transtornos psiquiátricos / Dra Aline Rangel


21 de março de 2020 Todos

Como lidar com a solidão se você trabalha ou passou a trabalhar em home office em tempos de COVID 19?

Com um número crescente de empregos permitindo que as pessoas trabalhem em casa ou remotamente, o escritório tradicional pode parecer uma coisa do passado em tempos de quarentena imposto pela COVID-19. Isso significa que sua cama, uma mesa de jantar ou um escritório em casa se tornem o seu lugar de trabalho.

Uma desvantagem de toda essa independência, no entanto, é que muitas pessoas rapidamente se tornam solitárias trabalhando em casa. Você começa a se sentir um pouco como um eremita. Você percebe que já se passaram dois dias desde que conversou com alguém que não fosse o entregador de delivery. Mas, felizmente, existem medidas que você pode tomar para combater a solidão do trabalho em casa.

O isolamento de trabalhar em casa pode levar a uma sensação de solidão, o que pode levar a um maior isolamento, que circula de volta para criar mais solidão. É importante reconhecer esse ciclo enquanto está acontecendo e tomar medidas conscientes para romper com ele.

Mas quando interagir com outras pessoas não faz mais parte automaticamente do seu dia-a-dia, como neste estado de quarentena imposto pelo Coronavírus, como você combate a apatia e anedonia desta situação?

Deixei abaixo algumas sugestões.

Faça a socialização do seu trabalho em casa

Se o seu trabalho não fornece socialização, reuniões online, escolha reforçar a crença de que reunir-se com amigos, ser social e participar de hobbies ou áreas de interesses e, ainda que virtualmente, é uma parte crucial de ser saudável o suficiente para fazer bem seu trabalho e garantir sua longevidade em sua carreira. Esses momentos de conexão são exatamente as coisas que evitam o desgaste, revigoram nossa produtividade e diminuem as emoções negativas que nos atolam neste momento.

Em outras palavras: conversar com seus amigos em alguns intervalos não é uma folga. Está aumentando sua produtividade!

Agende um alongamento ou atividades físicas que você possa fazer em casa.

Uma das coisas que contribuem para o desânimo – incluindo a exacerbação da solidão – quando você trabalha em casa é a diminuição do exercício físico. Sugiro um pouco de ar fresco ainda que da varanda, do seu quintal ou janela – e alguma socialização – transformando uma reunião por telefone em um “passeio e conversa”.

Transforme uma ligação agendada em que você estaria sentado ao computador em uma reunião andando pela casa para que você possa ter um pouco de caminhada e fazer o sangue bombear. Recomendo perguntar à outra pessoa se ela está confortável com você, enquanto estiver em uma caminhada, e depois colocar fones de ouvido que não capturam muito ruído de fundo e baixa o Evernote ou qualquer bloco de anotações para que você possa anotar qualquer item ou ideias enquanto você caminha.

Organize sessões remotas de coworking quando estiver trabalhando em casa

Só porque você trabalha em casa não significa que você não pode ter colegas de trabalho! Bem-vindos à bela era da videoconferência, amigos.

Reúna um grupo de amigos ou colegas de trabalho em aplicativos que permitem reuniões e defina regras mutuamente acordadas. Em seguida, faça um rodízio rápido, onde cada um compartilha o resultado que terá ao final de uma hora. Defina um cronômetro para 60 minutos, silencie-se e desça a cabeça por uma hora, fazendo check-in no final para prestar contas. Repita conforme necessário.

Crie “Refrigeradores de Água” a partir do “Escritório em Casa”

Uma das vantagens de trabalhar em um escritório é a capacidade de conversar casualmente com as pessoas ao seu redor. Com um pouco de planejamento, você pode recriar essas conversas quando trabalha em casa.

Mensagem instantânea ou vídeo – ligue para um colega com quem você não teve tempo de conversar na vida real por um tempo. Isso pode marcar duas caixas para mantê-lo socializado, mas também para manter conexões valiosas. Meu parceiro, que é consultor que trabalha frequentemente em casa, chama esses amigos de “refrigeradores de água”.

