Todos / Dra Aline Rangel

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16 de setembro de 2018 Todos

O TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade e/ou Impulsividade- é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado pela dificuldade de focar, combinada com a inquietação, impulsividade e /ou desatenção. Trata-se de um condição crônica, de causas genéticas, que atinge 5% da população mundial.

Geralmente, os sintomas de TDAH se manifestam inicialmente na infância e, por isso, o transtorno costuma ser associado a crianças. Entretanto, o déficit de atenção com hiperatividade pode acompanhar os indivíduos por toda a vida, ou seja, não é raro encontrar adultos com TDAH.

Se na infância, esse distúrbio gera muitos impactos na vida escolar, na fase adulta é comum que ele atrapalhe a vida profissional. Ainda bem que existem estratégias eficientes para driblar o problema e melhorar o desempenho no trabalho. Se você tem TDAH ou convive com alguém que possui esse diagnóstico, que tal conferir algumas dicas certeiras para otimizar a performance na empresa? 

1. Identifique o momento do dia em que sua capacidade de focar é melhor

Quem tem TDAH deve procurar se conhecer bem, a fim de potencializar seus pontos fortes e compensar seus pontos fracos. É importante, por exemplo, identificar o horário em que consegue focar mais. Justamente nesse momento, o ideal é se dedicar às tarefas mais trabalhosas, demoradas e/ou difíceis. Os resultados serão melhores!

2. Evite levar problemas do trabalho para casa e vice-versa

Nada de levar os problemas do trabalho para casa e as preocupações de casa para a empresa, entendido? Use as horas livres para realmente relaxar, descansar e se desconectar dos compromissos profissionais. Isso vai fazer com que você retorne ao trabalho mais atento e focado.

3. Defina metas de curto, médio e longo prazo

A definição de metas ajuda o profissional a se manter firme em um propósito, além de orientar suas decisões e ações. Para quem tem TDAH, é uma maneira eficaz de não se desviar da rota e atingir os objetivos profissionais com mais facilidade, seja conseguir elaborar um simples relatório ou, até mesmo, executar um grande projeto.

4. Gerencie o seu tempo

O gerenciamento do tempo é essencial para quem sofre com o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. Procure agendar seus compromissos, limitar o tempo gasto com cada tarefa do dia e utilizar ferramentas, como relógio, aplicativos móveis, listas, calendários, blocos de anotações e planners para organizar a sua rotina no trabalho.

5. Crie um ambiente agradável no trabalho

O conforto no trabalho também faz a diferença para pessoas com Tdah. Sendo assim, invista em cadeiras confortáveis, mesas de altura adequada, boa iluminação e ventilação, ambiente limpo, organizado e agradável. Tudo isso pode fazer com que o indivíduo se sinta bem, o que pode favorecer a atenção.

6. Evite distrações

Quem já tem dificuldade para focar deve permanecer longe de distrações durante o expediente. Evite jogos online, conversas paralelas e múltiplas atividades ao mesmo tempo. Até para a checagem do e-mail corporativo, é recomendável determinar um horário específico. Fica a dica!

7. Pare um pouco quando for difícil se concentrar

Se você estiver com problemas para se concentrar em alguma tarefa, levante-se, estique o corpo e caminhe um pouco para arejar a mente e recuperar o foco. Se for preciso, tome uma água ou um cafezinho. Esses intervalos são poderosos!

8. Inclua exercícios físicos na sua rotina

A prática de exercícios libera endorfina, abastece o cérebro com dopamina e promove a sensação de bem-estar. Esse cenário contribui para o bom funcionamento do lobo frontal de pessoas com TDAH. Para completar, a movimentação diária aumenta a disposição, melhora a autoestima, ajuda na manutenção do foco e previne problemas de circulação.

Quer saber mais sobre TDAH? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



16 de setembro de 2018 Todos

O transtorno afetivo bipolar, também conhecido como bipolaridade e doença maníaco-depressiva, é um distúrbio psiquiátrico complexo, caracterizado especialmente pelas mudanças de humor e comportamento. Pessoas com esse transtorno muitas vezes alternam episódios de depressão com euforia.

