autismo / Dra Aline Rangel


15 de julho de 2019 Todos

Apesar de apresentarem sintomas parecidos, o Autismo e a Síndrome de Asperger são quadros diferentes dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA). De acordo com dados do Hospital Albert Einstein, no Brasil, cada uma das condições têm incidência de 150 mil novos casos por ano.

Dentro da lógica do TEA, o que os difere é a intensidade na manifestação dos sintomas. A Síndrome de Asperger tende a se manifestar de forma mais branda e a socialização também é um ponto de importante diferença entre eles. Mas sim, existem outras diferenças.

Neste post, entenderemos um pouco mais. Confira!

O que é Autismo?

Trata-se do desenvolvimento que causa alterações na capacidade de comunicação, interação social e comportamento. Crianças com autismo apresentam baixo interesse pelo convívio social e dificuldade de socialização, além de problemas para se comunicar com eficiência.

O alcance e a gravidade dos sintomas irão variar de acordo com o nível de enquadramento (1, 2 ou 3). Portanto, pessoas autistas podem apresentar total desinteresse para com o convívio social, como também ter uma vida considerada “normal”.

O que é Síndrome de Asperger?

É considerada a forma mais leve do espectro autista e, geralmente, é descoberta nas crianças por volta dos três anos. O transtorno apresenta características peculiares. As pessoas com Asperger podem apresentar hiperatividade, comportamentos impulsivos e antissociais, movimentos repetitivos, tanto nos gestos quanto na fala, etc. A criança também pode desenvolver má coordenação ou “falta de jeito”. 

A síndrome afeta três vezes mais os meninos e, quem a desenvolve, normalmente, tem inteligência acima da média. Por conta disso, alguns médicos a chamam de “Autismo de Alto Funcionamento”. Caso não diagnosticado na infância, o adulto com Asperger poderá ter mais chances de desenvolver quadros depressivos e de ansiedade.

Quais são as principais diferenças entre os transtornos?

Antes, a medicina os considerava como uma coisa só. Porém, depois de alguns estudos, o que antes se chamava autismo, hoje, é o Espectro do Autismo, que é dividido em pelo menos três níveis principais e cada um com um diagnóstico. Enquanto a Síndrome de Asperger é uma desordem do espectro autista de nível 1, o autismo passou a ser considerado de nível 3 — correspondente ao Transtorno Autista.

Como dito anteriormente, a principal diferença entre os dois transtornos está na intensidade, profundidade e gravidade dos sintomas. 

No autismo, a linguagem pode ser comprometida, bem como a comunicação e aspectos da sensibilidade humana. Pacientes também apresentam comportamentos repetitivos e atrasos no desenvolvimento da fala.

Por outro lado, pacientes com a Síndrome de Asperger, não apresentam dificuldades em expressão ou cognição. Mas, demonstram problemas de linguagem. A fala pode não apresentar entonações de humor, ser alta, rápida demais e com pouca fluência, mas não de forma tão rígida como acontece no autismo.

Ambos os transtornos não têm cura e exigem diagnóstico precoce para iniciar o tratamento o quanto antes e controlar os sintomas desde cedo.


Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
psiquiatra em São Paulo!



15 de julho de 2019 Todos

O autismo ou Transtornos do Espectro Autista (TEA), trata-se do desenvolvimento que causa alterações na capacidade de comunicação, interação social e comportamento da criança. Normalmente, os autistas apresentam dificuldades na fala, bloqueios na hora de se expressar, dificuldade de interação e, até mesmo, realização de movimentos repetitivos.

De acordo com os dados do Center of Deseases Control and Prevention (CDC), o transtorno afeta 1 a cada 110 pessoas no mundo. Assim, a estimativa é que, no Brasil, existem, mais ou menos, 2 milhões de autistas.

Os sinais surgem, na maioria das vezes, entre os dois e três anos, quando a criança começa a ter uma interação maior com a família e amigos. Em alguns casos, já é possível observar alguns sintomas quando ainda são bebês, como ausência de expressões faciais ou de reação aos sons. Mas esses primeiros sintomas devem ser avaliados pelo médico.

Neste post, entenderemos um pouco mais sobre o assunto. Confira!

Quais são os tipos de autismo?

