Segundo a Organização Mundial da Saúde, a síndrome do pânico já afeta 4% da população do país. Isso significa que mais de 8 milhões de brasileiros sofrem com o problema.
Ela é um tipo de transtorno de ansiedade em que ocorrem crises inesperadas de medo intenso e desespero de que algo ruim aconteça, sem ter algum motivo ou sinal de perigo aparente.
Pessoas em crises de pânico apresentam pelo menos quatro dos sintomas a seguir: taquicardia, falta de ar, dor ou desconforto no peito, formigamento, tontura, tremores, náusea, desconforto abdominal, visão embaçada, boca seca, dificuldade de engolir, sudorese, ondas de calor ou frio, e sensação de iminência da morte.
A frequência das crises varia de pessoa para pessoa e a duração tem tempo médio de 10 minutos. E não há como prever a chegada de uma.
Nos estágios iniciais do transtorno, não há nada específico capaz de desencadear o problema. Porém, há indícios de que lembrar de ataques de pânico anteriores pode contribuir e levar a uma nova crise.
Diagnóstico
Uma crise isolada ou uma reação de medo intenso diante de ameaças reais não constituem eventos suficientes para o diagnóstico da doença. Para ser diagnosticada como síndrome, as situações abaixo devem ocorrer com o paciente:
- sofrer de ataques de pânico inesperados e frequentes.
- sentir medo e angústia pela recorrência de um novo ataque e pelas consequências dessa nova crise, como perda de controle, ataque cardíaco ou mudanças súbitas de comportamento.
- evitar situações que possam desencadear em uma nova crise.
- não serem causadas por abuso de substâncias.
- modificar o comportamento, a ponto do estilo de vida ser interferido negativamente.
Tratamento para síndrome do pânico
A boa notícia é que o problema tem cura. O principal objetivo do tratamento é reduzir o número e a intensidade das crises, assim como promover uma recuperação mais rápida.
Após o diagnóstico, o paciente é tratado com uma associação de psicoterapia e medicamentos, que incluem antidepressivos e ansiolíticos. Os medicamentos atuam sobre os desequilíbrios bioquímicos que geram os efeitos físicos associados à doença. Já a psicoterapia trabalha os medos, as fobias, a ansiedade e ajuda a pessoa a mudar a atitude diante dos ataques de pânico.
O tempo de tratamento varia a cada caso, podendo ir de alguns meses a vários anos. Manter o processo pelo período definido com o psiquiatra é fundamental para a cura. Caso contrário, um tratamento interrompido antes do fim pode significar o retorno da doença com intensidade ainda maior.
Também faz parte do tratamento da síndrome do pânico a mudança no estilo de vida, priorizando boa alimentação e a realização de exercícios físicos com frequência. Outra indicação é fazer atividades de lazer, que ajudem a não pensar nos efeitos de um possível ataque de pânico, assim como ações de relaxamento, incluindo massagens e meditação.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!