ansiedade / Dra Aline Rangel


30 de janeiro de 2021 Todos

A ansiedade é um recurso natural de autodefesa do corpo. Porém, quando ela passa a ser constante e presente nas mais diversas situações, evolui para um transtorno mental , capaz de trazer problemas e desconfortos para a vida.

Nas situações de crise, em que aparecem sintomas psicológicos, como medo, agonia e estresse, e também físicos, como respiração ofegante e palpitação, algumas técnicas podem ajudar a lidar com o desconforto extremo. Algumas delas são:

1 – Reconhecer a ansiedade

Reconhecer o medo e analisá-lo é o primeiro passo para encarar a crise. Ao fazer isso, é possível entender a origem do medo, definir se a sensação de perigo é real, e então, relaxar um pouco.

2 – Praticar a respiração profunda

Respirar profundamente pode ajudar a reduzir o estresse e a fornecer oxigênio ao cérebro para aumentar o foco. É aconselhado respirar profundamente, no mínimo, oito vezes por minuto, até ser possível notar o relaxamento muscular e a clareza de pensamentos.

3 – Praticar o relaxamento muscular progressivo

Este é o processo de desacelerar por meio do corpo e relaxar cada grupo muscular. Isso tem duas finalidades: forçar a concentração em algo que não seja o medo e, simultaneamente, relaxar os músculos.

O exercício consiste em enrijecer os músculos do corpo, começando pelo rosto e indo até o pé, por dez segundos e, em seguida, liberar a pressão, até sentir que todas as partes estão relaxadas.

4 – Tentar substituir pensamentos

Este é o processo em que se impede a criação de pensamentos produtores de ansiedade e os substituem por reflexões que tragam felicidade ou paz. Por exemplo, trocar a sensação de medo de viajar de avião, pela felicidade de chegar ao local desejado.

5 – Usar a imaginação guiada

Na mesma ideia de criar pensamentos, guiá-los para um local de paz e tranquilidade contribui para amenizar o problema. Ao adicionar elementos a essa cena, a mente fica focada no campo da imaginação, e os pensamentos são distraídos.

6 – Não ficar parado

Ficar deitado ou parado, deixando a sensação desagradável tomar conta dos sentidos, não é a forma mais aconselhável para lidar com a crise. Por isso, é importante distrair a mente e o corpo com uma uma tarefa, seja ela limpar, desenhar, ligar para um amigo, enfim, qualquer atividade para se mantê-los ocupados.

7 – Fazer exercícios

Da mesmo forma, fazer com que o corpo se mexa libera endorfinas que são responsáveis pelo aumento da sensação de paz e de felicidade. Exercício leve, como a caminhada, ajuda a relaxar mais que esportes agressivos ou treinos de resistência.

8 – Procurar um amigo

Ao sentir a chegada da crise de ansiedade, ligar para um amigo ou membro da família pode ajudar a distrair a mente. Caso ela seja recorrente, também é possível ensiná-los a como agir nesse momento, para ajudar quando preciso.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo



14 de janeiro de 2021 AnsiedadeTodos

Quase tudo sobre a pandemia do coronavírus é incerto: quantas pessoas serão afetados, quanto a economia e o mercado de trabalho serão afetados, em quanto tempo as coisas retornarão ao “normal”.

A incerteza pode causar sentimentos de extremo desconforto. A incerteza pode também nos levar a concentrar nos piores cenários, o que pode interferir na nossa capacidade de resolver problemas ou tomar decisões.

Embora a incerteza possa ser assustadora, pânico e preocupação são métodos ineficazes de preparação para imprevistos.

E considere isso – a incerteza provavelmente elevará seus hormônios do estresse, o que pode comprometer seu sistema imunológico, tornando-o ainda mais vulnerável a doenças.

O que fazer para gerenciar a incerteza?

Aqui estão algumas sugestões para gerenciar a incerteza durante a pandemia de coronavírus. Você poderia reservar 10 minutos para fazê-lo? Pegue uma folha de papel para registrarmos as respostas.

Primeiro, pense em um momento em que lidou com sucesso com a incerteza e depois responda às seguintes perguntas. 

Qual foi a situação?

E como você reagiu?

Lembra quais forças e habilidades você usou?

E, ainda, quais foram algumas das coisas que você pôde resolver, mudar ou controlar em sua vida diária neste período? 

Mesmo nos melhores momentos, a incerteza é apenas uma parte da vida.

Embora o nível de incerteza causado pela pandemia de coronavírus é sem precedentes, a realidade é que essa situação acabará, e a vida continuará. Pode ser útil confortar-se com declarações do tipo: “Eu posso com isso “ou” Isso é realmente difícil, mas já superei desafios antes “.

Pense: quais são algumas das afirmações, meditações ou palavras de sabedoria que você pode usar para ajudá-lo a através deste momento difícil? 

Anote: os nomes de amigos e familiares com os quais você pode contar para apoio emocional ou uma boa risada quando você está preocupado ou se sentindo triste.

Reflexões sobre este exercício

Quais atividades foram mais eficazes para ajudar você a gerenciar a incerteza? 

