Todos / Dra Aline Rangel


10 de abril de 2020 Todos

Você conhece esse sentimento de ansiedade quando não tem certeza do que os outros pensam de você, deixando-o com uma suspeita de que possa ser inadequado, não saiba saber o que dizer e ser muito criticado ou de que está se fazendo de bobo? Isso se chama ansiedade social. E, embora todos tenham alguma ansiedade social, para muitos, a alta ansiedade social atrapalha conexões sociais significativas e a qualidade de vida. Então, o que acontece quando as políticas de distanciamento social dizem para você ficar longe das pessoas? Para aqueles com alta ansiedade social, isso provavelmente é um grande alívio. No entanto, embora menos pressão e oportunidade de socializar possam aliviar a ansiedade por enquanto, a realidade é que a melhor maneira de vencer a ansiedade social para o bem é permanecer engajado em atividades sociais significativas, mesmo quando você se sente ansioso.

Por que permanecer engajado ajuda na Ansiedade Social?

A diminuição do contato social permite incubar a ansiedade e dificulta o progresso e a manutenção deste progresso. Pesquisas mostram que quanto mais você evita o que teme, mais ansiedade se acumula ao longo do tempo, dificultando ainda mais o engajamento no futuro. Além disso, evitar a interação social pode causar isolamento e solidão, o que aumenta a chance de desenvolver depressão.

O que fazer:

1) Seja gentil consigo mesmo.

Mesmo que a ansiedade social seja baixa, outros tipos de ansiedade podem ser altos devido a mudanças nas rotinas diárias, estresse financeiro e incerteza em relação à saúde e segurança. Reconheça as fontes de sua ansiedade e tente equilibrar atividades que te acalmam e de autocuidado a curto prazo com estímulos ocasionais fora de sua zona de conforto, que podem ajudá-lo a progredir a longo prazo em direção à superação da ansiedade social.

2) Lembre-se de seus objetivos a longo prazo.

Quando a crise passar e você retomar suas atividades habituais, o que especificamente você gostaria de fazer e que a ansiedade social geralmente atrapalhava? Iniciar planos sociais? Falar no trabalho? Ir a encontros? Pode ser útil se concentrar em uma ou duas metas de longo prazo mais importantes para você, mesmo que demore um pouco para chegar lá.

3) Dê pequenos passos agora.

Com base em suas metas de longo prazo, que pequenos passos você pode dar agora? Por exemplo, se o início de planos sociais de grupo é importante para você, mas você geralmente evita isso, comece contatando um amigo ou membro da família para agendar um bate-papo por vídeo. Depois de praticar isso algumas vezes, passe a iniciar uma reunião virtual para duas ou três pessoas. O objetivo é criar uma série de mini-desafios para você fazer coisas que você sabe que são seguras, que melhorarão sua qualidade de vida, mas que você normalmente sente alguma ansiedade ao fazer e/ou tende a evitar completamente. Antes de cada mini-desafio, tente descobrir o que mais preocupa e, depois, reflita sobre o que realmente aconteceu. O resultado que você temeu foi tão provável ou catastrófico quanto você pensou que seria?

4) Adapte-se ao distanciamento social.

Reserve um momento para avaliar quais aspectos de suas circunstâncias atuais da vida podem estar causando ansiedade social, bem como quais atividades você pode evitar desnecessariamente por causa de medos sociais. Se o uso da tecnologia (por exemplo, videoconferência, telefonemas) aumentar a ansiedade, poderá ajudar a praticar o uso da tecnologia sem um desafio de ansiedade social primeiro. Como alternativa, se o uso da tecnologia facilitar as situações sociais, use isso como uma oportunidade para realmente desafiar a si mesmo, talvez cometendo um pequeno erro de propósito para ver se é tão ruim quanto você pensou que seria. E lembre-se: quando ouvir o distanciamento social, pense em socialização distante!

5) Celebre suas realizações.

É difícil sair da sua zona de conforto para desafiar a ansiedade. Você deve se sentir ansioso ao fazer esses exercícios, e tudo bem! Observe o que aprendeu (por exemplo, “não é tão ruim quanto eu pensava”) e celebre seus sucessos, por menores que sejam. Sempre.

