Todos / Dra Aline Rangel


15 de junho de 2019 Todos

O transtorno de ansiedade social, ou fobia social, é um distúrbio caracterizado pelo desconforto e medo incontrolável de uma ou várias ocasiões sociais. A pessoa pode apresentar dificuldades em apresentar um trabalho em público ou comer na frente de outras pessoas, por exemplo, por medo de ser julgada ou de que as pessoas notem suas fraquezas.

A doença é considerada frequente na população brasileira, sendo o terceiro transtorno mental mais recorrente e o primeiro transtorno de ansiedade mais comum.

Esse desconforto provoca uma ansiedade incontrolável e pode interferir no desempenho profissional ou pessoal do paciente, o que pode acarretar em outros problemas psicológicos, como depressão grave ou agorafobia, medo de permanecer em locais abertos, fechados ou ficar em meio a multidões.

As causas dessa ansiedade social podem estar relacionadas a diversos fatores, mas, sabe-se que ao contrário de outras condições de saúde, a fobia social está mais ligada a causas externas do que genéticas. Os principais fatores de risco para desenvolvimento da doença são:

  • Histórico social: pacientes com histórico de doenças de ansiedade na família tendem a ser mais propensos ao desenvolvimento do distúrbio;
  • Experiências negativas: crianças e adolescentes que sofrem com bullying, rejeição ou qualquer tipo de humilhação tendem a desenvolver distúrbios de ansiedade social;
  • Acontecimentos traumáticos, conflitos familiares ou abusos também podem desencadear a doença;
  • Timidez: crianças e adolescentes mais tímidas e retraídas são mais propensas a desenvolver o transtorno, uma vez que possuem mais dificuldade de enfrentar novas situações;
  • Apresentações e novas amizades: conhecer novas pessoas e fazer um discurso em público também podem desencadear o transtorno em algumas pessoas;
  • Aparência: pessoas com deformidade facial ou em outras partes do corpo, gagueira e outras doenças visíveis também tendem a desenvolver a ansiedade social.

Os principais sintomas dos pacientes com fobia social são:

  • batimento cardíaco acelerado;
  • dor no estômago ou náuseas;
  • tontura ou vertigem; confusão;
  • diarreia;
  • tensão muscular;
  • transpiração excessiva;
  • sensação que a garganta está travada ou dificuldade em engolir;
  • esquecer o que ia falar momentaneamente;
  • vontade exagerada de ir ao banheiro.

Pessoas com fobia social também tendem a ser muito pessimistas, esperando sempre o pior – principalmente de situações sociais.

Diagnóstico e tratamento da fobia social

Não existe um exame que possa detectar o transtorno de ansiedade social. O diagnóstico é feito com base na conversa com o paciente e familiares. Normalmente, um diagnóstico completo só é feito depois de seis meses de apresentação dos sintomas.

O tratamento é feito com a ajuda de medicamentos e terapia. Além de ajudar o paciente a descobrir os gatilhos que levam às crises de ansiedade, o tratamento ajuda a ultrapassar as barreiras de modo que a pessoa não se sinta tão preocupada com a possível opinião de outras pessoas.

A terapia também é importante para ajudar a afastar os pensamentos negativos que normalmente surgem na ansiedade social, fazendo com que a pessoa enxergue as coisas sem muitas preocupações, melhorando a qualidade de vida.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



15 de junho de 2019 Todos

Mentir para fugir de uma situação constrangedora, apesar de eticamente errado, é algo normal no comportamento humano. A situação começa a ficar diferente quando a pessoa passa a mentir sem nenhuma necessidade, apenas por hábito. O hábito se torna tão enraizado que passa a ser parte do cotidiano, quase como um vício. Mentir compulsivamente é uma doença conhecida como mitomania.

A mitomania é um distúrbio de personalidade onde o paciente possui uma tendência compulsiva e incontrolável pela mentira. Essa doença é também conhecida como mentira obsessivo-compulsiva. O paciente com mitomania mente compulsivamente, desde pequenas histórias “inofensivas” até contos mirabolantes, porém, extremamente detalhados. Além disso, na mitomania o paciente usa a mentira de forma consciente.

