentos, a nós mesmos e a pessoas que nos rodeiam quando passamos por muito sofrimento, perdas importantes, desequilíbrio emocional,frustrações,quebras de expectativas ou desilusões (amorosas, profissionais, familiares).

Devemos lembrar que os transtornos mentais são tratáveis, mas cada paciente responde de uma forma. Esse tipo de medicina trata de cada pessoa individualmente. Por isso prevenir é sempre importante. Ao menor sinal de transtornos mentais procure um profissional.

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21 de janeiro de 2018 Todos

Os transtornos de personalidade abrangem várias doenças psiquiátricas. Caracterizam-se por comportamentos e pensamentos rígidos e desajustados. Sem tratamento, o transtorno de personalidade prejudica a vida, relações familiares, sociais e profissionais. Apesar da complexidade dessa enfermidade, é possível controlar os sintomas com o uso de medicamentos psiquiátricos e psicoterapia.

Sintomas dos principais transtornos de personalidade

  1. Transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo: Os sinais desse tipo de distúrbio de personalidade são o medo, angústia estresse e ansiedade permanentes. A tensão interna é tão forte que a pessoa desenvolve o comportamento obsessivo e/ou compulsivo. Exemplos clássicos que caracterizam esse transtorno são a obsessão por limpeza e o medo de doenças.
  2. Transtorno de personalidade antissocial: Por temerem a rejeição, pessoas que sofrem desse tipo de distúrbio buscam o isolamento social.  Podem demonstrar agressividade e mentir. Além disso, sofrem de ansiedade e depressão. A timidez é outro traço da personalidade antissocial.
  3. Transtorno de personalidade limítrofe (Bordeline): O distúrbio leva a pessoa a viver em dúvida sobre tudo e todos. Os comportamentos típicos de uma pessoa com esse transtorno são o medo de abandono,  grande vazio interior, inconstância e desvalorização ou idolatria de pessoas com as quais convive.
  4. Transtorno de personalidade narcisista: Um narcisista acredita que é a pessoa mais importante do mundo. Sente-se superior aos demais, tem mania de grandeza, quer atenção e admiração das pessoas ao redor, não demonstra a mínima empatia, é arrogante.
  5. Transtorno de personalidade dependente: Caracteriza-se pelo medo de tomar decisões, de perder pessoas queridas, de solidão. A necessidade de ter alguém mantém a pessoa submissa a relações abusivas, tóxicas e violentas.
  6. Transtorno de personalidade histriônica: Excesso de emotividade, dramaticidade, necessidade da aprovação e atenção de outras pessoas são algumas características desse distúrbio.
  7. Transtorno de personalidade esquizoide: A pessoa vive solitária, não deseja o convívio social nem relações mais estreitas e afetivas. Além disso, não demonstra interesse sexual e, em geral, age com frieza, não reage a elogios ou críticas, não demonstra emoções e sentimentos por outras pessoas.
  8. Transtorno de personalidade esquizotípica: Excentricidade, bizarrices e comportamento extravagante são traços desse tipo de personalidade. A ansiedade constante em meios sociais motiva o isolamento.
  9. Transtorno de personalidade paranoide: Esse distúrbio está associado a uma desconfiança constante de todos e à sensação de estar sempre sob ameaça. São pessoas rancorosas e ciumentas. Acreditam que estão sendo enganadas o tempo todo.

Tratamento do transtorno de personalidade

Não há explicações definitivas sobre as causas de transtornos de personalidade. Fatores genéticos, ambientais, experiências na infância e adolescência podem desencadear esses distúrbios. Além disso, cada transtorno tem causas específicas. O diagnóstico dos transtornos de personalidade é feito pelo médico psiquiatra.

A fim de controlar os sintomas e amenizar os efeitos do distúrbio, o tratamento abrange o uso de medicamentos psiquiátricos e psicoterapia. Na maioria dos casos, a pessoa que tem transtorno mental não chega ao consultório médico por conta própria. Por essa razão, o apoio da família e dos amigos é essencial para motivá-la a buscar ajuda médica e a aderir ao tratamento psiquiátrico.