 

Quer saber mais outras dicas de como lidar com a Ansiedade Social? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



4 de abril de 2020 Todos

O quê eu posso fazer para ajudar alguém com um sofrimento profundo e ideação suícida?

Muitas vezes sou questionada pela família ou amigos de quem está num profundo sofrimento emocional e pensando em morte sobre “o que posso fazer para ajudar a aliviar o sofrimento dele(a)?” Para este e outro pedidos de ajuda, eu gostaria de ter uma “receita de bolo”. Infelizmente ela não existe. Mas a nossa experiência como profissionais da saúde mental e as evidências científicas nos permitem dar orientações adequadas sobre o que fazer ou não fazer.

1- Primeira Dica

 Pergunte: “Você está pensando em se matar?” Não é uma pergunta fácil, mas estudos mostram que perguntar a indivíduos em risco se eles estão com pensamentos suicidas não aumenta suicídios ou pensamentos suicidas.

2- Segunda Dica

Mantenha-os seguros: reduzir o acesso de pessoas em profundo sofrimento a itens ou lugares altamente letais é uma parte importante da prevenção de suicídios. Embora isso nem sempre seja fácil, perguntar se a pessoa em risco tem um plano e remover ou desativar os meios letais pode fazer a diferença.

3- Terceira Dica

Esteja lá: ouça com atenção e aprenda o que o indivíduo está pensando e sentindo. Os resultados sugerem que reconhecer e falar sobre suicídio pode de fato reduzir ao invés de aumentar os pensamentos suicidas.

4- Quarta Dica

Ajude-os a se conectar: ​​salve o número do Centro de Valorização da Vida em seu telefone para que ele esteja lá quando você precisar: 188. Você também pode ajudar a estabelecer uma conexão com um indivíduo de confiança, como um membro da família, amigo, conselheiro espiritual ou profissional de saúde mental. Se você estiver fora do Brasil, visite a Associação Internacional de Prevenção de Suicídio e telefones de outros países neste link para obter um banco de dados de recursos internacionais.

5- Quinta Dica

Mantenha-se conectado: manter contato após uma crise ou após a alta hospitalar pode fazer a diferença. Estudos mostram que o número de mortes por suicídio diminui quando alguém acompanha a pessoa em risco. Também pode ser útil salvar vários números de emergência no seu telefone celular. A capacidade de obter ajuda imediata para você ou para um amigo pode fazer a diferença. O número de telefone de um amigo ou parente confiável. O número emergencial de resgate em saúde SAMU: 192, Corpo de Bombeiros: 193, da Polícia Militar: 190. Caso o paciente seja assistido por um psiquiatra ou psicoterapeuta, tenha sempre em mãos o telefone desses profissionais.

Quer saber mais outras dicas de como lidar com situações emocionais extremamente difíceis? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



4 de abril de 2020 DepressãoTodos

O que você precisa saber sobre opções de tratamento e medicação

Muitos de vocês, como eu, seguem várias fontes de notícias ao longo do dia. Seja rádio, televisão, sites de notícias eletrônicas ou mídias digitais, existem inúmeras maneiras pelas quais as pessoas podem acessar informações com facilidade 24 horas por dia, sete dias por semana. Essa proliferação de informações é maravilhosa – mas pode ser avassaladora e, em alguns casos – especialmente em questões de saúde mental – imprecisa ou simplesmente inverídica.

Mais recentemente, fiquei impressionada com entrevistas recentes com pessoas que não são profissionais de saúde mental que discutem a depressão sem ter uma formação profissional no campo. Esses autores se colocam  em uma plataforma pública para discutir o tratamento da depressão e o que “funciona” e o que “não funciona” – e embora muito “pareça” convincente e factual – em muitos casos, não é – e isso pode seja muito perigoso.