Não se sabe ao certo as causas para o desenvolvimento do transtorno. Pesquisas concluíram que envolvem fatores psicossociais, baixa autoestima e necessidade de autoafirmação, em uma tentativa de se proteger de situações constrangedoras.

Os principais sintomas de um paciente com mitomania são:

  • As histórias contadas não são inteiramente improváveis e contêm referências à realidade;
  • As aventuras imaginárias se manifestam em várias circunstâncias e de uma maneira crônica;
  • Em todas as histórias o mitomaníaco é o herói;
  • As histórias não são usadas para obter vantagem ou recompensa, trata-se do funcionamento psicológico, onde a pessoa apenas não consegue parar de mentir;
  • O mentiroso não sente arrependimento por não dizer a verdade e, se estiver conseguindo enganar as pessoas com suas mentiras, não expressará nenhum valor moral sobre isso.

Diagnóstico e tratamento da mitomania

Normalmente, são as pessoas ao redor do mitomaníaco que detectam a compulsão. Isso acontece porque o doente começa a mentir com mais frequência e mais intensidade do que seria o considerado “normal”. Como consequências, ele pode enfrentar exclusão social, ser afetado no trabalho e, até mesmo, perder o controle da vida financeira.

A terapia cognitiva é o tratamento mais adequado para o paciente mitomaníaco. As sessões de terapia ajudarão o paciente a refazer o caminho da mentira e reverter o funcionamento inadequado do cérebro, que já se acostumou a contar mentiras. Além disso, o profissional poderá analisar o histórico de vida do paciente e ajudar a descobrir quando o transtorno começou e o que pode ter desencadeado.

Juntos, médico e paciente poderão perceber os motivos que o fazem mentir, criar um repertório de enfrentamento, formas de tolerar a frustração, fortalecer a autoestima, compreender o funcionamento psicológico, desenvolver estratégias melhores em suas histórias e minimizar o comportamento de mentir.

O tratamento pode ser bastante complicado, principalmente porque muitos mentirosos compulsivos não se consideram doentes e acreditam que não precisam de ajuda profissional. Mas, é preciso insistir e ajudar o paciente na busca por um tratamento. O grande problema é que a mitomania não vai afetar somente o paciente. As consequências se estendem para relacionamentos familiares, amorosos e de amizade. Perde-se a confiança e o mitômano acaba até mesmo por ser afastado de todo o seu círculo social.

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15 de junho de 2019 Todos

A anorexia é um distúrbio alimentar caracterizado por uma restrição severa na ingestão de alimentos, na maioria das vezes, relacionado a sentimentos negativos em relação à imagem corporal. Infelizmente, ela pode acometer crianças desde o primeiro ano de vida e tende a ser mais forte quando os pais insistem que a criança coma e tornam o momento da alimentação estressante.

A anorexia infantil pode acometer meninos e meninas. Sua ocorrência está relacionada a diversos fatores, como histórico familiar de transtornos alimentares, baixa autoestima, perfeccionismo, medo de se tornar obeso, pressão por ser magra, transtornos do humor e ansiedade. Com o tempo, a anorexia pode ter sérias consequências, incluindo atrofia no crescimento, perda óssea, danos aos principais órgãos, como o coração e até a morte.

É importante que os pais e familiares estejam atentos aos primeiros sintomas da anorexia infantil, para que possam iniciar o tratamento o quanto antes. Os sinais são sutis e, na maioria das vezes, aparecem durante as refeições e no discurso da criança. É preciso estar atento a:

  • Obsessão com comida;
  • Limitação de alimentos ou certos grupos alimentares, mesmo quando eles são magros;
  • Vômito;
  • Negação do sentimento de fome;
  • Imagem corporal distorcida e um discurso de que é preciso emagrecer para ficar igual a coleguinha;
  • Preocupação excessiva com a perda de peso;
  • Alterações no peso, como aumento lento ou perda rápida;
  • Falta de menstruação ou atrasos no início destes;
  • Perda de cabelo ou crescimento de pelos finos no corpo;
  • Desmaios ou tonturas graves;
  • Constipação;
  • Fadiga.