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21 de janeiro de 2018 Todos

O dado positivo sobre a ansiedade e depressão  é o reconhecimento de que são doenças, o que aumenta a possibilidade de que as pessoas sejam tratadas. Por outro lado, o aumento dos casos diagnosticados está diretamente relacionado às condições de vida do homem do século XXI.

A depressão, por exemplo, afeta 4,4% da população mundial. No Brasil, o quadro é mais grave, segundo alguns estudos epidemiológicos, atingindo 5,8% da população. Piores ainda são os indicadores relacionados à ansiedade. O Brasil é líder mundial, com 9,3% da população sofrendo desse problema.

O mais preocupante é que a curva é de crescimento, tanto pelo reconhecimento do caráter patológico quanto pelo aumento dos casos. Entre 2005 e 2015, a depressão cresceu 18,4% no mundo. O Brasil, com 11,5 milhões de pessoas com depressão, só é superado pelos Estados Unidos no continente americano.

Por que a ansiedade e a depressão crescem

Por incrível que pareça, em países como o Brasil, que obtiveram melhoras sensíveis de qualidade e expectativa de vida nos últimos anos, o aumento de casos de depressão e transtornos da ansiedade é maior. Esse quadro decorre do fato de mais pessoas atingirem a idade em que esse tipo de patologia acontece em maior proporção.

O conjunto de possíveis causas é realmente preocupante. Há uma corrente que aponta para o uso da internet, uma poderosa ferramenta para importantes realizações, mas que tem, por outro lado, o condão de colocar o jovem diante de situações que contribuem para o aparecimento desses transtornos mentais.

O anonimato faz as pessoas se comportarem de forma menos prudente, expondo condutas antissociais, mesquinhas e cruéis, que potencialmente contaminam a mente de quem está conectado nos fóruns de debate. Além disso, as pessoas passam menos tempo ao ar livre, em contato com a natureza, e mantêm uma relação de dependência com os dispositivos móveis, o que, como qualquer dependência, gera danos à saúde mental das pessoas.

Se o problema é mais comum entre pessoas com idade avançada e os jovens estão entre as vítimas recorrentes desses transtornos mentais, outro público que demanda cuidados é o infantil. Mais uma vez, as redes sociais estão entre as principais causas, aliadas à pressão dos exames escolares.

A orientação profissional para a competição, a pressão sistemática por resultados e o consumo de valores materiais, aliados às condições de vida estressantes da cidade grande, deixam a população bastante vulnerável a problemas como a ansiedade e a depressão.

A ansiedade pode estar ligada, também, a causas genéticas, ao abuso de drogas, álcool e determinados medicamentos, além de doenças como hipertireoidismo e arritmias cardíacas.

Quais são os sintomas?

Tanto a ansiedade quanto a depressão têm tratamento, que devem ser conduzidas por um profissional da área de psiquiatria.

Por isso, é preciso que familiares e pessoas próximas estejam atentas a alguns sintomas que indicam a existência desses problemas.

No caso da ansiedade, a pessoa se apresenta excessivamente apreensiva, cultiva medos irracionais e pensa de modo acelerado. Como outros relevantes sintomas, são observados nervosismo antecipado, sofrimento por antecipação com os problemas, inquietação e angústia constantes.

No caso da depressão, que é considerada a doença mais incapacitante, o principal sintoma é a tristeza profunda e prolongada. É importante não confundir com a tristeza pura e simples que é desencadeada por um fato. A depressão pode ser provocada por um fato triste, um grande abalo, mas o paciente, além de não apresentar reação, é acometido por outros sintomas, como angústia, desânimo, irritabilidade, insegurança, pensamentos negativos, dificuldade de concentração e esquecimento, além de cansaço físico constante.

Outro sintoma que sinaliza depressão é a pessoa não encontrar sentido ou prazer em nada e não sentir ou demonstrar alegria com coisas que, em condições normais, deflagrariam essa emoção.

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21 de janeiro de 2018 Todos

Os transtorno psiquiátricos são doenças com efeitos prejudiciais à saúde do corpo e da mente. Assim como outras doenças cujos sintomas não podem ser curados ou controlados sem o uso de algum remédio para combater vírus, bactérias e outras disfunções do organismo, o tratamento de distúrbios mentais necessita de medicamentos psiquiátricos.

