Todos / Dra Aline Rangel


8 de dezembro de 2018 Todos

Atualmente, existem diversos transtornos psiquiátricos que atingem grande parte da população mundial. Dentre eles, encontra-se a depressão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 16% das pessoas ao redor do mundo já sofreram com a doença em algum momento da vida, sendo que no Brasil cerca de 5,8% da população apresenta o quadro. Ainda de acordo com a OMS, trata-se da 4ª maior causa de incapacitação.

A doença ocorre devido a alterações que ocorrem nos processos químicos do cérebro, como a menor produção de serotonina, neurotransmissor diretamente ligado às sensações de bem-estar e prazer.

Mesmo que a doença atinja uma proporção maior de mulheres, qualquer pessoa em qualquer idade pode manifestá-la. Por isso, é necessário conhecer os principais sintomas do problema.

Principais sintomas da depressão

De maneira geral, os principais sintomas da doença incluem:

baixa autoestima;

desinteresse por atividades antes consideradas prazerosas;

  • ansiedade;
  • fraqueza;
  • irritação;
  • angústia;
  • insônia ou sono de pouca qualidade;
  • falta de apetite;
  • disfunções sexuais;
  • sensação de impotência diante de atividades rotineiras;
  • comportamentos compulsivos;
  • dificuldade de concentração;
  • pessimismo;
  • pensamentos sobre morte.

A manifestação dos sintomas varia conforme o paciente e conforme o estágio em que a doença se encontra. Além disso, existem alguns fatores de risco, como histórico familiar, traumas, pancadas na cabeça, uso de drogas lícitas e ilícitas, enxaqueca crônica, sedentarismo, excesso de peso, dentre outros.

Vale ressaltar que sentir-se deprimido em alguns momentos é uma experiência que todas as pessoas enfrentam em algum momento da vida. O problema é quando essa sensação se torna persistente. Nesse caso, pode caracterizar uma doença de fato. Assim, é necessário buscar ajuda o quanto antes, uma vez que existem diversas opções de tratamento disponíveis.

Tratamentos disponíveis para a depressão

O tratamento adequado para tratar a doença varia muito conforme o paciente, uma vez que os fatores de risco e as causas influenciam de maneira determinante na manifestação da patologia. Além disso, pessoas que experimentaram um episódio de depressão podem apresentá-la novamente, daí a importância do acompanhamento.

Normalmente, é realizado um tratamento que inclui diversos profissionais da saúde e diferentes métodos de cura. A psiquiatra atua na linha de frente, fazendo o diagnóstico da doença e verificando se é necessário prescrever algum medicamento que vise equilibrar novamente o quadro químico e atua nas questões emocionais desse transtorno como um psicoterapeuta também.

Já o psicólogo realiza a psicoterapia, responsável por investigar os episódios que podem desencadear a doença naquele paciente, trabalhar esses sintomas em conjunto com o indivíduo e reduzir a intensidade desses sinais.

Como a depressão também apresenta danos físicos, como a inflamação do organismo e o enfraquecimento do sistema imunológico, outros profissionais podem fazer parte do tratamento do paciente.

Sabe-se que abordagens integrativas (como acupuntura, yoga, etc) são fundamentais para a mudança da qualidade de vida de quem sofre com a depressão.

 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!

 



8 de dezembro de 2018 Todos

A estimulação magnética transcraniana é um procedimento bastante simples e pouco invasivo, que pode ser utilizado no tratamento de várias doenças, inclusive as psiquiátricas.

A técnica existe desde o ano de 1975, mas no Brasil tem aprovação para uso e comprovação de resultados benéficos para os pacientes desde 2006.

Consiste na aplicação de uma corrente eletromagnética em determinada parte do cérebro, com o intuito de estimular ou inibir pequenas partes do cérebro. Para depressão, por exemplo, é usada uma frequência de estímulo, enquanto que, dor crônica, a área e frequência usasdas das ondas eletromagnéticas atua de outra forma.

