A hiperatividade, como o próprio nome sugere, consiste no excesso de atividade. É a condição de inquietação acima do normal, problema que pode atingir pessoas de todas as idades e ambos os sexos, embora a predominância seja no sexo masculino.
Trata-se de uma desordem mental que afeta até 8% dos indivíduos na infância. Destes, 40% deixarão de ser hiperativos ao longo da adolescência, enquanto 60% permanecerão com hiperatividade na fase adulta.
Vale destacar que a hiperatividade pode ser marcada por um estado de energia extrema, que pode ser mental (intenso fluxo de pensamentos) ou motora (agitação e movimentação física e muscular).
A hiperatividade é um sintoma de diversas condições. Veja a seguir o que pode ser quando alguém é ou está hiperativo.
TDAH
No topo da lista está realmente o Tdah, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. O excesso de atividade é um sintoma desse transtorno de neurodesenvolvimento caracterizado pela desatenção, dificuldade de foco, agitação extrema e impulsividade.
Em geral, quem tem Tdah não apresenta bom rendimento escolar, pode ter problemas de leitura e dificuldades para realizar as tarefas acadêmicas, porém, são pessoas capazes intelectualmente e, em muitos casos, possuem inteligência acima da média.
Complicações na gestação e parto
A hiperatividade pode ter causas de ordem genética ou ambiental. Em crianças, ela pode ser resultado, por exemplo, do uso de tabaco, álcool e substâncias psicoativas pela mãe durante a gravidez. Outras razões incluem parto prematuro e baixo peso, complicações no parto, mãe desnutrida, sob estresse contínuo ou com depressão.
Distúrbios do neurodesenvolvimento
Hiperatividade é um problema que pode estar associado a problemas do neurodesenvolvimento, como deficiências intelectuais, autismo, déficits de aprendizagem e, até mesmo, doenças como pós-encefalites virais.
Problemas no ambiente familiar, social ou escolar
A pessoa pode se tornar hiperativa por conta do ambiente familiar desestruturado, caótico e desorganizado, além da existência de problemas situacionais como separação parental, luto, brigas, crises, agressões, maus tratos e abusos.
Transtornos fisiológicos ou psiquiátricos
Em adultos, a hiperatividade pode ter relação com distúrbios psiquiátricos, a exemplo a mania no contexto do transtorno bipolar. Também é comum a associação dessa condição com transtornos fisiológicos, como feocromocitoma e hipertireoidismo.
Distúrbios emocionais
Não raro, a hiperatividade é desencadeada por distúrbios emocionais, problemas nos relacionamentos, instabilidade no emprego, excesso de preocupação e ansiedade.
Exposição a agentes químicos
Hiperatividade também pode ser causada pelo uso excessivo de drogas, bebidas estimulantes, intoxicação por mercúrio, chumbo e variados metais pesados, exposição a pesticidas, adubos, diluentes, vernizes, amoníaco e outros produtos com princípio ativo forte.
Doenças cerebrais
Quando se trata de hiperatividade, é pertinente destacar que outra causa possível para essa manifestação é a existência de doenças cérebrovasculares e doenças variadas no sistema nervoso central. Ao perceber esse sintoma, procure auxílio médico para obter o diagnóstico adequado.
Quer saber mais sobre hiperatividade? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!