Use videochamadas por voz. Comportamentos expressivos durante as interações tornam a conversa mais real.

Se trabalhar em casa é uma situação temporária ou uma mudança de carreira a longo prazo, é importante reservar um tempo para conhecer outras pessoas. Humanos são animais sociais. Não nos saímos bem isoladamente! E mesmo que seu colega de trabalho mais comum seja o seu gato, você ainda pode obter todo o tempo social que precisa.



24 de fevereiro de 2018 Todos2

Para muitas pessoas, incluído alguns terapeutas, “diagnóstico é um palavrão”. Todos presenciamos o mau uso das formulações diagnósticas em psiquiatria. Uma pessoa complexa é super simplificada de maneira imprudente pelo entrevistador que está ansioso em razão de incerteza. Uma pessoa angustiada é tratada de forma linguisticamente distante pelo terapeuta.

Etiquetas são para roupas, não para pessoas

Uma das objeções ao diagnóstico deve-se à visão de que os termos diagnósticos são inevitavelmente pejorativos. Jane Hall é a autora da célebre frase “etiquetas são para roupas, não para pessoas”. Paul Watchel, de forma mais sarcástica, referiu-se ao diagnóstico como “insultos de pedigree fantasioso”. Terapeutas experientes costumam tecer tais comentários também, mas suspeito que, em seu próprio aprendizado, tenha sido útil lidar com uma linguagem que generalizou as diferenças individuais e com suas implicações para o tratamento. Uma vez que se aprendeu a observar os padrões clínicos dentro de organizações diagnósticas que foram estudados por décadas, se pode jogar o livro pela janela e saborear a unicidade individual que é cada paciente.

No entanto, se eu obtiver sucesso ao transmitir as diferenças individuais com respeito, os pacientes não irão recorrer aos termos diagnósticos a fim de se sentirem diferentes, inferiores e/ou superiores a outras pessoas. Em vez disso, contarão com uma linguagem útil à imaginação de diferentes possibilidades subjetivas. Um aspecto significativo, tanto do crescimento pessoal quanto do profissional.

O abuso da linguagem diagnóstica pode ser demonstrado com facilidade, o que não quer dizer que isso seja um argumento para que seja descartada. Todos os tipos de males podem surgir em nome de ideais valiosos – amor, patriotismo, cristianismo, etc. – não por culpa de sua perspectiva original mas justamente porque esta foi pervertida. A pergunta que deve ser feita é: a aplicação cuidadosa e não abusiva dos conceitos diagnósticos aumenta as chances do paciente obter ajuda?

Como o diagnóstico pode ajudar uma pessoa?

Existem ao menos cinco vantagens relacionadas ao empreendimento do diagnóstico de forma sensível e após treinamento adequado:

  1. Sua utilidade para o planejamento da terapia;
  2. Suas implicações em relação ao prognóstico;
  3. Sua contribuição à proteção dos consumidores de serviços de saúde mental;
  4. Seu valor em capacitar o terapeuta na transmissão de empatia;
  5. Seu papel na redução na probabilidade de pessoas facilmente perturbáveis fugirem ao tratamento.

Práticas de diagnóstico conscientes encorajam a comunicação ética entre os profissionais e seus potenciais pacientes ou clientes, um tipo de “verdade na publicidade”. Na busca de uma avaliação cuidados, o psiquiatra pode falar ao paciente algo sobre o que pode ser esperado e, assim evitar prometer demais ou criar desvios. Descobri, por exemplo, que poucos pacientes ficam chateados quando ouvem que contar sua história e relatar seus desafios pessoais vai requerer do tratamento psiquiátrico ou psicoterapia um longo tempo antes que ela possa resultar em uma mudança, que depende mais de uma experiência interna do próprio paciente. Muitos até se sentem encorajados quando o psiquiatra aprecia a profundidade de seus problemas e se dispões a um compromisso de longa data.

