Todos / Dra Aline Rangel


15 de março de 2020 Todos
Nem todas as pessoas têm facilidade para se relacionarem com outras. Alguns são introvertidos enquanto outros são extrovertidos, alguns se expressam com facilidade em situações públicas, enquanto outros são dominados pela timidez. Para alguns a interação social é algo natural. Já para outros é uma situação amedrontadora. É importante ressaltar que as  personalidades são diferentes e cada indivíduo tem sua própria forma de ver e lidar com o mundo, entretanto, a dificuldade para se relacionar passa a ser preocupante quando excede os limites. Em algumas situações, os bloqueios e problemas de relacionamento estão associados a condições mais sérias. Leia o artigo completo e descubra quando essa dificuldade merece maior atenção. Vem comigo!

Quando as dificuldades de relacionamento prejudicam o dia a dia

A timidez leve é algo que não prejudica fortemente aspectos como a vida social, profissional e familiar, entretanto, o excesso de retração pode ser um sinal de fobia social, um transtorno de ansiedade caracterizado com manifestações como tensão nervosa, desconforto, medo da exposição e de julgamentos sociais. Na verdade, esse quadro não só atrapalha o dia a dia, como também compromete o desempenho em atividades como falar em público, fazer uma entrevista de emprego e, até mesmo, se relacionar afetivamente.

Quando a dificuldade vem acompanhada de sintomas físicos e emocionais

Ligue o sinal de alerta se as dificuldades de relacionamento vierem acompanhadas de sintomas como medo, depressão, ansiedade, palpitações, isolamento social, sudorose, agressividade, baixa autoestima, irritabilidade, mau humor e angústia. Se essas manifestações aparecerem, é um forte indício de que as dificuldades para se relacionar não se limitam a um simples problema de convívio. Pode haver um transtorno psíquico de base.

Quando suas atitudes afastam as outras pessoas

Se você vive mau humorado, irritado e indisposto, se o seu senso de autocrítica é muito elevado e se as suas atitudes vivem afastando as outras pessoas, isso pode ser um sinal de distimia. A distimia é um transtorno depressivo permanente que pode levar o indivíduo ao isolamento social. Isso ocorre porque o indivíduo distímico é visto como reclamão, ranzinza e pessimista, fazendo com que familiares e amigos não tenham prazer em sua companhia.

Quando os relacionamentos são tóxicos e abusivos

Relacionamentos marcados por ciúmes, dependência, agressividade e extremismos são muito nocivos para todas as partes envolvidas e, realmente, devem ser motivo de preocupação, especialmente porque colocam em risco a saúde física e emocional de quem está dentro desse tipo de relação. Se esse for o seu caso, saiba que o ideal é buscar ajuda para dar fim ao ciclo de abusos. Vale salientar que esse tipo de relação é comum quando há transtornos subjacentes como a síndrome de borderline, depressão, bipolaridade, dependência química, comportamento antissocial e transtorno explosivo intermitente. Quer saber um pouco mais sobre as dificuldades em se relacionar? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!15


15 de março de 2020 Todos
Os antidepressivos, como o próprio nome sugere, é uma categoria de medicamentos desenvolvidos para tratar especialmente os transtornos depressivos, mas também podem se utilizados no tratamento de transtornos de ansiedade, distúrbios do sono, dependência química, dores crônicas, transtornos alimentares, disfunções sexuais, etc. Quer saber mais detalhes sobre os antidepressivos? Leia o artigo e fique por dentro do assunto!

Como agem os antidepressivos?

Antidepressivos são fármacos psiquiátricos que atuam no sistema nervoso central. Eles são utilizados para tratar variados distúrbios e são capazes de promover o equilíbrio das funções eletroquímicas do cérebro, bem como, normalizar o fluxo dos neurotransmissores. Essa regulação auxilia na atenuação dos sintomas de depressão e outros transtornos.

Quanto tempo demora para os antidepressivos fazerem efeito?

O tempo de ação varia de acordo com o caso e depende das respostas do organismo de cada paciente. Enquanto alguns antidepressivos começam a surtir efeito nos primeiros dez dias de tratamento, outros demoram meses, uma vez que a melhora é gradual e lenta. Isso ocorre porque os pacientes não reagem imediatamente às novas substâncias e o cérebro, no começo, ainda está aprendendo a lidar com elas.