De acordo com o CDC, existem três tipos de manifestações:

  • Síndrome de Asperger: é considerada a forma mais leve do espectro autista. Os principais sintomas são obsessão por um único objeto, além de interesse excessivo por um assunto preferido, podendo discuti-lo por horas a fio, sem parar. A síndrome afeta três vezes mais os meninos e quem a desenvolve, normalmente, tem inteligência acima da média. Por conta disso, alguns médicos a chamam de “Autismo de Alto Funcionamento”. Caso não seja diagnosticado na infância, o adulto com Asperger poderá ter mais chances de desenvolver quadros depressivos e de ansiedade;
  • Transtorno Invasivo do Desenvolvimento: pode ser considerada uma “fase intermediária”, uma vez que é um pouco mais grave que a Síndrome de Asperger, mas não tão forte quanto o Transtorno Autista. Os sintomas são variáveis, mas, no geral, o paciente apresenta quantidade menor de comportamentos repetitivos, dificuldades com a interação social, competência linguística inferior à Síndrome de Asperger, mas superior ao Transtorno Autista;
  • Transtorno Autista: as pessoas com esse tipo costumam ter atrasos linguísticos significativos, desafios sociais e de comunicação, além de comportamentos e interesses incomuns. Algumas também têm deficiência intelectual. Os principais sinais que indicam a condição são falta de contato com os olhos, comportamentos repetitivos, como bater ou balançar as mãos, dificuldades em fazer pedidos usando a linguagem, desenvolvimento tardio da linguagem.

Além dos tipos, o transtorno pode ser dividido em três níveis:

  • Nível 1 — leve: em geral, as crianças apresentam dificuldades para trocar de atividades, problemas de planejamento e organização, dificuldade para iniciar a relação social e pouco interesse em interação;
  • Nível 2 — médio: os sintomas são um pouco mais graves e a criança apresenta limitações em iniciar interações sociais, são mais inflexíveis nos seus comportamentos, apresentam dificuldades em relação à mudança ou com os comportamentos repetitivos e sofrem para modificar o foco das suas ações;
  • Nível 3 — grave: crianças caracterizadas com esse nível possuem dificuldades mais graves em relação à comunicação verbal e não verbal, limitação em iniciar interações sociais e resposta mínima a aberturas sociais que partem de outros. Inflexibilidade de comportamento, extrema dificuldade em lidar com a mudança ou outros comportamentos restritos/repetitivos.

Como é o tratamento?

Para a condição ainda não há cura, mas sim tratamentos capazes de melhorar a qualidade de vida do paciente, com uma equipe multidisciplinar. O principal objetivo é maximizar as habilidades sociais e comunicativas da criança por meio da redução dos sintomas e do suporte ao desenvolvimento e aprendizado.

Em alguns casos, pode ser indicado o uso de medicamentos, que embora não sejam específicos para o autismo, ajudam com possíveis problemas emocionais comuns no espectro, como ansiedade, hiperatividade, ataques de raiva, impulsividade, agressividade e alterações de humor.


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16 de setembro de 2018 Todos

Você sabia que até 50% dos indivíduos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresentam sintomas relacionados com o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)?

As semelhanças entre os dois transtornos confundem muitas pessoas, mas, embora realmente existam similaridades, não se deve colocar o TEA e o Tdah no mesmo pacote.

É importante saber distingui-los, pois, como são diferentes, a forma de lidar com cada um dos problemas também deve ser distinta. Pensando nisso, preparei um texto completo para te ajudar a diferenciar o TDAH e o autismo. Vem ver!

Quais as semelhanças entre os transtornos?

Para começo de conversa, ambos são transtornos de neurodesenvolvimento, que afetam o aprendizado, comportamento e socialização. Tanto o TEA quanto o TDAH geram dificuldades na regulação emocional, habilidades sociais, problemas de atenção e desajuste nas atitudes.

As duas condições podem coexistir e, em alguns casos, os traços de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade acabam dificultando o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista.

Pessoas com TEA ou com TDAH necessitam normalmente de mais tempo para se familiarizarem com novos ambientes e grupos diferentes. Além disso, elas demandam o estabelecimento de rotinas com apoio visual, intervalos entre as tarefas, elogios ou “feedbacks”, estímulos sensoriais, organização, atividades físicas e artísticas. Tudo isso ajuda na melhora desses quadros.

Quais são as principais diferenças entre eles?

No autismo, há, normalmente, uma dificuldade para utilizar a linguagem, enquanto no TDAH não necessariamente existe problema para se comunicar através da fala.

O autista pode ter um déficit para compreender a comunicação não literal, como as expressões faciais, gírias e gestos. Por outro lado, quem tem TDAH, apesar de se distrair com facilidade, consegue compreender o que os interlocutores falam sem grandes obstáculos.

A capacidade interpretativa dos portadores de TDAH, geralmente, é maior do que o poder de interpretação do autista. Semelhantemente, costumam ser mais impulsivos e agitados do que quem tem TEA.

Pessoas com TDAH conseguem lidar melhor com situações de interação social, embora sejam fortemente desatentas e hiperativas. Quem tem autismo pode se isolar com mais frequência, pois apresenta maior sensibilidade a sons, gostos, cheiros, texturas, etc.

