Todos / Dra Aline Rangel


9 de fevereiro de 2021 Todos

O sono é o estado no qual o corpo descansa para que funcione bem durante o dia. Dormir bem durante a noite tem inúmeros benefícios para a saúde, como prevenção da obesidade, controle da hipertensão e do diabetes, diminuição do risco de doenças cardiovasculares, fortalecimento da memória, melhor desempenho físico, emocional, entre outros.

Por outro lado, a ausência de uma boa noite de sono pode levar a um cansaço extremo, sonolência excessiva durante o dia, irritabilidade e até problemas de memória. Além disso, a longo prazo, o sono deficiente pode levar ao desenvolvimento de doenças e a disfunções do organismo, podendo comprometer muitas vezes nosso sistema cardiovascular e modificar o funcionamento do nosso metabolismo

Estudos do Instituto do Sono, de São Paulo, apontam que 69% da população sofre com a apneia do sono, um dos distúrbios do sono mais comum, assim como a insônia que afeta cerca de 45% da população brasileira.

Mas além desses distúrbios, outros sete podem ser considerados comuns e causadores de uma má noite de sono.

Principais distúrbios do sono

  1.     Apneia do sono: é caracterizada por paradas respiratórias durante o sono, causadas por uma diminuição no espaço da faringe. Geralmente, pessoas com apneia roncam, acordam cansadas, com a boca seca, ficam sonolentas durante o dia e apresentam queda de rendimento, além de ser um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, além da obesidade.

 

  1.    Insônia: pode ser definida como uma dificuldade em dormir ou em manter o sono, mesmo sob todas as condições adequadas. Quando persiste por mais de três meses, em três ou mais noites por semana e com consequências durante o dia, como cansaço, sonolência, mau humor, a insônia passa a ser considerada um distúrbio e deve ser avaliada e tratada. Suas causas são diversas, mas estão associadas a maus hábitos noturnos, transtornos de ansiedade e estresse.

 

  1.    Ronco: ocorre quando existe uma diminuição do espaço pelo qual o ar passa. As suas causas são semelhantes às da apneia do sono.

 

  1.       Narcolepsia: caracterizado por um sono incontrolável durante o dia, a qualquer hora e em qualquer lugar. São repentinos: em um minuto a pessoa está acordada e no outro está dormindo. Outro sintoma que acompanha a narcolepsia é a cataplexia, uma paralisia súbita dos músculos, completa ou parcial, provocada por emoções como alegria, raiva ou euforia. A causa para o distúrbio parece ser a degeneração de certas células no cérebro, o que leva a alterações do controle da vigilância e do sono REM.

 

  1.       Bruxismo: é definido como um distúrbio caracterizado pelo ranger ou apertar dos dentes (como uma mastigação) durante o período de sono. A força realizada sobre a musculatura mastigatória e os dentes é excessiva, produzindo sintomas musculares e dentais, tais como: dor facial, desconforto muscular principalmente ao morder, dores de cabeça, desgaste dos dentes e danos à gengiva. É associado a problemas articulares, estresse e ansiedade.

 

  1.    Sonambulismo: ocorre devido a uma ativação de partes do cérebro em momentos inadequados, principalmente quando a pessoa está dormindo. Existe uma tendência familiar genética para esse distúrbio, mas o problema também pode ser desencadeado por outros fatores, como períodos de estresse e de sono irregular. Problemas respiratórios durante a noite, como a apneia do sono, também podem desencadear o sonambulismo.

 

  1.       Síndrome das pernas inquietas: o indivíduo sente uma vontade incontrolável de movimentar as pernas. Essa vontade é acompanhada de um desconforto, que só é aliviada quando começa a movimentar as pernas. Essa sensação aparece nas horas de repouso, especialmente durante o sono, e a movimentação das pernas acaba interferindo na qualidade do sono. Pode ser associada a doenças médicas, à gravidez, deficiência de ferro e, eventualmente, pode nem ao menos ter alguma causa aparente.

 

Cada distúrbio do sono requer um tratamento diferente, por isso é importante consultar um médico especialista, como um psiquiatra, para identificar os sintomas, as causas e os melhores tratamentos.  