Ao perceber esses sinais, é preciso buscar ajuda médica para iniciar o tratamento e promover uma melhora na qualidade de vida da criança. A infância é uma fase marcada pelo crescimento físico e pelo aprimoramento intelectual, em que os ossos crescem, o cérebro ganha massa, e o coração bombeia mais forte para alimentar essas mudanças.

Quando o aporte de calorias é reduzido drasticamente durante esses processos, o corpo fica mais suscetível a danos físicos e intelectuais, como osteoporose e problemas cognitivos. Por isso, pais devem ficar atentos aos primeiros sinais da doença.

Diagnóstico e tratamento da anorexia em crianças

O diagnóstico da anorexia em crianças é feito com base nas informações fornecidas pelos pais e em uma conversa com a criança, onde serão abordados os sintomas e histórico médico do paciente. Se necessário, o médico poderá solicitar alguns exames para avaliar a saúde do paciente.

Os principais exames são: exames de sangue, para detectar alterações em eletrólitos, vitaminas e outros nutrientes importantes; eletrocardiograma (ECG), para detectar qualquer efeito produzido no coração; teste de densidade óssea, para avaliar a saúde dos ossos da criança, especialmente meninas sem períodos menstruais.

O tratamento é feito com psicoterapia e reeducação dos hábitos alimentares da criança, processo que é lento e exige dedicação da família. Em casos de depressão ou ansiedade, pode ser indicado o uso de medicamentos, orientados pelo psiquiatra infantil.

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15 de junho de 2019 Todos

Reconhecido pela Organização Mundial de Saúde, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio no desenvolvimento, caracterizado pelo déficit de atenção, hiperatividade e impulsividade. O problema é resultado da má regulação do cérebro da criança.

A hereditariedade é a principal causa do transtorno, sendo predominante em meninos (80% dos casos). Outras condições que aumentam o risco de desenvolvimento do TDAH é o nascimento prematuro ou baixo peso do bebê. Há ainda alguns estudos que indicam deficiências vitamínicas na dieta, contaminação por chumbo, sofrimento fetal, ingestão de álcool na gravidez e deficiência hormonal do indivíduo são outras prováveis causas do TDAH.

Os principais sintomas da condição são inquietação, nervosismo e movimentos excessivos. As crianças estão sempre correndo, pulando e saltitando ao invés de andarem. O sono costuma ser agitado, falam muito e, mesmo dormindo, giram o corpo na cama, podendo tremer e balançar a perna para dormir. Todo esse comportamento excessivo, com frequência, é acompanhado de uma dificuldade de concentração e manutenção do foco para prestar atenção nas aulas, realizar as tarefas, ler, fazer os deveres de casa e até para brincar de forma calma e segura com os colegas.

Mas, é importante distinguir a verdadeira hiperatividade dos comportamentos ativos e impulsivos, exibidos por crianças que não apresentam a síndrome. Os sintomas são muito variados e o diagnóstico só pode ser feito por uma equipe médica e psicológica.

Como lidar com a criança hiperativa?

Na maioria das vezes, lidar com esse quadro pode ser bem desgastante, o que representa um grande desafio para pais de crianças com TDAH, ou qualquer pessoa que tenha que lidar com essa situação, como professores, cuidadores e familiares.

Após o diagnóstico médico, algumas atitudes e mudanças na rotina podem ajudar os pais a lidarem melhor com as crianças hiperativas.

1# Tenha paciência

É importante que os adultos tenham paciência para lidar com a criança hiperativa. A criança costuma ter esquecimentos, por isso, é importante ter cuidado na hora de explicar e delegar as tarefas.

2# Seja claro

Fale de forma clara, objetiva e verifique se a criança entendeu o que você disse. Como adulto, a responsabilidade de garantir a compreensão da informação é sua.

3# Tenha uma rotina clara

Mantenha uma rotina clara de regras e atividades. É importante para a criança hiperativa ter claro em sua mente todas as atividades que precisam ser realizadas. As regras devem ser sempre com finalidades ou objetivos a alcançar.