Como funciona a estimulação magnética transcraniana no tratamento de doenças psiquiátricas?

O uso da estimulação magnética transcraniana no tratamento de depressão, ansiedade, esquizofrenia e outras doenças psiquiátricas é recomendado quando as demais opções para tratar as doenças não vêm obtendo os resultados esperados.

Além disso, o procedimento pode ser feito sem a necessidade de o paciente deixar de usar os medicamentos que já estava tomando anteriormente.

Esse tipo de estimulação funciona da maneira descrita  seguir.

  1. Realização de exames

O paciente que tem interesse em fazer esse tratamento ou recebe essa opção do psiquiatra que o atende deverá passar por uma bateria de exames para determinar que parte do cérebro irá receber a corrente eletromagnética e se esta irá atuar como estimulante ou inibidora.

Apenas o local definido do cérebro receberá a estimulação magnética. É durante a realização de exames que o médico irá determinar a quantidade de sessões necessárias inicialmente.

  1. Uso de touca de borracha

Uma touca de borracha é colocada na cabeça do paciente que irá passar pelo procedimento. Nela estão marcados o ponto para onde a onda eletromagnética será direcionada, ou seja, o local do cérebro que precisa receber o tratamento.

Essa touca é de uso único, sendo descartada após cada sessão. É determinada, então, a intensidade correta da corrente eletromagnética, pois essa varia de pessoa para pessoa. Para isso, é feito um teste em que o médico mede e marca o limiar motor do paciente.

O procedimento é indolor e, durante a medição do limiar motor, escuta-se um pequeno clique.

  1. Liberação de ondas eletromagnéticas

O aparelho utilizado durante o tratamento é colocado próximo à cabeça do paciente, com a frequência já devidamente ajustada. Ocorre a liberação de ondas eletromagnéticas que conseguem atravessar a caixa craniana e atuam no ponto do cérebro que não está em equilíbrio.

Durante o procedimento, é proibido usar ou estar portando qualquer aparelho eletrônico ou metais, como relógios, celulares, anéis, brincos e colares.

Benefícios do tratamento

Para pessoas que sofrem com problemas psiquiátricos, o uso da estimulação magnética transcraniana traz uma série de benefícios, como:

  • ausência quase completa de efeitos colaterais;
  • resposta mais rápida ao tratamento (principalmente quando os remédios são utilizados em conjunto);
  • procedimento não invasivo.

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29 de novembro de 2018 Todos

Surgida no começo da década de 1980, a aids foi uma doença sobre a qual diversos tabus e preconceitos foram sendo construídos. Ainda hoje, mesmo com toda a informação disponível e sabendo-se que ela pode afetar qualquer pessoa em qualquer idade e de qualquer orientação sexual, a patologia ainda é associada com libertinagem e irresponsabilidade.

Felizmente, hoje existem tratamentos que permitem aos pacientes viver muito tempo e com a maior qualidade de vida possível. No entanto, justamente por ainda ser uma doença-tabu, o tratamento dela deve ir além dos medicamentos, sendo que a psicoterapia exerce um papel fundamental.

Psicoterapia e diagnóstico

O momento do diagnóstico é decisivo para o paciente infectado pelo HIV, pois gera uma série de emoções e sentimentos com os quais é necessário lidar. Sensação de culpa, desespero pelo desconhecimento, medo da reação de amigos e familiares e enfrentamento de preconceito são apenas alguns deles.

Assim, o papel do psicoterapeuta é, juntamente do paciente, elaborar um sentido para o diagnóstico, fazendo com que a pessoa entenda que não se trata de uma sentença de morte e que, apesar de ter que mudar o estilo de vida, ela não será limitada pela infecção.

Aids e acompanhamento psicoterápico

Passado o choque inicial do diagnóstico, a terapia continua a ser necessária para que a pessoa consiga lidar com situações que surgem no dia a dia, pois, como a infecção pelo HIV está se tornando uma doença crônica com o avanço dos tratamentos, as questões são as mesmas de uma pessoa com a perspectiva de muitos anos de vida pela frente.