Quais são os tipos de antidepressivos?

Os antidepressivos são classificados em alguns tipos: inibidores não seletivos da recaptação de moaminas, inibidores seletivos da recaptação da serotonina, inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina, inibidores da recaptação de serotonina e antagonistas ALFA-2, inibidores seletivos da recaptação de dopamina, antagonistas ALFA-2 e inibidores da Monoaminoxidase.

Que sintomas os antidepressivos podem amenizar?

Os efeitos dependem do tipo de antidepressivo. A gama de sintomas que podem ser amenizados através do tratamento fármaco incluem sonolência, boca seca, cansaço, visão borrada, dor de cabeça, tremores, palpitações, náuseas, vômito, prisão de ventre,  tontura, transpiração, rubor, queda da pressão, ganho de peso, distúrbios ejaculatórios, sudorese excessiva, etc.

Deve-se tomar antidepressivos por conta própria?

O uso de antidepressivos vem crescendo no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Só para ter ideia, em nosso país o aumento chegou a 11,6% segundo dados da IMS Health. Apesar  desse crescimento, a utilização não deve ser irrestrita. O uso requer responsabilidade, indicação adequada e orientação médica, afinal, somente o profissional pode recomendar o tipo, dosagem e duração do tratamento antidepressivo. A automedicação é completamente contraindicada.

Por que os antidepressivos não resolvem, sozinhos, a depressão?

Quem tem depressão costuma apresentar baixos níveis de serotonina, neurotransmissor importante, relacionado à sensação de prazer e bem-estar. A baixa quantidade de serotonina prejudica fortemente a comunicação neuronal e resulta no desequilíbrio químico das emoções. Os antidepressivos entram em cena, a fim de melhorar a comunicação entre os neurônios, aumentando a concentração e o tempo que o hormônio permanece ali. Apesar disso, mesmo com os níveis de serotonina regulados, alguns pacientes não apresentam melhoras no quadro depressivo. Isso ocorre porque nesses casos, não há apenas um desbalanceamento químico que a medicação deveria corrigir. É que cada pessoa pode responder de formas diferentes ao tratamento fármaco. O ideal é que a abordagem terapêutica inclua também outros métodos eficientes, como por exemplo, a psicoterapia. Quer saber mais sobre antidepressivos? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de março de 2020 Todos
Você já ouviu falar em distimia? A distimia é um tipo crônico de depressão que é caracterizado pela irritabilidade, baixa autoestima, tristeza, desânimo, pessimismo e mau humor. Também chamada de transtorno depressivo persistente, tal distúrbio afeta de 3 a 5% da população mundial. Embora seja pouco conhecida, a distimia deve ser discutida, afinal, é uma condição psíquica muito séria. Só para ter ideia, de 15% a 20% dos pacientes com esse problema tentam o suicídio. Quer conhecer melhor esse tipo de depressão menos comum, porém, grave? Leia o artigo e saiba mais.

O que diferencia a distimia da depressão convencional?

Sua intensidade é moderada e o que a diferencia da depressão convencional é que a distimia não se instala de forma repentina e abrupta. Nesse tipo de quadro, o mau humor é persistente e constante, tanto que os indivíduos distímicos são normalmente confundidos com ranzinzas inveterados.

Quais são as maiores dificuldades que as pessoas com distimia enfrentam?

Quem tem distimia geralmente possui sérias dificuldades de relacionamento. Elas apresentam pensamentos negativos, elevado senso de autocrítica e estão sempre irritadas ou reclamando. Isso dificulta o convívio com outras pessoas e pode gerar isolamento social. Para quem vê de fora, as atitudes do distímico parecem apenas temperamento complicado e personalidade difícil. Não há empatia porque a condição não é encarada como doença.

E os principais sintomas de distimia, quais são?

Como já mencionei, as maiores marcas da distimia são o mau humor, a baixa autoestima, a tristeza, o desânimo, pensamentos negativos e afastamento das atividades sociais. Também podem ocorrer alterações no sono e apetite, baixa energia e maior propensão ao uso de drogas e tranquilizantes.

Como diagnosticar esse tipo de depressão?