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



7 de fevereiro de 2021 Todos

A dependência química é um transtorno mental que pode trazer sérias consequências físicas e psicológicas. Ela é caracterizada pelo consumo constante e abusivo de substâncias psicoativas que agem especialmente no sistema nervoso central. É o caso do álcool e da cocaína, por exemplo.

Entre outros efeitos, a dependência química provoca um conjunto de fenômenos cognitivos, fisiológicos e comportamentais que se manifestam depois do uso repetido de determinada droga. Para prevenir e tratar o problema, é importante saber reconhecer os sinais de que a pessoa está quimicamente dependente.

Se você está desconfiado de que alguém próximo sofre com dependência química, continue lendo o texto e aprenda a identificar os principais sintomas desse transtorno. Desse modo, vai ficar mais fácil intervir e ajudar.

Descontrole na vontade de usar a substância

Um sintoma comum entre dependentes químicos é o desejo incontrolável de usar a substância química. Além da vontade descontrolada de consumir a droga, geralmente o indivíduo com o transtorno não consegue parar depois de começar.

Aumento da tolerância

Dependentes químicos aumentam gradualmente a tolerância à substância. Eles têm a necessidade de usar doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito que atingiam com doses menores, o que acaba produzindo um ciclo vicioso de consumo.

Crises de abstinência

As crises de abstinência estão entre os sinais de dependência química. Elas acontecem diante da suspensão e privação do uso da substância, o que causa manifestações psíquicas e físicas bastante incômodas, como por exemplo, fissura, sudorese, tremores, ansiedade, dores musculares, fadiga, letargia, fraqueza, inquietação, perda de apetite, pele úmida e fria, náusea, vômitos, automutilação, delírios, alucinações, insônia, confusão mental, desorientação, nervosismo, dilatação da pupila, formigamento, fala arrastada, convulsões, entre outras.

Alterações comportamentais

A dependência química provoca mudanças significativas no comportamento. À medida que o vício se intensifica, as atitudes se transformam. A pessoa dependente pode apresentar humor oscilante, euforia, depressão, impaciência, desânimo, frustração, agressividade, desinteresse, impulsividade, irritabilidade, etc. As alterações comportamentais dependem diretamente do tipo de substância psicoativa.

Isolamento social e abandono de atividades cotidianas

É comum que dependentes químicos se afastem da família e se distanciem dos amigos. O isolamento social é um sintoma marcante dessa condição, sobretudo, porque a pessoa tende a abandonar atividades cotidianas que antes davam prazer, como por exemplo, a participação em grupos esportivos, religiosos, acadêmicos e profissionais.

Descontrole financeiro

A dependência química pode impactar a situação financeira do indivíduo, que se endivida para financiar o vício. Quanto maior é o descontrole sobre o uso da substância, maior é o descontrole financeiro. Pode ser que o dependente passe a vender objetos pessoais e, até mesmo, realizar furtos para continuar comprando e usando drogas.

Negligência consigo mesmo

Conforme a dependência aumenta, a pessoa dependente passa a negligenciar os cuidados consigo mesma, deixando de cuidar da higiene, aparência e saúde. Como se não bastasse, ela se coloca frequentemente em situações de risco. Isso acontece porque sua vida começa a girar em torno do vício e o que antes era importante passa a não ser.

Quer saber mais sobre dependência química? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



5 de fevereiro de 2021 Todos

Dormir bem é essencial para a manutenção da saúde, bem-estar e qualidade de vida. Mais do que proporcionar o descanso e recarregar as energias para o dia seguinte, o sono traz benefícios como a prevenção da irritabilidade, melhora significativa do humor, relaxamento muscular, otimização da memória e capacidade de concentração, diminuição da ansiedade e controle do peso.

Infelizmente, nem todas as pessoas conseguem dormir bem e ter um sono reparador. Muitas delas sofrem com distúrbios como as Parassonias, Síndrome das Pernas Inquietas, Apneia Obstrutiva do Sono e Insônia. Por falar em insônia, você sabia que existe mais de um tipo? Leia o texto e confira como esse transtorno do sono é dividido.

Insônia transitória

A insônia transitória também é aquela que todo mundo já sofreu um dia. Esse tipo possui curta duração e não costuma exceder mais de um mês de episódios insones. Geralmente ela ocorre por causa do estresse, preocupação e ansiedade decorrentes de fatos isolados, como provas, viagens e eventos importantes.

