tratamento da depressao / Dra Aline Rangel


O uso da cetamina no tratamento e prevenção do suicídio tem sido objeto de interesse crescente na comunidade médica. A cetamina é um anestésico que, nas últimas décadas, chamou a atenção de psiquiatras, neurocientistas e profissionais de saúde mental devido ao seu potencial efeito antidepressivo e antissuicida. Esta abordagem inovadora oferece uma nova esperança para aqueles que sofrem com ideações suicidas e transtornos depressivos resistentes ao tratamento convencional.

Suicídio: uma epidemia global

A depressão e a ideação suicida representam um problema de saúde pública em escala global. Milhões de pessoas, em todo o mundo, lutam diariamente contra a escuridão emocional que essas condições podem causar. O tratamento convencional, incluindo terapias e antidepressivos é eficaz para muitos, mas uma parcela significativa de pacientes não responde adequadamente ou leva semanas para obter alívio. Para aqueles em estado de crise, essa espera pode ser perigosa.

Cetamina: rápida ação antidepressiva e antissuicida

A cetamina se destaca por sua rápida ação antidepressiva. Diferentemente dos antidepressivos tradicionais, que podem levar semanas para começar a fazer efeito, a cetamina pode proporcionar alívio em questão de horas, em alguns casos, sobretudo do planejamento e crise com intenção suicida. Isso a torna uma opção atraente para aqueles que necessitam de ajuda imediata.

O Mecanismo de Ação

O mecanismo exato pelo qual a cetamina atua no alívio da depressão e na redução da ideação suicida ainda não é completamente compreendido. No entanto, acredita-se que ela atue na modulação dos receptores de glutamato no cérebro, promovendo uma regulação positiva das vias neuronais afetadas pela depressão. Isso leva a uma rápida melhoria do humor e à diminuição dos pensamentos e planejamento suicidas.

A administração da cetamina

A cetamina pode ser administrada de várias maneiras, incluindo por via intravenosa (IV) e intranasal. A escolha do método depende das necessidades individuais do paciente e da avaliação do médico. A administração supervisionada por profissionais de saúde é essencial para garantir a segurança e a eficácia do tratamento.

Eficácia e pesquisa contínua

Estudos clínicos têm demonstrado repetidamente a eficácia da cetamina na redução da ideação suicida e na melhoria dos sintomas depressivos. No entanto, é importante destacar que a cetamina não é uma cura definitiva. Os efeitos podem ser temporários, e a manutenção do tratamento psiquiátrico e o acompanhamento contínuo são essenciais para o sucesso a longo prazo. Sozinha, ela não trata essas condições.

Desafios e considerações éticas sobre o uso da cetamina

O uso da cetamina no tratamento da ideação suicida também levanta desafios e considerações éticas importantes. A administração controlada por profissionais de saúde é necessária para evitar o uso indevido da substância. Além disso, é essencial avaliar cuidadosamente os riscos e benefícios de qualquer intervenção, garantindo que os pacientes recebam o tratamento mais apropriado para suas necessidades individuais.

A cetamina oferece uma nova esperança para aqueles que enfrentam pensamentos e planejamento suicidas e depressão resistente ao tratamento. Seus efeitos rápidos podem proporcionar alívio imediato, mas é fundamental que os pacientes recebam acompanhamento contínuo e avaliações de um psiquiatra para garantir seu bem-estar a longo prazo.


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A anedonia é um estado difícil de se explicar a quem nunca o experimentou. É como se as cores da vida desaparecessem, deixando para trás um vazio frio e sombrio. A incapacidade de sentir prazer em atividades que costumavam nos alegrar é avassaladora. Eu estava presa nesse labirinto emocional, perdidoa em uma busca desesperada por uma saída. No entanto, posso dizer que não só encontrei uma saída, mas também aprendi a sentir novamente.

Um Mundo Cinza

A anedonia transformou meu mundo em uma paleta de cinzas. E não eram “50 tons de cinza”… Coisas que antes me enchiam de alegria e satisfação, como passear no Horto, ouvir música e socializar, tornaram-se tarefas vazias e sem sentido. Cada dia era uma batalha contra a apatia e a indiferença que se apoderaram de mim. Eu me perguntava se algum dia voltaria a sentir a alegria e a emoção que outros pareciam desfrutar tão facilmente.

O Caminho da Recuperação

Minha jornada para superar a anedonia foi longa e desafiadora. Inicialmente, foi difícil aceitar que eu estava enfrentando esse problema. A negação me cegava para a realidade, tornando ainda mais difícil buscar ajuda. No entanto, reconhecer que precisava de suporte foi o primeiro passo para a cura.