As crises bipolares são variáveis em termos de frequência, duração e intensidade Elas podem ser leves, moderadas ou graves, mas, todo caso de transtorno bipolar merece atenção, até porque, esse problema de saúde mental está entre as principais causas de suicídio no mundo.

Vale destacar que o transtorno bipolar atinge aproximadamente 4% da população mundial em idade adulta. Só no Brasil, o número de pessoas diagnosticadas com esse problema ultrapassa 6 milhões de pessoas.

Quer conhecer os diferentes tipos de transtorno bipolar e descobrir quais são os tratamentos possíveis para amenizar os sintomas dessa condição? Continue lendo o artigo.

Quais são os tipos de transtorno bipolar?

O transtorno bipolar é dividido basicamente em três tipos. O tipo 1 é o mais complexo, pois o quadro contempla fases depressivas e maníacas intensas, que debilitam o paciente e provocam sérios danos na vida pessoal, social e profissional do indivíduo. Nesse tipo de transtorno, o período de mania dura, no mínimo, uma semana, enquanto o período de depressão pode se estender por meses ou semanas. A internação pode ser necessária.

O tipo 2 de transtorno bipolar é mais brando, pois os episódios de depressão e euforia não impactam drasticamente o dia a dia da pessoa e da família. São crises realmente mais leves e sem grandes desdobramentos. Nesse caso, não há alternância expressiva no humor, energia e nível de atividade.

Há ainda a ciclotimia, que é marcada por vários períodos de hipomania (mania moderada) e numerosos períodos depressivos, que podem se estender por até dois anos.

Quais são os sintomas de bipolaridade?

Em todos os tipos de bipolaridade, há variações nos padrões comportamentais. Nos episódios maníacos, a pessoa tende a ficar eufórica e exaltada, ter muita energia, apresentar nervosismo e irritação, ter problemas para dormir, falar muito rápido, ficar sensível demais, ter pensamento acelerado, achar que consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo, se colocar em situações arriscadas.

Já nos episódios depressivos, é comum que o paciente fique desanimado, triste, pessimista e desesperançoso. Além disso, pode ficar preocupado, se sentir vazio, ter problemas de concentração e memória, apresentar alterações no apetite e no sono, demonstrar cansaço, falta de motivação e energia. Nos casos mais graves, os pensamentos de morte são recorrentes.

Como tratar esse transtorno?

A bipolaridade não tem cura, entretanto, o trantorno pode e deve ser tratado, a fim de controlar os sintomas e reduzir as crises bipolares. Independentemente do tipo de transtorno bipolar, a prioridade é estabilizar o humor do paciente e, para tanto, são utilizados medicamentos estabilizadores de humor, antipsicóticos e antidepressivos, além de métodos como a psicoterapia, eletroconvulsoterapia (ECT) e estimulação magnética transcraniana (EMT).

O tratamento deve ser conduzido por um bom psiquiatra, no intuito de aumentar a segurança no processo e potencializar a eficácia dos resultados. A automedicação é totalmente contraindicada. Somente o especialista pode recomendar o tipo, dosagem e duração do tratamento farmacológico.

Quer saber mais sobre transtorno bipolar? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



16 de setembro de 2018 Todos

A obsessão é uma condição mental caracterizada por pensamentos involuntários, intrusivos e obsessivos que podem se prolongar por períodos indefinidos. Na obsessão, as ideias são fixas e o indivíduo se concentra nelas, de modo que não consiga se livrar de tais pensamentos obcecados com facilidade. Ele até percebe seu comportamento irracional, porém, sente-se incapaz de controla-lo.

Obsessões podem ou não vir acompanhadas de compulsões e atitudes maníacas. De modo geral, esse quadro impacta negativamente a vida de quem sofre com esse transtorno, até porque, a obsessão tem íntima relação com o estado de ansiedade, podendo resultar em sintomas desagradáveis, como por exemplo, a insegurança, medo de adoecer ou morrer, além de rituais compulsivos, repetições e evitações.

A obsessão é um transtorno que atinge homens e mulheres na mesma proporção. Na maior parte dos casos, o distúrbio aparece ainda na infância ou adolescência, apesar de também poder iniciar na fase adulta. Quer conhecer as principais causas desse problema e quais são os tratamentos possíveis para a obsessão? Confira o texto completo!

