Todos / Dra Aline Rangel


15 de setembro de 2019 Todos

Transtorno de personalidade borderline e transtorno bipolar são distúrbios psíquicos crônicos que afetam os pensamentos, os sentimentos e as atitudes, produzindo efeitos na área social, afetiva, profissional, etc.

Embora apresentem algumas características em comum, a personalidade borderline e a bipolaridade são duas condições distintas, que não devem ser confundidas. A confusão entre os distúrbios pode acarretar a disseminação de informações equivocadas, atrapalhar a procura por ajuda médica adequada e, consequentemente, atrasar o diagnóstico e o tratamento.

Para aprender a diferenciar as duas condições, continue a leitura. 

O que é transtorno de personalidade borderline?

Também chamado de transtorno de personalidade limítrofe, o transtorno de personalidade borderline é caracterizado por mudanças súbitas de humor, além de presença de comportamentos autodestrutivos e impulsivos, compulsões, deturpação da imagem e descontrole emocional. 

Pessoas que apresentam essa condição, tendem a passar por episódios aparentemente inexplicáveis de grande ansiedade, raiva e até mesmo depressão. Por isso, costuma ter dificuldade de criar laços e manter relacionamentos estáveis.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP), esse tipo de distúrbio é mais incidente em mulheres. Cerca de 75% dos quadros ocorrem com pessoas do sexo feminino e os sintomas aparecem normalmente entre os 18 e 25 anos, embora possam surgir em outras faixas etárias. 

O que é transtorno bipolar?

O transtorno afetivo bipolar é um distúrbio crônico marcado pela alternância entre dois estados bem diferentes: o eufórico e o depressivo. As mudanças podem acontecer de maneira repentina e intensa, oscilando sem qualquer aviso prévio. 

Quando a pessoa que sofre com transtorno bipolar está vivenciando um polo depressivo, ela experimenta sintomas como desânimo, indiferença, isolamento, perda de interesse, queda na energia, baixa autoestima, insônia, etc. 

Já quando está na fase eufórica (polo da mania), a pessoa se sente autoconfiante, animada, falante e hiperativa. Além disso, pode apresentar sintomas psicóticos como aumento da libido, delírios de grandeza, irritabilidade e incapacidade de avaliar situações de risco.

Quais os sintomas dos dois transtornos?

No transtorno de personalidade borderline, os sinais mais comuns são a imagem distorcida, impulsividade, imprudência, insegurança, relacionamentos turbulentos e instáveis, emoções intensas e descontroladas, agressividade, alterações no humor, sentimento de abandono e solidão, tendências impulsivas e compulsivas, além de automutilação.

No transtorno bipolar, os sintomas frequentes são as flutuações do humor, sentimentos e comportamentos oscilantes que incluem raiva, ansiedade, angústia, apatia, euforia, culpa, descontentamento, tristeza, agitação, agressividade, choro excessivo, irritabilidade, impulsividade, autolesões, depressão, ansiedade, paranoia, falta de concentração, lentidão na realização de atividades, pensamento e fala acelerados, falsa ideia de superioridade, perturbações do sono e episódios maníacos. 

Quais são as diferenças, afinal?

Em ambos os casos, há alterações no humor, atitudes impulsivas e consequências negativas, como os prejuízos aos relacionamentos. Essa certamente é a causa da confusão, mas é importante reforçar que os transtornos não são a mesma coisa!

Enquanto borderline é um transtorno de personalidade, a bipolaridade é um transtorno afetivo. Os episódios de emoção levada aos extremos, típicos do transtorno borderline, ocorrem a qualquer momento e de forma irregular, dentro de horas ou dias. As crises do transtorno bipolar (no polo depressivo ou no maníaco) se estendem por semanas ou meses.

As crises no transtorno borderline são desencadeadas principalmente por questões psicológicas e fatores externos. Já no transtorno afetivo bipolar, além dessas causas, as crises podem ser geradas por desequilíbrios nos neurotransmissores.

