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26 de setembro de 2022 GeralTodos
Nós mês em que comemoramos as discussões sobre estratégias de prevenção do suicídio, setembro amarelo, temos que protagonizar às famílias, pacientes e, por fim, nós profissionais de saúde para nos apoiarmos mutuamente. Nós sabemos da importância da família no tratamento do paciente psiquiátrico. É na família que o paciente encontra o apoio em momentos de crise, quando precisa de ajuda, quando precisa desabafar ou simplesmente quando quer um carinho sem julgamento. A família é e sempre será importante no tratamento do paciente psiquiátrico pois, inclusive, é a primeira a perceber que ATENÇÃO: algo não vai bem!

Porém, não podemos nos esquecer que a família também precisa de apoio nesses momentos. Sabe-se que o adoecimento de um membro desestrutura e enfraquece a unidade familiar. Algumas pesquisas sugerem que 25% a 50% dos familiares de pacientes críticos experimentam sintomas psicológicos, incluindo estresse agudo, estresse pós-traumático, ansiedade generalizada e depressão. Por isso, é preciso um cuidado especial com todos.

Cuidados com a família do paciente psiquiátrico

O primeiro passo para um cuidado com a família é ser transparente em relação à doença do paciente. Ela precisa saber e entender melhor todos os sintomas e reações que a doença pode causar. Sendo transparente, a família tem a oportunidade de conversar melhor com o médico e profissionais de saúde e até mesmo de ajudar com soluções básicas no dia a dia, tornando a rotina o mais próximo possível da realidade do paciente. Sejamos realistas: dá pra pedir para um paciente que sempre foi sedentário praticar uma atividade física após uma única consulta?

Além disso, é importante que o profissional de saúde esteja aberto a ouvir e ajudar os familiares. Muitas vezes, em meio às crises e problemas do paciente, a família se sente sem ter para onde correr ou pedir ajuda. Nesse momento, o apoio do médico é fundamental, só ele poderá ajudar a acalmar e entender o momento do paciente psiquiátrico.

Em muitos casos é recomendado que o familiar também realize um tratamento psicológico. O apoio psicológico e o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento não poderão modificar a situação do paciente, mas poderão ajudar o familiar a negociar com suas emoções e, assim, manter uma autoestima positiva, esperança e bem-estar, o que é fundamental, uma vez que seu estado de saúde física e emocional influenciarão diretamente o bem-estar e os cuidados do paciente e a qualidade de vida de ambos.

Terapia familiar

A terapia familiar também pode ser uma alternativa para as famílias com pacientes psiquiátricos. Nesse contexto, a família pode ser vista tanto em sua estrutura nuclear — pai, mãe e filhos — quanto em sua estrutura estendida, incluindo assim avós, primos, genros, noras ou pessoas próximas que convivem com o paciente. Durante as sessões os envolvidos têm a oportunidade de expor suas dificuldades, conflitos internos, insatisfações e até mesmo inseguranças.

A maioria dos estudos parte do pressuposto de que independentemente do programa de apoio adotado, a família deve participar do tratamento e receber suporte não apenas para aprender a cuidar do paciente, mas, sobretudo, para enfrentar, compreender e compartilhar a situação de doença e/ou deficiência, e conseguir lidar mais adequadamente com seus próprios problemas, conflitos, medo e aumento das responsabilidades.

 


Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto.
Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!
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15 de março de 2020 Ansiedade

À medida que as pessoas continuam recebendo um grande fluxo de informações sobre a disseminação do coronavírus, algumas podem experimentar um aumento da ansiedade relacionada à epidemia da COVID-19.

Aline Rangel, Psiquiatra e Psicoterapeuta, Mestre em Saúde Pública e Psiquiatra do Hospital Municipal da Criança e do Adolescente, diz que existem medidas que o público pode adotar para ajudar a manter a calma durante esse período.

“Sentir-se ansioso agora é uma coisa bastante normal para as pessoas em todo o mundo. Orientação número 1, não se machuque. Não exagere nisso. Será normal sentir uma série de emoções”, disse Aline.

Em segundo lugar, você pode limitar as informações que está lendo online. “Queremos ser informados, mas podemos ser informados uma vez por dia com base em boas fontes. As mídias sociais podem aumentar consideravelmente a ansiedade”, disse ela. Aline também acrescenta que é importante para quem está ansioso reservar um tempo adequado para dormir, fazer exercícios e socializar-se razoavelmente. 

Por fim, Aline pede que os membros da comunidade não se esqueçam de alcançar aqueles que podem estar em maior sofrimento emocional (pessoas que já têm antecedentes de ansiedade associada ou não a depressão, pessoas idosas que não têm suporte emocional, conversar com crianças de forma adequada para não gerar fobias ou pensamentos obsessivos).

Chegar às pessoas – amigos, familiares, colegas – e isso pode ser por telefone ou e-mail, mas verifique as pessoas para ver como elas estão”, completou Aline.

 

Maiores informações sobre Saúde Mental e Coronavírus serão publicadas a cada 2 dias no blog da Dra. Aline Rangel e enviadas por e-mail.

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