Buscar Ajuda Profissional

Buscar a orientação do psiquiatra foi fundamental para minha recuperação. A Aline me ajudou a compreender as causas subjacentes da minha anedonia e a desenvolver estratégias para enfrentá-la. As consultas  me proporcionaram um espaço seguro para explorar meus sentimentos e preocupações, e, juntas, íamos descobrindo técnicas para lidar com os desafios emocionais. Embora eu negue até hoje para a maioria das pessoas, tomar o antidepressivo foi essencial pra minha recuperação.

Reconectar com a Vida

Ao longo do processo de tratamento, percebi que precisava me reconectar com a vida e redescobrir o que me trazia felicidade. Embora no início fosse difícil encontrar prazer em atividades cotidianas, aprendi a valorizar os pequenos momentos que me traziam alguma alegria, como apreciar a beleza da natureza (eu me forçava pegar o carro e ficar no estacionamento de um parque) ou saborear uma refeição deliciosa, ainda que sozinha e pedindo por delivery.

Aceitar as Emoções

Uma das lições mais importantes que aprendi foi que é normal ter altos e baixos emocionais. Aceitar minhas emoções, mesmo as mais difíceis, foi um passo essencial para aprender a sentir novamente. Em vez de lutar contra meus sentimentos, aprendi a acolhê-los e a permitir que fluíssem naturalmente.

Conforme eu progredia no meu tratamento, gradualmente, comecei a redescobrir a alegria em minha vida. As cores começaram a voltar ao meu mundo, e as atividades que antes pareciam sem graça ganharam vida novamente. Encontrar propósito e significado em minhas experiências diárias tornou-se uma bênção.


Superar a anedonia não é uma tarefa fácil, mas é possível com paciência, autoaceitação e apoio profissional. A jornada de recuperação é única para cada pessoa, mas é importante lembrar que não estamos sozinhos nessa luta. Com o devido cuidado e determinação, é possível aprender a sentir novamente e redescobrir a beleza da vida. Se você também está enfrentando a anedonia, saiba que há esperança e ajuda disponível para você. O primeiro passo é buscar o apoio adequado e permitir-se a oportunidade de cura e crescimento emocional. Acredite em si mesmo(a) e no poder de superar os desafios que a vida apresenta. A alegria pode estar à sua espera, apenas aguardando ser redescoberta.

*Obrigada, Hanna, por me permitir fazer minhas suas palavras!



8 de outubro de 2020 Depressão

Há uma série de questionamentos quando o assunto é antidepressivos. No Quora, um site de perguntas e respostas, o termo “antidepressivos” gera uma lista de mais de duas mil dúvidas a respeito do tema. Dentre elas, como esses medicamentos atuam no organismo, se realmente curam a depressão, se causam dependência, etc. Neste texto, busco esclarecer as perguntas mais recorrentes sobre o tratamento com medicamentos antidepressivos.

O que são os antidepressivos?

Comumente associa-se a palavra “antidepressivos” a medicamentos. No entanto, se pararmos para pensar analiticamente, existem muitos hábitos que são antidepressivos, pois também são capazes de aliviar os sintomas de depressão: atividade física e meditação, por exemplo.

O medicamento antidepressivo, por sua vez, é um remédio que pode ou não ser incluído no tratamento para depressão. Essa inclusão depende de muitos fatores: dos sintomas, da recorrência, da intensidade, etc. e devem ser utilizados apenas com prescrição médica. Ao analisar essas e outras variáveis, o psiquiatra pode optar pela intervenção farmacológica.

Como funcionam os medicamentos antidepressivos?

Os medicamentos antidepressivos atuam no sistema nervoso central, alterando e regulando os estados de humor do paciente. São responsáveis por melhorar a execução da vontade e reduzir a ocorrência de pensamentos pessimistas.

O nosso cérebro produz neurotransmissores, substâncias diretamente ligadas ao nosso humor e a outras funções físicas e psicológicas. Você possivelmente já ouviu falar em dopamina, serotonina ou noradrenalina. São os neurotransmissores mais conhecidos. Essas substâncias estabelecem uma comunicação entre os neurônios – fenômeno chamado de sinapse – e regulam o apetite, o sono, o humor e outros fatores. É por esse motivo que pessoas com sintomas depressivos podem passar a não comer ou dormir direito e apresentar tristeza constante.

Quando há algum tipo de instabilidade na rede neural, esses neurotransmissores deixam de ser produzidos na quantidade ideal, causando sintomas depressivos. Os medicamentos, portanto, buscam restabelecer a sinapse dos neurônios, ajustando a quantidade de neurotransmissores produzidos. Por esse motivo volto a ressaltar a importância de ter sempre uma prescrição médica para fazer uso dos medicamentos. Eles são prescritos para cada caso e pensados para estimular neurotransmissores específicos.