Os dois quadros são sérios e podem trazer impactos muito prejudiciais para a vida de quem sofre com eles, daí a necessidade de tratar tais distúrbios da maneira adequada. A abordagem terapêutica pode combinar sessões de psicoterapia com o tratamento com os fármacos apropriados. Procure o psiquiatra se estiver apresentando um ou mais sintomas de transtorno borderline ou transtorno bipolar. A ajuda profissional faz toda a diferença no controle de ambas as condições.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



15 de setembro de 2019 Todos

Você já ouviu falar em agorafobia? Esse é um tipo de transtorno de ansiedade relativamente comum. Só para ter ideia, no Brasil, a agorafobia atinge cerca de 150 mil pessoas. 

A etimologia da palavra remete ao grego, em que a junção das palavras αγορά  (ágora), que quer dizer praça pública, e φοβία (fobia), que significa terror, passou a designar essa condição que, ao pé da letra, significaria o temor de praça pública. Na prática, o problema vai muito além disso.

A agorafobia é um distúrbio que mexe com os pensamentos, as emoções e as atitudes. Tal transtorno é marcado pelo medo de situações que possam vir a causar sensação de desamparo, constrangimento ou aprisionamento. 

Neste artigo, trazemos mais informações sobre a agorafobia, para você entender suas principais causas e possíveis tratamentos. Boa leitura!

Causas da agorafobia

Essa condição pode se desenvolver espontaneamente, sem nenhuma causa aparente, ou pode ser desencadeada por ambiente e situações estressantes, abuso de substâncias químicas e existência de outros transtornos de ansiedade.

A agorafobia pode aparecer, por exemplo, depois de episódios de crise de pânico. A síndrome do pânico é, inclusive, um importante fator de risco para o surgimento da condição agorafóbica. Quem tem essa síndrome está sujeito a experimentar ataques repentinos de medo extremo e incontrolável, com presença de sintomas físicos intensos, como aumento da frequência cardíaca, sudorese, hiperventilação ou falta de ar, sensação de sufocamento, tontura, náuseas, vômitos, desmaio, aperto no peito, formigamento, dormência, tremores, calafrios,  descontrole, medo da morte, etc. Por temer novas crises no futuro, a pessoa acaba desenvolvendo outro transtorno de ansiedade: a agorafobia.

Tratamentos para agorafobia

Cumpre salientar que esse é um problema psíquico crônico, que pode durar meses, anos ou a vida inteira. Apesar disso, o tratamento adequado é capaz de melhorar – e muito – a qualidade de vida dos pacientes agorafóbicos. É importante tratar essa condição, para evitar que a agorafobia desencadeie outros transtornos, como depressão e dependência química.

O primeiro passo para tratar o distúrbio consiste em reconhecer os sinais. Os principais sintomas de agorafobia são reclusão social e o medo de determinadas circunstâncias, como de expor opiniões em público e do julgamento alheio, de ficar em ambiente fechados e sufocantes, de frequentar lugares lotados, como casas de show, estacionamentos e parques, de participar de processos seletivos e, até mesmo, de coisas corriqueiras como entrar no elevador, usar o transporte público e enfrentar filas. 

Reconhecidas essas manifestações, a pessoa deve buscar suporte psiquiátrico para enfrentar esse transtorno de ansiedade. O tratamento clínico é desafiador, mas geralmente bem-sucedido. Ele consiste na combinação de sessões de psicoterapia e uso de fármacos específicos para o controle dos sintomas. Lembre-se de que a automedicação é contraindicada, pois somente o médico pode recomendar o tipo, a dosagem e a duração do tratamento medicamentoso. Isso aumenta a eficácia e a segurança da abordagem terapêutica. 

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15 de setembro de 2019 Todos

A síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade marcado por crises súbitas de medo e desespero, as quais são chamadas de ataques de pânico. Vale acrescentar que as causas da síndrome do pânico não são plenamente conhecidas, mas esse tipo de quadro pode ter relação com fatores variados, como genética, estresse, temperamento, situações traumáticas e alterações no funcionamento do cérebro.

Um ataque de pânico pode ser definido como um período curto e súbito de temor intenso, que vem acompanhado de manifestações físicas e psicológicas variadas. Esses episódios de pânico inesperado, forte ansiedade e medo extremo costumam ser desencadeados por ameaças imaginárias, ou seja, o perigo não é real, a pessoa não está em risco de verdade e, ainda assim, sente muito medo.

Quem tem essas crises, não sofre apenas durante o ataque de pânico. Depois que a crise termina, a pessoa se preocupa, fica angustiada e com medo de que outros ataques possam ocorrer no futuro. Também pode sentir medo de morrer, perder o controle, ter um ataque do coração ou enlouquecer. 