O diagnóstico da distimia é clínico e se baseia na manifestação dos sintomas, que para caracterizar o quadro, precisam persistir por dois anos seguidos. Vale destacar que em boa parte dos casos, a distimia se desenvolve juntamente com episódios de depressão maior. Como a pessoa com distimia dificilmente se dá conta da própria condição, é comum que não busque ajuda e acabe se conformando com o mau humor, falta de prazer e irritabilidade como se realmente fossem parte de sua personalidade e forma de ver o mundo. Cumpre salientar que o diagnóstico precoce possibilita o início do tratamento adequado e ajuda na obtenção de bons resultados por meio da abordagem terapêutica certa.

Como tratar a distimia?

O tratamento da distimia deve ser conduzido por um psiquiatra qualificado , experiente e confiável. A abordagem terapêutica geralmente engloba o uso de antidepressivos, associado à realização de sessões de psicoterapia. Outras medidas que podem auxiliar no controle do quadro consistem na prática de exercícios físicos, dedicação a algum hobby, aprendizado de novas habilidades e suporte familiar. Quer saber um pouco mais sobre a distimia? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de fevereiro de 2020 Todos
A falta de interesse em atividades que costumavam dar prazer, como ir ao cinema com os amigos, sair para passear com o par ou mesmo passar uma tarde vendo televisão com os pais, exige atenção. Quadros de estresse, depressão, ansiedade e até mesmo algumas doenças podem engatilhar sentimentos de insatisfação com a vida. Falta de interesse em socialização e a sensação de que as coisas não valem mais a pena também são indícios de alterações psiquiátricas. Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre algumas das maiores causas de angústia e do “sentimento de vazio” que podem acometer os pacientes. Confira, a seguir.

Falta de interesse: o que pode ser?

A anedonia, perda da capacidade de sentir prazer, pode acompanhar diversos quadros. Esquizofrênicos, pessoas diagnosticadas com depressão ou doenças crônicas. Ansiosos clínicos e indivíduos com histórico de abuso de narcóticos estão mais suscetíveis ao desenvolvimento da condição, que pode ser frustrante e até mesmo perigosa. A anedonia está relacionada a baixos níveis de serotonina, dopamina e adrenalina no sistema nervoso. Em geral, causa não apenas ausência de interesse em trabalhar, conversar, sair de casa e até mesmo comer, mas também dificuldade de desenvolver relações de afeto. O paciente também pode sofrer perda de autoestima e de valor pessoal. Outros elementos importantes no sentido individual, como a proximidade com parentes e a libido, também deixam de provocar sentimentos ou reações prazerosas.

Fatores de risco para a anedonia

Depressão

De acordo com dados publicados pelo Ministério da Saúde, a prevalência de depressão ao longo da vida, somente no Brasil, está em torno de 15,5%. É um número bastante significativo, considerando o tamanho da nossa população. A Organização Mundial de Saúde, por sua vez, aponta que a depressão está em quarto lugar entre as principais doenças que causam ônus ao bem-estar. Entre os sintomas da depressão estão:
  • sensação de tristeza ou vazio;
  • incapacidade de sentir-se eufórico ou aborrecido, mesmo diante de situações que deveriam causar reação significativa;
  • apatia;
  • medo do futuro;
  • diminuição da produtividade;
  • insônia ou sonolência;
  • dificuldade de concentração;
  • perda ou ganho de apetite, acompanhado por emagrecimento ou aumento de peso abruptos;
  • diminuição ou desaparecimento da libido.
Pessoas depressivas também podem apresentar outros problemas de saúde, além de dores nas costas e no peito, cansaço intenso, náuseas e taquicardia. As ideações suicidas estão presentes em alguns pacientes e devem ser levadas imediatamente ao conhecimento de um especialista.

Estresse

Problema típico dos nossos dias, o estresse pode parecer inofensivo, mas causa efeitos severos – e às vezes irreversíveis – no corpo humano. Pessoas submetidas a altas cargas de estresse são frequentemente ansiosas, o que também pode fazer com que elas enfrentem crises de pânico ou problemas de relacionamento interpessoal. Crises de gastrite, aumento da possibilidade de infarto, dores crônicas e enxaqueca também podem acompanhar o quadro. Muitas vezes, o estresse também gera falta de interesse em atividades outrora muito agradáveis. Ao sentir-se desanimado, entristecido e com dificuldades para lidar com a rotina, as obrigações e os momentos dedicados ao autoconhecimento e lazer, é imprescindível buscar acompanhamento médico. A terapia, aliada à utilização de medicamentos – que devem ser definidos apenas por um especialista -, pode fazer imensa diferença no bem-estar e na qualidade de vida da pessoa com falta de interesse pela vida. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de fevereiro de 2020 Todos
Chamamos de transtornos de humor as alterações de ordem mental que consistem em períodos, às vezes alternados, de tristeza, mania e irritabilidade. Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre alguns dos transtornos de humor mais comuns, assim como seus sintomas e efeitos no bem-estar e qualidade de vida de quem sofre com eles. Confira, a seguir.