Após esta prática, você se sente mais capaz de gerenciar sentimentos ou pensamentos associados à incerteza? 

Explique para si mesmo.

Quer saber mais sobre os impacto na saúde mental em tempos de pandemia da COVID-19 (coronavírus)? Clique aqui e você será redirecionado para outros artigos lá do Blog sobre este tema.



22 de outubro de 2020 AnsiedadeTodos

Provas, competitividade, apresentações em público, mudanças hormonais, aprovação social, bullying… esses e outros desafios surgem durante a fase escolar. A ansiedade, que atinge níveis quase epidêmicos no Brasil, pode ser desencadeada por fatores biológicos, emocionais e, claro, ambientais. A escola, portanto, pode ser um espaço gerador de estresse e ansiedade para o adolescente. Como lidar com a ansiedade no ambiente escolar em adolescentes e encorajar esses jovens a manter a saúde mental em um momento tão intenso da vida?

O perigo da ansiedade na adolescência

A ansiedade faz parte da experiência humana. Todos nós a experimentamos de tempos em tempos, dependendo da situação: antes de entrevistas de emprego, apresentações e eventos importantes, por exemplo. Porém, quando se manifesta em nível elevado, muito intenso e recorrente, é o momento de ligar o alerta.

Os transtornos de ansiedade podem ser muito danosos na fase escolar. É o período em que o jovem está descobrindo seu lugar no mundo, assim como descobrindo a si mesmo. É uma fase também muito caracterizada por uma pressão vinda de pais, professores e, sobretudo, colegas.

O adolescente comumente busca a aceitação em grupos, o que pode levá-lo a abrir mão de suas próprias vontades para se sentir incluído. Aqueles que se recusam a fazê-lo, assim como aqueles que fogem de um padrão estético ou de comportamento, geralmente são deixados de lado. Como consequência, passam a ser alvos de bullying, piadas e chacota, contribuindo para o aumento de ansiedade e minando, aos poucos, sua autoestima, confiança e bem-estar. Esses são os jovens que, no futuro, tendem a manifestar problemas psicológicos.

Como identificar ansiedade nos adolescentes?

Segundo dados levantado pelo PISA (Programa de Avaliação Internacional de Estudantes), os jovens brasileiros estão entre os mais ansiosos e estressados antes de provas.

Psicologicamente falando, a ansiedade moderada pode ser funcional. Esse sentimento leva o jovem a se dedicar aos estudos. Se fosse pela ausência total de ansiedade, o adolescente não se importaria tanto em se preparar. A ansiedade elevada, por outro lado, pode interferir na concentração e no sono, levá-lo ao isolamento, causar irritabilidade e fazê-lo se sentir incapaz diante de avaliações.

  • Fique de olho em alguns sinais:
  • Falta de vontade de frequentar a escola;
  • Dificuldade de concentração;
  • Retraimento social e dificuldade de interagir com outras pessoas, mesmo que fora do ambiente escolar;
  • Pensamentos negativos;
  • Sintomas psicossomáticos, como fadiga, distúrbios do sono, dores gastrointestinais, tontura, entre outros – para saber mais sobre este tema, clique aqui;
  • Estado de alerta constante e preocupação excessiva.

Como é o tratamento?

Assim como outros transtornos psíquicos, a ansiedade pode ser aliviada com o acompanhamento de um especialista como o psiquiatra. É recomendado buscar o apoio do profissional pois há diferentes tipos de ansiedade, e por isso ela precisa ser devidamente identificada e diagnosticada.

Há sintomas que sugerem transtorno de ansiedade social, em que o indivíduo sente dificuldade e desconforto quando precisa interagir com outras pessoas; outros sintomas indicam TOC (transtorno obsessivo compulsivo), caracterizado por ações e pensamentos repetitivos que passam a prejudicar a vida do paciente; o TAG (transtorno de ansiedade generalizada) causa extrema angústia e preocupação desproporcional à gravidade das situações, entre outros.

Os transtornos tratados por psiquiatras nunca são preto no branco. Tudo é sempre muito cinzento, e por isso os tratamentos variam muito. Podem incluir sessões de psicoterapia regulares e, em alguns casos, medicamentos.

De qualquer forma, é importante buscar tratamento o mais cedo possível. Conte comigo caso tenha alguma dúvida sobre esse ou outros assuntos. Lembre-se de que a saúde mental é parte integrante da saúde do indivíduo e necessária para que todas as áreas da vida possam fluir em harmonia. Abração!



28 de agosto de 2020 Ansiedade

Imagine-se trabalhando ou em casa lendo um livro ou em qualquer outra situação que requeira certo foco. Nesse momento de concentração, o celular, que está bastante próximo de você, toca para anunciar uma nova mensagem no Instagram. Pronto… é o suficiente para interromper a sua a atenção. O que você faz? Pega o celular e lê a mensagem ou ignora para tentar retomar o foco? Essa é uma situação bastante comum que o celular e as redes sociais incluíram em nossa vida. Hoje a comunicação é muito rápida e prática. Está na ponta dos dedos, literalmente. Isso facilita nossa vida? De certa forma, sim. Mas, como quase tudo na vida, há também contras que merecem atenção, afinal, nesse caso podem acabar afetando tanto a saúde física quanto a mental.