Não há como prever um ataque de pânico, mas existem formas de identificá-lo. Quer descobrir como reconhecer a crise? Confira alguns sinais dos ataques de pânico.

Como são os ataques de pânico?

Os ataques de pânico acontecem sem nenhum tipo de aviso prévio. Eles podem ocorrer a qualquer hora do dia, em qualquer situação. O indivíduo pode estar dormindo, em meio a uma reunião profissional, dirigindo, passeando com a família. É realmente inesperado e súbito, sem causa aparente.

Quanto tempo dura um ataque de pânico?

O ataque de pânico costuma ser rápido, mas muitas coisas podem ocorrer em um curto período de tempo. O pico da crise dura de 10 a 20 minutos, podendo variar de acordo com a pessoa e com o grau de intensidade da crise. Alguns sintomas se estendem por uma hora ou mais.

Quais são os sintomas das crises de pânico?

As crises de pânico podem envolver diversas manifestações físicas e psicológicas, como: 

  • sensação de perigo iminente;
  • medo de tragédias e da morte;
  • sentimento de indiferença;
  • descontrole;
  • sensação de estar fora da realidade;
  • sudorese, tremores e palpitações;
  • dificuldade respiratória com falta de ar e sufocamento;
  • calafrios, náuseas e ondas de calor;
  • dormência;
  • formigamento;
  • dor no peito;
  • dor abdominal;
  • dor de cabeça;
  • dificuldade para engolir;
  • sensação de fechamento na garganta;
  • tontura e desmaio.

Infelizmente, a síndrome do pânico é uma condição que não se limita a crises esporádicas. Ela está sujeita a outros efeitos danosos e graves, sendo que, em alguns casos, essa síndrome é gatilho para o desenvolvimento de problemas sérios, como a dependência química e a depressão.

Para evitar que isso aconteça é importante buscar auxílio médico especializado ao desconfiar de qualquer indício de transtorno de ansiedade. Fique atento aos sintomas!

Quer saber um pouco mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



15 de setembro de 2019 Todos

Você sabia que o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo? De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 18 milhões de brasileiros convivem com a ansiedade, o que equivale a cerca de 9% da população.

A ansiedade é um transtorno psíquico que nem sempre vem sozinho, podendo estar associado a condições como fobia, estresse pós-traumático, transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e síndrome do pânico. Esta última condição, a síndrome do pânico costuma ser, muitas vezes, confundida com o transtorno de ansiedade, mas vale destacar que os dois quadros são diferentes. Neste artigo trazemos as diferenças entre eles para que você aprenda a distingui-los. Confira!

O que é ansiedade?

A ansiedade é uma reação natural que as pessoas experimentam diante de situações que causam medo, nervosismo, apreensão e preocupação. É comum, compreensível e perfeitamente normal, por exemplo, que pessoas fiquem ansiosas às vésperas de processos seletivos, exames de saúde e mudanças de cidade. Entretanto, se essa reação for desproporcional e incontrolável, tudo indica que estamos diante de um quadro de transtorno psíquico. 

Os transtornos de ansiedade envolvem diversos distúrbios, incluindo a síndrome do pânico. Tais transtornos correspondem a quadros mentais caracterizados por sentimento de preocupação e temor fortes o bastante para prejudicar as atividades diárias.

O que é síndrome do pânico?

Como já mencionamos, a síndrome do pânico está relacionada  com a ansiedade, pois é um dos transtornos existentes nessa condição. Nesse tipo de transtorno, ocorrem crises repentinas de desespero e grande medo de que algo ruim aconteça, ainda que não exista um sinal real de perigo. As crises de pânico costumam ser recorrentes e inesperadas.

Quais são os sintomas de ansiedade?

Algumas manifestações gerais de ansiedade são comuns aos sintomas de síndrome do pânico, talvez por isso, eventualmente, as condições sejam encaradas como se fossem iguais. Na ansiedade, a pessoa vê riscos inexistentes, pode usar artifícios como a comida para aliviar a tensão,  tende a apresentar distúrbios do sono, tensão muscular, preocupação excessiva, nervosismo, inquietação, palpitações, respiração ofegante, medo irracional, sudorese, falta de ar, pensamentos obsessivos, perfeccionismo exacerbado e problemas digestivos, como náuseas, vômitos, constipação, refluxo, doenças inflamatórias, alterações intestinais, entre outras manifestações físicas.