Na insônia transitória, o indivíduo passa horas acordado, pensando em suas questões, até conseguir, finalmente, pegar no sono. A melhor forma de tratar essa categoria do problema é ir direto à sua raiz, adotando estratégias para diminuir a ansiedade, estresse e preocupação. Não é tão preocupante, justamente por ser temporária.

Insônia Aguda

A insônia aguda, ou de manutenção, é desencadeada por fatores emocionais. Mais intensa do que o tipo anterior, ela dura entre quatro e seis semanas, podendo se prolongar por mais tempo.

Além da típica dificuldade para dormir e manter o sono, a insônia aguda apresenta sinais como falta de energia, baixa concentração, dor de cabeça e desmotivação. É importante ficar atento a esses sintomas para proporcionar o diagnóstico e tratamento adequados.

Insônia crônica

Conhecida como insônia terminal, este tipo do problema é mais longo, já que a duração passa de 6 semanas. Nesse caso, a pessoa tem dificuldades sérias para pegar no sono, suas noites são agitadas e é bem comum que ela acorde muito cedo e não consiga voltar a dormir.

Se você passa por isso há algum tempo, é indispensável procurar o auxílio de profissionais especializados em psiquiatria e medicina do sono.

Como tratar os tipos de insônia?

O primeiro passo é buscar auxílio médico para identificar se a causa da insônia é psicológica, respiratória, neurológica, etc. Com base no diagnóstico, o especialista poderá indicar a mudança de hábitos, medicação e terapias alternativas.

Para amenizar os sintomas, é preciso também melhorar a higiene do sono, o que inclui as seguintes atitudes:

  • Estabelecer uma rotina com horários bem definidos para dormir e acordar;
  • Apagar as luzes e priorizar um ambiente silencioso para dormir;
  • Usar um colchão de qualidade, com densidade adequada;
  • Utilizar lençóis e cobertores limpos e agradáveis ao toque;
  • Eliminar distrações como televisores, celulares e tablets na hora de dormir;
  • Evitar alimentos pesados ou estimulantes perto do momento de ir para cama.

Quer saber mais sobre insônia? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



3 de fevereiro de 2021 Todos

A sexualidade é considerada como um aspecto central da vida humana e é estimulada por fantasias, desejos, sonhos, comportamentos, valores e relações, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Dessa forma, a libido, ou desejo sexual, é diretamente afetada pelas relações afetivas e interpessoais que temos no nosso dia a dia. E a falta dela pode ser sintoma do transtorno do desejo sexual hipoativo.

Dados, publicados no livro o Estudo da Vida Sexual do Brasileiro, apontam que esses problemas independem da idade da mulher, mas variam de acordo com a faixa etária. Falta de desejo é queixa de 5,8% das jovens entre 18 e 25 anos e de 19,9% de quem já passou dos 60. Entre os homens, essa porcentagem diminui bastante: apenas 2,4% dos jovens e 5% dos idosos reclamam de baixa libido.

Quando esse desejo é nulo ou deficiente, a pessoa pode sofrer do que chamamos de transtorno do desejo sexual hipoativo (TDSH). O transtorno é caracterizado pela deficiência (ou mesmo a inexistência) frequente do desejo sexual ou da fantasia sexual para a prática do sexo, durante um período maior que seis meses.  Ao contrário de distúrbios como disfunção erétil e ejaculação precoce, o TDSH pode afetar tanto homens quanto mulheres.

Algumas pessoas sempre tiveram esse desinteresse sexual, outras perdem o desejo repentinamente. Muitas vezes, os sintomas permanecem durante meses, como na gestação ou primeiro ano de vida de um filho, ou anos e têm consequências graves para os relacionamentos íntimos, para as relações de casais e para a autoestima de quem enfrenta a situação.

Causas e sintomas do Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo

As causas do TDSH podem ser físicas ou emocionais. Entre as causas físicas estão as alterações hormonais, uso de antidepressivos ou ansiolíticos, falta de desejo após abuso sexual, doenças mentais, presença de alguma doença sexualmente transmissível, tumores e cirurgia.

Entre os fatores psicológicos, podemos citar ansiedade, depressão, transtornos de apego e da personalidade, perdas no relacionamento e incompetência ou disfunção sexual do parceiro, falta de privacidade, educação muito rígida, fatores religiosos e até mesmo questões morais.