Manifestação da compulsão

Pessoas com compulsão normalmente sofrem com pensamentos e imagens que invadem a mente insistentemente, sem que consigam bloquear essa invasão.

A partir daí, a única maneira que encontram para aliviar a ansiedade e atenuar essas ideias indesejadas é a obsessão, através de atos repetitivos que, muitas vezes, ocupam boa parte do tempo e geram desdobramentos prejudiciais no trabalho, vida social e nos relacionamentos.

Causas da obsessão

Acredita-se que a obsessão é resultado de causas biológicas, genéticas, psicológicas e ambientais. Enquanto alguns estudos apontam que esse transtorno é consequência de alterações cerebrais, outras pesquisas revelam que a pré-disposição genética tem influência nos casos de compulsão.

Comprovadamente, fatores ambientais e psicológicos, como infecções e traumas, têm relação com essa condição. Até mesmo fatores como estilo de vida, situações estressantes, e falta de estrutura familiar podem contribuir para que uma pessoa se torne obsessiva.

Vale acrescentar que os principais fatores de risco para o desenvolvimento de obsessão são os seguintes: histórico familiar (familiares com TOC ou outros transtornos de ansiedade), além de acontecimentos traumáticos no passado (acidentes, morte de alguém querido, abusos).

Tratamentos para compulsão

O tratamento para a compulsão tem duas vertentes: farmacológica e psicoterápica. A abordagem farmacológica inclui medicamentos para o controle da ansiedade e amenização dos sintomas compulsivos. A automedicação deve ser evitada, pois somente o psiquiatra pode recomendar o medicamento mais adequado, a dosagem ideal e a duração total do tratamento.

A psicoterapia funciona de forma bastante eficaz, pois trabalha as questões associadas ao problema e permite ao psicoterapeuta a identificação dos eventos traumáticos e situações que deram origem aos medos irracionais, atitudes compulsivas, necessidade de verificação constante, insegurança, etc. Entre outras vantagens, a psicoterapia contribui na libertação emocional de quem sofre com obsessão, além de ajudar a pessoa a lidar com as lembranças do passado e fatos que lhe causam ansiedade e temor.

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16 de setembro de 2018 Todos

A personalidade é o conjunto dos traços emocionais e comportamentais do indivíduo, ou seja, ela contempla o caráter e temperamento da pessoa, seu modo de pensar, sentir e agir.

Por diferentes razões, entre fatores genéticos e ambientais, a personalidade pode apresentar disfunções que resultam em prejuízos sociais. Existem diferentes transtornos de personalidade, cada qual com sintomas e causas específicas.

Leia o texto e entenda mais sobre o assunto!

O que são transtornos de personalidade?

Transtornos de personalidade são distúrbios psiquiátricos em que as pessoas apresentam padrões de pensamento e comportamento desajustados. Se não forem devidamente tratados, esses transtornos tendem a durar muito tempo e causar sofrimento não apenas para o paciente, como também, para os amigos e familiares, afinal,  essas condições mentais impactam os relacionamentos interpessoais, a vida social e profissional do indivíduo.

Os transtornos de personalidade são agrupados por categorias com características em comum. Há os transtornos excêntricos ou estranhos; os transtornos dramáticos, imprevisíveis ou irregulares e os transtornos ansiosos ou receosos.

Quais são os principais tipos de transtornos de personalidade?

Transtornos “excêntricos ou estranhos”

Transtorno de personalidade esquizoide – O portador não tem interesse em relações sociais e, portanto, é alguém indiferente, e distante da interação com terceiros.

Transtorno de personalidade paranoide – Caracterizado pela desconfiança em outras pessoas. Nesse tipo de transtorno, o indivíduo pensa a todo tempo que vai ser enganado e isso pode torná-lo alguém hostil e emocionalmente desapegado.

Transtorno de personalidade esquizotípica – Nele, o indivíduo tem atitudes extravagantes, crenças e pensamentos incomuns e até bizarros. Ele pode sentir dificuldade para permanecer em certos ambientes sociais e estabelecer relacionamentos íntimos.

Transtornos “dramáticos, imprevisíveis ou irregulares”

Transtorno de personalidade antissocial – No transtorno de personalidade antissocial a pessoa não reconhece as necessidades e sentimentos alheios. É alguém que costuma mentir, agredir e até mesmo infringir a lei.