E os sintomas de síndrome do pânico?

Para reconhecer a síndrome do pânico, também é preciso ficar atento aos sinais. O principal sintoma é justamente a existência de crises repentinas e agudas de medo. Essas crises, chamadas também de ataques de pânico, são geralmente seguidas de um forte temor de que novos episódios aconteçam. O indivíduo vive em alerta, temendo perder o controle ou enlouquecer. As manifestações físicas durante as crises incluem tontura, indiferença, sensação de estar fora da realidade, dormência e formigamento no rosto e nos membros, coração acelerado, suor excessivo, tremores, calafrios, náuseas, dores abdominais, aperto no peito, dor de cabeça, desmaio, ondas de calor, dificuldades para engolir, sensação de perigo, etc.

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15 de setembro de 2019 Todos

Já ouviu falar em TOC?  Trata-se do Transtorno Obsessivo Compulsivo, um distúrbio psiquiátrico que afeta aproximadamente 2,5% da população mundial. As manifestações do TOC variam conforme a gravidade do quadro, mas o problema geralmente é acompanhado de angústia e sofrimento,o que acaba afetando a vida social, afetiva e laboral do indivíduo.

O Transtorno Obsessivo Compulsivo é frequentemente confundido com mania, o que dificulta seu diagnóstico e tratamento. Será que realmente há similaridades entre as duas condições? Em que o TOC se difere da mania? Neste artigo, mostramos as diferenças entre elas para você tirar suas próprias conclusões sobre o assunto. Boa leitura!

O que é TOC, afinal?

O TOC é um transtorno psiquiátrico caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões. Cumpre ressaltar que as obsessões correspondem a imagens ou pensamentos que a pessoa não consegue controlar, apesar de partirem de sua própria mente. Já as compulsões são rituais ou atitudes que se tornam recorrentes para aliviar a ansiedade gerada pelas obsessões.

Por exemplo, uma pessoa com pensamento obsessivo acerca de contaminação pode apresentar uma prática compulsiva de lavar suas mãos ou de limpar a casa incontáveis vezes, cumprindo esses rituais na tentativa de atenuar o estado ansioso. 

E mania, o que é?

A mania é uma prática repetitiva, um hábito ou gosto recorrente que pode ser incomum, excêntrico e extravagante, mas que não apresenta caráter patológico, até porque não prejudica a vida da pessoa, tampouco gera angústia ou sofrimento. Resumidamente, as manias são comportamentos que se repetem e podem ser motivados não por obsessão, mas por crenças e superstições.

Qualquer um pode ter uma mania, mas isso não necessariamente vai gerar efeitos negativos no dia a dia. É algo corriqueiro e que normalmente não causa danos. Alguém que sempre levanta com o pé direito ou que só consegue dormir se deitar do mesmo lado sempre, tem uma mania e não um TOC. Tais hábitos são automáticos e quase involuntários, mas o indivíduo ainda está no controle de seus atos.

Como distinguir as duas condições?

O tempo é um bom indicador para diferenciar TOC e mania. Se as obsessões e as compulsões são tão severas e frequentes que o indivíduo passa a dedicar grande parte do dia a elas, é sinal de Transtorno Obsessivo Compulsivo. Na mania, apesar de o hábito se repetir, a pessoa não ocupa muito tempo com ele. Outro forte indício diferencial é o fato de que o TOC geralmente vai causar desconforto e sofrimento. Na mania não é assim: a rotina é cumprida tranquilamente, sem maiores comprometimentos.

Em alguns casos, certas manias podem evoluir para Transtorno Obsessivo Compulsivo. No entanto, é importante perceber que a maioria das pessoas tem alguma mania. Quem nunca conviveu com alguém que não pode ver algo fora do lugar ou que é fissurado por limpeza? O problema é quando essa mania foge do controle, de modo que vire uma compulsão.

Também é possível que uma única pessoa apresente determinadas manias e TOC simultaneamente. Por exemplo, ela pode ter mania de roer as unhas e, ao mesmo tempo, apresentar TOC de simetria.

