Burnout / Dra Aline Rangel

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20 de janeiro de 2022 Todos

A dificuldade de concentração pode ter diversas causas. É natural que, após uma noite de sono mal dormida, ou depois de uma semana de ritmo acelerado e trabalho atípico, nos sintamos um pouco desconectados das nossas habilidades.

Nestes casos, o problema tende a abrandar um pouco quando descansamos, dormimos e tiramos um tempo ocioso. Por sua vez, isso permite que reorganizemos os nossos pensamentos, acalmemos o nosso corpo e ganhemos mais foco.

Quando a falta de concentração torna-se uma situação diária, no entanto, é preciso estar atento.

Há quadros clínicos que têm como sintoma a dificuldade de concentrar-se nas atividades múltiplas. Isso pode causar danos à autoestima, relacionamentos interpessoais e no trabalho.

Confira algumas das causas mais comuns da baixa concentração abaixo.

Causas da dificuldade de concentração

Um dos primeiros fatores é o cansaço mental, normalmente aliado ao estresse. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ritmo de trabalho atual, com suas condições, obrigações e frequentes estímulos, ultrapassa os limites do corpo e da mente.

O estresse causado pelo cotidiano pode fazer com que as pessoas desenvolvam, além de problemas de saúde, uma série de transtornos de ordem mental.

A sociabilidade também fica prejudicada: pessoas que trabalham demais e estão estressadas podem buscar o isolamento como forma de preservação.

O estresse, no entanto, não é a única coisa que pode influenciar o grau de concentração. Veja outros fatores de risco para a condição, a seguir.

Síndrome de Burnout

Também chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional, é um distúrbio de ordem emocional, caracterizado por esgotamento físico e mental, estresse intenso, exaustão e instabilidade emocional.

Como o nome sugere, é uma doença que está atrelada ao excesso de trabalho. Pode acontecer após meses de rotina intensa e é mais comum em trabalhadores que estão submetidos a cargas intensas e altas cobranças. Por conta disso, tendem a deixar de lado a vida pessoal e o lazer.

A Síndrome de Burnout causa perda de foco, esquecimento, dificuldade de memorização, irritabilidade e, às vezes, pode engatilhar quadros de choro, explosão emocional ou pânico.

Quando não tratada, pode ser responsável por quadros de depressão severa.

Depressão

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 300 milhões de pessoas sofram com o transtorno em todo o planeta.

É a maior causa de incapacidade no mundo e está atrelada a outros problemas de saúde, além de ideações suicidas. A depressão causa perda de interesse nas atividades cotidianas, instabilidade emocional, sonolência ou insônia persistente, cansaço físico, dores nas costas e na cabeça, emagrecimento ou ganho de peso e, claro, o problema-tema deste artigo.

TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, conhecido como TDAH, é um distúrbio que causa impacto significativo na vida dos pacientes.

Quando não tratado desde cedo – muitas pessoas manifestam a condição ainda na infância -, pode gerar quadros de insatisfação, dificuldade de socialização, sensação de incapacidade e, muitas vezes, atrapalhar os estudos e a vida profissional.

Estes são apenas alguns dos diagnósticos que podem fazer com que uma pessoa tenha problemas para se concentrar em atividades necessárias do dia a dia. Apenas um especialista pode, após avaliar de forma extensa os sintomas e relatos do paciente, qual é o melhor caminho a ser seguido para o tratamento para dificuldade de concentração.


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Quer saber mais sobre dificuldade de concentração? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



21 de março de 2020 Todos

Como lidar com a solidão se você trabalha ou passou a trabalhar em home office em tempos de COVID 19?

Com um número crescente de empregos permitindo que as pessoas trabalhem em casa ou remotamente, o escritório tradicional pode parecer uma coisa do passado em tempos de quarentena imposto pela COVID-19. Isso significa que sua cama, uma mesa de jantar ou um escritório em casa se tornem o seu lugar de trabalho.