Como é o plano de tratamento da Depressão

Como psiquiatra praticante por muitos anos, posso atestar o fato de que os tratamentos para depressão funcionam e que aqueles que sofrem com depressão precisam ser informados sobre o que esperar durante o tratamento. Existem muitas pesquisas baseadas em evidências para mostrar que a medicação e a terapia são uma maneira poderosa e eficaz de tratar a depressão. De fato, o tratamento da depressão geralmente é um tratamento combinado, não muito diferente do tratamento para hipertensão ou enxaqueca. É importante saber que, embora apenas a medicação e a psicoterapia (terapia cognitivo-comportamental, terapia interpessoal, psicanálise, etc) possam aliviar os sintomas depressivos, é uma combinação de medicação e psicoterapia que foi associada a taxas de melhoria significativamente mais altas em doenças mais graves, crônicas, e apresentações complexas de depressão.

É fundamental que alguém que sofre de depressão seja informado sobre as opções de tratamento e tenha um médico ou terapeuta que discuta claramente que tipos de medicamentos estão disponíveis, como gerenciar a falta de eficácia ou efeitos colaterais e como trabalhar com o paciente para garantir que os medicamentos sejam eficazes. Muitas pessoas me disseram que a medicação salvou suas vidas; quase todos desejavam tê-las experimentado antes. E a grande maioria as tolera muito bem. Também é importante entender o que são as psicoterapias, como elas diferem em termos de base de evidências e quão importante é tentar a terapia e encontrar uma que funcione melhor para você, em vez de permanecer na terapia por anos sem alívio dos sintomas. A terapia geralmente não é fácil e exige muito esforço e comprometimento. Mas funciona e já vi muitas pessoas encontrarem alívio da depressão e prosperarem. Um médico disponível e receptivo é uma necessidade absoluta, e visitas frequentes de acompanhamento para garantir que o plano de tratamento esteja correto e funcionando (e para modificar o plano, se necessário) também são essenciais.

O problema do estigma sobre Transtornos Mentais

Ainda como sociedade, sentimos vergonha ao falar sobre transtornos mentais. É difícil e às vezes impossível para as pessoas procurarem a ajuda de que precisam. O suicídio é a segunda principal causa de morte em nossa população adulta jovem. Lembre-se: estar informado sobre as opções de tratamento é a chave para encontrar o tratamento certo para você ou para um ente querido. Você pode aprender sobre as opções de medicação e terapia visitando outros posts do meu blog.

Os tratamentos de depressão funcionam e podem melhorar significativamente a qualidade de vida. Este período de quarentena é um momento maravilhoso para nos comprometermos a nos educar sobre as opções de tratamento. Vamos nos comprometer a fazer perguntas, aprender e manter-se informado sobre a pesquisa e os tratamentos atuais. Isso ajudará à quebra do estigma em torno dos problemas de saúde mental e garantirá que as pessoas encontrem o tratamento de que precisam hoje e continuem a trabalhar como uma sociedade para obter melhores tratamentos amanhã.

Quer saber mais sobre tratamento da depressão? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!

 



2 de abril de 2020 Todos

Você sabia que a incapacidade de experimentar algumas emoções pode causar sensações de ansiedade? Mas isso não significa que isto faz parte de um Transtorno de Ansiedade.

Um dos meus conceitos favoritos para questionar numa sessão é a ideia da “Minha Ansiedade”. Geralmente, é um termo que as pessoas usam quando estão enfrentando uma condição de ansiedade e dificuldade na regulação emocional. As pessoas que sofrem de uma condição de ansiedade geralmente começam a rotular emoções desconfortáveis ​​como um estado de ansiedade ou parte de uma condição de ansiedade – como Transtorno de Ansiedade Generalizada, TOC ou Transtorno do Pânico.

No tratamento, as pessoas obtêm insights sobre o objetivo do sistema de medo do próprio corpo, aprendem a melhorar as interpretações e exploram maneiras de se recuperar por meio do aprendizado experimental de novos repertórios.

É empoderador e transformador aprender a interagir com sua mente e seu corpo. Com tempo e prática, toda decisão de contestar uma resposta inútil ao medo e reaprender uma nova estratégia se torna uma oportunidade de recuperação.