4# Seja compreensivo

Demonstre que você entende os erros da criança, mas, quando ela consegue realizar algo, elogie muito;

5# Mantenha-a ocupada

Se possível, inscreva-a em algumas atividades extracurriculares para que se sinta enquadrada e que a façam gastar energia e ficar cansada (artes marciais, atletismo, futebol, música, natação, etc). Além do gasto energético, atividades intensas contribuem para amenizar os sintomas do transtorno, como a inquietude. Algumas dessas atividades podem estimular bastante o desenvolvimento de disciplina;

6# Evite comparações

Em crianças hiperativas, as comparações não são nada saudáveis, uma vez que algumas atividades apresentam maior grau de dificuldade para indivíduos com TDAH do que para os que não possuem o transtorno.

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15 de junho de 2019 Todos

A Síndrome de Borderline ou Transtorno de Personalidade Borderline, ou Limítrofe, é um distúrbio mental caracterizado pela instabilidade emocional, oscilação de humor, comportamento impulsivo e inconstante, baixa autoestima e distorção da autoimagem.

Esse transtorno se manifesta mais em mulheres e pode se desenvolver em qualquer fase da vida. As principais causas para o aparecimento do transtorno são:

  • Predisposição genética;
  • Experiências traumáticas na infância ou em outras fases da vida;
  • Separação bruscas de entes queridos, seja por rompimento afetivo ou morte;
  • Bullying ou abuso psicológico ou sexual, em algum momento da existência do indivíduo;
  • Vivência de situações de terror e pânico, que deixaram marcas emocionais muito fortes e profundas;
  • Problemas neurológicos como uma disfunção cerebral em partes do cérebro que estão relacionada com as emoções, podem causar o surgimento desse transtorno.

O diagnóstico do transtorno Borderline não é uma tarefa simples, uma vez que outras condições psicológicas possuem sintomas semelhantes de ansiedade, psicose e intensidade de humor. Dessa forma, o diagnóstico deve ser realizado por um psiquiatra habilitado. O diagnóstico ocorre através de anamnese, processo que engloba entrevista sobre histórico familiar e clínico do paciente, além de avaliação psicológica, que pode incluir o preenchimento de questionários.

O psiquiatra é o profissional mais adequado para diagnosticar o quadro. Contudo, psicólogos e psicanalistas também podem ajudar ao longo do tratamento.

Como lidar com um paciente com Borderline?

A personalidade Borderline não tem cura, por isso, demanda atenção e tratamento constantes. Lidar com pessoas com esse tipo de transtorno de personalidade é complicado e exige paciência de toda a família. O primeiro passo é encaminhar a pessoa para o tratamento adequado, tanto psiquiátrico, quanto psicológico.

Junto com o tratamento psicológico, a família e os amigos têm um papel fundamental na rotina e dia a dia do paciente. Algumas mudanças de hábitos podem ajudar:

  • Ambiente familiar tranquilo: pacientes com transtorno Borderline têm dificuldade em tolerar estresse nos relacionamentos (rejeição, críticas, discordâncias) e podem, portanto, se beneficiar de um ambiente calmo em casa.
  • Mantenha uma rotina familiar: portadores do transtorno têm medo de solidão e rupturas em seus relacionamentos, uma simples viagem pode desencadear uma crise e o sentimento de abandono. Por isso, é importante manter uma rotina familiar, com contato constante com amigos e familiares, buscando reduzir o sentimento de rejeição e abandono.
  • Fique atento às falas e atitudes dos pacientes: ameaças de suicídio e automutilação devem ser encaradas com seriedade. Dê atenção à pessoa, converse e tenha um tempo só para ela, ajudando-a a entender seus sentimentos e angústias;
  • Incentive uma rotina saudável: além do tratamento psicoterápico e farmacológico, borderlines podem buscar alívio dos sintomas por meio de hábitos de vida saudável, como boa alimentação e prática de atividades físicas. Hobbies também são importantes, atividades que não são terapias, mas são terapêuticas.

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15 de junho de 2019 Todos

A dependência química se constitui num grave problema de saúde pública, com sérias consequências para os indivíduos envolvidos e para a sociedade como um todo. Pesquisas recentes mostram uma incidência de 13% entre a associação de doenças mentais com o uso abusivo de substâncias.