Uma desvantagem de toda essa independência, no entanto, é que muitas pessoas rapidamente se tornam solitárias trabalhando em casa. Você começa a se sentir um pouco como um eremita. Você percebe que já se passaram dois dias desde que conversou com alguém que não fosse o entregador de delivery. Mas, felizmente, existem medidas que você pode tomar para combater a solidão do trabalho em casa.

O isolamento de trabalhar em casa pode levar a uma sensação de solidão, o que pode levar a um maior isolamento, que circula de volta para criar mais solidão. É importante reconhecer esse ciclo enquanto está acontecendo e tomar medidas conscientes para romper com ele.

Mas quando interagir com outras pessoas não faz mais parte automaticamente do seu dia-a-dia, como neste estado de quarentena imposto pelo Coronavírus, como você combate a apatia e anedonia desta situação?

Deixei abaixo algumas sugestões.

Faça a socialização do seu trabalho em casa

Se o seu trabalho não fornece socialização, reuniões online, escolha reforçar a crença de que reunir-se com amigos, ser social e participar de hobbies ou áreas de interesses e, ainda que virtualmente, é uma parte crucial de ser saudável o suficiente para fazer bem seu trabalho e garantir sua longevidade em sua carreira. Esses momentos de conexão são exatamente as coisas que evitam o desgaste, revigoram nossa produtividade e diminuem as emoções negativas que nos atolam neste momento.

Em outras palavras: conversar com seus amigos em alguns intervalos não é uma folga. Está aumentando sua produtividade!

Agende um alongamento ou atividades físicas que você possa fazer em casa.

Uma das coisas que contribuem para o desânimo – incluindo a exacerbação da solidão – quando você trabalha em casa é a diminuição do exercício físico. Sugiro um pouco de ar fresco ainda que da varanda, do seu quintal ou janela – e alguma socialização – transformando uma reunião por telefone em um “passeio e conversa”.

Transforme uma ligação agendada em que você estaria sentado ao computador em uma reunião andando pela casa para que você possa ter um pouco de caminhada e fazer o sangue bombear. Recomendo perguntar à outra pessoa se ela está confortável com você, enquanto estiver em uma caminhada, e depois colocar fones de ouvido que não capturam muito ruído de fundo e baixa o Evernote ou qualquer bloco de anotações para que você possa anotar qualquer item ou ideias enquanto você caminha.

Organize sessões remotas de coworking quando estiver trabalhando em casa

Só porque você trabalha em casa não significa que você não pode ter colegas de trabalho! Bem-vindos à bela era da videoconferência, amigos.

Reúna um grupo de amigos ou colegas de trabalho em aplicativos que permitem reuniões e defina regras mutuamente acordadas. Em seguida, faça um rodízio rápido, onde cada um compartilha o resultado que terá ao final de uma hora. Defina um cronômetro para 60 minutos, silencie-se e desça a cabeça por uma hora, fazendo check-in no final para prestar contas. Repita conforme necessário.

Crie “Refrigeradores de Água” a partir do “Escritório em Casa”

Uma das vantagens de trabalhar em um escritório é a capacidade de conversar casualmente com as pessoas ao seu redor. Com um pouco de planejamento, você pode recriar essas conversas quando trabalha em casa.

Mensagem instantânea ou vídeo – ligue para um colega com quem você não teve tempo de conversar na vida real por um tempo. Isso pode marcar duas caixas para mantê-lo socializado, mas também para manter conexões valiosas. Meu parceiro, que é consultor que trabalha frequentemente em casa, chama esses amigos de “refrigeradores de água”.

Use videochamadas por voz. Comportamentos expressivos durante as interações tornam a conversa mais real.

Se trabalhar em casa é uma situação temporária ou uma mudança de carreira a longo prazo, é importante reservar um tempo para conhecer outras pessoas. Humanos são animais sociais. Não nos saímos bem isoladamente! E mesmo que seu colega de trabalho mais comum seja o seu gato, você ainda pode obter todo o tempo social que precisa.