Tipos de transtornos de humor

Transtorno bipolar

O transtorno afetivo bipolar, conhecido apenas como transtorno bipolar, é caracterizado pela alternância de episódios de euforia (mania e hipomania) e depressão. As crises têm intensidade variável e podem se manifestar de forma abrupta. A duração também varia consideravelmente. Dividimos o transtorno em diferentes tipos. Veja, a seguir.

Transtorno bipolar tipo I

Indivíduos neste grupo apresentam episódios de mania que duram pelo menos uma semana, seguidos por episódios de depressão que podem durar semanas. Quando maníacos, podem ter comportamentos de risco, descontrole emocional, insônia, agitação física, aumento da libido, agressividade, dificuldade de atenção, atitudes arrogantes e excesso de confiança. No estado depressivo, apresentam profunda angústia, com perda do prazer pelas atividades cotidianas, sonolência ou insônia, dificuldades de socialização, ausência de libido, perda de produtividade e, em casos severos, ideações suicidas.

O que é hipomania?

Quando o paciente apresenta hipomania, ele apresenta os mesmos comportamentos do estado maníaco, mas com menos intensidade. Apesar de ficar falante, excessivamente sociável e sexualmente ativo, tende a ter estes comportamentos de forma mais branda. O quadro pode ser engatilhado pela utilização de medicamentos antidepressivos e deve ser avaliado por um especialista em saúde mental.

Transtorno bipolar tipo II

O indivíduo tem comportamento alternado e passa por episódios de depressão e hipomania. Em geral, suas crises são mais leves e não afetam tanto a vida profissional ou as relações interpessoais do paciente.

Transtorno bipolar misto

O paciente apresenta sintomas de transtorno bipolar, mas tem crises espaçadas e em intensidade insuficiente para que um diagnóstico “fechado” seja feito.

Ciclotimia

Pessoas diagnosticadas possuem oscilações de humor que podem ocorrer no período de um dia. Nem sempre é fácil fazer o diagnóstico da ciclotimia, uma vez que os pacientes podem ser vistos como instáveis ou imaturos, dado o seu humor imprevisível.

Depressão

A depressão é uma das doenças mais frequentes no mundo e uma das maiores razões de afastamento do trabalho ou da vida social. Para além disso, a circunstância clínica é responsável por um número grande de suicídios – razão pela qual os pacientes devem ser medicados, ouvidos e auxiliados em todos os momentos. A depressão pode causar uma série de sintomas. Os mais comuns são:
  • perda de interesse pelas atividades cotidianas;
  • medo do futuro;
  • sonolência, ou o extremo oposto;
  • insônia persistente;
  • dores no corpo;
  • taquicardia;
  • angústia;
  • ausência de foco;
  • sensação de infelicidade;
  • falta de apetite (ou aumento do consumo calórico);
  • perda de desejo sexual.

Transtorno esquizoafetivo

Caracterizado por sintomas que normalmente se encaixam em comportamento esquizofrênico, além de alterações de humor, o transtorno esquizoafetivo também pode causar psicose. O paciente pode apresentar delírios, alucinações, comportamento motor alterado e perda de contato com a realidade. Pessoas neste quadro têm transtorno de humor e oscilam entre mania e depressão, além de sintomas de esquizofrenia. É preciso avaliar a progressão dos sintomas do transtorno de humor, a gravidade das crises e o comportamento geral do paciente para decidir um rumo de ação e a medicação a ser utilizada. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de fevereiro de 2020 Todos
Se uma pessoa tem gastos excessivos e não consegue se organizar, ela pode entrar em dívidas, buscar empréstimos e, dentro de algum tempo, tornar difícil a manutenção da sua qualidade de vida. Gastos excessivos podem ser mais do que dificuldade de planejar-se financeiramente: eles podem indicar a presença de transtornos de ordem mental. Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre a compulsão por compras e sobre as enfermidades que podem estar por trás dela. Um adendo é necessário antes disso: o material aqui contido não tem como objetivo oferecer um diagnóstico, mas chamar atenção para circunstâncias reais. Apenas um especialista, após extensa análise dos sintomas, hábitos e histórico médico do paciente, pode oferecer um diagnóstico concreto e um plano de ação. Isso dito, confira abaixo quais são as enfermidades que têm gastos excessivos como sintoma.