Além das questões sociais e psicológicas, o consumo prolongado de drogas pode provocar a exteriorização neural, que afeta a movimentação, as emoções, a cognição e o controle executivo. Tudo isso, em alguns casos, pode se desenvolver para transtornos mentais graves.

Os principais transtornos gerados pelo uso excessivo de drogas são:

  • Transtornos psicóticos: existem inúmeros tipos de psicoses ou transtornos psicóticos. A esquizofrenia é uma das psicopatias mais conhecidas que existem. Esses transtornos, levam a uma desordem da personalidade do paciente.
  • Transtornos bipolares: sua principal característica é a alternância, por vezes súbita, entre episódios de depressão e euforia, em que o nível de atividade e o humor estão perturbados.
  • Depressão: a depressão é um transtorno de humor que provoca um estado de melancolia, angústia, desânimo, ansiedade, falta de energia e motivação e até de apetite. Sua manifestação pode ser única ou recorrente, de intensidade leve, moderada ou grave e durar semanas, meses ou anos. Se os sintomas persistirem por um ano, ela passa a ser chamada de depressão crônica.
  • Ansiedade: a ansiedade é algo comum em todas as pessoas, mas de forma exagerada, pode causar sintomas físicos, como respiração ofegante, palpitações, frequência cardíaca aumentada, pressão arterial elevada, insônia, tensão muscular, sudorese, tremores dores de cabeça e aumento da motilidade intestinal.

Diagnóstico do uso dependente de drogas

A dependência química é um transtorno mental caracterizado por um grupo de sinais e sintomas decorrentes do uso de drogas. Esses sinais e sintomas são:

  • compulsão pelo uso da droga;
  • sintomas de abstinência;
  • necessidade de doses crescentes para atingir o mesmo efeito;
  • falta de controle sobre a quantidade do uso;
  • abandono de outras atividade e manutenção do uso, mesmo tendo prejuízos evidentes causados pela droga.

Três desses sintomas já são suficientes para se diagnosticar a dependência química.

Identificada a dependência, os critérios para diagnosticar um transtorno devido ao uso de substâncias estão divididos em quatro categorias:

  • A pessoa não consegue controlar o uso da substância.
  • A capacidade da pessoa de cumprir com suas obrigações sociais é prejudicada pelo uso da substância.
  • A pessoa usa a substância em situações fisicamente perigosas.
  • A pessoa mostra sinais físicos de uso e/ou dependência.

O tratamento para essas pessoas deve ser individualizado, de acordo com a patologia concreta e atendendo às circunstâncias sociais, ambientais e psicobiológicas que as levaram a consumir e manter o consumo.

É importante ressaltar, que o tratamento é multidisciplinar, envolvendo médico psiquiatra, psicólogo e outros profissionais dependendo de cada caso. O uso de medicação é de grande utilidade pois ajuda a conter a vontade de usar e a diminuir os sintomas de abstinência.

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15 de maio de 2019 Todos

Você já se sentiu rejeitado quando percebeu que alguém leu sua mensagem no whatsapp, mas não respondeu? Já ficou frustrado quando algum post em rede social não teve interação? Você fica ansioso quando percebe que vai ficar sem bateria no celular? Se você respondeu sim para essas perguntas, pode ser que você sofra de nomofobia.

A palavra parece estranha, mas significa algo muito incidente no mundo contemporâneo: o medo de ficar sem celular ou de ser impedido de usá-lo. Em outras palavras, é uma dependência digital.

Com o passar do tempo, o telefone celular perdeu sua função primária, a de fazer ligações, e alcançou o patamar de smartphone. O uso da internet no aparelho celular trouxe diversas comodidades, mas o uso desenfreado proporcionou um transtorno de dependência.

Uma pesquisa mostrou que 51% dos brasileiros ficam online durante todo o dia. As redes sociais ganham destaque: 58% dos usuários brasileiros gastam seu tempo online nelas, uma proporção maior do que em qualquer outro país.

O que pode causar a nomofobia?