Além disso, em alguns momentos da vida, a pessoa pode enfrentar as complicações da aids, doença causada pelo vírus HIV e que pode desencadear outras séries de condições de saúde.

A manifestação da doença pode gerar muitas reações, dentre elas, a não adesão ao tratamento prescrito e mesmo a depressão, uma vez que estudos demonstram que a incidência dessa doença psíquica é maior entre pessoas infectadas pelo HIV, tanto por fatores emocionais quanto pelo uso de medicamentos antirretrovirais.

Dentre os principais aspectos psicológicos desses pacientes, estão ansiedade, redução da autoestima, imagem negativa do próprio corpo, medo, rejeição a contatos sociais e a exposição de partes do corpo. Vale ressaltar que esses sintomas variam de acordo com cada pessoa, nem todos eles estarão presentes em todos os indivíduos.

Dessa maneira, mesmo que haja especificidades que devam ser levadas em conta no atendimento a pacientes portadores de HIV, o profissional responsável pelo acompanhamento psíquico irá atuar como o faz com qualquer pessoa: trabalhando os medos e angústias típicas daqueles que procuram psicoterapia.

Quando o tratamento da aids é feito de forma multidisciplinar, o enfrentamento da doença se torna mais fácil!

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29 de novembro de 2018 Todos

A prevenção tem ganhado cada vez mais destaque nas diferentes especialidades médicas, pois já está provado que esse caminho é melhor para as pessoas, que não precisam se submeter a tratamentos, e para os sistemas de saúde, por representar menor custo. No entanto, mesmo que algumas condições não possam ser evitadas, é possível utilizar métodos que um dia foram chamados de alternativos de tratamento, evitando exclusivamente o emprego de medicamentos. Hoje o que era “alternativo” tem sido reconhecido cientificamente como”efetivo”.Esse é o caso do mindfulness na psiquiatria.

Trata-se de uma tradição budista com mais de 2.500 anos de história e, na tradução do inglês, significa “consciência” sobre o que ocorre interna e externamente às pessoas, “atenção” aos pensamentos, ao invés da supressão dos mesmos, e “recordação” da importância de estar sempre consciente.

Assim, o método pode ser considerado como uma espécie de meditação, mas no lugar de se focar no esvaziamento da mente, prega que é necessário deixar todos os pensamentos fluírem livremente, sem dar atenção a nenhum deles.

Mindfulness e psiquiatria

Para entender qual a relação entre a especialidade médica e o método de meditação, é necessário antes conhecer as motivações das doenças mentais.

De acordo com diversos especialistas, uma das principais causas das doenças mentais é a chamada ruminação, ou seja, o julgamento excessivo de todas as ações que o indivíduo toma. Assim, com o passar do tempo, essa ruminação sobre as ações cria um círculo vicioso, no qual os pensamentos ruminativos se realimentam, provocando o adoecimento.

Por mais que pareça algo abstrato, hoje se sabe que diversas condições psiquiátricas, a exemplo da ansiedade, estão diretamente ligadas a falhas neurais no córtex posterior, e há indícios de que essa técnica é capaz de desativar essa área do cérebro.

Assim, na verdade, a relação entre as duas coisas é bem simples: por meio de uma abordagem que considera diversos níveis, a técnica de meditação em questão é capaz de exercer influência na rede neural.

Benefícios

Com as mudanças provocadas na rede neural, hoje se sabe que o mindfulness é uma excelente técnica para que as pessoas aprendam a gerir os estresses físico e psicológico, fazendo com que eles tenham impactos significativamente menores sobre o indivíduo. Além disso, também é capaz de promover maior flexibilidade de comportamento diante de situações consideradas como adversas devido a experiências prévias.

Pesquisa realizada pelo pesquisador Judson Brewer, do Yale School of Medicine Department of Psychiatry, demonstra diversos benefícios que a técnica de meditação apresenta no tratamento de patologias como depressão e ansiedade, no uso de substâncias lícitas e ilícitas e na mudança de hábitos, extremamente difícil de ser feita, mas decisiva para o tratamento de diversos transtornos.