Gastos excessivos: quando a situação passa dos limites?

Se uma pessoa tende a fazer compras quando está nervosa, quando passou por alguma situação negativa ou positiva, ou apenas para “passar o tempo”, é preciso que observemos o seu comportamento mais de perto. Às vezes, a situação chega a um nível alarmante. A pessoa afetada pode gastar mesmo quando a conta está negativa e mentir sobre o valor das compras para amigos e cônjuge. Outros comportamentos de risco são: criar justificativas para comprar peças ou objetos novos, competir com outras pessoas (ainda que de forma velada) e até mesmo passar mal quando não consegue comprar aquilo que deseja.

O que gera a compulsão por compras?

Comportamentos compulsivos podem se manifestar de diversas maneiras. Neste artigo, falamos especificamente de pessoas que têm compulsão por compras. Mas, existe compulsões de diversos tipos, como compulsão por medicamentos, livros, álcool, drogas e até por relações sexuais. Em geral, as pessoas compulsivas têm um quadro significativo de ansiedade. O ato de comprar, em casos do gênero, atua de maneira a suavizar o impacto do estado emocional. As compras oferecem para o paciente não apenas uma distração, mas uma sensação momentânea de conforto, alívio e tranquilidade. O problema é que o estado de satisfação tende a ser provisório. Em algum tempo, a pessoa compulsiva precisará repetir o comportamento para voltar a se sentir bem. A depressão é outro fator de risco para quadros compulsivos. Pessoas depressivas, especialmente quando não tratadas da maneira correta, tendem a buscar formas de preencher o sentimento de frustração, inadequação ou vazio emocional. Em alguns casos, podem recorrer a fármacos, entorpecentes ou relações sexuais. Em outros, podem preencher o tempo com trabalho, sempre buscando a exaustão e a ausência de pensamento sobre aquilo que inquieta e incomoda. As compras, nesse ínterim, atuam de maneira a aliviar a dor do quadro. Comprar pode servir como um alívio e conforto, oferecendo alguma dose de serotonina, distração e até mesmo uma sensação de recompensa para o cérebro.

Como reconhecer uma pessoa compulsiva?

Ser consumista não é ser compulsivo, necessariamente. Há quem goste de comprar quando pode, mas que não se sente profundamente incomodado ou nervoso quando não arremata novas roupas, equipamentos, móveis, etc. Os gastos excessivos devem ser avaliados quando a pessoa não consegue sair de casa sem comprar algo. Compulsivos por compras passam dias adquirindo produtos desnecessários pela internet. Eles podem agir de forma agressiva ao serem questionados sobre seus gastos, comportamentos e hábitos de consumo. É preciso buscar ajuda especializada, não apenas para garantir a saúde financeira, mas para investigar quais podem ser os gatilhos responsáveis pelos gastos excessivos. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


22 de janeiro de 2020 AnsiedadeTodos
A fobia escolar é um tipo de ansiedade em que a criança passa a apresentar medo de ir à escola. Esse problema geralmente é observado em crianças com idade entre 4 e 6 anos, fase em que elas começam a frequentar o colégio. Isso acontece, na maioria dos casos, porque é a primeira vez que elas estão deixando a segurança de seus lares. Nesse processo, o ambiente escolar se configura como algo novo e desconhecido que acaba gerando o medo. O diagnóstico dessa fobia pode ser difícil porque nem sempre a criança consegue expressar seus sentimentos em palavras. Muitas vezes, os pais só conseguem perceber que há algo errado com a criança quando ela começa a apresentar sintomas de pânico na hora de ir para o colégio. Por isso, neste artigo, falaremos sobre a fobia escolar e como podemos identificá-las nos pequenos. Não deixe de acompanhar!