Os sintomas podem variar de cada paciente, mas, normalmente, o indivíduo com transtorno de desejo sexual hipoativo apresenta ausência de pensamentos e fantasias sexuais; fuga de momentos que poderiam culminar numa relação; desinteresse pelo contato íntimo, que pode surgir após períodos de vida sexual saudável; falta de ereção e dificuldade para manter a ereção durante a relação; vagina sem lubrificação, permanecendo seca mesmo durante a relação; durante o contato íntimo a mulher pode não ter nenhuma alteração da cor na vulva e vagina.

Tratamento para Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo

O tratamento para o transtorno irá depender das causas que levaram o paciente a desenvolver a falta de desejo sexual. Na maioria das vezes, o acompanhamento de um psiquiatra pode ajudar nas questões emocionais.

Nos casos de problemas físicos, como a disfunção erétil, por exemplo, o paciente pode fazer uso de medicamentos, associado à terapia e acompanhamento de um psiquiatra.

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30 de janeiro de 2021 Todos

A ansiedade é um recurso natural de autodefesa do corpo. Porém, quando ela passa a ser constante e presente nas mais diversas situações, evolui para um transtorno mental , capaz de trazer problemas e desconfortos para a vida.

Nas situações de crise, em que aparecem sintomas psicológicos, como medo, agonia e estresse, e também físicos, como respiração ofegante e palpitação, algumas técnicas podem ajudar a lidar com o desconforto extremo. Algumas delas são:

1 – Reconhecer a ansiedade

Reconhecer o medo e analisá-lo é o primeiro passo para encarar a crise. Ao fazer isso, é possível entender a origem do medo, definir se a sensação de perigo é real, e então, relaxar um pouco.

2 – Praticar a respiração profunda

Respirar profundamente pode ajudar a reduzir o estresse e a fornecer oxigênio ao cérebro para aumentar o foco. É aconselhado respirar profundamente, no mínimo, oito vezes por minuto, até ser possível notar o relaxamento muscular e a clareza de pensamentos.

3 – Praticar o relaxamento muscular progressivo

Este é o processo de desacelerar por meio do corpo e relaxar cada grupo muscular. Isso tem duas finalidades: forçar a concentração em algo que não seja o medo e, simultaneamente, relaxar os músculos.

O exercício consiste em enrijecer os músculos do corpo, começando pelo rosto e indo até o pé, por dez segundos e, em seguida, liberar a pressão, até sentir que todas as partes estão relaxadas.

4 – Tentar substituir pensamentos

Este é o processo em que se impede a criação de pensamentos produtores de ansiedade e os substituem por reflexões que tragam felicidade ou paz. Por exemplo, trocar a sensação de medo de viajar de avião, pela felicidade de chegar ao local desejado.

5 – Usar a imaginação guiada

Na mesma ideia de criar pensamentos, guiá-los para um local de paz e tranquilidade contribui para amenizar o problema. Ao adicionar elementos a essa cena, a mente fica focada no campo da imaginação, e os pensamentos são distraídos.

6 – Não ficar parado

Ficar deitado ou parado, deixando a sensação desagradável tomar conta dos sentidos, não é a forma mais aconselhável para lidar com a crise. Por isso, é importante distrair a mente e o corpo com uma uma tarefa, seja ela limpar, desenhar, ligar para um amigo, enfim, qualquer atividade para se mantê-los ocupados.

7 – Fazer exercícios

Da mesmo forma, fazer com que o corpo se mexa libera endorfinas que são responsáveis pelo aumento da sensação de paz e de felicidade. Exercício leve, como a caminhada, ajuda a relaxar mais que esportes agressivos ou treinos de resistência.

8 – Procurar um amigo

Ao sentir a chegada da crise de ansiedade, ligar para um amigo ou membro da família pode ajudar a distrair a mente. Caso ela seja recorrente, também é possível ensiná-los a como agir nesse momento, para ajudar quando preciso.

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26 de janeiro de 2021 Todos
Apesar do que muitas pessoas acreditam, a narcolepsia não está associada aos quadros de depressão, preguiça ou insônia. Esse é um distúrbio pouco conhecido e, por esse motivo, há essa grande confusão. Além disso, é uma condição que pode trazer graves prejuízos a quem sofre com ela. Continue a leitura deste artigo e tire todas as suas dúvidas sobre o assunto!

