Você já ouviu falar em distimia? A distimia é um tipo crônico de depressão que é caracterizado pela irritabilidade, baixa autoestima, tristeza, desânimo, pessimismo e mau humor. Também chamada de transtorno depressivo persistente, tal distúrbio afeta de 3 a 5% da população mundial.
Embora seja pouco conhecida, a distimia deve ser discutida, afinal, é uma condição psíquica muito séria. Só para ter ideia, de 15% a 20% dos pacientes com esse problema tentam o suicídio.
Quer conhecer melhor esse tipo de depressão menos comum, porém, grave? Leia o artigo e saiba mais.
O que diferencia a distimia da depressão convencional?
Sua intensidade é moderada e o que a diferencia da depressão convencional é que a distimia não se instala de forma repentina e abrupta. Nesse tipo de quadro, o mau humor é persistente e constante, tanto que os indivíduos distímicos são normalmente confundidos com ranzinzas inveterados.
Quais são as maiores dificuldades que as pessoas com distimia enfrentam?
Quem tem distimia geralmente possui sérias dificuldades de relacionamento. Elas apresentam pensamentos negativos, elevado senso de autocrítica e estão sempre irritadas ou reclamando. Isso dificulta o convívio com outras pessoas e pode gerar isolamento social. Para quem vê de fora, as atitudes do distímico parecem apenas temperamento complicado e personalidade difícil. Não há empatia porque a condição não é encarada como doença.
E os principais sintomas de distimia, quais são?
Como já mencionei, as maiores marcas da distimia são o mau humor, a baixa autoestima, a tristeza, o desânimo, pensamentos negativos e afastamento das atividades sociais. Também podem ocorrer alterações no sono e apetite, baixa energia e maior propensão ao uso de drogas e tranquilizantes.
Como diagnosticar esse tipo de depressão?
O diagnóstico da distimia é clínico e se baseia na manifestação dos sintomas, que para caracterizar o quadro, precisam persistir por dois anos seguidos. Vale destacar que em boa parte dos casos, a distimia se desenvolve juntamente com episódios de depressão maior.
Como a pessoa com distimia dificilmente se dá conta da própria condição, é comum que não busque ajuda e acabe se conformando com o mau humor, falta de prazer e irritabilidade como se realmente fossem parte de sua personalidade e forma de ver o mundo.
Cumpre salientar que o diagnóstico precoce possibilita o início do tratamento adequado e ajuda na obtenção de bons resultados por meio da abordagem terapêutica certa.
Como tratar a distimia?
O tratamento da distimia deve ser conduzido por um psiquiatra qualificado , experiente e confiável. A abordagem terapêutica geralmente engloba o uso de antidepressivos, associado à realização de sessões de psicoterapia. Outras medidas que podem auxiliar no controle do quadro consistem na prática de exercícios físicos, dedicação a algum hobby, aprendizado de novas habilidades e suporte familiar.
Quer saber um pouco mais sobre a distimia? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
psiquiatra em São Paulo!