Transtornos mentais causam ansiedade e depressão, por exemplo, bem como prejudicam o sono, apetite, memória, batimentos cardíacos, funcionamento do aparelho respiratório, além de tantos outros sintomas que passíveis de ser melhorados  com medicação.

Preconceito e desinformação em relação às doenças mentais e o uso de medicamentos psiquiátricos retardam o início do tratamento, resultando em mais complicações e prejuízos à qualidade de vida do paciente e também das pessoas com as quais ele convive.

Doenças mentais: alterações nos neurotransmissores

Doenças mentais, em geral, provocam alterações nos neurotransmissores, substâncias produzidas pelos neurônios e que transmitem informações ao corpo. Por exemplo: noradrenalina, dopamina e serotonina.

O desequilíbrio na produção de neurotransmissores e encontro adequado com seus receptores (como uma “chave e fechadura”) acarreta inúmeros prejuízos ao organismo. Daí surge a necessidade de medicamentos psiquiátricos para minimizar os impactos à saúde. Por essa razão, o diagnóstico e o tratamento de transtornos mentais só podem ser conduzidos por médico psiquiatra.

Diabéticos, hipertensos e cardiopatas, por exemplo, usam remédios a vida toda. Alguns pacientes com câncer enfrentam inúmeras sessões de quimioterapia e radioterapia. Quem tem AIDS necessita do coquetel de remédios para se proteger das infecções oportunistas e evitar a progressão da doença.

Portanto, quando a doença mental apresenta sintomas prejudiciais à qualidade de vida do paciente, inclusive, colocando-o em risco, como acontece em surtos psicóticos e tentativas de suicídio, o tratamento medicamentoso é indispensável. Somente o médico psiquiatra está apto a tomar essa decisão e prescrever os remédios.

Isso não significa, contudo, que o paciente só poderá ser tratado com remédios. A abordagem é multidisciplinar, pois o portador de transtorno psiquiátrico também necessita de atendimento psicológico e social.

Medicamentos psiquiátricos: são para a vida toda?

Em alguns casos, a medicação é necessária durante um determinado período, mas há pacientes que precisam tomar remédios controlados por toda a vida. Tudo está condicionado ao tipo de transtorno mental, ao grau de adesão do paciente ao tratamento, do apoio que o paciente recebe da família e amigos. Enfim, o tratamento de doenças mentais é multidisciplinar.

O medicamento psiquiátrico de uso contínuo é prescrito para o tratamento de doenças mentais crônicas como, por exemplo, a esquizofrenia. Apesar disso, registre-se que há transtornos psiquiátricos que não necessitam de remédios por toda a vida do paciente. Quando o funcionamento do organismo é regulado, a medicação é gradualmente interrompida, ou seja, o médico reduz, aos poucos, a dosagem dos remédios, até a suspensão total.

Medicamento psiquiátrico vicia?

Medicação antidepressiva, estabilizadores de humor e neurolépticos não causam dependência química. O maior risco está no uso inadequado e prolongado de calmantes, porém, esse tipo de remédio é prescrito no início do tratamento, mas retirado quando os medicamentos principais produzem o efeito esperado.

O risco de tolerância aos medicamentos psiquiátricos ocorre somente quando o paciente abandona o tratamento e depois volta a tomar os remédios. Reincidências desse tipo de comportamento elevam o risco de tolerância devido ao agravamento do quadro psiquiátrico.

É importante saber que os medicamentos psiquiátricos não objetivam deixar a pessoa dopada. A finalidade é controlar os sintomas das doenças mentais, melhorar o bem-estar geral e proporcionar condições físicas e mentais para que a pessoa consiga manter uma rotina equilibrada. Para evitar a sonolência durante o dia, o médico psiquiatra receita medicamentos que podem provocar esse tipo de efeito colateral para serem tomados à noite.

Doenças mentais crônicas são incuráveis, mas é possível viver bem, desde que seja aplicado o tratamento adequado e haja o apoio da família. Mas há vários transtornos mentais que podem ser curados, a exemplo dos distúrbios de humor, ansiedade e personalidade. Tudo depende, claro, da adesão do paciente ao tratamento psiquiátrico. O mais importante é não ignorar o sintomas de um possível transtorno mental e buscar ajuda médica.