Nesse processo, em sessão, desafiamos o conceito da “Minha ansiedade”. É realmente apenas um balde cheio de emoções e experiências desconfortáveis ​​que são indesejáveis. A luta para sentir sentimentos desconfortáveis ​​nem sempre faz parte de um Transtorno de Ansiedade, mas faz parte da experiência humana.

 

Como você pode saber se está jogando experiências e sensações dolorosas da vida no balde “Minha Ansiedade”?

Escute sua voz interior. Você se ouvirá usando o termo, tentará pausar e refletir sobre a situação. Tente encontrar duas ou três emoções que você não está se permitindo reconhecer ou experimentar. Preste atenção às sensações em seu corpo. Diferentes emoções são experimentadas em vários locais do seu corpo. A vergonha pode ser sentida como calor no rosto ou no peito. Aperto na região do coração pode ser solidão ou tristeza. Frustração e raiva podem parecer uma explosão de energia. Se você prestar muita atenção, verá que essas sensações não são sintomas de ansiedade.

 

A ansiedade vem de não querer experimentar as emoções há muito esperadas e evitar ações para resolver seu sofrimento diretamente.

Separar uma emoção humana de uma condição de ansiedade geralmente é esclarecedor para muitas pessoas. Muitas pessoas ficam surpresas ao descobrir que esses pensamentos e sentimentos estão enterrados e desenterrados. Além disso, é um processo simples para pausar e explorar o mundo interior das sensações físicas.

Você pode confiar em si mesmo para entender seus sentimentos.

Sempre.

O tempo todo.

 

Quer saber mais sobre tratamento da ansiedade? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!

 

 



27 de março de 2020 Todos

Olá, pessoal!
Um grupo de psicoterapeutas altamente qualificados construiram um projeto que realiza atendimentos gratuitos para profissionais que estão lidando na linha de frente no combate ao Covid-19.
Uma ação totalmente voluntária voltada à esses profissionais que se arriscam todos os dias e, precisam de apoio.
Se você conhece algum, compartilhe essa mensagem.

Link do Instagram: https://www.instagram.com/p/B9-jbhCjQ88/?igshid=1hxoazlxv9xsd

#SolidarizaPsi

Juntos somos mais fortes!



21 de março de 2020 Todos

Como lidar com a solidão se você trabalha ou passou a trabalhar em home office em tempos de COVID 19?

Com um número crescente de empregos permitindo que as pessoas trabalhem em casa ou remotamente, o escritório tradicional pode parecer uma coisa do passado em tempos de quarentena imposto pela COVID-19. Isso significa que sua cama, uma mesa de jantar ou um escritório em casa se tornem o seu lugar de trabalho.

Uma desvantagem de toda essa independência, no entanto, é que muitas pessoas rapidamente se tornam solitárias trabalhando em casa. Você começa a se sentir um pouco como um eremita. Você percebe que já se passaram dois dias desde que conversou com alguém que não fosse o entregador de delivery. Mas, felizmente, existem medidas que você pode tomar para combater a solidão do trabalho em casa.

O isolamento de trabalhar em casa pode levar a uma sensação de solidão, o que pode levar a um maior isolamento, que circula de volta para criar mais solidão. É importante reconhecer esse ciclo enquanto está acontecendo e tomar medidas conscientes para romper com ele.

Mas quando interagir com outras pessoas não faz mais parte automaticamente do seu dia-a-dia, como neste estado de quarentena imposto pelo Coronavírus, como você combate a apatia e anedonia desta situação?

Deixei abaixo algumas sugestões.

Faça a socialização do seu trabalho em casa

Se o seu trabalho não fornece socialização, reuniões online, escolha reforçar a crença de que reunir-se com amigos, ser social e participar de hobbies ou áreas de interesses e, ainda que virtualmente, é uma parte crucial de ser saudável o suficiente para fazer bem seu trabalho e garantir sua longevidade em sua carreira. Esses momentos de conexão são exatamente as coisas que evitam o desgaste, revigoram nossa produtividade e diminuem as emoções negativas que nos atolam neste momento.