Com o passar do tempo, esse ajuste faz com que a insônia, a falta de apetite, a tristeza, a irritabilidade e outros sintomas sejam aliviados. Por esse motivo, não costumamos dizer que os medicamentos antidepressivos representam uma cura, mas que fazem parte de um tratamento. Existe a chance de os sintomas aparecem em outro momento da vida, motivo pelo qual devem ser mantidos os hábitos saudáveis e as mudanças positivas.

Antidepressivos possuem efeitos colaterais?

Assim como qualquer outra medicação, os antidepressivos apresentam alguns efeitos colaterais. Eles dependem muito da composição do medicamento, da dosagem e do paciente, afinal, é comum que algumas pessoas sintam os efeitos de maneira muito branda, enquanto outras são mais sensíveis a eles.

No geral, os efeitos secundários costumam se manifestar com mais recorrência no início do tratamento, período em que o paciente ainda está se adaptando. Alguns medicamentos podem causar náuseas, diminuição de libido, boca seca, entre outros. Ao conversar sobre esse assunto com seu psiquiatra, informe-se sobre possíveis efeitos colaterais. Eles podem surgir no início, mas nunca desista por causa deles. Lembre-se de que esses efeitos são passageiros e, dentro de alguns dias, você dará prosseguimento ao seu tratamento com mais conforto.

Alguns pacientes são resistentes ao tratamento com medicamentos antidepressivos. Recusam-se a tomá-los e relutam em inseri-los em seu dia a dia. Têm medo de que possam viciar, o que é um mito. Ou têm vergonha de expor esse tipo de tratamento aos familiares. Enfim… há muitas razões. Talvez o preconceito venha pois a ação do medicamento acontece na região cerebral, uma das áreas mais complexas do organismo, se não a mais complexa. E também porque não falamos tanto sobre esses fármacos como deveríamos. São medicamentos que passam por um longo processo de pesquisa, desenvolvimento e testes, assim como pelo crivo de qualidade e segurança da Anvisa.

Desde que surgiram, lá na década de 1960, esses remédios passaram por muito aperfeiçoamento e novos tipos foram e ainda vêm sendo criados. São seguros e eficazes quando tomados adequadamente. E em muitos casos são o empurrãozinho necessário para resgatar uma vida mais saudável, próspera e feliz!

Você gostaria de saber mais sobre depressão, ansiedade e demais assuntos? Então confira o meu blog, onde você encontrará uma série de textos sobre esse e outros temas. Se você está buscando apoio para lidar com alguma questão de ordem psíquica, entre em contato comigo! Eu posso ajudar você. Tamo junto! Abração.



25 de setembro de 2020 DepressãoTodos

Tristeza, irritação e desânimo fazem parte da vida de todos. Inclusive das crianças e dos adolescentes. Ficar separado dos pais, mudança de rotina, cobranças na escola… tudo isso pode gerar uma certa ansiedade nos mais jovens. O problema é quando esses sentimentos se tornam habituais. Aos poucos, nota-se algumas alterações no humor, na alimentação e no sono. Nota-se, também, que as atividades que proporcionavam prazer deixam de ser atrativas e que, eventualmente, a criança ou adolescente apresenta retraimento social. São sintomas clínicos típicos da depressão. Muitos acreditam que o transtorno depressivo não aflige os mais jovens, porém, ele não é restrito a uma faixa etária. O que fazer diante de um diagnóstico de depressão em uma criança ou adolescente? O tratamento é similar?

Como identificar sintomas depressivos em crianças e adolescentes?

Quando uma criança ou adolescente apresenta algum sintoma característico da depressão, em geral não é dada muita atenção de início. Muitos pais notam mudança, mas acreditam ser uma fase, o que acaba resultando em um diagnóstico tardio, quando os sintomas já estão mais intensos. O que também agrava a situação é o fato de que, dependendo da idade, a criança ou adolescente ainda não possui recursos para reconhecer que está deprimido, pois ainda não tem um nível de consciência que permita nomear suas emoções, cabendo ao adulto fazer isso por ele. Por isso, é preciso ficar atento aos sinais apresentados.

Depressão infantil

A depressão infantil pode causar medo constante de ficar sozinho, sobretudo durante a noite, momento no qual a criança pode relatar pesadelos e, consequentemente, incapacidade de manter horas prolongadas de sono. A infância deve ser uma fase de exploração e lazer. Ao notar que a criança passa a evitar atividades lúdicas e recreativas e prefere ficar quietinha o tempo todo, por muitos dias ou até semanas, é o momento de ligar o alerta e considerar o acompanhamento de um profissional.

Durante a infância é comum que os sintomas se apresentem também de forma psicossomática. Em suma, a criança pode sentir queimação no estômago, falta de ar e outras reações no corpo. Já falei sobre as doenças psicossomáticas aqui no blog. Depois de terminar esta leitura, você pode começar a ler mais sobre a psicossomatização clicando aqui.