Outra constatação que precisa de destaque é a existência de Sintomas Obsessivos Compulsivos, ou SOC. Todas as pessoas podem ter esses sintomas, como a necessidade de se certificar várias vezes de que fechou a porta de casa. Se isso não atrapalhar a vida fortemente e não ocupar tempo demasiado, não configura TOC.

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15 de setembro de 2019 Todos

O Transtorno de Ansiedade Generalizada, ou TAG, é um distúrbio psíquico caracterizado pela expectativa apreensiva e por uma preocupação excessiva, duradoura e difícil de controlar. Esse estado costuma persistir por, no mínimo, seis meses.

Vale destacar que a ansiedade é uma reação natural diante de fatos e situações capazes de provocar incerteza, expectativa ou medo. É normal que fiquemos ansiosos, por exemplo, antes de uma viagem muito aguardada, uma entrevista de emprego, um encontro importante, uma cirurgia delicada, etc. Nesses casos, em dose moderada, a ansiedade é útil para nos preparar para enfrentar desafios, o que favorece a adaptação ao novo.

Entretanto, se a ansiedade é demasiada e descontrolada, pode se tratar de um caso patológico de TAG. A ansiedade generalizada costuma ser desproporcional ao acontecimento que a desencadeia. Além disso, gera sofrimento, compromete a qualidade de vida e interfere negativamente em diversos âmbitos, como o social, o profissional, o acadêmico e o afetivo.

O Transtorno de Ansiedade Generalizada requer tratamento, mas, para buscar o suporte médico adequado, é importante ficar atento aos sinais mais comuns dessa condição. 

Neste artigo trazemos os principais sintomas do TAG. Confira!

Sintomas do Transtorno de Ansiedade Generalizada

Preocupação exagerada

Indivíduos com esse transtorno estão sempre preocupados em excesso com os eventos cotidianos, mesmo que não exista nenhuma razão sólida ou óbvia para isso. Essas pessoas esperam constantemente pelo pior e imaginam situações desastrosas em relação a saúde, família, trabalho, escola, entre outros.

Inquietação e dificuldade de concentração

A ansiedade generalizada domina o pensamento da pessoa, interfere em sua produtividade e em seu funcionamento diário. Ela atrapalha a concentração, dificulta a realização de atividades simples e provoca extrema inquietação.

Perturbação do sono

Outro sintoma frequente é a perturbação do sono, mais especificamente a insônia, problema que consiste na dificuldade de dormir e permanecer dormindo. A falta do sono reparador pode gerar fadiga, mau humor e irritabilidade no dia seguinte.

Tensão e dor muscular

Pessoas extremamente ansiosas tendem a apresentar tensão e dor muscular, especialmente nos ombros, nos braços e nas pernas, o que acaba afetando a performance nas tarefas do dia a dia e pode, em alguns casos, se tornar um fator limitante. Os tremores e espasmos também podem ocorrer.

Dor de cabeça

Entre os sintomas físicos do transtorno está a dor de cabeça. Ela costuma ser recorrente, difusa e atingir os dois lados da cabeça. Ela pode ser leve, forte ou moderada, com sensação de aperto ou pressão. Resumidamente, essas são as características de dor de cabeça tensional.

Aperto no peito e palpitações

Quem tem Transtorno de Ansiedade Generalizada está sujeito a apresentar manifestações como sensação de aperto no peito e palpitações. A falta de ar ou respiração ofegante também podem estar presentes no quadro.

Sintomas digestivos

O transtorno pode refletir na digestão. É comum que a pessoa com TAG sofra alteração nos hábitos intestinais, bem como, constipação, náuseas e até mesmo vômitos.

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15 de agosto de 2019 Todos

Desde os primórdios da história, com nossos ancestrais, adaptamos características para sobrevivência em diversos ambientes. Uma delas é o medo. Imagine a seguinte situação: você está parado na calçada enquanto aguarda o semáforo abrir para os pedestres. Nesse momento, um carro se aproxima com rapidez e sem controle em sua direção. Quais são seus sentimentos nesse instante? “Esse motorista é louco”, “não posso morrer”, “tenho que fazer alguma coisa”. 