Em outras palavras: conversar com seus amigos em alguns intervalos não é uma folga. Está aumentando sua produtividade!

Agende um alongamento ou atividades físicas que você possa fazer em casa.

Uma das coisas que contribuem para o desânimo – incluindo a exacerbação da solidão – quando você trabalha em casa é a diminuição do exercício físico. Sugiro um pouco de ar fresco ainda que da varanda, do seu quintal ou janela – e alguma socialização – transformando uma reunião por telefone em um “passeio e conversa”.

Transforme uma ligação agendada em que você estaria sentado ao computador em uma reunião andando pela casa para que você possa ter um pouco de caminhada e fazer o sangue bombear. Recomendo perguntar à outra pessoa se ela está confortável com você, enquanto estiver em uma caminhada, e depois colocar fones de ouvido que não capturam muito ruído de fundo e baixa o Evernote ou qualquer bloco de anotações para que você possa anotar qualquer item ou ideias enquanto você caminha.

Organize sessões remotas de coworking quando estiver trabalhando em casa

Só porque você trabalha em casa não significa que você não pode ter colegas de trabalho! Bem-vindos à bela era da videoconferência, amigos.

Reúna um grupo de amigos ou colegas de trabalho em aplicativos que permitem reuniões e defina regras mutuamente acordadas. Em seguida, faça um rodízio rápido, onde cada um compartilha o resultado que terá ao final de uma hora. Defina um cronômetro para 60 minutos, silencie-se e desça a cabeça por uma hora, fazendo check-in no final para prestar contas. Repita conforme necessário.

Crie “Refrigeradores de Água” a partir do “Escritório em Casa”

Uma das vantagens de trabalhar em um escritório é a capacidade de conversar casualmente com as pessoas ao seu redor. Com um pouco de planejamento, você pode recriar essas conversas quando trabalha em casa.

Mensagem instantânea ou vídeo – ligue para um colega com quem você não teve tempo de conversar na vida real por um tempo. Isso pode marcar duas caixas para mantê-lo socializado, mas também para manter conexões valiosas. Meu parceiro, que é consultor que trabalha frequentemente em casa, chama esses amigos de “refrigeradores de água”.

Use videochamadas por voz. Comportamentos expressivos durante as interações tornam a conversa mais real.

Se trabalhar em casa é uma situação temporária ou uma mudança de carreira a longo prazo, é importante reservar um tempo para conhecer outras pessoas. Humanos são animais sociais. Não nos saímos bem isoladamente! E mesmo que seu colega de trabalho mais comum seja o seu gato, você ainda pode obter todo o tempo social que precisa.



15 de março de 2020 Todos
Você provavelmente já ouviu falar sobre o Alzheimer. Trata-se de uma doença neurodegenerativa que prejudica progressivamente as funções cognitivas, reduz a capacidade de trabalho e interfere negativamente no convívio social, entre outros efeitos danosos à saúde, bem-estar e qualidade de vida. Embora muito se fale sobre Alzheimer, o assunto ainda é cercado de inverdades, desconhecimento e mitos. Vamos desmitificar? Leia o artigo e descubra o que é verdade e o que é mentira sobre a doença.

1. O primeiro sintoma é a perda de memória

Mito. O esquecimento sintoma mais comum, porém, não é necessariamente o primeiro. Primeiramente o Alzheimer acomete a porção do cérebro responsável pela linguagem, raciocínio e, também, pela a memória. Por isso, é comum doença apresente outros sinais iniciais, como dificuldade para realizar  tarefas cotidianas, alterações comportamentais, instabilidade emocional e baixa concentração.

2. Alzheimer não tem cura

Verdade. Infelizmente o Alzheimer é uma doença crônica e neurodegenerativa, que gera danos cognitivos progressivos e irreversíveis. Não há cura para a doença, mas existem tratamentos capazes de retardar a evolução, amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

3. O Alzheimer atinge apenas idosos

Mito. Embora atinja mais os idosos, é possível que pessoas abaixo dos 65 anos de idade apresentem Doença de Alzheimer de Início Precoce (Daip), uma condição caracterizada pelo declínio mais cedo das funções cognitivas. Os casos são raros, mas correspondem a 10% dos diagnósticos.

