Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo caracterizado pela deterioração cognitiva. A condição pode combinar uma série de sintomas, como déficit de memória, alterações motoras e mudanças comportamentais que se agravam no decorrer do tempo.
Trata-se de uma síndrome demencial que atualmente afeta mais de 50 milhões de pessoas ao redor do mundo. A estimativa é que esse número triplique até 2050, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Ao contrário do que muitos pensam, Alzheimer não é uma doença exclusivamente neurológica. Esse transtorno é neuropsiquiátrico, uma vez que interfere na maneira do paciente pensar e agir.
O psiquiatra deve integrar o tratamento multidisciplinar
O Alzheimer é uma condição complexa, que demanda tratamento multidisciplinar. O diagnóstico normalmente é feito pelo neurologista ou geriatra. Entretanto, a abordagem terapêutica deve incluir, também, a participação de enfermeiros cuidadores, terapeutas ocupacionais, preparadores físicos, psiquiatras, etc. Isso é importante para amenizar os variados sintomas dessa síndrome demencial, promovendo o cuidado global do paciente, de modo que a progressão da doença seja retardada.
Esse especialista auxilia no tratamento de eventuais alterações psíquicas
Os sintomas mais conhecidos de Alzheimer são o declínio da memória e da capacidade de raciocínio, entretanto, as manifestações da doença não se limitam a eles. É comum que a pessoa com Alzheimer se isole socialmente, deixe de fazer coisas que antes davam prazer, percam o interesse pela família e se tornem mais calados e retraídos. Nesse sentido, a participação do psiquiatra é indispensável, até como forma de evitar um quadro depressivo, complicação muito comum nos casos de Alzheimer.
O profissional também ajuda na manutenção da saúde mental da família
Cuidar de um idoso com Alzheimer é uma situação estressante e desgastante, que pode gerar muito sofrimento emocional, trazendo angústia, ansiedade, fadiga, baixa energia e outros prejuízos físicos e psíquicos. Sendo assim, o psiquiatra pode ser útil também no suporte à família e manutenção da saúde mental dos principais cuidadores.
É bastante comum que os familiares próximos negligenciem o autocuidado e acabem adoecendo por não conseguirem lidar com a situação da maneira adequada. Não raro, pessoas que cuidam de indivíduos com Alzheimer desenvolvem quadros como depressão, hipotireoidismo, diabetes, hipertensão, entre outras condições somáticas decorrentes do estresse.
Ele contribui no controle de sintomas psíquicos
Nos casos em que a pessoa com Alzheimer apresente mudanças comportamentais extremas, o ideal é procurar rapidamente um bom psiquiatra. Agende uma consulta se surgirem manifestações como agressividade, alucinações, delírios, paranoia, irritabilidade, inquietação, mudanças de personalidade, dificuldades para realizar tarefas cotidianas, falta de moderação, distúrbios do sono, desejo de fuga, apatia, descontentamento geral, raiva, solidão e falas sem sentido. Cabe ao psiquiatra identificar os desajustes comportamentais e propor soluções terapêuticas adequadas a cada caso, sempre considerando as especificidades clínicas de cada paciente.
Quer saber um pouco mais sobre a atuação da psiquiatria no tratamento do Alzheimer? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
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