O brasileiro desbloqueia o celular, em média, 78 vezes por dia. São muitas facilidades em um só aparelho, certo? Calculadora, e-mail, mensageiros, cronômetro, câmera fotográfica, relógio… é realmente muito prático ter tudo sempre na mão. Dentre os cinco aplicativos mais utilizados no Brasil durante a quarentena, quatro são redes sociais. Essas plataformas, porém, escondem muitos perigos por trás dos lindos filtros.

A “felicidade” vista nas redes sociais

Passe a reparar em suas timelines e note quantas pessoas ali estão compartilhando sorrisos, momentos de felicidade e lembranças de viagens incríveis e quantas delas estão publicando momentos de maior vulnerabilidade, pedidos de ajuda ou perrengues.

Possivelmente até mesmo o conteúdo que você publica nas suas redes siga nessa linha mais agradável e bem-humorada. E tudo bem. Manter as experiências negativas registradas realmente não deve ser o objetivo de muita gente, eu entendo. A questão é que o que vemos pelas telas dá a todo tempo a impressão de que o mundo a nossa volta é só flores, enquanto nossa vida não é tão interessante ou satisfatória assim. Bem, a verdade é que todas essas pessoas têm muitos problemas para resolver, assim como você. Então acredite: a grama do vizinho nem sempre é mais verde. A diferença é que somente você conhece os seus próprios problemas e a sua luta diária.

Então vai ficar tudo bem enquanto você for capaz de navegar pelas mídias sociais tendo a consciência de que aquilo é apenas um recorte da vida das pessoas e que, portanto, é infundado – e até mesmo injusto – se valer de qualquer comparação com o que se vê ali.

 

Os perigos das redes sociais

Mas e quando o uso das mídias sociais começa a gerar angústia e ansiedade e servir de gatilho para algumas de suas inseguranças? Uma série de estudos e pesquisas aponta essas redes como responsáveis pelo agravamento de problemas de saúde mental, o que pode soar como um grande paradoxo. Afinal, conexões sociais aliviam o estresse e liberam uma série de hormônios capazes de nos trazer conforto, certo? Certo, mas nesse caso é preciso que ocorra uma socialização com real proximidade, toque e olho no olho. As mídias sociais, por outro lado, podem causar maior sensação de isolamento e solidão, além de seu uso exagerado gerar sintomas de ansiedade e depressão. Veja o porquê:

  • Autoestima: como já mencionei, as publicações que vemos nas mídias sociais geram uma visão distorcida e perigosa sobre os padrões de beleza e de sucesso, o que representa uma ameaça à autoestima, sobretudo em grupos mais vulneráveis, como os adolescentes. A jornalista e influenciadora Danae Mercer traz em seu perfil do Instagram uma proposta interessante que vai contra a exposição e a idealização dos corpos perfeitos. Danae mostra seu corpo como realmente é e brinca com as poses e táticas utilizadas por modelos e blogueiras para darem a impressão de barriga chapada ou “bumbum na nuca”. Cada publicação é um lembrete de que o corpo perfeito não faz parte da vida real, e que até mesmo aquela modelo com milhões de seguidores usa iluminação e certos ângulos para criar um efeito ilusório da realidade.
  • Cyberbullying: embora a legislação atual já proteja vítimas de bullying no ambiente virtual, muitas pessoas ainda se sentem livres para fazer difamação ou espalhar rumores na seção de comentários. Mais uma vez, isso pode acontecer com todos, porém é no período da adolescência que os casos acontecem com maior frequência, fazendo com que o monitoramento dos pais seja uma necessidade.
  • O medo de estar por fora: conhecido como FOMO – fear of missing out –, esse fenômeno traz a sensação de estar perdendo alguma oportunidade ou estar de fora das novidades que acontecem dentro das mídias sociais. Você já fez parte de uma conversa em que todos comentavam sobre o assunto que bombou no final de semana e se sentiu de fora? E aí vem aquela clássica pergunta “Como assim você não ficou sabendo disso?”. Pois é, são situações como essa que impulsionam o FOMO. Isso faz com que queiramos, a todo momento, desbloquear o celular para ver as últimas publicações do feed, responder rapidamente todos os comentários e buscar atualizações constantemente, o que pode acabar gerando um ciclo de ansiedade difícil de superar.
  • Tempo de tela: as mídias sociais mais populares são um grande sucesso não por acaso. Valendo-se de uma série de algoritmos, essas plataformas sabem exatamente o que você gosta de ver, conhecem todos os seus hábitos de consumo e fazem o que for necessário para que você permaneça o maior tempo possível navegando nelas. Que atire a primeira pedra quem nunca foi dar só uma olhadinha na rede social e acabou deslizando a timeline por 20, 30, 40 minutos. Embora sejam muito discutidos os perigos para as crianças, uma exposição prolongada à tela também gera diversos efeitos sobre o adulto, como dores de cabeça, perda de sono, visão borrada e olhos secos. Sem contar que a inclinação do pescoço durante o uso de celular gera pressão sobre a cervical, causando muito incômodo físico a longo prazo.

