<script async src=”https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-1079804149143306″ crossorigin=”anonymous”></script>

Estereótipos de masculinidade afetam a saúde mental de homens gays

Estereótipos de masculinidade afetam a saúde mental de homens gays

28 de junho de 2022 by
Captura-de-Tela-2022-06-27-às-14.49.14.png

O que é ser homem? Quando se pensa na imagem de um homem, geralmente o imaginamos alto, com músculos, cabelo curto, voz grossa e viril. Adicione um tom de voz incisivo, quase que agressivo, remova qualquer traço de afetividade e vulnerabilidade e pronto. Temos aqui um retrato feito por meio de estereótipos que foram – e ainda vêm sendo – construídos ao longo de centenas de anos. Essa construção afeta a vida de todos os homens.

Homens gays, por se relacionarem com outros homens, têm sua masculinidade muitas vezes anulada. Grande parte deles não teve apoio nem mesmo dentro da própria família, sendo tratados com dureza e, às vezes, sendo deixados totalmente sem amparo, evento que sem dúvidas deixa muitas marcas. É sobre eles que tratarei neste texto. Como os estereótipos da masculinidade afetam a saúde mental de homens gays?

O que é esperado do homem?

A educação dada a meninos e meninas é muito diferente, sobretudo durante a primeira infância. Desde muito cedo, aos meninos é ensinado que não podem chorar, dizer que amam seus amigos e nem mesmo abraçá-los. O Google BrandLab realizou um estudo e concluiu que mais da metade dos homens já foi chamado de “gay” ou “afeminado” por ter expressado seus sentimentos, dando a ideia de que se mostrar sensível ou vulnerável é o esperado de uma mulher, mas não de um “homem de verdade”.

Esses e outros ensinamentos sobre gêneros que nos transmitem durante a infância e adolescência acabam se perpetuando por toda a cultura e afetando toda a vida. Leve em conta um homem gay afeminado. Por ter trejeitos gestuais que se distanciam do esperado de um homem, ele é marginalizado até mesmo dentro da comunidade gay, que também aprendeu a cultuar os símbolos do masculino, como a virilidade.

Leve em conta um homem gay passivo – aquele que é penetrado durante a relação sexual. Por desempenhar o papel que seria o da mulher, ele pode mais frequentemente ser alvo de piadas, já que seria considerado “menos homem” do que, por exemplo, um homem gay ativo – aquele que penetra durante a relação sexual. Há homens que se atraem por homens, se relacionam afetiva e fisicamente com outros homens, mas não se consideram gays por serem exclusivamente ativos.

Uma vida de repressão

A opressão e a violência que sofre a comunidade gay faz com que muitos homens passem a vida buscando formas de mascarar sua autenticidade. Para evitar situações que podem colocá-los em risco ou em constrangimento, alguns tentam adequar a forma com que andam dependendo da região em que estão; outros engrossam a voz em certas situações, como em entrevistas de emprego ou primeiros encontros com a esperança de que sejam melhores aceitos por se aproximarem do comportamento masculino “ideal”.

A repressão de sua própria autenticidade leva muitos homens gays a viver vidas desalinhadas com o verdadeiro desejo. Relacionam-se mulheres, se casam e mantêm relações sexuais com elas, mesmo que a real atração esteja no corpo de outro homem. Isso geralmente os leva a uma vida dupla, causando sofrimento a si mesmos e a quem os cerca.

A opressão é infligida em si mesmo, quase como um castigo que pode levar a um vida repleta de culpa, dor e vergonha, elementos perigosos para a saúde mental.

Um problema a mais para lidar

Já atendi muitos homens gays no meu consultório. Ouço relatos que me fazem sair da minha zona de conforto e ampliar minha perspectiva sobre a realidade. A questão da repressão é apenas um dos diversos motivos que levam homens gays para uma consulta.

Claro que a vida vai muito além da orientação sexual. A população LGBTQI+ enfrenta desafios assim como todos os demais, seja no trabalho, na saúde ou nos relacionamentos, o que por si só já pode ser bem puxado. E além disso tudo, esse público ainda precisa lidar com abandono, julgamento e, em alguns casos, agressão. Isso tudo fruto de um preconceito que encontra suas raízes fincadas em um solo semeado com muito ódio, violência e opressão.

Caso você tenha se identificado com algo neste texto ou esteja enfrentando algum tipo de sofrimento e deseja buscar alívio, conte comigo. Você encontra no meu site um campo para entrar em contato comigo! Eu posso ajudar você. Tamo junto! Abração.



NEWSLETTER








    Sobre



    Médica graduada na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro com Residência em Psiquiatria no Instituto de Psiquiatria Universidade Federal do Rio de Janeiro.


    Contato


    São Paulo – SP

    Rua Cubatão, 86 – 405 – Paraíso


    WhatsApp


    E-mail

                  aline@apsiquiatra.com.br

    Nosso material tem caráter meramente informativo e não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico, autotratamento ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte o seu médico.

    Copyright © 2023 – Todos os direitos reservados

    Política de Privacidade

    × Agende sua consulta