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21 de janeiro de 2018 Todos

A fobia social é um transtorno mental caracterizado pela extrema ansiedade e medo que a pessoa sente no convívio com outras, conhecidas ou não. Ao contrário da timidez, que pode inibir algumas ações circunstanciais, a fobia social caracteriza-se pelo medo permanente de interagir com pessoas desconhecidas.

Por essa razão, quem sofre de transtorno da ansiedade social evita, ao máximo, estar em locais públicos e participar de eventos e festas. O medo e a ansiedade conduzem ao isolamento e dificultam as relações interpessoais.

Causas da fobia social

A herança genética não está descartada, porém, acredita-se que a fobia social resulte de interações sociais no ambiente em que viveu ou ainda vive e de traumas psicológicos.

Outro fator estudado é a hiperatividade d algumas estruturas cerebrais responsáveis pelo controle das emoções. Alterações nessas estrutursa do cérebro poderiam aumentar a sensação de medo, insegurança e ansiedade, resultando em fobia social.

Uma pessoa que tenha passado grande parte da infância e adolescência com pouca ou nenhuma interação social além do convívio familiar pode desenvolver a fobia social. Experiências negativas como violência física, abuso sexual, rejeição e bullying são outros fatores associados ao surgimento da fobia social. Deformidades físicas, principalmente na face, podem levar a pessoa a buscar o isolamento, por temer bullying, preconceito e discriminação.

Sintomas da fobia social

Fobia social não deve ser confundida com timidez, ansiedade e medo de interagir com pessoas desconhecidas ou estar em ambientes novos vez ou outra. O transtorno da ansiedade social está além de reações naturais, prejudicando completamente a vida social, profissional, afetiva e os estudos. Os sintomas da fobia social são muito mais intensos:

  • Voz trêmula e sudorese
  • Batimentos cardíacos acelerados
  • Tensão muscular
  • Náusea, tontura, dor de estômago, diarreia
  • Medo de julgamento, crítica, rejeição
  • Ansiedade e insegurança em eventos sociais
  • Pensamentos negativos, visão pessimista de tudo
  • Autocrítica exagerada
  • Medo constante de estar em locais públicos e de participar de eventos sociais
  • Ansiedade excessiva, inclusive em situações normais
  • Isolamento social e sofrimento interno, com prejuízo à vida social e a atividades cotidianas.

Diagnóstico de fobia social

O diagnóstico deve ser feito por profissional especializado em saúde mental. É importante que o paciente consiga relatar, com o máximo de clareza possível, os sintomas físicos observados, as circunstâncias em que são mais frequentes e a intensidade dos sintomas. Em geral, o médico segue o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Associação Americana de Psiquiatria).

Tratamento da fobia social

O tratamento da fobia social pode incluir medicamentos prescritos pelo médico psiquiatra e sessões de psicoterapia. O uso de remédios é aplicado aos pacientes com mais dificuldade para controlar a ansiedade.

A psicoterapia é necessária para que o paciente reconheça as razões, riscos ou agravantes da fobia, bem como aprenda a enfrentar as situações de uma forma mais positiva, a controlar o medo e a ansiedade e a dimensionar, com mais realismo, as situações que vivencia.

O autoconhecimento é uma parte fundamental do tratamento da fobia social. Por isso, esse comportamento não deve ser negligenciado. Com ajuda do médico psiquiatra e de psicoterapia, é possível superar a fobia social.

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21 de janeiro de 2018 Todos

Dispareunia é uma disfunção caracterizada pela ocorrência de dores durante o ato sexual. Pode acometer homens e mulheres, apesar de ser mais comum entre o público feminino.

Não pode ser confundida, portanto, com vaginismo. A dispareunia é um desconforto que ocorre durante a relação. O vaginismo é caracterizado pela impossibilidade de ocorrer uma penetração na vagina, em função da contração dos músculos.

Há três tipos de dispareunia:

  • Vulvodínia – Ocorre na região externa da vagina, caracterizada por uma queimação e hipersensibilidade.
  •  Uterina – Acontece no fundo da vagina e está ligada a problemas no útero.
  • Dor no meio – Pode estar ligada a causas musculares ou uterinas.