 

Revendo seus hábitos

Tenha bastante critério ao lidar com as mídias sociais e leve em consideração algumas reflexões.

Pergunte-se o que você busca nessas plataformas. Caso queira registrar seus momentos e se relacionar com seus amigos, colegas e pessoas queridas, faça isso. Claro que nem tudo é negativo nas mídias sociais e ela serve muito bem o propósito de criar e manter vivas as nossas conexões. Repense, no entanto, se a busca pela proximidade digital não está interferindo nas suas relações presenciais. É muito comum encontrar rodas de amigos ou casais que estão fisicamente juntos, mas absortos em seus próprios universos virtuais. Caso desligar-se um pouco do celular esteja sendo um enorme esforço para você ou caso note que está sempre desbloqueando o aparelho mesmo sem um objetivo claro, então reveja seus hábitos de consumo.

Reflita se algo incomoda você nas mídias sociais. Caso sinta-se desconfortável, insuficiente ou incapaz de qualquer maneira enquanto navega na timeline, tome nota, adquira consciência sobre isso e busque eliminar a fonte do desconforto. Deixe de seguir, de visualizar, de consumir. Muitas vezes passamos a acompanhar alguns conteúdos devido aquele medo que comentei mais cedo. Mas pensando bem, o que vale mais? Saber qual o último carro importado aquele cantor sertanejo comprou ou estar bem consigo mesmo? Repare que, no geral, aquilo que nos faz mal é aquilo sem a qual podemos viver tranquilamente.



14 de junho de 2020 AnsiedadeTodos
A cefaleia crônica é considerada uma comorbidade associada ao transtorno de ansiedade generalizada, uma doença psiquiátrica conhecida pela sigla TAG. Isso quer dizer que a dor de cabeça frequente no organismo de quem é ansioso pode ser decorrente do próprio desequilíbrio bioquímico que a ansiedade provoca no cérebro. Essa constatação foi observada a partir de estudos realizados nas áreas de Psiquiatria e Neurologia. Assim, a pessoa com esse tipo de transtorno costuma ter crises de dor de cabeça por vários dias durante um mês sem entender muito bem o que a provocou. Além de afetar bastante a disposição e o humor, a cefaleia crônica faz com que o paciente tenha que tomar cada vez mais medicamentos para dor sem que ele faça o efeito desejado. Continue a leitura deste artigo para saber mais sobre o assunto!

Por que o ansioso tem muita dor de cabeça?

Ainda não existe um consenso sobre as causas da ansiedade. Há teorias que apontam para quatro fatores desencadeadores: o ambiental, o genético, o físico e o decorrente de evento traumático. Independentemente do que ocasiona esse tipo de transtorno psiquiátrico, é fato que nele há um desequilíbrio nos estímulos elétricos do cérebro. Esse quadro provoca um desajuste na recepção de elementos químicos que determinam nossos estados emocionais. Com esse desequilíbrio químico, a resistência à dor fica mais fraca. Sendo assim, quando o gatilho da emoção ansiosa provoca uma tensão cerebral que desencadeia a cefaleia, o organismo passa a ser mais suscetível a frequentes crises de dor de cabeça no dia a dia. Isso acontece porque a pessoa com TAG está constantemente nervosa, angustiada, com medo, agitada ou chateada com algo. Por isso, o tratamento para a cefaleia decorrente do transtorno de ansiedade não deve envolver só medicamentos para a dor, é preciso controlar os gatilhos das crises, aquilo que provoca os estados ansiosos.

Como lidar com a cefaleia crônica decorrente da TAG?

As crises de dor de cabeça em quem sofre de ansiedade costumam diminuir muito quando se observa a raiz do problema. O medicamento pode aliviar momentaneamente. No entanto, cuidar do que desencadeia a ansiedade é o ponto-chave. Por isso, é importante observar a situação que deixa o paciente com os sintomas de TAG. Por exemplo, se o que está trazendo estresse e angústia é uma frustração no trabalho, é indicado trabalhar esse ponto, buscando formas de superar essa dificuldade. O uso de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos também pode ser necessário. No entanto, a recomendação geral da maioria dos médicos que tratam o problema é que o paciente adote uma rotina de hábitos saudáveis, que incluem a retirada de alguns alimentos que estão associados a dor de cabeça (café e pimenta, p.ex.), exercícios aeróbicos e sessões de psicoterapia. Um grande segredo para driblar a cefaleia crônica decorrente da TAG é e construir habilidades de regulação emocional. Além disso, é importante se exercitar com frequência, ter momentos de relaxamento e lazer e adotar um olhar positivo em relação à vida. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como e como posso dar dicas para melhora do seu sofrimento lá no Blog #apsiquiatra.


Medo, incerteza e a ansiedade são obrigatoriamente aumentados com surtos de doenças contagiosas, particularmente quando elas envolvem um agente causador de doença novo para a população, previamente desconhecido, como é o caso do surto do coronavírus (COVID-19). E como contar sobre o coronavírus para os nossos filhos quando sabemos ainda muito pouco sobre esta pandemia?