O que é narcolepsia?

É um distúrbio do sono que se caracteriza pela sonolência excessiva durante o dia, mesmo quando o paciente dormiu bem durante a noite, o que compromete o seu controle de sono e vigília. Em uma pessoa saudável, o sono se inicia a partir do desligamento do controle muscular. Depois de uma hora e meia, ela entra no estágio do sono REM (rapid eye moviments). Nessa fase, a atividade do cérebro é intensa e os olhos se movimentam. Pessoas que sofrem com a narcolepsia, pulam a etapa inicial do sono e entram subitamente no estágio REM. Esse transtorno é uma condição crônica que não tem cura, mas é de fácil tratamento e os sintomas podem ser controlados por meio do uso de medicamentos e mudanças de hábitos.

Como é causada?

A causa mais provável é a diminuição da hipocretina, substância produzida no hipotálamo e responsável pelo controle do sono, da vigília e do apetite. Os fatores genéticos também são reconhecidos como possíveis causadores desse distúrbio.

Quais são os sintomas?

Os principais sintomas estão relacionados aos efeitos que o organismo sofre quando estamos dormindo. Assim, os sinais mais comuns são:
  • Cataplexia: é a perda súbita do tônus muscular. Não são todos os casos que apresentam esse sintoma, mas é o mais específico para esse distúrbio. A cataplexia é a fraqueza muscular em decorrência da ação natural do organismo durante o sono REM. Em razão desse sintoma, o indivíduo pode ficar com a fala arrastada, dobrar os joelhos involuntariamente ou até mesmo ter uma paralisia completa, caindo subitamente no chão.
  • Sonolência excessiva durante o dia: pessoas que sofrem com esse distúrbio sentem um desejo incontrolável de dormir durante o dia. Desse modo, elas podem vir a dormir durante a execução de qualquer tarefa, como ao dirigir, andar, escrever, cozinhar, etc.
  • Alucinações.
  • Paralisia do sono: caracterizada pela incapacidade de se mexer ou de falar enquanto adormece ou acorda. Costuma durar, em média, dois minutos e, quando acabam, a pessoa não tem ciência do ocorrido.
  • Interrupção do sono noturno: essas interrupções são causadas pelas alucinações no sonho, por falar enquanto dorme, insônias ou por movimento periódico das pernas.

Conheça os tratamentos disponíveis

O tratamento desse distúrbio do sono é comportamental e medicamentoso. A parte comportamental consiste na orientação da família do paciente e na elaboração de condições que melhorem sua rotina, tais como realizar cochilos programados, adaptar os horários de trabalho, evitando turnos rotativos. O tratamento medicamentoso está em constante evolução, com a utilização de fármacos que atuam de alguma forma no controle dos sintomas da narcolepsia. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


25 de janeiro de 2021 Todos

Até os relacionamentos mais saudáveis ​​sofrem algum conflito durante a pandemia do coronavírus que estamos vivendo. Se vocês estão protegidos a maior parte do tempo ficando em casa ou em quarentena, você certamente passa mais tempo com seu parceiro (a)  – talvez mais do que nunca. Embora seja ótimo ter apoio e conforto quando você estiver diante desses tempos difíceis, o estresse também pode aumentar a probabilidade de discussões e confronto. Quando o espaço físico e emocional é limitado, até reclamações triviais e desentendimentos podem ficar fora de proporção. Seu (sua) parceiro (a) pode suportar o peso da sua ansiedade, raiva e aborrecimento?

O que você precisa saber

Um estudo publicado no Journal of Personality and Social Psychology identificou que os relacionamentos expostos a alto estresse por longos períodos de tempo ficam tensos, independentemente da força de cada habilidades de relacionamento do (a) parceiro (a). O estudo recomendou que cada parceiro (a) identificasse maneiras de gerenciar com sucesso o estresse para que eles possam trazer o melhor de si para o relacionamento. Além disso, você pode identificar os aspectos positivos de passar a maior parte do dia com seu (sua) parceiro (a). Mais tempo juntos significa mais tempo para se concentrar em seu relacionamento, reconectar-se e aumentar a intimidade – trabalhar juntos como uma equipe para lidar com esses tempos angustiantes e incertos.

O que você pode fazer para diminuir a tensão no seu relacionamento?