Transtorno de personalidade histriônica – Trata-se de pessoas altamente emotivas e excessivamente dramáticas, que sentem a necessidade de chamar a atenção e receber aprovação.

Transtorno de personalidade narcisista – A principal característica é a autoestima elevada, combinada com uma grande necessidade de admiração. Geralmente o narcisista tem fantasia de sucesso, beleza ou poder, além de ter pouca empatia com terceiros.

Transtorno de personalidade borderline – No transtorno de personalidade borderline os relacionamentos e emoções são extremos, intensos e instáveis. O sentimento crônico de vazio e os comportamentos autodestrutivos são comuns entre as pessoas com borderline.

Transtornos “ansiosos ou receosos”

Transtorno de personalidade esquiva – A pessoa com transtorno de personalidade esquiva costuma evitar a interação social, pois se sente inadequada em lugares e situações. Além disso, é sensível a julgamentos negativos, teme a opinião alheia e, por isso, se isola de tudo e de todos.

Transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva – As pessoas com transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva é demasiadamente preocupada com regras e ordem. Elas sentem a necessidade constante de estar no controle.

Transtorno de personalidade dependente – Nesse tipo de transtorno, a pessoa sente a necessidade de ser cuidada, podendo se tornar submissa e tolerante a relacionamentos abusivos. Como se não bastasse, ela tem medo de ficar sozinha e se separar de pessoas queridas. Geralmente conta com uma enorme dificuldade para tomar decisões.

Quer saber mais sobre transtornos de personalidade? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



16 de setembro de 2018 Todos

Você sabia que até 50% dos indivíduos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresentam sintomas relacionados com o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)?

As semelhanças entre os dois transtornos confundem muitas pessoas, mas, embora realmente existam similaridades, não se deve colocar o TEA e o Tdah no mesmo pacote.

É importante saber distingui-los, pois, como são diferentes, a forma de lidar com cada um dos problemas também deve ser distinta. Pensando nisso, preparei um texto completo para te ajudar a diferenciar o TDAH e o autismo. Vem ver!

Quais as semelhanças entre os transtornos?

Para começo de conversa, ambos são transtornos de neurodesenvolvimento, que afetam o aprendizado, comportamento e socialização. Tanto o TEA quanto o TDAH geram dificuldades na regulação emocional, habilidades sociais, problemas de atenção e desajuste nas atitudes.

As duas condições podem coexistir e, em alguns casos, os traços de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade acabam dificultando o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista.

Pessoas com TEA ou com TDAH necessitam normalmente de mais tempo para se familiarizarem com novos ambientes e grupos diferentes. Além disso, elas demandam o estabelecimento de rotinas com apoio visual, intervalos entre as tarefas, elogios ou “feedbacks”, estímulos sensoriais, organização, atividades físicas e artísticas. Tudo isso ajuda na melhora desses quadros.

Quais são as principais diferenças entre eles?

No autismo, há, normalmente, uma dificuldade para utilizar a linguagem, enquanto no TDAH não necessariamente existe problema para se comunicar através da fala.

O autista pode ter um déficit para compreender a comunicação não literal, como as expressões faciais, gírias e gestos. Por outro lado, quem tem TDAH, apesar de se distrair com facilidade, consegue compreender o que os interlocutores falam sem grandes obstáculos.

A capacidade interpretativa dos portadores de TDAH, geralmente, é maior do que o poder de interpretação do autista. Semelhantemente, costumam ser mais impulsivos e agitados do que quem tem TEA.

Pessoas com TDAH conseguem lidar melhor com situações de interação social, embora sejam fortemente desatentas e hiperativas. Quem tem autismo pode se isolar com mais frequência, pois apresenta maior sensibilidade a sons, gostos, cheiros, texturas, etc.

Como tratar as duas condições?

Nos dois casos, é indispensável chegar a um diagnóstico preciso para iniciar o tratamento adequado. Para tanto, se faz necessária a participação de uma equipe multidisciplinar, composta pela família, professores, psicólogos, psicopedagos, psiquiatra e terapeutas ocupacionais.