Este medo e ansiedade podem especialmente afetar as pessoas que já sofrem de ansiedade e a enxurrada de notícias repetidas sobre a propagação do coronavírus não ajudam nessa ansiedade.
Crianças e adolescentes podem ter particularmente uma noção difícil do que está acontecendo em tal cenário, dada o seu grau de desenvolvimento cerebral, sua falta de experiência, e sua sugestionabilidade inerente e vulnerabilidade. Aparentemente ciclos de notícias sem fim podem parecer esmagadores, confusos e assustadores para uma criança ou adolescente. As crianças costumam possuir habilidades menores para decifrar e entender, a partir da notícia, o grau de risco que uma doença possa passar para eles ou para seus entes queridos e amigos. Isso pode criar uma sensação de pânico entre as crianças. Isso pode ser mais difícil quando uma criança ou adolescente já está sofrendo de um transtorno de ansiedade ou predispostos a sentir-se mais ansioso em situações incomuns ou novas.

Como uma criança responde a notícia do novo coronavírus pode depender de vários fatores, tais como:

1) idade da criança

2) habilidades / compreensão e nível de desenvolvimento da criança

3) presença, gravidade e tipo de transtorno de ansiedade ou outras condições psiquiátricas que já possam coexistir

4) história prévia de trauma ou doença grave de entes queridos ou com a própria criança ou adolescente5) ocorrência de outros fatores de estresse recentes ou eventos de vida principais (tais como o divórcio dos pais, morte de entes queridos, mudança de escola), etc.

Assim, a resposta dos pais teriam de ser adaptadas à situação individual e ao contexto que envolve sua criança / adolescente.
A seguir estão algumas dicas gerais para comunicar-se com uma criança ou adolescente sobre o coronavírus. Estas podem não se aplicar se o seu filho está sofrendo de um transtorno de ansiedade uma moderada a grave. Nesse caso, consulte o profissional de saúde mental, psicólogo, psiquiatra do seu filho ou pediatra, para elaborar ou modificar o projeto terapêutico individualizado para seu filho.

Modelo Calma:

A forma mais importante e impactante de comunicação para o seu filho é o seu próprio comportamento. As crianças normalmente tendem a ser perceptivas e sensíveis ao comportamento dos outros em seus arredores. Se você e outros adultos no âmbito familiar estão agindo e se comportando com calma, você está enviando uma mensagem clara para o seu filho adolescente que não há necessidade de pânico ou preocupação. Para isso, você precisa prestar atenção e monitorar seus próprios sentimentos e reações. As crianças podem sentir ansiedade dos pais, mesmo quando os pais não estão expressando ou expressar seus pensamentos ou medos relacionados com a ansiedade. Reserve alguns minutos para si mesmo para pausas e respiração consciente durante o dia. Isso pode ajudá-lo no modelo calma para o seu filho.

Manter normalidade: 

Mudanças significativas nas rotinas diárias ou horários são estressantes para as crianças e transmitir para a criança que você está muito interessado ou há uma crise podem aumentar esta percepção. Tente aderir a rotinas e horários habituais na casa, tanto quanto possível. Consistência é a chave. Se a escola da sua criança ou adolescente está fechada, ajude o seu filho a ter estrutura durante o dia, isso pode ajudar na ansiedade. Sentados e ociosos sem um plano para o dia é provável que isso aumente a ansiedade, especialmente para os adolescentes que já sofrem de ansiedade. Por outro lado, se o seu filho tem um Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) relacionado ao perfeccionismo mal-adaptado e tem uma necessidade de estruturação excessiva, acrescentando mais estrutura isso não se aplicaria a ele. Nesse caso… Ouça ativamente.

Ouça ativamente:

Ouvir os sentimentos, preocupações, medos e dúvidas sobre coronavírus. As crianças podem receber suas notícias sobre coronavírus da escola, internet, TV, casa ou em outro lugar. Eles podem preocupar-se que o pior pode acontecer a eles e / ou os seus amigos e entes queridos. Faça perguntas de uma forma não-julgadora porém empatia. Mostre ao seu filho que está presente e interessado em ouvir seus pensamentos e sentimentos. Isto tornará mais fácil para o seu filho se aproximar de você com seus pensamentos e sentimentos, hoje e no futuro também.

Validar: 

Reconheça os sentimentos de seu filho. Tenha cuidado para não descartar, invalidar, tirar sarro ou rejeitar os seus sentimentos. Você também pode informar o seu filho que é comum sentir-se dessa maneira; muitas outras pessoas (incluindo crianças) experimentam sentimentos similares. Mais sobre como validar sua criança / adolescente: Muitas pessoas se preocupam que validar sentimentos da criança significaria que eles estão concordando com aqueles e que isso pode aumentar ainda mais esses sentimentos. Validar os sentimentos de alguém não significa que você concorda com as crenças subjacentes a esses sentimentos, mas, isso significa que você reconhecer a presença desses sentimentos e que você entenda que tais sentimentos são uma parte da experiência humana. Validar é muito poderoso, pois ajuda a pessoa se sentirem compreendidas. Isto é especialmente importante para as crianças: como eles dependem de verificar com os pais / professores para dar sentido às suas experiências emocionais, particularmente experiências ou situações que são novos ou incomum para eles. Validação pode ajudar a acalmar sensações infantis e melhorar a capacidade da criança para processar suas emoções.