Causas

As causas podem ser muitas: fungos e bactérias; infecções; tumores; lesões físicas; condições hormonais; cistite; hipoestrogenismo ou causas psicológicas (decorrentes de ansiedade); medos diversos; pouco desejo sexual; dificuldade de excitação; problemas de relacionamento; estresse; emoções negativas e experiências de violência ou abuso sexual. Por incrível que pareça, apesar da extensa relação de possíveis causas físicas, o maior vilão são as causas emocionais.

Essa patologia pode influenciar de forma gradativa a qualidade do relacionamento da paciente, levando a situações de esgotamento físico e mental.

O desconforto durante a relação, torna-a menos prazerosa. Com isso, a relação deixa de ser desejada, transforma-se  um fardo, e interfere a vida do casal.

O medo de sentir dor faz com que os músculos se contraiam, o que acarreta dores mais intensas.

Se sentir dor durante a relação, procure um médico imediatamente para que ele possa solicitar exames que identifiquem a causa e o tratamento.

O que fazer quando os sintomas aparecerem?

Assim que os sintomas surgirem é necessário procurar um psiquiatra e realizar a consulta com especialista em sexualidade.

O psiquiatra ajudará você a encontrar as razões psíquicas e emocionais que levam às dores e ao desconforto.

Paralelamente, a terapia tem como objetivo desenvolver na paciente o autoconhecimento. O paciente deve entender melhor o seu corpo e sobre os relacionamentos, além de aprender a lidar com situações que parecem fora do controle.

O tratamento terapêutico trabalha na descoberta da origem dos problemas, no tratamento dos traumas (se existirem), e na adequação comportamental do paciente perante os eventos ocorridos e futuros.

A lista de possíveis origens do problema em cada paciente é bastante extensa. Pode, por exemplo, estar ligado a crenças disfuncionais,em que o sexo é visto de forma desconectada do prazer.

O mais importante é que o psiquiatra consiga identificar a causa da dispareunia para adequar o modelo de abordagem. O resultado é que a paciente conseguirá gradativamente recuperar o prazer em suas relações e voltar a ter uma vida afetiva satisfatória.

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21 de janeiro de 2018 Todos

O termo circadiano tem origem na expressão latina “circa diem”, que significa “cerca de um dia”. A expressão diz respeito ao funcionamento do nosso relógio biológico, que precisa de 24 horas para encerrar um ciclo.

Quando o relógio biológico está desajustado por algum motivo, surgem os transtornos do ritmo circadiano. Esse fenômeno ocorre devido a desequilíbrios do sono, atividade fundamental para o funcionamento do organismo. O presente artigo abordará em mais detalhe o tema, então siga a leitura para mais informações.

Quais são os principais transtornos do ritmo circadiano?

Existem diversos tipos de transtornos do ritmo circadiano, entre os quais se destacam:

  • Síndrome de Jet Lag
  •  Síndrome de Atraso da Fase de Sono
  •  Síndrome de Avanço da Fase de Sono
  • Distúrbio dos Trabalhadores em Turnos

As causas para a disfunção podem variar. Por exemplo, imagine uma pessoa que tem hábitos noturnos e começa a trabalhar logo cedo pela manhã. Provavelmente, ela não conseguirá dormir cedo, o que no outro dia causará sono e irritação.

A inversão de horários prejudica o ritmo de vida e pode até causar a desistência do emprego. Quando a alteração do relógio biológico varia para 3 horas a mais ou a menos, o problema configura-se como mais grave, exigindo acompanhamento médico.

Jet Lag

Refere-se às variações no relógio biológico geradas por viagens longas que atravessem vários fusos horários. Estima-se que apenas um em cada três viajantes não experimente esse desconforto. Para o restante, a condição tem raiz no estresse e na fadiga relacionadas ao voo, bem como à perda do sono. Como se estabelece um novo ciclo local claro-escuro e de relações temporais, os horários das atividades cotidianas mudam.

No geral, os sintomas costumam aparecer um dia ou dois depois da chegada no destino e a sua severidade depende do número de meridianos ultrapassados. A boa notícia é que há meios de amenizar ou mesmo prevenir a perturbação.