O tratamento, tanto do TEA quanto do TDAH, deve ser focado na promoção do bem-estar do paciente, amenização dos sintomas e qualidade de vida do mesmo. As abordagens sociais, pedagógicas e psiquiátricas devem ser individualizadas de acordo com cada caso. Desse modo, a tendência é que os resultados sejam mais satisfatórios.

Quer saber mais sobre TEA eTDAH? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



16 de setembro de 2018 Todos

A hiperatividade, como o próprio nome sugere, consiste no excesso de atividade. É a condição de inquietação acima do normal, problema que pode atingir pessoas de todas as idades e ambos os sexos, embora a predominância seja no sexo masculino.

Trata-se de uma desordem mental que afeta até 8% dos indivíduos na infância. Destes, 40% deixarão de ser hiperativos ao longo da adolescência, enquanto 60% permanecerão com hiperatividade na fase adulta.

Vale destacar que a hiperatividade pode ser marcada por um estado de energia extrema, que pode ser mental (intenso fluxo de pensamentos) ou motora (agitação e movimentação física e muscular).

A hiperatividade é um sintoma de diversas condições. Veja a seguir o que pode ser quando alguém é ou está hiperativo.

TDAH

No topo da lista está realmente o Tdah, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. O excesso de atividade é um sintoma desse transtorno de neurodesenvolvimento caracterizado pela desatenção, dificuldade de foco, agitação extrema e impulsividade.  

Em geral, quem tem Tdah não apresenta bom rendimento escolar, pode ter problemas de leitura e dificuldades para realizar as tarefas acadêmicas, porém, são pessoas capazes intelectualmente e, em muitos casos, possuem inteligência acima da média.

Complicações na gestação e parto

A hiperatividade pode ter causas de ordem genética ou ambiental. Em crianças, ela pode ser resultado, por exemplo, do uso de tabaco, álcool e substâncias psicoativas pela mãe durante a gravidez. Outras razões incluem parto prematuro e baixo peso, complicações no parto, mãe desnutrida, sob estresse contínuo ou com depressão.

Distúrbios do neurodesenvolvimento

Hiperatividade é um problema que pode estar associado a problemas do neurodesenvolvimento, como deficiências intelectuais, autismo, déficits de aprendizagem e, até mesmo, doenças como pós-encefalites virais.

Problemas no ambiente familiar, social ou escolar

A pessoa pode se tornar hiperativa por conta do ambiente familiar desestruturado, caótico e desorganizado, além da existência de problemas situacionais como separação parental, luto, brigas, crises, agressões, maus tratos e abusos.

Transtornos fisiológicos ou psiquiátricos

Em adultos, a hiperatividade pode ter relação com distúrbios psiquiátricos, a exemplo a mania no contexto do transtorno bipolar. Também é comum a associação dessa condição com transtornos fisiológicos, como feocromocitoma e hipertireoidismo.

Distúrbios emocionais

Não raro, a hiperatividade é desencadeada por distúrbios emocionais, problemas nos relacionamentos, instabilidade no emprego, excesso de preocupação e ansiedade.

Exposição a agentes químicos

Hiperatividade também pode ser causada pelo uso excessivo de drogas, bebidas estimulantes, intoxicação por mercúrio, chumbo e variados metais pesados, exposição a pesticidas, adubos, diluentes, vernizes, amoníaco e outros produtos com princípio ativo forte.

Doenças cerebrais

Quando se trata de hiperatividade, é pertinente destacar que outra causa possível para essa manifestação é a existência de doenças cérebrovasculares e doenças variadas no sistema nervoso central. Ao perceber esse sintoma, procure auxílio médico para obter o diagnóstico adequado.

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16 de setembro de 2018 Todos

O autismo é um transtorno do desenvolvimento caracterizado pelo comprometimento da capacidade de interação social e habilidade de comunicação. Estima-se que no mundo inteiro, mais de 70 milhões de pessoas tenham autismo. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Geralmente, a manifestação do autismo se inicia ainda na infância, nos primeiros três anos de vida. Apesar disso, muitos diagnósticos se dão de maneira tardia.

É importante ressaltar que os sinais de autismo aparecem cedo. Sendo assim, pais e professores devem ficar atentos aos indícios de um eventual distúrbio de desenvolvimento, afinal, a identificação precoce dos sintomas possibilita o início do tratamento adequado o quanto antes. Veja a seguir quais são as principais manifestações do autismo.