Aqui estão algumas sugestões:

  • Exprima suas necessidades de maneira clara e gentil, mantendo a calma e resistindo à tentação de culpar o ouro (a). Faça uma pausa durante o dia para refletir sobre como está se sentindo e o que precisa.
  • Ouça com respeito, paciência e bondade. Identifique pontos em comum. Revele sua vulnerabilidade e medos um para o outro e suavize sua postura para permanecer conectado. Marcar um horário todos os dias (ou o máximo possível possível na semana conforme a rotina de vocês) para se concentrar em seu relacionamento – evite falar sobre a pandemia ou temores sobre o amanhã neste intervalo – imaginar um contexto fora desta realidade pandêmica. Discutir “e se” pode aumentar a ansiedade e alimentar o medo, levando a mais conflito.
  • Quando as coisas esquentam, leve um tempo para se acalmar. Identifique quando você está estressado e faça um recuo. Quando você está chateado, é normal recorrer a formas menos saudáveis ​​de lidar e se expressar. Você pode se tornar irritado, crítico, manifestar raiva ou ficar choroso. Você pode até mesmo brigar com seu parceiro ou exagerar em pequenos mal-entendidos. Em vez disso, expresse como você está sentindo e explique que você não quer dizer nada do qual se arrependerá mais tarde.
  • Expressar gratidão.
  • Cuide-se e atenda às suas próprias necessidades. Cuide de si e do seu corpo, tente dormir o suficiente, se exercitar, comer bem e manter fortes relacionamentos com a família e amigos (virtualmente ou por telefone). Mesmo incorporando pequenos hábitos como meditar ou tentar silenciar, olhar para uma imagem ou ouvir uma música de que goste bastante todas as manhãs por 5 minutos.
  • Crie áreas de trabalho separadas. Se possível, trabalhe em cômodos diferentes se puderem. Use fones de ouvido para se concentrar em suas tarefas, caso precise fazer calls ou vídeoconferências. Se vocês têm filhos, designe “turnos” para cuidar de crianças e tarefas domésticas.
  • Tenha seu próprio tempo e espaço longe do seu (sua) parceiro (a) e filhos. Vocês podem precisar escapar para um local tranquilo em momentos diferentes.
  • Respeite os diferentes estilos de enfrentamento de uma crise. Você e seu parceiro provavelmente lidam com o estresse de maneira muito diferentes. Você pode ser calmo (a) e equilibrado (a), enquanto seu parceiro (a) está ansioso (a) ou nervoso (a). Seus estilos diferentes podem se equilibrar – o parceiro mais fundamentado pode oferecer humor, enquanto o parceiro ansioso pode garantir que as diretrizes de saúde e segurança estejam em vigor. Veja a situação do ponto de vista do seu parceiro e limite seu julgamento sobre como ele ou ela lida com toda esta confusão que esta pandemia da COVID-19 pode ter causado em suas vida.

Você quer ajuda prática para lidar com os conflitos que você e seu (sua) parceiro (a) possam estar vivendo? Me envie um e-mail que eu te darei exercícios para serem realizados e servirem como ferramentas para o bem-estar seu e do (a) seu (sua) parceiro (a).

Estas mesmas práticas podem ser usadas para outras pessoas que se relacionem com você e que possam estar experimentando muitos conflitos entre si durante esta quarentena.



25 de janeiro de 2021 Todos
O transtorno de ruminação é um distúrbio alimentar ainda pouco compreendido. Isso acontece porque, quem é acometido pelo problema, apresenta um comportamento altamente desviante, pensando-se no padrão alimentar considerado normal. O indivíduo com mericismo, como também é denominado esse transtorno, regurgita o alimento, isso sem que haja qualquer disfunção gastrointestinal desencadeadora do ato. Esse comportamento pode se repetir a cada refeição e, com o tempo, comprometer o sistema gástrico, provocar perda de peso, bem como mau hálito e cáries. Muitos médicos ainda confundem o problema com o refluxo gastresofágico. No entanto, o transtorno de ruminação é considerado um transtorno de saúde mental, uma vez que se relaciona com aspectos emocionais e neurológicos. Por isso, são mais facilmente diagnosticados por psiquiatras e psicólogos.