Ajuda – “Sente-se com ansiedade”:

Incentive seu filho a praticar sentado junto com ele a experimentar a ansiedade, ao invés de fazer algo para aliviá-la ou distrair a sua presença. “Sentar-se com a ansiedade” pode ser um desafio para o seu filho à primeira vista (dependendo da gravidade da ansiedade), no entanto, com a prática, ela vai ajudar o seu filho saber que, apesar de estar com ansiedade pode ser desafiador e desagradável, especialmente no começo, é fato, que esta é uma onda que pode andar, e que estes são sentimentos que passarão e eles não vão definir sua vida. Ajude o seu filho a verbalizar a experiência de ansiedade, em vez de evitá-la. Normalizar a experiência de ansiedade como uma de muitas sensações que todas as pessoas vão sentir também pode ser útil.

Conhecer os fatos e direciona-los para fatos:

Seu filho irá ouvir sobre o coronavírus dentro ou fora de casa. Seja proativo em falar com o seu filho sobre fatos relacionados com o coronavírus. Para isso, você vai precisar ler sobre os fatos em torno coronavírus em primeiro lugar. Certifique-se de que você está recebendo os fatos a partir de fontes confiáveis, como o Ministério da Saúde.
Para um filho adolescente, mostre a eles fontes cientificamente autênticas e confiáveis de informação notícias sobre coronavírus. Informe a eles que cada nova história pode não ser completa ou mostrar fake news. Dê informação de forma simples, curta e concreta para crianças mais jovens. Você pode usar narração de histórias e dramatização com crianças mais jovens para ilustrar fatos simples. As crianças podem ter ouvido notícias sobre mortes causadas por coronavírus.

Ajuda prática e estratégias de relaxamento:

Estratégias de relaxamento que são baseados em mindfulness, tais como técnicas de respiração, pode ajudar o seu filho a ter mais calma e melhora das sensações ruins. Você pode encontrar mais informações sobre técnicas de respiração consciente em: https: //www.headspace.com/meditação/criancas .
Elas são mais eficazes se praticadas com frequência. A maioria dos exercícios de conscientização, seja a respiração consciente, andar atento ou alimentação consciente, envolvem perceber sem julgamento e a praticar estar no momento presente.
Nota: Por uma questão de simplicidade, as palavras ‘eles’, ‘eles’, ‘seu’, foram utilizados neste artigo como pronomes para a criança / adolescente. Por favor, substituir estes com o pronome adequado, como ele se relaciona com o seu filho / adolescente.


15 de abril de 2020 AnsiedadeTodos

Sim, ansiedade e obesidade tem relação e o motivo não é somente o aumento de consumo de alimentos calóricos e gordurosos.

A explicação está também na liberação de dois hormônios no corpo, um responsável pelo estresse, chamado de cortisol, liberado no sistema suprarrenal, e outro responsável pela sensação de bem-estar, chamado de serotonina, produzida no intestino.

Ainda há motivos relacionados ao comportamento dos indivíduos ansiosos, que passam a adotar um ritmo acelerado de vida, sem tempo para se alimentar saudavelmente e para realizar atividades físicas.

Estresse

A ansiedade provoca alteração na produção do hormônio cortisol. Em situação estresse, tensão e medo, que uma pessoa ansiosa passa a todo instante, esse hormônio é liberado no corpo.

O cortisol tem como efeito estimular a produção de gordura no organismo. Isso acontece porque, em situações de estresse, o corpo tende a produzir mais reservas de energia na forma de gordura para que o organismo tenha uma boa reserva calórica que possa ser utilizada em casos de crise alimentar ou momentos de luta.

Com o organismo liberando desesperadamente esse hormônio, ocorre o acúmulo de gordura no corpo, principalmente na região da barriga.

Compulsão alimentar na ansiedade

Além do fator biológico, o indivíduo ansioso acaba cometendo excessos alimentares como busca inconsciente para amenizar sensações desagradáveis, como estresse, solidão, cansaço, tristeza e raiva, gerando a compulsão alimentar, que pode levar ao quadro de sobrepeso e até obesidade.

Há o aumento no consumo especialmente de doces, pães, massas e outros alimentos fontes de carboidratos simples e açúcar. Isso causa naturalmente um grande aumento no consumo de calorias, levando ao ganho de peso e dificuldade para emagrecer.

Esses momentos de compulsão acontecem porque alimentos doces ou ricos em carboidratos estimulam a produção de serotonina, hormônio que gera a sensação de bem-estar no organismo, fazendo com que ela obtenha um prazer momentâneo ao comer.

Essa situação pode causar um sentimento de culpa muito grande depois que as pessoas comem desesperadamente. O que acontece é que elas comem para se livrar da sensação desagradável, mas acabam se sentindo culpadas por terem comido demais, gerando ainda mais ansiedade. Aí então elas comem novamente para obter a sensação de prazer – isso faz com que entrem em um círculo vicioso.