Como seu corpo se comporta? Com calafrios, suor, choro e corrida imediata. A todas essas características chamamos “medo”. Ou seja, o medo consiste em uma resposta imediata a uma ameaça conhecida, externa e bem definida: o carro vai me atropelar. Ele foi desenvolvido ao longo da história humana, a fim de que nós possuíssemos o extinto de sobrevivência. Dessa maneira, conseguimos nos livrar de situações perigosas e nos manter em constante equilíbrio. E fobia? O que seria este essa sensação?

Fobia: temendo o incerto

Apesar de serem confundidos, fobia e medo são muito diferentes. A fobia consiste em um transtorno mental ansioso, que pode, inclusive, chegar ao ponto de incapacitar o indivíduo. Enquanto o medo é uma resposta a algo real, a ansiedade fóbica resulta de uma ameaça interna, vaga, conflituosa ou desconhecida. Como resultado, a pessoa pode sentir uma sensação desagradável, apreensão, dor de cabeça, inquietação e até pânico. Com o passar do tempo, o indivíduo começa a esquivar-se das situações que lhe causam fobia, contudo, nem sempre isso é possível. 

Exemplos de fobia

Fobia específica

  • Ansiedade frente a situações específicas, como Acrofobia (altura), Agorafobia (lugares abertos), Zoofobia (animais), Misofobia (sujeira e germes), Pirofobia (fogo), Xenofobia (estranhos).
  • Geralmente, o objeto da sensação específica está relacionado com uma situação em que a pessoa passou por intenso medo. Por exemplo, uma pessoa que foi atacada por um cão bravo, pode desenvolver fobia de cães.

Fobia social

  • Fobia de se embaraçar e de causar algum tipo de constrangimento ou gafe em situações sociais, tais como reuniões, apresentações orais, encontros amorosos, festas. A pessoa se sente constantemente julgada pelos outros e que seu comportamento, jeito de andar, falar, escrever, comer, é inferior ao das outras pessoas.
  • O sentimento fóbico é desproporcional à ameaça real e pode causar grande sofrimento e prejuízo no comportamento pessoal. As situações que causam fobia também passam a ser evitadas e a pessoa começa a se isolar.

Como saber se tenho medo ou fobia?

A primeira etapa é reconhecer os sentimentos que você apresenta e quais são as situações que os desencadeiam. Após isso, busque ajuda do médico psiquiatra, pois ele saberá fazer a avaliação completa. Geralmente, o tratamento é associado com medicamentos e terapia cognitiva comportamental. Após isso, a pessoa lida muito melhor com as fobias e passa a ter uma vida tranquila.

 

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15 de agosto de 2019 Todos

Quando o indivíduo reclama da quantidade ou da qualidade do sono e tem dificuldade de começar a dormir; tem grande esforço para manter o sono, acordando várias vezes; ou acorda muito antes do horário desejado, diz-se que ele tem insônia. Ela pode ser transitória, com alguns poucos episódios, ou persistente. No último caso, ela pode ser um dos fatores do desenvolvimento de depressão no indivíduo insone. 

Por si só, a insônia pode ser uma condição patológica (doença). Contudo, mais comumente, ela se caracteriza como sintoma de outra patologia de base, como síndrome de apneia obstrutiva do sono, depressão, ansiedade, Jet lag após viagem ao exterior, dentre outras

De acordo com um estudo da consultoria Gallup, nos Estados Unidos, cerca de 45% da população adulta desenvolve episódios de insônia grave ao longo de 1 ano. No entanto, desses, a maioria resolve os sintomas espontaneamente ou com tratamento.

Ainda assim, 9% se mantêm com insônia crônica, gerando grande comorbidade na vida e nas atividades de rotina. No grupo dos indivíduos com insônia crônica, é extremamente comum a automedicação com fármacos sem prescrição, álcool ou ambos, o que piora ainda mais a condição de falta de sono. 

Insônia e depressão estão fortemente interligadas. A privação de sono pode gerar sintomas depressivos e até ideação suicida, bem como ser fator de risco para episódios depressivos recorrentes. Em contrapartida, a depressão pode causar insônia, principalmente aquela em que a pessoa acorda antes do horário habitual. 

Sintomas gerais da depressão

De modo geral, os episódios depressivos são caracterizados por tristeza profunda, perda de interesse por atividades diárias e de prazer, ausência de sensação de bem-estar. Em associação, podem ser incidentes:

  • angústia profunda;
  • abuso de álcool e outras drogas;
  • dificuldade de concentração e de raciocínio;
  • insônia; 
  • alteração do apetite;
  • diminuição do interesse sexual;
  • dor física;
  • tentativa de autoextermínio. 

