tag / Dra Aline Rangel


14 de junho de 2020 AnsiedadeTodos
A cefaleia crônica é considerada uma comorbidade associada ao transtorno de ansiedade generalizada, uma doença psiquiátrica conhecida pela sigla TAG. Isso quer dizer que a dor de cabeça frequente no organismo de quem é ansioso pode ser decorrente do próprio desequilíbrio bioquímico que a ansiedade provoca no cérebro. Essa constatação foi observada a partir de estudos realizados nas áreas de Psiquiatria e Neurologia. Assim, a pessoa com esse tipo de transtorno costuma ter crises de dor de cabeça por vários dias durante um mês sem entender muito bem o que a provocou. Além de afetar bastante a disposição e o humor, a cefaleia crônica faz com que o paciente tenha que tomar cada vez mais medicamentos para dor sem que ele faça o efeito desejado. Continue a leitura deste artigo para saber mais sobre o assunto!

Por que o ansioso tem muita dor de cabeça?

Ainda não existe um consenso sobre as causas da ansiedade. Há teorias que apontam para quatro fatores desencadeadores: o ambiental, o genético, o físico e o decorrente de evento traumático. Independentemente do que ocasiona esse tipo de transtorno psiquiátrico, é fato que nele há um desequilíbrio nos estímulos elétricos do cérebro. Esse quadro provoca um desajuste na recepção de elementos químicos que determinam nossos estados emocionais. Com esse desequilíbrio químico, a resistência à dor fica mais fraca. Sendo assim, quando o gatilho da emoção ansiosa provoca uma tensão cerebral que desencadeia a cefaleia, o organismo passa a ser mais suscetível a frequentes crises de dor de cabeça no dia a dia. Isso acontece porque a pessoa com TAG está constantemente nervosa, angustiada, com medo, agitada ou chateada com algo. Por isso, o tratamento para a cefaleia decorrente do transtorno de ansiedade não deve envolver só medicamentos para a dor, é preciso controlar os gatilhos das crises, aquilo que provoca os estados ansiosos.

Como lidar com a cefaleia crônica decorrente da TAG?

As crises de dor de cabeça em quem sofre de ansiedade costumam diminuir muito quando se observa a raiz do problema. O medicamento pode aliviar momentaneamente. No entanto, cuidar do que desencadeia a ansiedade é o ponto-chave. Por isso, é importante observar a situação que deixa o paciente com os sintomas de TAG. Por exemplo, se o que está trazendo estresse e angústia é uma frustração no trabalho, é indicado trabalhar esse ponto, buscando formas de superar essa dificuldade. O uso de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos também pode ser necessário. No entanto, a recomendação geral da maioria dos médicos que tratam o problema é que o paciente adote uma rotina de hábitos saudáveis, que incluem a retirada de alguns alimentos que estão associados a dor de cabeça (café e pimenta, p.ex.), exercícios aeróbicos e sessões de psicoterapia. Um grande segredo para driblar a cefaleia crônica decorrente da TAG é e construir habilidades de regulação emocional. Além disso, é importante se exercitar com frequência, ter momentos de relaxamento e lazer e adotar um olhar positivo em relação à vida. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como e como posso dar dicas para melhora do seu sofrimento lá no Blog #apsiquiatra.


2 de abril de 2020 Todos

Você sabia que a incapacidade de experimentar algumas emoções pode causar sensações de ansiedade? Mas isso não significa que isto faz parte de um Transtorno de Ansiedade.

Um dos meus conceitos favoritos para questionar numa sessão é a ideia da “Minha Ansiedade”. Geralmente, é um termo que as pessoas usam quando estão enfrentando uma condição de ansiedade e dificuldade na regulação emocional. As pessoas que sofrem de uma condição de ansiedade geralmente começam a rotular emoções desconfortáveis ​​como um estado de ansiedade ou parte de uma condição de ansiedade – como Transtorno de Ansiedade Generalizada, TOC ou Transtorno do Pânico.

No tratamento, as pessoas obtêm insights sobre o objetivo do sistema de medo do próprio corpo, aprendem a melhorar as interpretações e exploram maneiras de se recuperar por meio do aprendizado experimental de novos repertórios.

É empoderador e transformador aprender a interagir com sua mente e seu corpo. Com tempo e prática, toda decisão de contestar uma resposta inútil ao medo e reaprender uma nova estratégia se torna uma oportunidade de recuperação.

Nesse processo, em sessão, desafiamos o conceito da “Minha ansiedade”. É realmente apenas um balde cheio de emoções e experiências desconfortáveis ​​que são indesejáveis. A luta para sentir sentimentos desconfortáveis ​​nem sempre faz parte de um Transtorno de Ansiedade, mas faz parte da experiência humana.

 

Como você pode saber se está jogando experiências e sensações dolorosas da vida no balde “Minha Ansiedade”?

Escute sua voz interior. Você se ouvirá usando o termo, tentará pausar e refletir sobre a situação. Tente encontrar duas ou três emoções que você não está se permitindo reconhecer ou experimentar. Preste atenção às sensações em seu corpo. Diferentes emoções são experimentadas em vários locais do seu corpo. A vergonha pode ser sentida como calor no rosto ou no peito. Aperto na região do coração pode ser solidão ou tristeza. Frustração e raiva podem parecer uma explosão de energia. Se você prestar muita atenção, verá que essas sensações não são sintomas de ansiedade.

 

A ansiedade vem de não querer experimentar as emoções há muito esperadas e evitar ações para resolver seu sofrimento diretamente.

Separar uma emoção humana de uma condição de ansiedade geralmente é esclarecedor para muitas pessoas. Muitas pessoas ficam surpresas ao descobrir que esses pensamentos e sentimentos estão enterrados e desenterrados. Além disso, é um processo simples para pausar e explorar o mundo interior das sensações físicas.

Você pode confiar em si mesmo para entender seus sentimentos.

Sempre.

O tempo todo.

 

Quer saber mais sobre tratamento da ansiedade? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!

 

 




NEWSLETTER








    Sobre



    Médica graduada na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro com Residência em Psiquiatria no Instituto de Psiquiatria Universidade Federal do Rio de Janeiro.


    Contato


    São Paulo – SP

    Rua Cubatão, 86 – 405 – Paraíso


    WhatsApp


    E-mail

                  aline@apsiquiatra.com.br

    Nosso material tem caráter meramente informativo e não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico, autotratamento ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte o seu médico.

    Copyright © 2023 – Todos os direitos reservados

    Política de Privacidade

    × Agende sua consulta