Apatia e aceleração

Outros dois comportamentos também afetam os indivíduos que sofrem com a ansiedade.

Muitos experimentam uma sensação de apatia, de modo que não possuem vontade de realizar nenhuma atividade, incluindo exercícios físicos. Com isso, tendem a se exercitar menos, acumulando mais energia e, portanto, engordando.

Além disso, pessoas ansiosas se tornam frequentemente aceleradas, uma vez que as preocupações futuras as impedem de prestar atenção ao momento presente. Isso fica claro nas refeições, feitas com muita pressa e rápido demais. Assim, ela acaba comendo mais do que deveria, o que leva ao aumento de peso.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!

 

Nota: A obesidade é considerada “doença” sobretudo quando relacionada à síndrome plurimetabólica. Existem métricas para a definição dela e que entendo que em pleno século 21, felizmente, já reconhecemos a Gordofobia como uma questão sócio-emocional grave. Não tenho nenhuma intenção de parecer gordofóbica, pelo contrário, sobretudo porque sou obesa desde a infância e fui vítima várias vezes disso, inclusive em momentos em que só era uma mulher “grande” (sou bem alta e nunca vou vestir 38-40). Este texto foi escrito para quem carrega consigo uma grande ansiedade e sofrimento relacionados à obesidade



15 de abril de 2020 Todos

Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que os transtornos mentais atingem cerca de 10% da população mundial, o que corresponde a mais de 700 milhões de pessoas.

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 46 milhões de pessoas sofrem de transtornos mentais. Em relação ao tratamento, o órgão do governo federal estima que 3% da população brasileira necessita de cuidados contínuos em saúde mental, devido a transtornos severos e persistentes, e 9% precisam de atendimentos eventuais.

Esses dados mostram a importância do acesso a serviços de saúde mental e a profissionais especializados, para que essa população receba o diagnóstico e o tratamento adequado. Esclareceremos abaixo algumas questões para ajudar na escolha de um psiquiatra qualificado e de confiança.

Como o psiquiatra atua

Ele é o profissional capacitado para diagnosticar problemas de ordem mental e somente com ele o tratamento pode ser feito à base de medicamentos. Depressão, ansiedade,  transtorno obsessivo compulsivo (TOC), bipolaridade e transtornos sexuais são alguns dos transtornos mentais que levam as pessoas a buscar tratamento psiquiátrico.

Este especialista pode atuar efetivamente em todos os diagnósticos de transtornos mentais – sejam eles leves, moderados ou graves. Um dos focos do tratamento com um psiquiatra é melhorar os aspectos funcionais da vida diante de uma determinada doença mental e, depois, tratar de forma gradativa e progressiva o problema.

A busca por um tratamento psiquiátrico muitas vezes acontece de forma tardia, devido ao estigma que ainda ronda as pessoas que sofrem de transtornos mentais. Além disso, a falta de informações faz com que os pacientes e seus familiares tenham dificuldade em entender a necessidade de procurar um especialista.

Qualquer sofrimento psíquico que esteja atrapalhando a vida do indivíduo merece uma avaliação psiquiátrica para verificar se isso representa, ou não, uma doença mental.

Quando procurar atendimento?

O profissional de psiquiatria deve ser procurado quando se apresenta sintomas que prejudiquem a vida, tanto no campo profissional quanto social como alterações de sono, de alimentação, cuidados com a higiene pessoal, apatia e falta de ânimo para atividades do dia a dia, pensamentos de morte ou suicídio, alucinações ou delírios.

Como escolher?

Na hora de escolher o profissional, verifique se ele possui registro no Conselho Federal de Medicina (CFM) e esteja com esse número ativo. Além disso, o profissional deve ter uma numeração do Registro de Qualificação de Especialidade (RQE), que confirma a prática de residência médica em psiquiatria. Todos esses dados podem ser consultados no site de cada conselho regional.

É importante buscar ainda referências ou indicações com outros pacientes e, até mesmo, profissionais de saúde, para checar se o perfil desse profissional está de acordo com o seu.

Fique atento também aos dias, horários, locais de atendimento e de telemedicina. Os transtornos mentais são doenças crônicas, por isso, os tratamentos são por todo uma vida, ou mesmo a longo prazo.

Escolher um profissional que se encaixe na sua rotina, que possa ser encontrado com regularidade, que esteja próximo do seu trabalho ou casa, são fundamentais para o sucesso terapêutico.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



10 de abril de 2020 Ansiedade

E se você tiver o tipo de ansiedade que faz você se sentir preso e em pânico por causa dos pedidos de distanciamento social devido ao COVID-19?

Embora existam algumas pessoas cujo transtorno de ansiedade possa ser um alívio ter que ficar em casa e permanecer no distanciamento social, há muitos para quem essa situação cria um pesadelo especial. Esse pesadelo ocorre por várias razões compreensíveis. Primeiro, muitas pessoas com transtorno do pânico se sentem mais seguras quando sabem que têm fácil acesso ao apoio emocional e segurança física. Isso pode significar sentir-se mais seguro e menos propenso a entrar em pânico quando estiver próximo a instalações médicas, quando houver outras pessoas próximas ou quando puderem viajar facilmente para uma área que sinta menos ansiedade.