Como tratar as duas condições?

Nos dois casos, é indispensável chegar a um diagnóstico preciso para iniciar o tratamento adequado. Para tanto, se faz necessária a participação de uma equipe multidisciplinar, composta pela família, professores, psicólogos, psicopedagos, psiquiatra e terapeutas ocupacionais.

O tratamento, tanto do TEA quanto do TDAH, deve ser focado na promoção do bem-estar do paciente, amenização dos sintomas e qualidade de vida do mesmo. As abordagens sociais, pedagógicas e psiquiátricas devem ser individualizadas de acordo com cada caso. Desse modo, a tendência é que os resultados sejam mais satisfatórios.

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16 de setembro de 2018 Todos

O autismo é um transtorno do desenvolvimento caracterizado pelo comprometimento da capacidade de interação social e habilidade de comunicação. Estima-se que no mundo inteiro, mais de 70 milhões de pessoas tenham autismo. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Geralmente, a manifestação do autismo se inicia ainda na infância, nos primeiros três anos de vida. Apesar disso, muitos diagnósticos se dão de maneira tardia.

É importante ressaltar que os sinais de autismo aparecem cedo. Sendo assim, pais e professores devem ficar atentos aos indícios de um eventual distúrbio de desenvolvimento, afinal, a identificação precoce dos sintomas possibilita o início do tratamento adequado o quanto antes. Veja a seguir quais são as principais manifestações do autismo.

Dificuldade de interação social

Normalmente, a pessoa autista tem dificuldade para olhar nos olhos de outra pessoa, mesmo estando bem próxima e conversando diretamente com ela. Ela pode rir em momentos e locais inoportunos, como uma cerimônia religiosa ou um velório, por exemplo.

De modo geral, autistas não lidam bem com gestos de afeto ou carinho, tanto que, dificilmente permitem-se serem beijados ou abraçados. É comum que tenham problemas para conviver e se relacionar com outros indivíduos, por isso, tendem a buscar o isolamento social.

Alterações comportamentais

Fique de olho se a pessoa não tem medo do perigo e se coloca constantemente em situações de risco. Outro comportamento comum é brincar de forma estranha, atribuindo funções diferentes aos brinquedos que tem. Também repete sempre as mesmas brincadeiras e usa apenas uma parte do objeto, como somente a roda do carrinho.

Aparentemente, o autista gosta de se machucar e não sente dor quando se fere. Pode ser agressivo e ficar irritado sem causa aparente, além de demonstrar inquietação, rodando em torno de si mesmo ou balançando para frente e para trás por muito tempo.

O autista tem problemas para se adaptar a novas rotinas, costuma olhar sempre na mesma direção e parece estar parado no tempo. À vezes, demonstra fixação por água e obsessão por determinados objetos.

Problemas de comunicação

O autista sabe falar, porém, muitas vezes, prefere se manter calado por um tempo prolongado, mesmo quando alguém se dirige a ele.  Quem tem autismo repete várias vezes as perguntas que as pessoas fazem, independente dessa atitude chatear os outros.

Autistas sentem dificuldades para se expressar e entender as expressões faciais alheias. Quando são chamados pelo nome, podem agir como se não estivessem escutando nada, mesmo não apresentando nenhum problema auditivo. Sua fala pode ser monótona e enfadonha.

Em muitos casos, o autismo é leve e gera poucos sintomas, o que faz com que o transtorno passe despercebido. Na adolescência e na fase adulta, as manifestações geralmente são sutis e os autistas normalmente conseguem ter autonomia para estudar e trabalhar.

Ainda assim, a depender da gravidade dos sintomas, ele pode sofrer com ausência de amigos, evitação de situações sociais, dificuldade de interação e problemas de relacionamento.

Pesquisas e estudos sobre o autismo

A palavra foi utilizada primeiramente pelo pesquisador Bleuler, em 1911, significando a perda de contato com a realidade. O termo refere-se às crianças pesquisadas, que viviam num mundo próprio, dentro de si mesmas, daí a raiz “auto” (voltado para si próprio).

Posteriormente, Kanner publica os primeiros artigos, apontando a questão do autismo presente em 11 crianças, no ano de 1943. No ano seguinte, Asperger publica estudos onde as crianças com autismo apresentavam certa desenvoltura cognitiva e inteligência normal.

Nos dias atuais, a comunidade médica observa o autismo com maior complexidade, com múltiplas etiologias com graus variáveis.

O Transtorno do Espectro Austista (TEA) é classificado em 3 graus atualmente: autismo leve, autismo moderado, autismo severo.

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