4. Existem remédios para o Alzheimer

Verdade. Atualmente existem medicamentos que minimizam os problemas comportamentais, comprometimentos cognitivos e distúrbios de humor provocados pela síndrome demencial. Entre eles estão os inibidores da cetilcolinestinesterase, indicados para tratar a enfermidade em grau leve a moderado.

5. A alimentação ajuda a prevenir a doença?

Verdade. Muitos são os possíveis fatores envolvidos no desenvolvimento do Alzheimer, mas já foi comprovado que alimentos ricos em ômega 3 ajudam na prevenção da doença. Ômega 3 é um ácido graxo encontrado em castanhas, nozes, óleos vegetais e alguns tipos de peixe. Essa substância diminui o acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro, ajudando assim a evitar o surgimento e a progressão da doença.

6. Jogos são benéficos no tratamento do Alzheimer

Verdade. Jogos como sudoku, palavras cruzadas, exercícios de lógica e jogos de tabuleiro ajudam a evitar o declínio cognitivo. Eles exercitam o cérebro, mantendo a cognição e o raciocínio ativos. Além disso, eles engajam as estruturas cerebrais e contribuem na organização e planejamento.

7. Alzheimer é uma doença exclusivamente neurológica

Mito. O Alzheimer pode ser considerado uma enfermidade neuropsiquiátrica, já que além de sintomas cognitivos, ele gera alterações comportamentais como agressividade, delírios, alucinações, paranoia, inquietação, irritabilidade, mudanças de personalidade, falta de moderação, distúrbios do sono, apatia, descontentamento geral, raiva, perda de interesse em atividades que antes davam prazer, isolamento social, tristeza, angústia, desesperança e falas sem sentido. Por conta disso, a condição não deve ser tratada somente pelo neurologista. A abordagem deve ser multidisciplinar e precisa incluir a participação de psiquiatra, terapeuta ocupacional, fisioterapeutas, preparadores físicos, enfermeiros, etc. Quer saber mais sobre Alzheimer? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de março de 2020 Todos
Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo caracterizado pela deterioração cognitiva. A condição pode combinar uma série de sintomas, como déficit de memória, alterações motoras e mudanças comportamentais que se agravam no decorrer do tempo. Trata-se de uma síndrome demencial que atualmente afeta mais de 50 milhões de pessoas ao redor do mundo. A estimativa é que esse número triplique até 2050, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ao contrário do que muitos pensam, Alzheimer não é uma doença exclusivamente neurológica. Esse transtorno é neuropsiquiátrico, uma vez que interfere na maneira do paciente pensar e agir.

O psiquiatra deve integrar o tratamento multidisciplinar

O Alzheimer é uma condição complexa, que demanda tratamento multidisciplinar. O diagnóstico normalmente é feito pelo neurologista ou geriatra. Entretanto, a abordagem terapêutica deve incluir, também, a participação de enfermeiros cuidadores, terapeutas ocupacionais, preparadores físicos, psiquiatras, etc. Isso é importante para amenizar os variados sintomas dessa síndrome demencial, promovendo o cuidado global do paciente, de modo que a progressão da doença seja retardada.

Esse especialista auxilia no tratamento de eventuais alterações psíquicas

Os sintomas mais conhecidos de Alzheimer são o  declínio da memória e da capacidade de raciocínio, entretanto, as manifestações da doença não se limitam a eles. É comum que a pessoa com Alzheimer se isole socialmente, deixe de fazer coisas que antes davam prazer, percam o interesse pela família e se tornem mais calados e retraídos. Nesse sentido, a participação do psiquiatra é indispensável, até como forma de evitar um quadro depressivo, complicação muito comum nos casos de Alzheimer.