Dificuldade de interação social

Normalmente, a pessoa autista tem dificuldade para olhar nos olhos de outra pessoa, mesmo estando bem próxima e conversando diretamente com ela. Ela pode rir em momentos e locais inoportunos, como uma cerimônia religiosa ou um velório, por exemplo.

De modo geral, autistas não lidam bem com gestos de afeto ou carinho, tanto que, dificilmente permitem-se serem beijados ou abraçados. É comum que tenham problemas para conviver e se relacionar com outros indivíduos, por isso, tendem a buscar o isolamento social.

Alterações comportamentais

Fique de olho se a pessoa não tem medo do perigo e se coloca constantemente em situações de risco. Outro comportamento comum é brincar de forma estranha, atribuindo funções diferentes aos brinquedos que tem. Também repete sempre as mesmas brincadeiras e usa apenas uma parte do objeto, como somente a roda do carrinho.

Aparentemente, o autista gosta de se machucar e não sente dor quando se fere. Pode ser agressivo e ficar irritado sem causa aparente, além de demonstrar inquietação, rodando em torno de si mesmo ou balançando para frente e para trás por muito tempo.

O autista tem problemas para se adaptar a novas rotinas, costuma olhar sempre na mesma direção e parece estar parado no tempo. À vezes, demonstra fixação por água e obsessão por determinados objetos.

Problemas de comunicação

O autista sabe falar, porém, muitas vezes, prefere se manter calado por um tempo prolongado, mesmo quando alguém se dirige a ele.  Quem tem autismo repete várias vezes as perguntas que as pessoas fazem, independente dessa atitude chatear os outros.

Autistas sentem dificuldades para se expressar e entender as expressões faciais alheias. Quando são chamados pelo nome, podem agir como se não estivessem escutando nada, mesmo não apresentando nenhum problema auditivo. Sua fala pode ser monótona e enfadonha.

Em muitos casos, o autismo é leve e gera poucos sintomas, o que faz com que o transtorno passe despercebido. Na adolescência e na fase adulta, as manifestações geralmente são sutis e os autistas normalmente conseguem ter autonomia para estudar e trabalhar.

Ainda assim, a depender da gravidade dos sintomas, ele pode sofrer com ausência de amigos, evitação de situações sociais, dificuldade de interação e problemas de relacionamento.

Pesquisas e estudos sobre o autismo

A palavra foi utilizada primeiramente pelo pesquisador Bleuler, em 1911, significando a perda de contato com a realidade. O termo refere-se às crianças pesquisadas, que viviam num mundo próprio, dentro de si mesmas, daí a raiz “auto” (voltado para si próprio).

Posteriormente, Kanner publica os primeiros artigos, apontando a questão do autismo presente em 11 crianças, no ano de 1943. No ano seguinte, Asperger publica estudos onde as crianças com autismo apresentavam certa desenvoltura cognitiva e inteligência normal.

Nos dias atuais, a comunidade médica observa o autismo com maior complexidade, com múltiplas etiologias com graus variáveis.

O Transtorno do Espectro Austista (TEA) é classificado em 3 graus atualmente: autismo leve, autismo moderado, autismo severo.

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15 de agosto de 2018 Todos

Mais de 18 milhões de brasileiros sofrem com transtornos de ansiedade, incluindo a agorafobia. Essa condição mental é um distúrbio que afeta cerca de 150 mil pessoas no país. Vale acrescentar que termo vem do grego “ágora”, que significa praça pública  ou mercado e “phobia”, que quer dizer medo.

Tal perturbação de ansiedade pode ser causada por outros transtornos psíquicos, ambientes estressantes, abuso de substâncias psicoativas, uso crônico de tranquilizantes, eventos traumáticos ou violência na infância. Em muitos casos, a agorafobia pode ser a progressão de um ataque de pânico ou consequência de eventos que provocam estresse e ansiedade.

Entre os sintomas da agorafobia estão o aumento da frequência cardíaca, falta de ar ou hiperventilação, dor ou aperto no peito, vertigem, formigamento no corpo, suor excessivo, náuseas, calafrios, diarreia, desmaios, insegurança, apreensão e o medo de ter medo.