Depressão na adolescência

A adolescência, por sua vez, é um momento crítico no desenvolvimento pois apresenta uma série de desafios para o jovem. É nessa fase que acontecem mudanças nos hormônios e no corpo. Variações de humor são mais recorrentes, assim como forte pressão para ser aceito socialmente em grupos de amigos ou se encaixar em padrões pré-estabelecidos – sobretudo para as meninas, motivo pela qual elas são mais vulneráveis a apresentar alguns sintomas depressivos. Alguns dos mais comuns nas meninas são o isolamento, tristeza intensa, choro sem motivo aparente, baixa autoestima. Os meninos não costumam lidar com os sentimentos da mesma mesma maneira que as meninas, por isso, além dos mesmos sintomas, podem externalizar as emoções por meio de um comportamento agressivo, demonstrar irritabilidade e entrar em conflitos.

Adolescentes costumam ser um pouco mais inconsequentes e impulsivos e, por isso, podem recorrer ao álcool ou a outras drogas em busca de alívio a curto prazo ao sofrimento que sentem. Em alguns casos, podem considerar suicídio como alternativa, motivo pelo qual o diagnóstico precoce é fundamental.

Seja na infância ou na adolescência, em ambos os casos a escola será uma das mais importantes aliadas para os pais ou responsáveis. Ao notar mudanças comportamentais que possivelmente estão ligadas aos sintomas depressivos, é interessante recorrer à escola para obter mais informações sobre o comportamento da criança ou adolescente. Seu desempenho vem caindo ao longo das últimas semanas? Apresenta retraimento social e prefere se manter isolado dos demais? Está com dificuldade de aprendizado? Esses são outros sintomas importantes que podem facilitar a identificação. Diante de sinais como esse, a experiência de um profissional como o psiquiatra é primordial para realizar o diagnóstico e oferecer o tratamento mais indicado para o caso.

Como funciona o tratamento?

Felizmente os pacientes mais novos costumam responder bem ao tratamento. Desde 2005 presto serviços voltados ao adolescente e já atendi mais de mil jovens entre onze e dezessete anos. Ouvi muitas histórias e relatos e não há como afirmar que isso ou aquilo causa a depressão, pois cada pessoa tem um histórico e uma experiência de vida. Alguns pacientes relatam bullying, perdas e luto na família. Outras falam sobre mudança de casa ou de escola, família desestruturada, dificuldade em se aceitar. Há também a questão genética. Pesquisas afirmam que muitas pessoas possuem predisposição para o transtorno depressivo e pode “herdá-lo” de seus antecedentes, assim como acontece com a hipertensão, a diabetes, etc.

É importante ressaltar que, individualmente, nenhuma dessas causas define se o paciente apresenta um quadro depressivo ou não. Não é assim tão preto no branco. A depressão possui uma área muito cinzenta, afinal, as determinantes são variadas, assim como os sintomas, a intensidade, a frequência etc. Nem sempre os medicamentos são necessários no tratamento, mas quando são, a resposta é muito positiva. Muitas vezes mais positivas do que em adultos, fazendo com que o tratamento seja um pouco mais breve.

Eu sei que é muito doloroso ver um filho, um sobrinho ou um neto com depressão. Já acompanhei famílias enfrentando juntas esse transtorno, seja na infância ou na adolescência. Em alguns casos, há preconceito e/ou culpa por parte dos pais. Minha sugestão é: não se prenda a esses sentimentos e busque ajuda. Durante todos esses anos vi jovens com crises suicidas, crises de ansiedade, surtos psicóticos, comportamentos autolesivos… como disse, os sintomas são variados. Há algo, porém, que é comum: quando há apoio e compreensão da parte da família, a resposta ao tratamento é ainda mais rápida. Nesse momento, a união e o suporte familiar são mais do que pilares para uma recuperação efetiva. São uma prova de amor.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho aqui no meu blog. Abração. Tamo junto!



16 de setembro de 2020 Depressão

Ao falar sobre alguém com depressão, é comum imaginar uma pessoa extremamente triste que não consegue levantar da cama ou sair de casa. Em alguns casos isso acontece, é verdade. Porém, grande parte das pessoas diagnosticadas segue uma vida comum, pois o transtorno não é necessariamente incapacitante. A maioria, então, vai ao trabalho, dá risada, participa de reuniões e de rodas de conversa. A depressão costuma se manifestar com maior intensidade em sua vida privada, geralmente dentro de casa, onde aquela normalidade dá lugar a uma forte tristeza, crises de ansiedade e outros sintomas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 6% da população brasileira possui depressão. É possível, portanto, que você conheça alguém que foi diagnosticado com depressão, mas não faça ideia disso. E se a pessoa decidir não compartilhar essa informação com você, provavelmente você jamais saberá. Mas e se ela optar por dividir esse diagnóstico? Como agir, lidar e mostrar apoio?