Alguns estudos indicam que a dependência tecnológica está associada a transtornos de ansiedade, pânico, obsessão compulsiva e fobia social.

Uma pesquisa da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostra a dependência digital associada à sensação de prazer. Segundo o estudo, esse comportamento gera um mecanismo de recompensa no cérebro, que libera hormônios do prazer como dopamina, endorfina, ocitocina e serotonina. Redes sociais e jogos são grandes propulsores da sensação de recompensa.

O efeito da dependência digital pode ser comparado à dependência de substâncias como o cigarro e o álcool. Existem inúmeros relatos de pessoas que trocaram o vício do cigarro pelo vício digital. Por isso, pessoas com nomofobia apresentam sintomas semelhantes ao de usuários de drogas.

Sintomas

A pessoa portadora de nomofobia manifesta os seguintes sintomas:

  • usa o celular para se sentir melhor;
  • fica preocupada em perder mensagens e ligações quando o aparelho está longe;
  • acha difícil ter que ficar sem acessar o celular em situações e locais em que o uso não é permitido, como agência bancária e avião;
  • tem a produtividade afetada pelo uso do celular, seja na escola, em casa ou no trabalho;
  • não consegue ficar longe do celular, mesmo tendo coisas mais importantes para fazer;
  • recebe reclamação dos pais, amigos e cônjuge, pelo uso excessivo do celular.

Como combater

O autocontrole é a maneira mais eficaz de combater a dependência. Alguns exercícios podem fazer a pessoa a ficar um pouco mais longe do telefone celular.

  • Fique com o celular longe da cama;
  • não utilize o celular assim que acordar;
  • desative as notificações;
  • fique longe do celular, de preferência desligue-o, quando tiver algo importante para fazer;
  • tenha momentos prazerosos na companhia de amigos sem o uso do celular.

Atualmente, existem aplicativos e recursos do próprio aparelho com o objetivo de monitorar e restringir o uso.

A nomofobia é o mal do milênio. A tecnologia agregou desenvolvimento e proporcionou uma vida mais prática, mas também causou a dependência de milhões de pessoas. Crianças estão tendo acesso a smartfones cada vez mais novas e, com isso, tornando-se dependentes cada vez mais cedo.

A dependência digital pode parecer irrelevante, mas gera problemas comportamentais, como a falta de habilidade em relacionamentos e dificuldade em estabelecer vínculos, além de estar associada a transtornos como ansiedade e depressão.

 

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15 de maio de 2019 Todos

Estudar sob uma situação de estresse, gerado pela ansiedade, está longe de ser o ideal.

Batimentos cardíacos acelerados, hiperventilação, pressão sanguínea mais alta, suor, tensão, sensação de incapacidade, medo e preocupação exagerada fazem parte de um panorama em que mais da metade dos jovens brasileiros se encontram.

Um relatório produzido pelo Programa de Avaliação Internacional de Estudantes apontou que 56% dos estudantes, no Brasil, ficam estressados durante os estudos. Ainda segundo o relatório, ocupam o segundo lugar no ranking dos ansiosos, mesmo se preparando para uma prova.

Sintomas da ansiedade

Uma pessoa ansiosa pode apresentar sintomas como:

  • descontrole de pensamentos;
  • dificuldade de concentração;
  • insônia e distúrbios do sono;
  • irritabilidade;
  • medo incessante;
  • preocupação desproporcional ao tamanho do problema;
  • aperto ou dor no peito;
  • aumento da frequência cardíaca;
  • aumento do suor;
  • diarreia e dor de barriga;
  • falta de ar;
  • respiração ofegante.

Dicas para amenizar a ansiedade durante os estudos

1 – Organização

Estudar em um ambiente organizado é o primeiro passo. Quando estamos cercados por bagunça, o cérebro tende a perder o foco.

2 – Programação

Tenha um cronograma de estudos e se oriente por ele. Assim você conseguirá estudar todos os assuntos em ordem, sem esquecer de nada.