Um paciente recente, homem psicologicamente sofisticado que visitou muitos profissionais antes de chegar a mim com queixa do que considerava “tendências obsessivas graves”, me confrontou: “Então você é a especialista do diagnóstico; e como foi que me categorizou?”. Dei um grande suspiro e respondi: “Acho que o que mais me saltou aos olhos foi a quantidade de paranoia contra a qual você vem lutando”. “Finalmente alguém entendeu!”, ele disse. Para aqueles clientes que demandam uma cura milagrosa e aos quais falta o desejo ou a habilidade de se comprometer com algo tão sério quanto uma mudança genuína, um feedback honesto sobre o diagnóstico permite que recuem agradecidos e não desperdicem seu próprio tempo ou do psiquiatra atrás de mágica.

Quer saber mais sobre diagnóstico em Psiquiatria? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



21 de janeiro de 2018 Todos

Os transtornos psiquiátricos são enfermidades que afetam a mente. Apesar de serem causados por uma infinidade de razões, situações  alheias ao indivíduo também podem influenciar (e muito) em seu surgimento.

Sobre esse assunto, trouxemos neste artigo uma lista com os principais transtornos psiquiátricos que afetam a vida adulta.

Transtornos psiquiátricos mais comuns entre os adultos

A fase adulta pode apresentar oscilações diversas o que pode favorecer o surgimento de transtornos mentais. Isso porque é durante essa etapa da vida que muitas decepções amorosas, profissionais ou pessoais podem surgir, levando ao desenvolvimento de alguma condição psiquiátrica. Da mesma forma, a perda do emprego, de um ente querido, rompimento de relacionamentos (amorosos ou amizades) podem ser suficientes para a ocorrência de doenças psiquiátricas.

 Depressão

 

Atualmente, a incidência da depressão na vida adulta é altíssima . Pesquisas e dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) revelam que, cerca de 4,4% da população sofre da doença. Cerca de 11,8 milhões de brasileiros sofrem com depressão, sendo ainda mais comum entre as mulheres.

Basicamente, o transtorno psiquiátrico se manifesta por meio de sentimentos de extrema tristeza, que persiste e é mais profunda do que o acontecimento em si. Também são sinais de depressão, a sensação de frustração e decepção diante de situações e problemas do dia a dia.

Debilitante como é, a condição, se não tratada, passa a afetar também o físico do indivíduo, gerando problemas para dormir, doenças intestinais, fadiga e mal-estar, prejuízo da memória, por exemplo.

O tratamento é realizado tanto por meio de medicamentos antidepressivos como também por acompanhamento psicoterápico.

 

 Ansiedade

Distúrbios de ansiedade estão presentes em 3,4% da população mundial. Eles são diagnosticados por preocupação e nervosismo excessivos, com alta frequência e duração.

É importante não confundir esse transtorno como uma sensação de aflição ou de angústia. Ele realmente pode causar muitos tormentos à vida do indivíduo, uma vez que a situação de expectativa ou preocupação se tornam incontroláveis. A ansiedade é capaz de afetar todo o corpo do paciente, como o desequilíbrio das taxas dos hormônios, pode ocasionar insônia recorrente e até disfunções do intestino e sistema digestivo como um todo.

Para tratá-la, são ministrados medicamentos ansiolíticos, ao mesmo tempo em que que sessões de psicoterapia são efetuadas – visando diminuir as crises e, gradativamente, a reincidência dos sintomas.

 Transtorno bipolar

O transtorno bipolar é caracterizado por crises de inquietação, euforia e exaltação, que podem alternar entre crises depressivas (de extrema tristeza). Esse distúrbio afeta cerca de 4% de brasileiros.

O indivíduo diagnosticado com essa condição vive, literalmente, emoções à flor da pele. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, são também sintomas deste transtorno: hiperatividade, distração a todo o momento, energia aumentada, falar demasiadamente, compulsão por bebidas alcoólicas ou grupos de alimentos, autoestima muito elevada e dificuldade para controlar o temperamento.
O tratamento, por sua vez, é realizado por meio medicamentos específicos para a estabilização do humor.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo.




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