13 de fevereiro de 2018 Todos2

Burnout é um termo de origem inglesa que, em livre tradução, significa “queima depois do desgaste”, ou seja, refere-se a algo ou alguém que deixa de funcionar por exaustão. Em psicologia e psiquiatria, Burnout é uma espécie de metáfora utilizada para explicar o sofrimento e estresse dos profissionais em seu ambiente de trabalho. De acordo com a International Stress Management Association, cerca de 30% dos profissionais brasileiros sofrem com esse problema ocupacional.

A exaustão laboral leva os indivíduos a se desgastarem e se esgotarem, a ponto de apresentarem falta de motivação, desinteresse pelas tarefas e insatisfação constante. No caso de profissionais que lidam diretamente com o público e convivem com situações extremas, a Síndrome de Burnout é bastante frequente. Bons exemplos são os profissionais da área de saúde.

Médicos, enfermeiros e profissionais de saúde com um todo têm, entre suas funções, cuidar da saúde dos pacientes, mas, será que eles mesmos precisam de cuidados para preservar seu bem-estar físico e mental? Confira a seguir informações importantes sobre o burnout em profissionais de saúde e tire suas próprias conclusões sobre o assunto.

Por que o burnout é tão comum em profissionais de saúde?

A Síndrome de Burnout em profissionais de saúde pode ser desencadeada pela tensão emocional crônica que os trabalhadores vivenciam por causa da exaustão física, cobranças profissionais excessivas, baixa realização pessoal, ambiente insalubre, baixos salários e carga horária intensa de trabalho.

Quais são os sintomas do burnout em profissionais da área de saúde?

O ambiente de hospitais, clínicas e postos de saúde nem sempre é agradável. Pelo contrário! Ele pode ser tumultuado e desgastante, o que favorece o aparecimento dos seguintes sintomas de Burnout:

  • Sentimento de impotência diante de situações graves;
  • Desmotivação profissional;
  • Estafa física e mental;
  • Insensibilidade emocional;
  • Infelicidade no trabalho;
  • Manifestações físicas com cefaleia, insônia e alterações gastrointestinais;
  • Desgaste nas relações profissionais e familiares;
  • Baixo rendimento no expediente;
  • Alterações de humor;
  • Falhas de memória;
  • Dificuldade de concentração;
  • Isolamento social, irritabilidade e agressividade;
  • Pessimismo e baixa autoestima

Como a Síndrome de Burnout se desenvolve nesses trabalhadores?

A Síndrome de Burnout se desenvolve em três etapas específicas: exaustão emocional seguida de despersonalização e baixa realização profissional. A exaustão é o traço inicial, que pode ter desdobramentos físicos, psíquicos ou ambos. Ela é caracterizada pela falta de entusiasmo, energia e vigor para realizar as atividades, ou seja, é o esgotamento em si.

A despersonalização, por sua vez, é marcada pela insensibilidade emocional, com dissimulação afetiva e tratamento de colegas e pacientes como objetos. Aqui, o profissional trabalha de maneira impessoal e distanciada.  Já a baixa realização no trabalho é o resultado do Burnout. O profissional se sente insatisfeito e frustrado com sua profissão e com a vida laboral que ele leva.

Como tratar a Síndrome de Burnout?

O tratamento da Síndrome de Burnout envolve psicoterapia e, eventualmente, o uso de antidepressivos prescritos pelo especialista. Além disso, o profissional que sofre de Burnout deve adotar hábitos saudáveis, como por exemplo, praticar exercícios físicos, se alimentar de forma balanceada, aumentar o contato com amigos e familiares, aproveitar as folgas, se dedicar a hobbies, não pensar em trabalho o tempo inteiro, dormir bem, organizar a rotina  e fazer pequenos intervalos regulares ao longo do expediente.

Quer saber mais sobre a síndrome do esgotamento? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!




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