O profissional também ajuda na manutenção da saúde mental da família

Cuidar de um idoso com Alzheimer é uma situação estressante e desgastante, que pode gerar muito sofrimento emocional, trazendo angústia, ansiedade, fadiga, baixa energia e outros prejuízos físicos e psíquicos. Sendo assim, o psiquiatra pode ser útil também no suporte à família e manutenção da saúde mental dos principais cuidadores. É bastante comum que os familiares próximos negligenciem o autocuidado e acabem adoecendo por não conseguirem lidar com a situação da maneira adequada. Não raro, pessoas que cuidam de indivíduos com Alzheimer desenvolvem quadros como depressão, hipotireoidismo, diabetes, hipertensão, entre outras condições somáticas decorrentes do estresse.

Ele contribui no controle de sintomas psíquicos

Nos casos em que a pessoa com Alzheimer apresente mudanças comportamentais extremas, o ideal é procurar rapidamente um bom psiquiatra. Agende uma consulta  se surgirem manifestações como agressividade, alucinações, delírios, paranoia, irritabilidade, inquietação, mudanças de personalidade, dificuldades para realizar tarefas cotidianas, falta de moderação, distúrbios do sono, desejo de fuga, apatia, descontentamento geral, raiva, solidão e falas sem sentido. Cabe ao psiquiatra identificar os desajustes comportamentais e propor soluções terapêuticas adequadas a cada caso, sempre considerando as especificidades clínicas de cada paciente. Quer saber um pouco mais sobre a atuação da psiquiatria no tratamento do Alzheimer? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de março de 2020 Todos
A depressão é um transtorno mental que impacta negativamente a forma como a pessoa sente, pensa e age. Essa condição é marcada por sintomas relacionados ao humor, comportamento, cognição e, até mesmo, sintomas físicos. Entre as principais manifestações do quadro depressivo estão a tristeza, desesperança, perda de interesse por atividades que antes davam prazer, tédio, sofrimento intenso, solidão, isolamento social, fadiga, agitação, sono excessivo, sono agitado, despertar precoce ou insônia, alterações no peso e apetite, baixa concentração, raciocínio lento, abuso de substâncias, pensamentos de morte, etc. A depressão é uma condição tão grave, que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), ela está prestes a se tornar a doença mais incapacitante do mundo. Felizmente o quadro é tratável e pode apresentar melhoras significativas se for cuidado da maneira adequada. Você conhece alguém que sofre com depressão? Leia o artigo e confira algumas boas dicas para ajudar essa pessoa. Vem comigo!

1. Esteja disposto a ouvir e apoiar

Ouça mais e fale menos. Essa é uma regra de ouro para lidar com pessoas depressivas. Isso não significa que você não deve opinar ou aconselhar, mas o foco deve estar em escutar a pessoa com atenção e fazer com que ela se sinta ouvida e apoiada. Essa atitude faz com que ela fique confortável para conversar.

2. Não se afaste

Por mais que a pessoa com depressão queira se isolar socialmente e ficar fechada no próprio mundo, procure não se afastar dela. Se mantenha perto, sempre tomando cuidado para não ser invasivo. Caso note que a vida dessa pessoa está ameaçada por pensamentos e comportamentos suicidas, busque suporte médico e ajuda da família para contornar a crise.

3. Tome cuidado com o que diz

A intenção de determinadas falas pode ser boa, mas acaba piorando – e muito – a situação. Evite dizeres que julgam e condenam como: “você está exagerando”, “você é louco”, “pare de ser covarde”, “isso é um sinal de fraqueza”, “ já passei por coisas piores e não me matei”. Não diminua o sofrimento do outro. Para a pessoa com depressão, tudo que ela sente é real, ainda que pareça desproporcional para quem vê de fora.

 4. Incentive uma consulta profissional

Depressão não é algo para resolver sozinho. Incentive a pessoa a buscar  ajuda de um profissional especializado. O mais indicado para auxiliar no tratamento da depressão é o psiquiatra, médico capaz de prescrever o uso de antidepressivos, bem como, conduzir sessões de psicoterapia. Se possível, ofereça-se para acompanhar o indivíduo na consulta.

5. Reduza o risco de suicídio

É comum que pessoas com depressão pensem em tirar a própria vida, pois não encontram sentido e prazer nela. Para impedir esse desfecho trágico, é fundamental tirar do alcance dela os elementos que possam facilitar as tentativas de suicídio. É o caso de facas, canivetes, medicamentos, pesticidas, cordas e armas de fogo.