Alteração do sono na depressão

Há diversos mecanismos fisiológicos para a indução e manutenção de um sono tranquilo. Por exemplo, pode-se citar o cortisol e a melatonina que são liberados no momento correto para que haja o ciclo sono-vigília, isto é, momento correto em que a pessoa deve dormir e despertar. Nos indivíduos com depressão, é comum que esses mecanismos estejam deficientes. Com isso, a indução do sono pode ocorrer depois do horário biológico. Assim, a pessoa dorme mais tarde e acorda mais cedo. 

O sono comum é subdividido em sono REM e sono não REM. Na fase REM ocorre o início da indução do sono e deve ter uma duração mais curta. Na depressão, contudo, ela se prolonga, acarretando despertares noturnos constantes. Por sua vez, o sono não REM é aquele que realmente descansa a pessoa, mas, nos depressivos, ele está alterado. Com isso, a pessoa dorme, porém, permanece cansada e fadigada. É extremamente comum a ocorrência de pesadelos e sonhos muito vívidos em pessoas depressivas, fato que também contribui para a perda de sono à noite.

Insônia e depressão 

Pode não parecer, mas o processo de dormir é complexo, envolvendo fatores biológicos e comportamentais. Qualquer desequilíbrio entre esses fatores pode desencadear tanto a insônia quanto a depressão. Por isso, essas duas patologias estão interligadas. Desse modo, tanto a insônia pode gerar ou piorar os sintomas depressivos, quanto ela própria pode ser a evidência de que a pessoa está com depressão. 

Para que você possa ter uma avaliação correta e um diagnóstico bem feito, é fundamental procurar um médico especialista. Não deixe que a insônia e as noites mal dormidas te atrapalhem ou sejam âncoras de doenças, como a depressão.


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15 de agosto de 2019 Todos

Os estudos de transtornos mentais em crianças e adolescentes vêm crescendo ao longo dos anos. O Treatment of Adolescent Depression, disciplina norte americana sobre o assunto, revela a prevalência de depressão em várias faixas etárias. Por exemplo, crianças em idade pré-escolar (2 a 4 anos) apresentam taxa de 0,3%. Crianças de 5 a 10 anos, 2 a 3%, enquanto os adolescentes apresentam prevalência de 8%. Ou seja, a depressão se torna mais frequente com o passar dos anos.

Além disso, esse transtorno afeta de forma igual crianças de ambos os sexos, até os 10 anos. Por outro lado, em adolescentes, é 3 vezes mais comum no sexo feminino. Os sintomas, de forma geral, variam de acordo com o grau de desenvolvimento e amparo familiar. O diagnóstico é clínico e feito por um médico psiquiatra especializado nesse transtorno. 

Dentre os fatores de risco para desenvolvimento da depressão infantil, cita-se:

  • ocorrência de depressão em início prematuro em outros membros da família;
  • estressores ambientais: falecimento, separação, acidente;
  • coexistência de outras condições, como o TDAH.

Como a depressão infantil se apresenta?

Os sintomas estão muito correlacionados com a grau de desenvolvimento da infância. Mesmo assim, algumas características são comuns nessa faixa etária e nos adultos, como perda de interesse, angústia, alteração do sono e do apetite.  Outras manifestações também podem ocorrer em toda a faixa etária infantil e adolescente, como o medo de ir para a escola, apego excessivo aos pais. A seguir, detalha-se melhor de acordo com a idade.

Crianças até 5 anos

  • crianças consideradas tristes ou apáticas;
  • comumente, não conseguem elaborar verbalmente o que estão sentindo.

Crianças entre 5 e 10 anos

  • timidez excessiva;
  • queixas somáticas, como dor de cabeça e dor no estômago frequentes;
  • dificuldade de concentração.

Adolescentes

  • o humor irritável pode substituir um humor deprimido;
  • abuso de substâncias psicoativas;
  • promiscuidade sexual;
  • planejamento suicida.

Como obter ajuda?