3 – Intervalo

Faça uma pausa a cada 50 minutos. Esse tempo será necessário para que o seu cérebro e seu corpo descanse e siga tranquilo para o próximo bloco de estudos

4 – Disciplina

Tente não procrastinar, algo muito comum entre os ansiosos. Assim que se sentar para estudar, comece de uma vez e pegue embalo. Deixe para dar aquela olhadinha no celular apenas durante o intervalo.

5 – Reconhecimento

Saiba reconhecer que você está ansioso. Esse é o primeiro passo para retomar o controle da situação e contornar o problema.

6 – Provas

Evite estudar no dia que antecede uma prova. Assim, além de relaxar o corpo, o cérebro não tem a impressão de que não está preparado o suficiente.

7 – Respiração

Quando sentir que está ficando preocupado ou estressado demais, controle a respiração. Respire fundo até sentir que os pulmões estão completamente cheios e solte devagar. Haverá mais oxigenação no cérebro, proporcionando mais calma.

8 – Pensamentos

Troque os pensamentos negativos, que estimulam o estresse e o medo, por pensamentos positivos, que trazem alegria e paz. Em vez de pensar nas possíveis consequências de uma nota baixa, por exemplo, pense no quanto será bom se tirar nota boa na prova.

9 – Ajuda

Se você estiver enfrentando dificuldade com alguma matéria, peça ajuda a um amigo ou ao professor. Não há nada de errado em admitir que está com problemas para entender alguma questão.

Uma situação de ansiedade está longe de ser ideal para o aprendizado, visto que falta de concentração e tensão são alguns dos sintomas. Quando um estudante está ansioso, não há horas de estudos que o façam aprender, pois o cérebro não consegue armazenar as informações, que ficam soltas. É importante manter a calma e tentar contornar a situação. Se os sintomas persistirem, o indicado é a ajuda profissional.

 

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15 de maio de 2019 Todos

A pressão sofrida para conseguir fazer tudo dar certo, ter um emprego, pagar as contas, escolher uma profissão é fator vigente no mundo atual. Quando a preocupação  e o medo excedem os limites e interferem nas situações básicas do cotidiano, a ansiedade deixa de ser um sentimento comum do ser humano e passa a ser considerada um transtorno.

Muito comum em países em desenvolvimento, essa disfunção está associada à situação econômica do país. O Brasil é líder no índice desse transtorno, atingindo 9,3% da população. As mulheres são maioria (7,7%), devido a um conjunto de fatores biológicos e sociais.

Sintomas da crise de ansiedade

Uma crise de ansiedade pode desencadear sintomas tanto mentais quanto físicos, como:

  • descontrole de pensamentos;
  • dificuldade de esquecer problemas;
  • dificuldade de concentração;
  • insônia e distúrbios do sono;
  • irritabilidade;
  • medo incessante;
  • preocupação desproporcional ao tamanho do problema;
  • sensação de que algo ruim vai acontecer;
  • agitação dos braços e pernas;
  • aperto ou dor no peito;
  • aumento da frequência cardíaca;
  • aumento do suor;
  • diarreia e dor de barriga;
  • falta de ar;
  • respiração ofegante;
  • sudorese nas mãos e pés;
  • tensão muscular;
  • tremor.

Como lidar com a crise de ansiedade

Durante uma crise é importante que a pessoa saiba como contornar a situação para que ela não piore. Para isso, existem algumas técnicas que ajudam.

1 – Respire fundo

Em momentos de crise, é provável que haja hiperventilação. É importante contornar esse sintoma, respirando profundamente. A respiração feita dessa maneira aumentará a oxigenação do cérebro e reduzirá o estresse. Esse procedimento deve ser feito até que a pessoa esteja mais tranquila.

2 – Feche os olhos

Além de auxiliar no processo de respiração, os olhos fechados ajudam na concentração e no bloqueio de estímulos externos.

3 – Relaxe os músculos

Durante uma crise, os músculos tendem a ficar tensos. Por isso, deve-se tentar relaxar cada grupo muscular por vez.

4 – Pratique o “pare e substitua”

Essa técnica consiste na troca de pensamentos negativos, que estimulam o estresse e o medo, por pensamentos positivos, que trazem alegria e paz. Ou seja, ao invés de pensar no que pode dar errado, mude o foco e pense no que pode dar certo.