Entendendo o transtorno de ruminação

A ruminação, no caso do mericismo, significa a retomada frequente da mastigação. Os portadores desse distúrbio alimentar ingerem o alimento, retornam o alimento já ingerido até a boca. Repetem, então, o mesmo ato, mastigando e ingerindo novamente. Nesse processo, não há esforço, dor, queimação, azia ou refluxo. Ele acontece em função de uma contração involuntária dos músculos do abdômen. O alimento volta à boca de forma pouco digerida, no entanto, sem o gosto ácido característico do vômito. Essa rotina de regurgitações pode acontecer após cada refeição, mais ou menos uma hora após ela ter sido feita. Esse padrão alimentar passa a ser incidente no dia a dia, podendo ultrapassar o período de um mês.

Não é problema gástrico

O diagnóstico do transtorno de ruminação não é fácil. Muitas vezes, o indivíduo consulta-se, primeiramente, com o clínico geral ou gastroenterologista, para tentar entender do que se trata o problema. Em geral, só há um posicionamento final em relação ao quadro, quando são observados também fatores mentais associados a ele. O distúrbio, quando diagnosticado, em geral, ocorre a pessoas com depressão, com dificuldades cognitivas e em situações de estresse. A incidência do problema é mais frequente em bebês, adolescentes ou indivíduos com atraso cognitivo. No entanto, tem ocorrido cada vez mais em adultos saudáveis também.

Como tratar

Antes de definir o tipo de procedimento terapêutico que será empregado, o médico responsável deverá eliminar a possibilidade de outras doenças. Entre as patologias a serem descartadas para o quadro estão: o refluxo gastroesofágico, a bulimia, a gastroparesia (digestão lenta), bem como a acalasia (estômago que não relaxa ao engolir). O tratamento é feito com base na análise profunda de cada caso. Podem ser empregadas medicações para reduzir a acidez do estômago, já que a prática contínua da regurgitação causa problemas gastroesofágicos. Além disso, há necessidade de acompanhamento por psiquiatra e psicólogo. Quando há associação de depressão e ansiedade ao quadro, são indicados medicamentos antidepressivos durante determinado período. A terapia cognitivo-comportamental também pode ser empregada. Dessa forma, o indivíduo pode aprender técnicas que ajudarão no controle da regurgitação. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


24 de janeiro de 2021 Todos
Quando alguém tem comportamento repetitivo, muitas pessoas costumam associar o padrão a um problema psiquiátrico. Referem-se do conhecido TOC, sigla utilizada para o transtorno obsessivo-compulsivo. No entanto, para ser, de fato, considerada um sintoma de TOC, a conduta precisa ser acompanhada de preocupação excessiva. Desmedida a ponto de desencadear desconforto mental e falta de controle no impulso de executar determinada tarefa. Assim, essa disfunção é caracterizada pela recorrência de pensamentos e comportamentos compulsivos e repetitivos. Ocorre, então, uma carga considerável de sofrimento para o indivíduo acometido. Sendo assim, essa condição de saúde mental é reconhecida como um transtorno psiquiátrico de ansiedade. Consta na Classificação Internacional de Doenças (CID) e no Manual Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM-V). Esses documentos não estabelecem subtipos para o transtorno obsessivo-compulsivo. Entretanto, psiquiatras e psicólogos concordam que o problema se apresenta de forma distinta de pessoa para pessoa. Este artigo, trata dos dois principais tipos de TOC e como podem ser reconhecidos.

TOC caracterizado pelos comportamentos ritualísticos

O transtorno de espectro obsessivo-compulsivo pode ser caracterizado pelos chamados rituais. Diante disso, a pessoa acredita que alguma coisa ruim vai acontecer se não executar determinada atividade. O pensamento e o comportamento são guiados pelo medo. Em geral, indivíduos que apresentam esse tipo de TOC estão sempre verificando se não deixaram um eletrodoméstico ligado, por medo de causar um acidente. Ou, simplesmente, lavam repetidamente as mãos, porque receiam contrair alguma doença. Nesse tipo de manifestação do transtorno, pode haver também a ocorrência de pensamentos intrusos que se referem a fazer mal a alguém ou quebrar regras sociais. Qualquer pessoa pode ter tais pensamentos de vez em quando. No entanto, quem tem TOC fica tomado pelo medo de que tais ideias se tornem realidade. Para reconhecer o TOC com comportamentos ritualísticos, deve-se ficar atento a:
  • constante necessidade de verificar as coisas;
  • necessidade de organizar e alinhar objetos de forma repetitiva;
  • necessidade de limpar constantemente objetos e superfícies que, por vezes, já estão limpas;
  • necessidade de sempre contar itens e etapas.