Como o Transtorno de Pânico e a Agorafobia pioram a quarentena?

A permanência em casa e as regras de distanciamento social mudam tudo isso. As instruções para evitar a sala de emergência e sempre chamar seu médico antes de fazer um contato com ele presencialmente mudam isso. O conhecimento de que você será afastado de um centro médico, a menos que esteja gravemente doente, também muda tudo isso. De repente, todos os suportes em potencial que possibilitaram o funcionamento não estão mais disponíveis. Você nem pode ver seu terapeuta pessoalmente, o que é outro desafio.

Além disso, a maioria das pessoas com transtorno do pânico e agorafobia acha que qualquer menção a sintomas físicos, especialmente o coração ou a respiração, provocam ansiedade, porque os lembra dos sintomas do ataque de pânico. O mesmo vale para ouvir palavras que lembram seus outros medos, como ficar sozinho sem uma maneira pronta de obter ajuda, palavras como “quarentena” e “distanciamento social”. Se você é uma dessas pessoas, isso pode significar que você encontra palavras-chave o dia todo.

E quando a sua ansiedade encontra a dos outros

Por fim, o clima geral de ansiedade e incerteza sobre o futuro é um desafio especial para os que ficam em pânico. As pessoas que sofrem de transtornos de ansiedade costumam achar que sua capacidade de sentir empatia (perceber e sentir as emoções dos outros) é desafiadora quando detectam ansiedade em outras pessoas. Sabemos que, se você tem transtorno do pânico e agorafobia, seu corpo interpreta mal as sensações físicas associadas à ansiedade e estressa algo alarmante. Seu cérebro não pode dizer a diferença entre o medo imaginado, como ter empatia com alguém que se sente ansioso ou assustado enquanto assiste a uma cena tensa em um filme e um perigo real. Isso significa que, quando você encontra histórias e manchetes alarmantes da mídia, é mais provável que seu corpo sinta ansiedade que se transforma em um ataque de pânico. Isso significa que se você ouvir as pessoas que expressam preocupação e pânico, será mais provável que sinta ansiedade que se transforma em um ataque de pânico.

Aqui está o que você pode fazer para ajudar a atenuar a tendência do seu corpo e cérebro de entrar em pânico durante esse período desafiador:

  1. Tente nomear ou discriminar seus sintomas que estão mais intensos como resposta típica e acidental do seu corpo à histeria em massa, restrições repentinas no estilo de vida e sua capacidade de ser sensível e ter empatia com os outros seres humanos.
  2. Diminua radicalmente sua exposição a mídias e conversas que provocam ansiedade. Não preste atenção à “contagem do número de casos confirmados de COVID” e peça a seus amigos e familiares que se abstenham desse tipo de discussão ou compartilhem suas informações mais assustadoras.
  3. Reserve um tempo para desacelerar seu corpo usando meditação, relaxamento, respiração diafragmática, relaxamento, ioga ou oração. Seu corpo precisa de ajuda para ser lembrado de que ele pode atingir um estado de repouso para que possa sair do modo de alarme. Faça isso quando acordar e depois mais duas vezes ao longo do dia. Seu objetivo é evitar que seu corpo fique preso no modo inativo que a crise o leva.
  4. Quando sentir um ataque de pânico começando, respire lenta e suavemente pelo nariz enquanto mantém a boca fechada. Respire tão suavemente que você mal consegue sentir a respiração se movendo na parte de trás da garganta e não há som audível de inspiração ou expiração. Isso diminuirá a quantidade de dióxido de carbono que você expira durante um ataque de pânico e ajuda a reduzir os sintomas físicos do pânico. Você também pode usar essa mesma técnica após o início de um ataque de pânico. Se você não conseguir desacelerar a respiração, também pode inspirar e expirar o mais lentamente possível nas mãos em concha ou em um saco de papel para ajudar a aumentar o nível de dióxido de carbono no sangue.
  5. Lembre-se de que seu ataque de pânico é um alarme falso. Pode parecer horrível, mas nada de ruim está acontecendo com seu corpo. Os ataques de pânico são fisicamente inofensivos e não aumentam o risco de ataque cardíaco, derrame ou de enlouquecer. Um sintoma típico de um ataque de ansiedade, no entanto, é a sensação de que você pode estar tendo um ataque cardíaco, derrame, perda de controle ou perda de sanidade. Um ataque de pânico é como a reação do seu corpo quando um garoto não tão engraçado que te surpreende estourando um balão atrás de você para tentar fazer você assustar-se.
  6. Participe de um grupo de suporte on-line gratuito para obter suporte de colegas e lidar com a dificuldade de ter que se adaptar repentinamente ao estilo de vida do COVID-19 em casa. Você descobrirá que não está sozinho e provavelmente obterá ótimas dicas para lidar com isso.

Se você acha que não consegue esse auto-gerenciamento neste momento, procure ajuda. Você não precisa continuar sofrendo. Terapeutas e psiquiatras podem fornecer avaliações e terapia através de atendimento online.




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