Quais são os sintomas da fobia escolar

O medo irracional de ir à escola pode surgir no dia a dia da criança a partir de comportamentos específicos. Por exemplo, na hora em que ela precisa se arrumar para ir para o colégio, pode passar a pedir para ficar em casa ou na casa dos avós. Além disso, sintomas físicos podem começar a aparecer. Eles se assemelham a uma crise de pânico e, muitas vezes, os pais ou cuidadores acreditam ser alguma outra doença. Por isso, é importante observar se o seu filho apresenta os seguintes sintomas ou atitudes:
  • recusa frequente em ir para a escola;
  • tremor;
  • suor excessivo;
  • agitação;
  • boca seca;
  • palpitação;
  • dor de cabeça;
  • insônia;
  • irritação;
  • medo de ficar longe dos pais;
  • falta de atenção;
  • irritação;
  • isolamento;
  • choro frequente;
  • problemas de concentração.
Alguns desses sinais surgem antes de a criança ir para a escola, enquanto ela se arruma para sair. Nesse momento, ela pode ter crises de choro, tremedeira, dor de cabeça, irritação e uma ansiedade extrema, que faz com que não pare de falar. No ambiente escolar, ela pode passar a apresentar comportamento arredio, isolamento dos colegas e recusa de participar de atividades em grupo. Além disso, no seu dia a dia, pode não querer ficar sem os pais, ter pesadelos, obsessão com a ideia de morte e ter medo de ficar sozinha.

O que causa a fobia escolar?

O medo de ir para a escola nem sempre é causado pela instituição de ensino, mas de algum estresse pós-traumático sofrido pelo seu filho. Pode ser um colega que o ameaça ou um professor muito exigente. O problema é que nem sempre uma criança entre 4 e 6 anos vai contar isso em casa. Por isso, é importante que se tenha muita atenção quando uma criança apresenta um ou mais sintomas citados neste artigo. A fobia escolar pode ser tratada, mas isso pode levar tempo. Sendo assim, é fundamental que pais, professores e cuidadores possam identificar o problema o quanto antes. Uma criança fora da escola pode vir a ter grandes perdas cognitivas e sociais no futuro. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!

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15 de janeiro de 2020 EsquizofreniaTodos

A esquizofrenia é uma doença que afeta mais de 2,5 milhões brasileiros. Acredita-se que esse alto número deve-se à quantidade de recaídas que o paciente esquizofrênico pode ter ao longo de sua vida.

A maior causa de crises é a descontinuação do tratamento, que pode se dar em função de vários fatores, sendo os principais:

1) baixos recursos financeiros por parte do paciente e familiares associado à ausência de políticas públicas que garantam o sustento do tratamento;
2) o não reconhecimento do próprio problema como uma doença que mereça ser cuidade; 
3) a incapacidade cuidar do seu próprio tratamento.

Por isso, o apoio familiar e social é fundamental para quem vive com a esquizofrenia, pois o paciente que tem o tratamento interrompido pode voltar a ter crises graves e incapacitantes e o auxílio de pessoas próximas pode ajudá-lo a manter a rotina de medicamentos e terapias.

A falta de tratamento da esquizofrenia pode implicar perdas para o doente e para as pessoas ao seu redor.

O tratamento da esquizofrenia

O cérebro da pessoa com esquizofrenia tem um desequilíbrio de neurotransmissores que provoca sintomas como alucinações, delírios, ideia de perseguição, pensamento desorganizado, dificuldade de falar, perdas cognitivas, perda na capacidade de demonstrar emoção, entre outros.

Além disso, o paciente esquizofrênico também pode ter surtos psicóticos, e o tratamento consiste basicamente em controlar os sintomas para que o doente se reintegre socialmente e leve sua vida da melhor forma possível para cada quadro.

No entanto, alguns casos têm prognóstico melhor e, quanto antes o tratamento for iniciado, melhores serão os seus resultados. Além disso, a manutenção do tratamento pelo tempo que for necessário também contribui para a diminuição dos sintomas mais severos.

Consequências da falta de tratamento

Quando as medidas terapêuticas são empregadas tardiamente ou não são feitas, aumentam as chance de o paciente sofrer sérias consequências, como veremos.