Entendendo a depressão

O primeiro passo é entender do que se trata a depressão. É importante dedicar um tempo para ler, buscar relatos, se informar e se educar sobre esse transtorno. Não pretendo entrar em pormenores neste texto, pois há uma série de conteúdos que já publiquei sobre o tema, e você pode conferi-los clicando aqui.

Ao saber que um amigo, familiar ou colega está com depressão, muitas pessoas ficam sem saber muito bem como agir, o que dizer e o que não dizer. Porém, o mais importante em um momento como esse não é o dizer, mas o ouvir. Ouça ativamente e demonstre interesse genuíno no que o outro tem a dizer e em como está se sentindo. Evite interromper, dar sugestões, se comparar ou comparar com outra pessoa que passou por uma situação similar ou pior e, mesmo assim, superou. Você pode achar que está ajudando, mas comentários assim podem gerar desesperança, culpa ou uma cobrança muito grande.

Já comentei neste texto que a psicoterapia tem um poder terapêutico pois permite que o paciente coloque para fora suas dores, medos e inseguranças. Compartilhar alguns desses sentimentos com pessoas de confiança também proporciona um alívio, pois assim há a certificação de que não precisará passar por isso sozinho ou escondendo sua condição. Tenha em mente, porém, que compartilhar ou não é uma decisão individual que cabe apenas ao paciente. Respeite caso não haja interesse em falar, sobretudo no início.

Pesquisar e entender melhor sobre a depressão afastará você do julgamento. Você irá entender que algumas atividades – até mesmo as mais simples como caminhar na avenida, limpar a casa ou sair para tomar um sorvete – passam a ter um peso para quem apresenta o transtorno. A compreensão sobre essa condição tratá compreensão com o paciente.

Encorajando o tratamento

Os tratamentos para a depressão variam, pois dependem dos sintomas apresentados, assim como de sua frequência, intensidade e outros fatores. Mas seja qual for o tratamento proposto, é importante segui-lo à risca e você pode encorajar o paciente a fazer isso.

Alguns pacientes se desanimam principalmente no início do tratamento, quando ainda não há uma melhoria muito perceptível. É aí que seu apoio será crucial. Pergunte sobre a evolução do tratamento, encoraje a sua devida continuidade e fique atento a possíveis sinais de agravamento. O ideal é que o psiquiatra esteja acompanhando o paciente de perto, mas caso você note irritabilidade constante, mudança comportamental ou pensamentos suicidas, seja aliado do profissional e tome alguma ação. Se possível, entre em contato com ele e divida sua opinião.

Conexão social será fundamental

Muitos enfrentam a depressão tendo o terapeuta como a única fonte de diálogo, o que não é indicado. Um robusto corpo de pesquisas já comprovou que estar inserido em uma teia social contribui muito para o tratamento do transtorno depressivo. Isso pode ser um desafio para muitos pacientes, já que não se sentem inclinados a encontrar mais ninguém, e menos ainda a sair de casa para socializar. A sua presença, portanto, fará toda a diferença.

Lembre-se sempre de que para prestar apoio a alguém, você deve, antes, estar bem consigo mesmo. Cuide da sua saúde física e mental, reserve um tempo para você, para seus hobbies e para o seu trabalho. Estar disponível para fornecer amparo a alguém com transtorno depressivo é um ato de cuidado, uma demonstração de preocupação e uma grande prova de amor. O tratamento do seu amigo, parente ou colega certamente irá fluir muito melhor tendo sua paciência, compreensão e presença como pontos de apoio.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho aqui no meu blog. Abração. Tamo junto!



9 de setembro de 2020 Depressão

Ninguém gosta de receber diagnósticos. Do mais simples ao mais complexo dos casos, saber que você enfrentará uma doença nunca é uma boa notícia. Sobretudo se for um problema que não se vê sangrar e não se vê cicatrizar. Ou uma doença que não dá margem para indicar com precisão o período de tratamento. É o caso da depressão. Por se tratar de um transtorno invisível e imprevisível, o diagnóstico de depressão costuma ser ainda mais duro de receber, pois é repleto de dúvidas. Como será daqui pra frente?

É um cenário, também, repleto de esperança, afinal a depressão pode ser tratada. Não é possível estimar exatamente em quanto tempo, já que cada caso é um caso. Os sintomas e graus variam, assim como o tratamento para cada um deles. Há uma certeza, porém. De que agora, sabendo do que se trata, passamos a trilhar um caminho muito menos nebuloso. Daqui pra frente será muito melhor.

