Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão será a segunda maior causa de incapacitação global até o ano de 2030. A depressão é uma doença comum, recorrente e crônica, que ataca o organismo do indivíduo como um todo, comprometendo o humor, as funções cognitivas, neuroendócrinas e outros sistemas do organismo, prejudicando o bem-estar pessoal, social e laboral.
O problema é multifatorial e heterogêneo, pois, além de unipolar ou bipolar, existem especificadores (subtipos) de depressão, cada um contendo particulares em sua sintomatologia.
Depressão bipolar
Considerada a doença mental que mais causa morte por suicídio no Brasil, de acordo com pesquisas da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a depressão bipolar é diferente da depressão que comumente ouvimos falar – chamada de unipolar – e está associada a fase depressiva do transtorno bipolar.
Nessa condição crônica, a principal particularidade é a alternância constante de ciclos de humor. Mesmo que a pessoa tenha fases de extrema agitação, a tristeza profunda é mais prevalente. Outros sintomas são apatia, insônia, perda de peso, baixa autoestima, pensamentos recorrentes de morte ou suicidas.
Sintomas
A depressão é uma perturbação do humor que não deve ser confundida com sentimento de tristeza ou abatimento que surgem de acordo com alguns acontecimentos da vida, como perda de uma pessoa próxima, desemprego, algum ato de violência sofrido, entre outras.
Neste caso, a pessoa consegue dar prosseguimento nas suas tarefas diárias, ou seja, leva a vida da mesma forma, mas claro com um certo desânimo em alguns momentos, que tendem a passar.
Quando o quadro é de depressão, os sintomas listados acima perduram e começam a limitar a vida da pessoa que sofre com o mal. A pessoa se sente incapacitada para realizar atividades rotineiras, incluindo as ligadas à sua higiene pessoal. Os sintomas mais frequentes são:
- Sensações de irritabilidade, tensão ou agitação;
- Sensações de aflição, preocupação com tudo, receios infundados, insegurança e medos;
- Diminuição da energia, fadiga e lentidão;
- Perda de interesse e prazer nas atividades diárias;
- Perturbação do apetite, do sono, do desejo sexual e variações significativas do peso;
- Pessimismo e perda de esperança;
- Sentimentos de culpa;
- Alterações da concentração, memória e raciocínio;
- Sintomas físicos não devidos a outra doença (ex. dores de cabeça, perturbações digestivas, dor crônica, mal-estar geral);
- Pensamentos recorrentes de morte e tentativas de suicídio.
Estes sintomas perturbam significativamente o rendimento no trabalho, a vida familiar e o simples existir do doente, que sofre intensamente. Por isso, percebendo que esses tipos de comportamentos estão se tornando frequentes é necessário procurar ajuda médica especializada para o correto diagnóstico da doença.
Como são quadros que podem se assemelhar nos seus sintomas, somente um especialista poderá levantar as características do paciente, fazer a análise do seu histórico de saúde, conhecer os pontos que estão em desacordo e, por fim, verificar qual tratamento deverá ser utilizado, seja ele farmacêutico ou com terapia.
Vale ressaltar mais uma vez que a depressão unipolar ou bipolar são doenças gravíssimas, incapacitantes porém tem tratamento. Por isso não hesite em procurar ajuda.
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