Além da predisposição genética, fatores atuais, como bullying e exigência extrema de pais e professores, acarretam taxas cada vez maiores de depressão em crianças e adolescentes. Em adição, os transtornos depressivos são associados a dificuldades de relacionamento, desempenho escolar comprometido e autoestima sempre baixa. Por isso, a importância de se abordar a doença em estágios iniciais.

Em relação ao curso da doença, quanto mais precoce e sem tratamento, pior é o resultado. Novos episódios são mais frequentes, se a doença for grave. Contudo, os pais não devem se desesperar. O Treatment of Adolescent Depression, no mesmo estudo citado acima, mostra que as terapias atuais são bastante eficazes. Elas consistem no uso de medicação específica, como os antidepressivos da classe dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina, junto com terapia cognitivo-comportamental. 

Caso seu filho esteja com dificuldades ou você conheça outra criança com depressão infantil, busque ou sugira ajuda do médico psiquiatra. Não perca tempo em ajudá-los. 


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15 de agosto de 2019 Todos

A depressão ocorre quando a pessoa sente extrema tristeza, angústia e desânimo, associados às alterações de sono, apetite, pensamentos e atividade. Apesar de ainda ser carregada de estigma e preconceito, a depressão é descrita desde o início da história. Por exemplo, o conto de suicídio de Ajax na Ilíada de Homero, uma das obras de arte mais influentes do mundo antigo, já descrevia a depressão como uma doença de grande impacto na existência das pessoas. 

Ao longo da vida, cerca de 5 a 17% dos indivíduos terão transtorno depressivo maior. Sendo esse mais comum em mulheres e a partir dos 40 anos de idade. Se não tratado, pode haver crises cada vez piores e mais recorrentes, além de impactar todos que vivem ao redor. Entenda como essa doença se estabelece para, enfim, conseguir prevenir sua ocorrência. 

Quais são as causas da depressão?

Fatores biológicos

  • Circuitos neuronais apresentam importantes disfunções em indivíduos depressivos. Por exemplo, neurotransmissores de boas sensações, como serotonina e norepinefrina, estão em menor quantidade do que o normal. 
  • Hormônios de estresse, como o cortisol, estão em níveis muito maiores, perpetuando o ciclo de estresse ambiental (trabalho, trânsito) com a doença (depressão).
  • O sistema de outros eixos hormonais, como a tireoide, está desregulado.
  • Alterações do sono impactam diretamente no estado de humor, sendo a insônia correlacionada a estados depressivos. 

Fatores psicológicos e sociais

Diversas influências externas podem causar alterações do humor tão profundas que desencadeiam episódios depressivos. Por exemplo:

  • falecimentos, acidentes;
  • doenças graves, deficiência física;
  • abuso de drogas;
  • isolamento social;
  • falta de relacionamentos duradouros.

Como a atividade física interage com as causas da depressão?

O exercício, por si só, ativa vias que estão prejudicadas na depressão. Ele aumenta os níveis de neurotransmissores, como endorfina, que causa euforia e diminuição da dor física. Com mais serotonina no organismo, a pessoa sente satisfação e melhora o sono e o apetite ao mesmo tempo.

A atividade física também propicia que a pessoa se conecte com o presente, esquecendo o estresse advindo do trabalho, família e trânsito, por exemplo. Desse modo, deixa de pensar apenas nas coisas ruins e se distrai. Além disso, por meio da atividade física, as pessoas podem aumentar a autoestima, ter maior controle sobre o corpo e conhecer novas pessoas com interesse comum, sendo, também, uma atividade social. 

Prevenindo a depressão e se sentindo bem

Para prevenir a depressão, primeiramente, é necessário que o indivíduo se conheça bem e saiba identificar os possíveis fatores causadores. Em seguida, deve agir de modo preventivo. Por exemplo, se há alguma disfunção hormonal, é preciso ajustá-la com ajuda de um médico. 

Uma boa prática para prevenir diversos transtornos, dentre eles a depressão, é a atividade física regular. Para isso, é fundamental que o exercício seja agradável, previsível, com boa frequência e não competitivo. Aconselha-se que seja aeróbico, por melhorar enfaticamente a circulação de oxigênio no cérebro. A duração deve ser de 40 minutos, pelo menos 3 vezes por semana.

A fim de ser bem orientado e alcançar todos os benefícios da atividade física, incluindo a prevenção da depressão, procure um especialista para uma consulta.


Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
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