Problemas de socialização e convivência

Em função da diminuição das emoções, do comportamento incomum e das fortes crises, a pessoa com esquizofrenia tem a sua relação social diminuída ao extremo.

A perda da sociabilidade pode conduzir os doentes à perda de contato com família e à ausência de um lar.

Surtos frequentes de esquizofrenia

Os surtos, na maioria dos quadros de esquizofrenia, são frequentes. No entanto, em pacientes que postergaram o tratamento ou o interromperam, a frequência das crises aumentam consideravelmente.

Perdas cognitivas

A diminuição da função mental evolui gradativamente ao longo dos anos depois do início do transtorno. Esse comprometimento cognitivo dá origem a uma série de problemas.

Sendo assim, a gravidade do comprometimento cognitivo é vista como um determinante primordial da incapacidade global em pessoas com esquizofrenia.

Invalidez

A incapacidade global é o determinante de um quadro de invalidez, observada quando há prejuízo acentuado na capacidade cognitiva, crises frequentes e dificuldade de gerir a própria vida.

O lado difícil dessas consequências é que muitos pacientes com esquizofrenia acabam desempregados. Assim, acabam vivendo na pobreza e sem contato com a família.

É crucial enfatizar a importância do tratamento precoce da esquizofrenia assim que ela for diagnosticada. Atrasar ou negligenciar o tratamento para esse transtorno mental pode ter graves consequências negativas. Desde o comprometimento das funções cognitivas até a diminuição da qualidade de vida e o aumento do risco de autolesão, as repercussões da esquizofrenia não tratada são abrangentes e significativas. Felizmente, existem tratamentos medicamentosos eficazes disponíveis para gerenciar os sintomas da esquizofrenia e melhorar o bem-estar geral. Buscar intervenção precoce e aderir a um regime de medicação prescrita pode melhorar significativamente o prognóstico deste transtorno mental. É essencial que os profissionais de saúde, os pacientes e suas famílias reconheçam a importância do tratamento oportuno e trabalhem juntos para garantir que recebam os cuidados de que precisam. Ao abordar a esquizofrenia precocemente, podemos capacitar as pessoas a levar uma vida plena e reduzir o fardo desse transtorno que pode ser incapacitante tanto para o indivíduo quanto para a sociedade como um todo.

 

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15 de janeiro de 2020 Todos
A fobia social é um tipo de transtorno de ansiedade que se manifesta por meio de comportamentos de medo. Nervosismo, tensão nervosa e pânico surgem a partir do momento em que a pessoa afetada pensa que está diante de uma avaliação social. Essa avaliação só existe, na maioria das vezes, na cabeça do próprio fóbico. O pavor do julgamento alheio faz com que indivíduo acabe adotando um comportamento recluso. Ele passa a evitar o contato com o outro como uma forma de não sofrer. No entanto, o medo é o que causa o maior sofrimento mental para a pessoa com fobia. O medo do fóbico social não o deixa sair de casa, ou mesmo do próprio quarto. Continue a leitura para saber mais sobre o assunto!

A importância do diagnóstico

Identificar o transtorno cedo é de extrema importância tanto para quem sofre do problema quanto para sua família e seus amigos. Isso porque o tratamento precoce pode ajudar o paciente a restabelecer sua qualidade de vida. Com isso, ele pode voltar a se relacionar com o outro e a viver tranquilo em sociedade.

Sinais de fobia social

A fobia social geralmente aparece ainda na infância e na adolescência. Inicialmente, os pais podem achar que se trata de timidez ou insegurança típica da idade. No entanto, é importante observar se a criança ou o jovem tem reações extremas de pânico diante de uma situação que envolve contato social. Além disso, é frequente que eles evitem áreas comuns da casa, não interajam com visitas e não frequentem grupos de amigos. Os sintomas mais observados em quem tem esse tipo de ansiedade social são:
  • sentimento subjetivo de rejeição social;
  • medo da avaliação do outro;
  • comportamento recluso (isolamento espacial);
  • ataque de pânico em situações sociais desafiadoras;
  • desejo de fuga na iminência das interações interpessoais;
  • angústia e ansiedade antecipatória. Pensamento negativo em relação a uma situação que ainda não aconteceu;
  • alterações físicas em momentos de interação social, como suor excessivo, mãos trêmulas, sensação de “nó na garganta”, falta de ar, batimentos acelerados, entre outras reações.