TOC caracterizado pelos tiques involuntários

Pesquisadores norte-americanos descobriram, na década passada, que há uma estreita relação do TOC com a síndrome de Tourette. Eles observaram que um número considerável de pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo apresentam tiques involuntários. Para melhor compreensão do quadro, é preciso explicar algo sobre o indivíduo acometido da síndrome de Tourette. Ele experimenta tiques motores e vocais crônicos que ainda são pouco explicados pela medicina. Por isso, especialistas da área da psiquiatria acreditam que o problema tenha relação com disfunções neurológicas. Sendo assim, a pessoa acometida de TOC com tiques sempre repetirá um comportamento involuntário. Pode ser um movimento corporal, como piscar os olhos ou sacudir a cabeça. Geralmente, é companhado de uma manifestação vocal. No caso de ambos os tipos de TOC, é preciso estar ciente de que o melhor caminho é o acolhimento e a compreensão em relação ao problema da pessoa. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


23 de janeiro de 2021 Todos
O luto é um período extremamente desafiador para qualquer pessoa. A tristeza e sensação de vazio produzem fortes transformações emocionais. Mas quem perde um ente querido pode passar a desenvolver sintomas físicos também. Um estudo inglês apontou que as emoções vivenciadas com o luto provocam desequilíbrios químicos no cérebro. Além disso, são responsáveis por sintomas como dor no peito, sudorese, tremedeira, tontura e fraqueza. Muitas pessoas que passam por esse momento extremamente delicado da vida relatam experiências semelhantes. A dor passa a ser física, interferindo diretamente no dia a dia da pessoa. Entenda melhor neste artigo.

Luto e dor no peito

Muitos daqueles que passam por uma grande perda afirmam conviver com uma dor no peito muito forte, como se algo estivesse pressionando o coração. Por isso, essa dor costuma ser confundida com um problema cardíaco mais sério. No entanto, estudos afirmam que a dor do luto pode, de fato, causar alterações no coração. A pessoa que perde um ente querido pode passar a sentir dor no peito e palpitação. Isso pode acontecer em função de um problema chamado cardiopatia de Takotsubo. Conhecida também como síndrome do “coração partido”, essa patologia deixa o coração mais fraco e é muito observada em quem passa por uma fase de luto.

Outros sintomas do luto

Há ainda pessoas que relatam problemas gástricos, tremores frequentes, irritação e hipersensibilidade ao barulho. Esses são outros sintomas físicos também muito observados em quadros de luto. A partir da perda de alguma pessoa muito querida de forma brusca, é possível que o indivíduo comece a apresentar problemas gástricos. Dor de estômago, enjoo e perda de apetite são frequentes em quem está de luto. Em muitos casos, o paciente passa a tomar remédio para diminuir os sintomas. No entanto, eles persistem, pois, enquanto a tristeza e o vazio estiverem presentes, os sintomas físicos também estarão.

Buscando ajuda

O luto é um processo, que tem várias fases e pode durar um longo período. Quem passa por ele pode enfrentar momentos de raiva, depressão e vazio. No entanto, superar essas dificuldades é possível. Se a pessoa, em um momento como esse, não procurar ajuda especializada, o problema pode evoluir para um quadro mais grave de depressão e dores físicas crônicas. As dores físicas crônicas podem ser altamente incapacitantes, prejudicando o trabalho e as atividades cotidianas. Por isso, quando uma pessoa encontra-se em uma quadro de tristeza profunda após uma perda, é preciso orientá-la a procurar ajuda profissional. Quando ocorrem dores físicas, pode ser necessário que o paciente se submeta a exames. Isso ajudará a esclarecer se elas são provenientes do estado emocional ou de outro problema de saúde que, por acaso, tenha surgido a partir do momento da perda de um ente querido. Com o apoio de um especialista, é possível tratar as emoções devastadoras do luto de forma que elas não acarretem sintomas físicos. Esse quadro pode piorar o cotidiano de quem está passando por esse momento da vida. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



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