Outros benefícios da técnica consistem na redução da taxa de reincidência da depressão, de comportamento impulsivo, de autolesões e de pensamentos suicidas.

Assim, mesmo que ainda haja muitos estudos dedicados a comprovar cientificamente os benefícios do mindfulness, é possível afirmar que a técnica possui um grande número de pontos positivos em relação aos transtornos psiquiátricos.

 

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29 de novembro de 2018 Todos

As alterações de humor fazem parte das emoções do ser humano, mas, quando elas se tornam acentuadas, podem ser sintomas de transtorno bipolar. O paciente pode ir muito rápido da mania à depressão e causar danos nas relações interpessoais e profissionais, além de o quadro piorar com o tempo caso não seja feito um tratamento.

Muitas vezes o paciente não percebe as alterações repentinas. Seu estado pode variar de uma euforia súbita, com prejuízo do senso crítico e da capacidade de avaliar as situações, até chegar à depressão profunda e ao isolamento. Isso tudo sem um motivo aparente.

O que é o transtorno bipolar?

O transtorno bipolar, também conhecido como maníaco depressivo, é caracterizado por estados de intensa animação, chamada de mania ou hipomania, e podendo alternar com depressão. É possível que, junto ao problema, também surjam outros transtornos mentais, como psicose, síndromes de ansiedade e pânico.

As mudanças não ficam apenas no humor. Elas também influenciam comportamento, pensamentos, energia e emoções. Mais que bom ou mau humor comum, os ciclos da doença podem durar horas, dias, semanas e até meses de acordo com o grau, sendo capazes de interferir no dia a dia do paciente. Esse transtorno está presente em 4% da população mundial adulta, e o número de pessoas diagnosticadas só aumenta no Brasil.

Na fase da mania ou da hipomania, denominada de acordo com a gravidade, o paciente tem um comportamento energético, ativo, entusiasmado, com muita alegria e que pode chegar à irritação. Dentre os riscos dessa fase, estão as decisões sem reflexão, que podem causar grandes prejuízos para si e para as pessoas ao redor. Ações impulsivas e inconsequentes também são um grande risco ao paciente.

Já na fase depressiva, o indivíduo apresenta desinteresse pelo que lhe provoca prazer, humor deprimido, falta de energia, alteração do sono e do apetite, pensamento mais lento, isolamento gradual, que pode culminar em desinteresse pela vida e até mesmo no suicídio.

As alterações de humor não apresentam uma lógica, fazendo com que não haja previsibilidade no próximo estado emocional do paciente. As causas para que uma pessoa adquira o transtorno bipolar ainda não foram elucidadas e podem ser hereditárias. Em geral começam a se manifestar na adolescência, mas não é uma regra, e muitas pessoas também podem apresentar os primeiros sintomas na vida adulta.

Tratamentos

O maior problema dessa condição ocorre quando ele é mal diagnosticado ou negligenciado tanto pelo médico quanto pela sociedade. A falta de cuidado adequado pode gerar grande sofrimento ao paciente, mas, se ele tiver a atenção necessária, pode ter uma vida normal e com qualidade.

Como esse problema também pode surgir junto a outras doenças, o tratamento precisa verificar se há comorbidades (duas ou mais doenças que aparecem de forma simultânea). Não há cura total do problema, mas é possível manter um bom controle sobre a doença através de medicamentos e psicoterapia. O ambiente de convivência do paciente também é fundamental para que ele possa ter melhoras ou pioras.

Estabilizantes de humor, antidepressivos, antipsicóticos e tranquilizantes são os tipos de medicamentos receitados, de acordo com a apresentação da doença. Mesmo quando há uma melhora do quadro, o transtorno bipolar é crônico, e  o paciente precisa manter a medicação sempre, para evitar que os sintomas retornem com mais intensidade.