Como encarar essa fase

As reações ao diagnóstico podem ser muitas. Há quem fique espantado e sinta culpa, perguntando-se “por que isso está acontecendo justo comigo?”; há quem fique agoniado imaginando que sua vida jamais será a mesma. Eu já vi diferentes formas de receber a notícia ao longo da minha carreira como psiquiatra e, no geral, muitos pacientes que atendo respiram com um certo alívio e esperança, sabendo agora que aquilo que sentem tem um nome e uma solução. As conversas sobre transtorno depressivo estão acontecendo com mais frequência, o que tem tornado a recepção do diagnóstico um pouco melhor e menos dolorosa.

Uma vez diagnosticado o transtorno, é importante ter em mente que será preciso rigor e disciplina com o tratamento. Ele é comprovadamente eficaz, desde que seja precisamente seguido. Pode-se, em alguns casos, haver intervenção farmacológica e ter de incluir hábitos na rotina que irão contribuir para o bem-estar em geral, como exercícios físicos, mudanças nutricionais, proximidade com pessoas que ama, boas noites de sono, etc. O uso do medicamento não é recomendado a longo prazo e, após o término do tratamento, será importante manter esses bons hábitos para a manutenção de uma vida próspera e saudável.

As sessões de terapia serão grandes aliadas no processo terapêutico. Nelas haverá a oportunidade de discutir com o psiquiatra sobre a evolução do tratamento. Isso é importante pois no início podem acontecer ajustes no medicamento prescrito ou na dosagem recomendada, uma vez que leva um tempo para o paciente se adaptar. Além disso, o acompanhamento do profissional de psiquiatria oferece grande conforto e alívio em um momento delicado como esse. É comprovado que há um efeito terapêutico no simples fato de ter alguém com quem compartilhar suas dores, medos e inseguranças. Somando os bons hábitos à terapia e aos medicamentos, o prognóstico é bastante otimista.

Início de tratamento requer paciência e compreensão

Após receber o diagnóstico, culpar-se, envergonhar-se ou sentir raiva não vão ajudar. Em vez disso, é importante ter compaixão e compreensão consigo mesmo. Um paciente que fraturou o braço sabe que não é o momento de praticar um esporte. Isso não é esperado dele. Por outro lado, não vemos a depressão, o que faz com que muitas pessoas passem a se cobrar no início do tratamento. Os medicamentos levam um tempo para surtir efeitos mais perceptíveis, então a paciência, combinada ao comprometimento que eu citei mais cedo, será recompensada dentro de algumas semanas com uma notável redução dos sintomas depressivos.

Alguns dos sintomas mais comuns da depressão são a profunda letargia, cansaço extremo e tristeza sem motivo aparente. Se ainda não há vontade de sair de casa, tudo bem. Se sentir vontade de chorar, vá em frente. Não há problema nisso, desde que essa falta de ânimo, com o passar do tempo, dê lugar a uma maior vivacidade, ao interesse em fazer aquilo que gosta e que faz bem.

O relacionamento com o psicoterapeuta será como uma parceria, tanto antes, quanto durante e depois do tratamento. Conte com o profissional! Se há segurança em seu trabalho e em sua expertise, confie no tratamento proposto. O esperado é que o prazer de viver a vida seja restaurado ao longo de poucos meses. Haverá saída para a depressão enquanto houver busca por tratamento e fé nos resultados.

Conheça um pouco mais sobre a depressão lendo aqui no blog outros artigos sobre o tema. E conte comigo para solucionar suas dúvidas ou angústias. Tamo junto!



23 de maio de 2020 DepressãoTodos

A depressão é uma condição complexa, caracterizada essencialmente por uma sensação de mal-estar, de desconforto, de ansiedade e/ou de tristeza (humor disfórico). Apresenta sinais e sintomas cuja intensidade e duração prejudicam a qualidade de vida, resultando em prejuízo nas funções que desempenhamos nas diferentes esferas da nossa vida (auto-cuidado, cognição, relacionamentos sociais, trabalho, etc). Citei aspectos individuais de cada pessoa que nos procura, desta forma, o plano de tratamento da depressão também deve ser individualizado.

Por que o tratamento da depressão pode falhar?

Portadores de depressão frequentemente descontinuam o tratamento, em função dos efeitos indesejáveis dos medicamentos. Aproximadamente um terço deles interrompe abruptamente o antidepressivo durante o primeiro mês; mais de 44% descontinuam ao longo dos três meses iniciais. Náusea e cefaléia são os principais efeitos que levam a descontinuação no primeiro mês. Nos segundo e terceiro meses, esses efeitos são fadiga, visão turva, dificuldade para adormecer, ansiedade, alterações do apetite e ganho de peso. Diminuição da libido, retardo da ejaculação, orgasmo e até anorgasmia podem ser referidos, especialmente quando interrogados de forma direta pelo psiquiatra. Essa fraca adesão responde por grande parte das das falhas do tratamento.