Principais comportamentos e crenças de quem possui fobia social

É normal que, na sociedade dos dias de hoje, todos sintamos um pouco de medo e ansiedade quando nos relacionamos. No entanto, a pessoa com fobia social carrega crenças sobre as relações interpessoais que nem sempre se configuram como verdades. Entretanto, quando o fóbico sente medo do julgamento social, nem sempre ele está errado, pois, de fato, somos julgados o tempo todo quando vivemos em coletividade. O problema é que quem tem esse tipo de transtorno transforma essa ideia em uma crença, em um pensamento obsessivo, que passa a trazer extremo sofrimento mental. Esse sofrimento desencadeia sintomas físicos que, muitas vezes, impede que o doente faça amizades, apresente-se em público, participe de festas, ande em transporte coletivo, vá a uma entrevista de emprego ou pratique um esporte, por exemplo. A fobia social subtrai a qualidade de vida de uma pessoa, mas ela tem tratamento. Por isso, a identificação precoce do comportamento de um fóbico é de extrema importância. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de janeiro de 2020 Todos
O Transtorno de Taijin Kyofusho é um problema psiquiátrico característico do povo japonês. Ele é marcado por comportamentos desencadeados por pensamentos obsessivos e por fobia social. Outros casos desse tipo de distúrbio também foram observados em diversas partes do mundo. No entanto, é o Japão que concentra o número maior de pessoas acometidas por ele. A partir de estudos realizados sobre o Taijin Kyofusho, foi possível observar que ele se caracteriza por comportamentos bem-definidos. Não por acaso, esses padrões comportamentais estão muito ligados à própria cultura japonesa. A maior incidência no país asiático deve-se à cultura de se manter um respeito muito grande pela relação com o outro. No Transtorno de Taijin Kyofusho, o doente sofre com o medo de importunar o outro de alguma forma. Continue a leitura e entenda mais aspectos desse problema.

Compreendendo os sintomas do Transtorno de Taijin Kyofusho

Os principais sintomas desse tipo de fobia social têm relação principalmente com a ideia de ter algum tipo de comportamento que possa constranger ou desagradar o outro. A partir disso, surgem comportamentos como:
  • receio de ofender o outro com algum gesto ou palavra mal colocada;
  • apreensão de que algum aspecto da sua aparência física incomode o outro;
  • medo de observar o outro por muito tempo e isso causar constrangimento;
  • preocupação de estar exalando mau odor.
Todos esses medos nascem de obsessões delirantes que invadem a mente de quem sofre dessa condição psiquiátrica. Por isso, acredita-se que o transtorno tenha relação com alguns quadros de esquizofrenia. O Taijin Kyofusho também traz, em sua relação de sintomas, padrões que eram observados também em quadros de transtorno obsessivo compulsivo (TOC).

Como tratar o Transtorno de Taijin Kyofusho?

Há mais de 100 anos, os japoneses estudam formas de tratamento para o problema. Em um primeiro momento, no início do século XX, um terapeuta japonês chamado Shoma Morita apostou no tratamento por meio de psicoterapia, terapias ocupacionais e momentos de isolamento. Com o tempo, tais estudos foram revisitados e observou-se que o emprego de alguns medicamentos e de terapia em grupo poderia melhorar o processo de controle da condição. Atualmente, o mais utilizado no tratamento desse tipo de condição psiquiátrica é a associação de medicamentos, terapia cognitivo-comportamental e técnicas de relaxamento. Cada organismo vai reagir de uma forma às intervenções terapêuticas. Como o problema muitas vezes está ligado a questões culturais e ambientais, um lar muito repressor, por exemplo, pode fazer com que uma pessoa passe a apresentar o transtorno.

Compreendendo os medos do paciente

É importante cuidar da autoestima do paciente, encorajando-o a suplantar suas próprias dificuldades pessoais e sociais. Logo, é fundamental entender de onde vêm os medos do paciente para que ele possa superá-los. No mesmo sentido, é preciso observar se a doença não está associada a outro problema psiquiátrico. Assim como a fobia social, o Transtorno de Taijin Kyofusho pode levar uma pessoa a se isolar, perder relações sociais e familiares. No entanto, atualmente é possível que um paciente nessa condição restabeleça sua qualidade de vida. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



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