Antes da viagem, tente não se privar de boas horas de sono, conforme a sua necessidade específica. No voo, procure não ingerir bebidas alcoólicas e beba bastante água para evitar desidratação. Se preciso, organize sua volta para que você tenha alguns dias de adaptação antes de voltar ao trabalho. Ao chegar, siga o horário local para se adaptar logo e tente não cochilar.

Síndrome de atraso/avanço do sono

Ambos os distúrbios estão vinculados ao relógio biológico e levam o indivíduo a atrasar ou adiantar o começo do sono. Uma das abordagens mais recorrentes nesse caso é a cronoterapia, técnica comportamental na qual a hora de se deitar é sistematicamente atrasada ou adiantada em 1 a 3 horas a cada dia até se retomar o horário “normal” para o início do sono da pessoa.

Distúrbio dos Trabalhadores em Turnos

É o distúrbio que atinge os profissionais que atuam à noite e buscam dormir de dia. Por conseguinte, tem-se mal-estar e fadiga como indícios frequentes da questão, sobretudo entre quem trabalha com turnos rotativos.

Embasado nos dados acima, você já conhece os transtornos do ritmo circadianos mais comuns, além de ter sugestões de como atenuá-los. Contudo, o ideal é sempre conversar com um especialista se o problema persistir.

 

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21 de janeiro de 2018 Todos

A ansiedade é uma condição psicológica que pode abrigar uma série de transtornos. Em pequenas doses e nos momentos apropriados, ela é apenas uma reação humana; porém, quando ela se torna frequente, desmedida,  atrapalha a qualidade de vida.

A ansiedade apresenta sintomas diversos.  Muitos deles são psicológicos e outros são físico.

Por que a ansiedade possui sintomas físicos?

O transtorno se classifica como uma sensação constante e desnecessária de preocupação e medo excessivos. Ele pode incluir ataques de pânico, por exemplo, que é uma resposta específica ao medo, sem que necessariamente exista algum perigo iminente. Ou seja, a mente se sente ameaçada independente da presença de qualquer tipo de ameaça real.

Portanto, por ficar alerta e preocupada o tempo todo, a mente acaba desencadeando certos comportamentos e reações do corpo. Hábitos compulsórios são muito comuns, e eles por si só já ativam alguns sintomas físicos. Por isso é importante ficar atento tanto ao que seu corpo está dizendo, quanto ao que a pessoa está fazendo.

Quais são os sintomas?

Alguns dos sintomas físicos mais prevalecentes da TAG são:

  1. Insônia: Tudo o que desregula o corpo corre o risco de desregular também o sono. Noites mal dormidas resultam em estresse, o que só piora a condição e se torna um ciclo ansioso.
  2. Alterações no batimento cardíaco: É comum que haja taquicardia, mas também pode acontecer o contrário – batimentos mais lentos. De qualquer maneira, quando os batimentos estão descompassados de alguma forma, é um sinal para prestar atenção.
  3.  Dor no peito: Muitas vezes por conta da taquicardia, é possível sentir uma dor grave no peito. Ela pode surgir mesmo sem alterações no batimento.
  4. Problemas respiratórios: Falta de ar é uma das queixas mais presentes entre pacientes que sofrem de ansiedade, bem como sensação de sufocamento.
  5.  Problemas intestinais: O psicológico estressado afeta diretamente o estômago. Indigestão e azia são os mais comuns, mas pode haver constipação e até diarreia em alguns casos. Não é difícil que se desenvolva um quadro de gastrite nervosa.
  6.  Agitação e tremores: Quem sofre com TAG costuma passar por períodos de muita agitação, que podem incluir tremores, mesmo que não sejam vistos, mas apenas sentidos.
  7.  Fadiga e fraqueza: Além do cansaço extremo, é comum que exista certa fraqueza corporal, principalmente nos braços.

Outros sintomas da ansiedade incluem ainda boca seca, dor nos olhos, dor de cabeça, transpiração, alterações hormonais e mais. Vale lembrar que boa parte deles são percebidos durante crises, que podem ou não ser ativadas por eventos específicos. Ainda assim, alguns podem ocorrer sem motivo aparente, e inclusive serem bastante frequentes.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo.




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