Tipo de relacionamento entre o médico e o paciente, características sociodemográficas, gravidade do quadro, efeitos adversos, nível educacional e tipo de personalidade do paciente, além do perfil do tratamento escolhido, são fatores que podem  interferir de diferentes formas à adesão ao tratamento. Efeitos adversos, falta de de orientação do paciente e má qualidade da relação médico-paciente são os mais significativos.

O perfil de cada paciente deve ser avaliado, para nortear, entre outros aspectos, as escolhas do antidepressivo com maior probalidade de adesão.

Como tornar individualizado o tratamento para a depressão?

A eficácia e a tolerabilidade dos antidepressivos já estão bastante documentadas, reconhecendo-se que eles não diferem em eficácia. A questão é para quem ele será prescrito. A tolerabilidade e o perfil farmacocinético, entendidos como “os efeitos colaterais”, são os fatores diferencias, para indicar-se este ou aquele, para cada caso.

Os pacientes devem receber informação sobre a hipótese diagnóstica, as possíveis causas e os mecanismos de ação dos tratamentos disponíveis. O plano de tratamento de incluir farmacoterapia, psicoterapia e outras intervenções, escolhidas após consideração cuidadosa dos fatores individuais (preferência e histórico do paciente, tratamentos anteriores, gravidade da doença, comorbidades, risco de suicídio, disponibilidade de métodos de tratamento, tempo de espera para psicoterapia e custos).

A remissão dos sintomas é a meta-padrão do tratamento da depressão do tratamento da depressão, objetivando-se: resolução dos sintomas emocionais e físicos; restauração da capacidade plena de funcionamento; retorno ao trabalho, aos hobbies e aos interesses pessoais; e retomada dos relacionamentos interpessoais.

Subnotificação da depressão

Lamentavelmente, a depressão segue subdiagnosticada. Segundo pesquisa publicada na Revista Brasileira de Psiquiatria, nossos serviços de cuidados primários (Unidades Básicas de Saúde principalmente) e serviços médicos gerais, 30% a 50% dos casos não são diagnosticados. A Associação Médica Brasileira avalia que os principais motivos para tal são o preconceito em relação à doença e o descrédito dos pacientes no tratamento. No caso dos médicos, os principais motivos são falta de experiência ou de tempo, descrença em relação à efetividade do tratamento, reconhecimento apenas dos sintomas físicos da depressão e avaliação dos sintomas de depressão exclusivamente como uma reação “natural”.

 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!

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4 de abril de 2020 DepressãoTodos

O que você precisa saber sobre opções de tratamento e medicação

Muitos de vocês, como eu, seguem várias fontes de notícias ao longo do dia. Seja rádio, televisão, sites de notícias eletrônicas ou mídias digitais, existem inúmeras maneiras pelas quais as pessoas podem acessar informações com facilidade 24 horas por dia, sete dias por semana. Essa proliferação de informações é maravilhosa – mas pode ser avassaladora e, em alguns casos – especialmente em questões de saúde mental – imprecisa ou simplesmente inverídica.

Mais recentemente, fiquei impressionada com entrevistas recentes com pessoas que não são profissionais de saúde mental que discutem a depressão sem ter uma formação profissional no campo. Esses autores se colocam  em uma plataforma pública para discutir o tratamento da depressão e o que “funciona” e o que “não funciona” – e embora muito “pareça” convincente e factual – em muitos casos, não é – e isso pode seja muito perigoso.

Como é o plano de tratamento da Depressão

Como psiquiatra praticante por muitos anos, posso atestar o fato de que os tratamentos para depressão funcionam e que aqueles que sofrem com depressão precisam ser informados sobre o que esperar durante o tratamento. Existem muitas pesquisas baseadas em evidências para mostrar que a medicação e a terapia são uma maneira poderosa e eficaz de tratar a depressão. De fato, o tratamento da depressão geralmente é um tratamento combinado, não muito diferente do tratamento para hipertensão ou enxaqueca. É importante saber que, embora apenas a medicação e a psicoterapia (terapia cognitivo-comportamental, terapia interpessoal, psicanálise, etc) possam aliviar os sintomas depressivos, é uma combinação de medicação e psicoterapia que foi associada a taxas de melhoria significativamente mais altas em doenças mais graves, crônicas, e apresentações complexas de depressão.

É fundamental que alguém que sofre de depressão seja informado sobre as opções de tratamento e tenha um médico ou terapeuta que discuta claramente que tipos de medicamentos estão disponíveis, como gerenciar a falta de eficácia ou efeitos colaterais e como trabalhar com o paciente para garantir que os medicamentos sejam eficazes. Muitas pessoas me disseram que a medicação salvou suas vidas; quase todos desejavam tê-las experimentado antes. E a grande maioria as tolera muito bem. Também é importante entender o que são as psicoterapias, como elas diferem em termos de base de evidências e quão importante é tentar a terapia e encontrar uma que funcione melhor para você, em vez de permanecer na terapia por anos sem alívio dos sintomas. A terapia geralmente não é fácil e exige muito esforço e comprometimento. Mas funciona e já vi muitas pessoas encontrarem alívio da depressão e prosperarem. Um médico disponível e receptivo é uma necessidade absoluta, e visitas frequentes de acompanhamento para garantir que o plano de tratamento esteja correto e funcionando (e para modificar o plano, se necessário) também são essenciais.