6. Tenha empatia

Ao lidar com alguém com depressão, se coloque no lugar dessa pessoa, e trate-a como gostaria que te tratassem. O respeito e acolhimento devem prevalecer! Evite o autoritarismo e o dispense o sermão. A depressão é uma doença e sair dela não é só uma questão de força de vontade. Não é um simples capricho, falta de Deus ou falta de vergonha. Depressão é coisa séria e se você realmente deseja ajudar, encare-a como tal. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de março de 2020 Todos
Você sabe o que são transtornos alimentares? São disfunções mentais definidas por padrões de comportamento anormais em relação à alimentação. Tais transtornos afetam gravemente a saúde física e emocional, podendo colocar até mesmo a vida em risco, nos casos mais extremos. Mais de 70 milhões de pessoas no mundo têm disfunções alimentares, sendo que um dos principais transtornos  existentes é a anorexia. Quer saber mais sobre esse problema? Leia o artigo e saiba mais acerca do assunto.

O que é anorexia?

Em síntese, a anorexia é um distúrbio alimentar que leva a pessoa apresentar  uma visão distorcida do seu corpo, fazendo com que ela fique obcecada com o próprio peso e com aquilo que come. Os principais sintomas da anorexia são a perda acentuada de peso, a restrição calórica, redução drástica do apetite, medo de engordar, redução da libido, ausência de menstruação, uso de truques para simular que já comeu,  prática exagerada de exercícios e recusa alimentar na frente de outras pessoas.

Por que a anorexia surge?

A anorexia é um transtorno alimentar resultante da distorção de imagem. Nesse quadro, a pessoa anoréxica enxerga o próprio corpo de forma distorcida, tendo geralmente  a percepção de que está muito acima do peso. A partir daí, começa adotar atitudes extremas para emagrecer, como por exemplo, a prática abusiva de atividades físicas, uso de medicamentos diuréticos e laxantes sem prescrição médica, indução de vômito após as refeições, além de adoção de dietas muito restritivas. As causas da anorexia podem estar associadas a razões fisiológicas e psicológicas. Uma vez que o transtorno se instala, ele passa a atrapalhar a ação de melanocortina, um dos hormônios envolvidos na regulação do apetite. Com isso, a pessoa  fica constantemente sem fome ou se sacia rapidamente. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da anorexia consistem na pressão social pela estética adequada aos padrões, presença de distúrbios psíquicos como depressão, ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo, baixa autoestima, desequilíbrios hormonais, histórico familiar e excesso de perfeccionismo e autocrítica.

Quais são os riscos da anorexia?

A anorexia é uma condição clínica bastante perigosa, isso porque as pessoas anoréxicas estão sujeitas a riscos de complicações como baixa imunidade, deficiência nutricional, anemia, enfraquecimento dos ossos e músculos, problemas renais, alterações no ciclo menstrual, convulsões e arritmia cardíaca. Vale acrescentar que o perigo é tão grande, que esse transtorno alimentar chega a ser fatal em aproximadamente 15% dos casos.

Como tratar a anorexia?

O melhor caminho é a percepção precoce dos sinais de anorexia, a fim de evitar que o quadro se agrave. Passar muito tempo em frente o espelho ou se pesar várias vezes por dia, por exemplo, são indícios de transtornos alimentares. Outras manifestações que merecem atenção são as recusas constantes de comida e o estímulo aos vômitos depois de cada refeição. Ao apresentar qualquer um desses sintomas, é recomendável buscar auxílio médico especializado para confirmar ou descartar as suspeitas de transtorno alimentar. Caso a anorexia seja comprovada, a abordagem terapêutica deverá ser multidisciplinar, envolvendo profissionais como nutricionistas, clínicos gerais, endocrinologistas e psiquiatras. O processo de recuperação é gradual e ocorre em médio ou longo prazo. Além do acompanhamento médico, o suporte de amigos e familiares é essencial na superação dos transtornos alimentares. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



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