5 – Reconheça seu problema

Reconhecer que você está em crise e analisar o medo são importantes fatores de ajuda nesses momentos. Pergunte-se: esse medo é real? Qual o motivo para eu estar com esse sentimento? Outra dica é tentar eliminar possibilidades, cortando da mente o “e se”.

6- Pratique atividades físicas

A prática de atividades físicas é um importante agente  na prevenção de crises. Exercícios físicos liberam endorfina, hormônio que proporciona bem estar, tranquilidade e felicidade.

7 – Concentre-se em algo que proporcione prazer

Atividades que distraem a mente ajudam a esquecer os problemas e medos. Tenha hobbies, faça artesanato, pintura, aula de música, dança, vá ao cinema. Vale tudo para ocupar a cabeça com coisas que trazem alegria e tiram o foco do que pode causar crises.

8 – Procure ajuda médica

Por último, mas não menos importante. A ansiedade, dependendo do seu grau, é um problema de saúde e que pode evoluir para patologias como depressão e pânico. O auxílio profissional atua como controle desse transtorno. Em alguns casos, inclusive, é indicado o uso de medicamentos. O profissional analisará a melhor forma de tratamento e fará o acompanhamento do caso.

 

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15 de abril de 2019 Todos

Também conhecida como disforia de gênero, a incongruência de gênero é definida como uma condição em que uma pessoa vive um conflito interno entre o gênero físico que apresenta e aquele com o qual se identifica.

Nem toda pessoa transgênero tem incongruência de gênero. Historicamente, os transexuais foram tratados como pessoas com transtorno mental, resultando, muitas vezes, em intimidação, assédio ou discriminação, que pode desencadear problemas de saúde mental que não são necessariamente inerentes ao fato de serem transgêneros.

A boa notícia é que, depois de 28 anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma nova edição da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), e, nela, a transexualidade, até então entendida como “transtorno de identidade de gênero”, deixa de ser uma “doença mental”. No entanto, continua incluída no catálogo como “incongruência de gênero”.

Diagnóstico de incongruência de gênero

É impossível prever se uma criança com sinais de desconformidade entre o sexo biológico e a identidade de gênero persistirá com esse problema na adolescência e na vida adulta. Pesquisas mostram que cerca de 90% das crianças voltam a ficar satisfeitas com o gênero biológico quando estão próximas da adolescência.

Por volta do 2º ano de vida, as crianças já conseguem se identificar como meninos ou meninas e apresentam brincadeiras relacionadas ao próprio gênero. Entre os 2 e os 3 anos, no entanto, é que tem início a construção da identidade de gênero que engloba aspectos emocionais, psíquicos, culturais e sociais. Entre os 6 e os 7 anos, as crianças passam a ter consciência do gênero delas. Porém, o diagnóstico preciso só pode ser dado na adolescência ou na vida adulta.

O diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar que inclui psicólogos, psiquiatras, educador, assistente social e até mesmo um cirurgião. Somente com a análise de todos os profissionais é possível ter um diagnóstico melhor.

Tratamento para a incongruência de gênero

Não existe um tratamento para a incongruência de gênero, mas, sim, uma ajuda para que a pessoa possa lidar melhor com os desafios a serem enfrentados no dia a dia. Nesse caso, o acompanhamento de psicólogo e psiquiatra é fundamental.

Além da psicoterapia, muitas pessoas optam por modificar a aparência física, de acordo com a forma como se sentem por dentro. Elas podem mudar a maneira como se vestem ou querer usar um nome diferente. Também podem tomar remédio ou fazer uma cirurgia para mudar a aparência.

Vale ressaltar que o apoio da família é fundamental. É na família que o paciente encontra o apoio em momentos de crise, quando precisa de ajuda, quando precisa desabafar ou simplesmente quando quer um carinho sem julgamento. A família é e sempre será importante no tratamento do paciente com incongruência de gênero.

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    Médica graduada na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro com Residência em Psiquiatria no Instituto de Psiquiatria Universidade Federal do Rio de Janeiro.


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