O problema do estigma sobre Transtornos Mentais

Ainda como sociedade, sentimos vergonha ao falar sobre transtornos mentais. É difícil e às vezes impossível para as pessoas procurarem a ajuda de que precisam. O suicídio é a segunda principal causa de morte em nossa população adulta jovem. Lembre-se: estar informado sobre as opções de tratamento é a chave para encontrar o tratamento certo para você ou para um ente querido. Você pode aprender sobre as opções de medicação e terapia visitando outros posts do meu blog.

Os tratamentos de depressão funcionam e podem melhorar significativamente a qualidade de vida. Este período de quarentena é um momento maravilhoso para nos comprometermos a nos educar sobre as opções de tratamento. Vamos nos comprometer a fazer perguntas, aprender e manter-se informado sobre a pesquisa e os tratamentos atuais. Isso ajudará à quebra do estigma em torno dos problemas de saúde mental e garantirá que as pessoas encontrem o tratamento de que precisam hoje e continuem a trabalhar como uma sociedade para obter melhores tratamentos amanhã.

Quer saber mais sobre tratamento da depressão? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!

 



17 de setembro de 2017 Todos

A vida é uma união de sensações, pensamentos e atos que aos poucos vão nos transformando em quem somos. Em alguns momentos podem surgir dificuldades em encarar nossos medos e desafios, e isso pode nos trazer prejuízos e conflitos.

Há ainda casos mais específicos nos quais podem surgir problemas realmente graves voltados aos nossos pensamentos. Podemos então, sentir a necessidade de buscar um profissional especializado que possa tratar e nos ajudar a compreender o que pode estar acontecendo.

Não é raro que as pessoas se confundam com os profissionais que tratam e orientam pacientes a respeito de questões voltadas à mente. Mas afinal, qual é a diferença entre psiquiatra, psicólogo e psicanalista?

A seguir, aprenda a respeito do assunto e descubra quando procurar pela ajuda de um psiquiatra, de um psicólogo ou de um psicanalista .

Psiquiatra

O psiquiatra é um profissional formado em medicina e que optou por uma especialização em psiquiatria. Ou seja, ele conhece de forma geral o funcionamento do organismo humano e se aprofundou em estudar a mente humana, pensando na parte biológica dos distúrbios mentais, podendo prescrever medicamentos específicos para doenças voltadas à mente.

Psicólogo

Um profissional de psicologia, por sua vez, tem o seu foco voltado à parte não-biológica do psique humana, ou seja, os comportamentos, os sentimentos e os eventos vividos por nós, que desencadeiem determinados distúrbios e ações. O psicólogo faz o seu tratamento à partir de sessões de terapia, onde trata o paciente com exercícios e de forma não medicamentosa.

Psicanalista

Já o psicanalista é um profissional, de qualquer área, especializado em psicanálise, que é um método de tratamento que envolve técnicas e terapias desenvolvidas pelo famoso estudioso Sigmund Freud e seus sucessores. Um psicanalista, portanto, pode ter diferentes formações primárias, inclusive em medicina ou psicologia.

E o que seria um psiquiatra psicoterapeuta?

Ou seja, um psiquiatra psicoterapeuta é um profissional formado em medicina com especialização em psiquiatria, e que pode oferecer aos seus pacientes tratamentos que envolvam as diferentes técnicas psicoterapêuticas e escolas das ciências do comportamento e psicologia. Neste caso, o profissional pode tratar o paciente tanto biologicamente como psiquicamente.

A psicanálise e outras escolas da psicologia têm se mostrado como formas muito eficazes para tratar os mais diversos tipos de pacientes que buscam respostas para seus medos, sensações e formas de ver a vida e seus acontecimentos. Ela trata com ainda mais ênfase pacientes que sofrem de diferentes tipos de neuroses e psicoses.

O psiquiatra psicoterapeuta, portanto, pode ir muito mais a fundo nas questões psíquicas, já que tem como principal objetivo interpretar todos os conteúdos que estão de alguma forma inconsciente presos na mente de seu paciente, através de palavras, produções imaginárias e ações.

O mais importante é que, independentemente do tipo de profissional que você procure, você possa ser capaz de compreender como ele pode ajudar a conquistar uma vida ainda mais plena.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo.




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    Médica graduada na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro com Residência em Psiquiatria no Instituto de Psiquiatria Universidade Federal do Rio de Janeiro.


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