Quer entender melhor esse problema e descobrir como funciona o tratamento? Leia o texto completo!

Afinal de contas, o que é agorafobia?

Agorafobia é um tipo de fobia caracterizado pelo medo intenso e incontrolável de situações e lugares que causam constrangimento, pânico, sensação de aprisionamento. Esse tipo de transtorno atinge três vezes mais mulheres do que homens.

Pessoas com essa condição geralmente temem ficar sozinhas em casa, além de sentirem medo de multidões e filas de espera, espaços fechados, lugares abertos demais, transportes públicos ou qualquer ambiente em que pensem que não conseguirão escapar.

Mesmo sem nenhum motivo concreto, é comum que os indivíduos que sofrem com agorafobia pensem não estão seguros em locais como cinemas, lojas, elevadores, parques, estacionamentos, teatros, etc.

Qual é a relação com o transtorno do pânico?

A relação desse tipo de fobia com o transtorno do pânico é muito íntima. Para começar, os sintomas de ambos são bem parecidos. Isoladamente, a agorafobia não pode ser considerada uma doença. No entanto, ela é uma manifestação clínica do transtorno de pânico, tanto que pode acontecer depois de ataques repentinos e extremos de medo.

O paciente agorafóbico teme lugares em que se sente ameaçado e onde acredita que o socorro possa ser dificultado em caso de perigo. A pessoa pode ter crises de pânico, de repente, em lugares como shoppings, aviões, praças e casas de shows.

Como tratar?

O tratamento da agorafobia varia de acordo com cada paciente. Geralmente o protocolo combina a psicoterapia com o uso de medicamentos prescritos pelo psiquiatra.

O intuito do tratamento, além de controlar os sintomas e diminuir as crises, é fazer com que a pessoa reconheça sua condição e desenvolva a capacidade de lidar com o problema.

Os efeitos das várias técnicas de psicoterapia são muito positivos, uma vez que ela ajuda a superar o medo e permite que o indivíduo leve uma vida normal na medida do possível. Esse tipo de terapia também é capaz de reduzir a ansiedade e modificar conceitos, comportamentos e sentimentos distorcidos.

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15 de agosto de 2018 Todos

A fobia é uma perturbação de ansiedade caracterizada pelo medo excessivo e/ou repulsa persistente de objetos, pessoas, animais e situações. As fobias desencadeiam o aparecimento súbito de temor e essa sensação normalmente permanece por muito tempo, o que gera sérios impactos para a vida do indivíduo. Vale destacar que, atualmente, cerca de 10% da população mundial sofre com transtornos fóbicos.

O medo, de modo geral, é uma emoção natural e necessária para nossa sobrevivência. Ele tem a função de nos proteger, nos fazer parar ou reagir, entretanto, quando esse medo é excessivo, crônico e descontrolado, ele passa a ser patológico e se transforma em fobia, o que demanda tratamento psiquiátrico.

São vários os tipos de fobias, entre elas, as mais comuns são a acrofobia (medo de altura), claustrofobia (medo de ambientes fechados), escotofobia (medo de escuro), cinofobia (medo de cachorros) catsaridafobia (medo de baratas), aracnofobia (medo de aranhas), ofidiofobia (medo de cobras) e sociofobia (fobia social). É sobre esta última que nós vamos conversar um pouco mais. Veja a seguir quais são os principais sintomas desse tipo de fobia:

Sintomas emocionais e comportamentais da fobia social

Quem sofre de fobia social costuma apresentar timidez excessiva e sensação de desconforto em situações sociais em que possam ser expostas à observação, julgamento, comentários e opiniões de outras pessoas.

O medo de não ser aceito ou de ser humilhado faz com que esse indivíduo evite apresentações em público, fuja de interações com outras pessoas, tema ficar constrangido ao entrar em contato com terceiros, fique ansioso antes de eventos e atividades sociais e evite momentos em que possa estar no centro das atenções.

É natural que pessoas com a sociofobia sejam pessimistas e analisem o próprio desempenho, dedicando muito tempo à autocrítica depois de passar por situações de exposição pública. Eles buscam identificar falhas em suas apresentações, o que reforça a fobia e mantém os bloqueios para as próximas interações sociais.

Sintomas físicos

A fobia social também pode provocar variados sintomas físicos, como os batimentos cardíacos acelerados, dor no estômago, náuseas, vômitos, falta de ar, tontura, diarreia, tensão muscular, tremores sudorese e rubor fácil.

Por temer essas manifestações no corpo, a pessoa com fobia social pode evitar usar banheiros públicos, conversar com estranhos, fazer contato visual com terceiros, comer na frente dos outros, namorar, frequentar reuniões sociais e festas, ir à escola ou ao trabalho, entrar em espaços em que outras pessoas já estão acomodadas.

A presença de timidez e medo de público, isoladamente, não é suficiente para determinar que alguém tem fobia social. É preciso se consultar com um bom psiquiatra, pois o especialista tem know how para analisar o histórico do paciente e avaliar o quadro detalhadamente com base em todos os sintomas existentes. Desse modo, ele é capaz de fazer o diagnóstico adequado e iniciar o tratamento correto, até porque, nem toda pessoa tímida é sociofóbica.

Que saber mais sobre fobias? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



15 de agosto de 2018 Todos

Os transtornos alimentares são distúrbios psíquicos bastante comuns, sobretudo, entre jovens. Segundo estudos recentes, transtornos como a bulimia e anorexia, por exemplo, são muito frequentes em mulheres dos 12 aos 25 anos, entretanto, o número de pessoas do sexo masculino com distúrbios alimentares vem crescendo significativamente.

Esse tipo de transtorno é caracterizado por perturbações e disfunções no comportamento alimentar que afetam negativamente a saúde física e mental. Entre as consequências dos transtornos alimentares estão a obesidade, a desnutrição e, em casos mais graves, o óbito.

São várias as razões sociais, psicológicas e biológicas que levam alguém a desenvolver comportamentos alimentares disfuncionais. Para te ajudar a entender os motivos desse problema, listei as principais causas dos transtornos. Boa leitura!

Distorção da imagem corporal

A pessoa não se vê como realmente é. Ao se olhar no espelho, enxerga alguém muito gordo ou muito magro, completamente diferente do que gostaria de ser. Isso a leva a adotar uma dieta restrita ou, até mesmo, comer compulsivamente.

Essa distorção da imagem corporal pode fazer também com que o indivíduo comece a praticar exercícios descontroladamente e consumir medicamentos para engordar ou emagrecer. No caso da anorexia, ela adota métodos nocivos como o uso de laxantes ou provocação de vômitos para eliminar o alimento que ingeriu anteriormente, tudo no intuito de não ganhar peso.

Desejo de se enquadrar nos padrões sociais

O ideal de corpo veiculado nas redes sociais, novelas, revistas, desfiles e editoriais de moda é um dos fatores causadores de distúrbios alimentares variados.

As pressões impostas pela sociedade, a influência midiática e o desejo incontrolável de conquistar o corpo perfeito são gatilhos para o desenvolvimento de transtornos no comportamento alimentar, pois geram a preocupação excessiva com o visual e o medo intenso de engordar ou emagrecer, destoando assim dos padrões estéticos atuais.

Ação da serotonina no cérebro

A ação da serotonina no cérebro também é uma das causas dos transtornos alimentares. Esse neurotransmissor pode impactar o humor, o apetite e os impulsos das pessoas, tendo uma ligação direta com a fome, a saciedade e a sensação de prazer ao comer.

Por exemplo, muitas mulheres se sentem felizes e bem humoradas ao se alimentarem, mas no caso das mulheres que apresentam um diagnóstico de anorexia, é o ato de deixar de comer que produz o sentimento de satisfação e felicidade, ainda que eventualmente surja a sensação de culpa e arrependimento.

Outras causas

Os transtornos alimentares são multifatoriais. Eles podem ser causados também por traumas de infância, como abusos sofridos no passado, restrição alimentar provocada por dificuldades financeiras ou excesso de comida imposto pelos pais, mediante o discurso de que nada poderia restar no prato.

As disfunções no comportamento alimentar também podem tem relação com as exigências diretas e indiretas da profissão. A anorexia, por exemplo, é mais frequente entre modelos e dançarinos, ofícios ligados intimamente à aparência do corpo.

Quer saber mais sobre transtornos alimentares? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!




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