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29 de novembro de 2018 Todos

Estima-se que quase metade da população mundial apresenta algum problema para dormir. São os chamados distúrbios do sono, que se dividem em mais cem tipos e quatro categorias principais: dificuldade de adormecer ou permanecer dormindo; problemas para permanecer acordado; problemas para manter uma rotina regular de sono e comportamentos incomuns durante o sono.

Já dá para imaginar a repercussão negativa a curto e longo prazo na vida das pessoas quando o sono, que também tem quatro fases, não ocorre de maneira normal!

Distúrbios do sono mais comuns

Insônia

Pode ser transitória, de curto prazo (durar até duas semanas ou três) ou crônica (longa duração). É desencadeada por fatores diversos: ambiente tumultuado (muito barulho, luz forte), consumo excessivo de cafeína, álcool, tabaco e outras drogas, desconforto físico, cochilos durante o dia, efeitos colaterais de medicamentos e presença de patologias, como depressão e ansiedade.

Sonolência excessiva

Permanecer acordado pode ser uma dificuldade e tanta para muita gente.  Essas pessoas podem ter os seguintes distúrbios: hipersônia idiopática (sem causa identificável); narcolepsia; apneia do sono central e obstrutiva; do movimento periódico dos membros e síndrome das pernas inquietas.

Sem rotina

Você já deve ter ouvido casos de pessoas que trabalham em escalas alternadas e apresentam problemas por não manterem rotina de sono e despertar consistentes. Esse comportamento mina o bem estar e prejudica muito a saúde. Mesmo dano é recorrente quando a pessoa dorme um número de horas diferente do que ela imagina ou em contextos de rápidas mudanças de fuso horário (síndrome do jet lag, tão comum na vida de viajantes).

Parassonia

São comportamentos anormais durante o sono, com incidência significativa entre as crianças. Sonambulismo e distúrbio comportamental do sono REM são exemplos.

Cuidando do sono

O psiquiatra é um dos profissionais responsáveis por tratar as alterações do sono, avaliando todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram, bem como o histórico médico – condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade.

Jamais tome remédio, faça ajustes ou interrompa o uso sem orientação médica. O psiquiatra saberá determinar a dosagem correta e a duração do tratamento. É essencial seguir essas orientações, atentando-se também às instruções descritas na bula.

Lembre-se!

Cuidar do sono requer alimentação saudável (prefira refeições leves à noite e faça-as no mínimo duas horas antes de deitar) e prática regular de exercícios físicos. Banho quente e outras atividades relaxantes também são benéficos. Música calma, leitura…

Vale salientar que embora se recomende dormir entre 7 e 8 horas por noite, somos seres de necessidades individuais. Alguns precisam de 9 horas, outros se contentam com 5. 

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30 de setembro de 2018 Todos

O transtorno de personalidade borderline é frequentemente confundido com o transtorno bipolar. Embora sejam distúrbios psíquicos diferentes, o fato de ambos apresentarem alguns sintomas similares acaba gerando dúvidas e confusão no diagnóstico.

A bipolaridade é um transtorno afetivo marcado por fases determinadas de mania e depressão, com períodos que oscilam humor normal e episódios de humor alterado. Já o transtorno de personalidade borderline é complexo e duradouro. Ele permeia toda a vida do indivíduo, com variações de intensidade. Em alguns momentos ele se manifesta de maneira mais forte do que em outros.

Quer conhecer esses dois transtornos mais a fundo? Leia o artigo e aprenda a identificá-los.

O que são esses transtornos?

O transtorno afetivo bipolar é um distúrbio psiquiátrico caracterizado por mudanças extremas no humor, que alternam crises de depressão e mania, indo do estado abatido ao eufórico sem nenhuma causa específica. Tal transtorno atinge cerca de 2% das pessoas no mundo inteiro.

O transtorno de personalidade borderline, por sua vez, é uma perturbação que leva os comportamentos ao limite, produzindo relacionamentos instáveis e atitudes arriscadas. Esse problema afeta 5,9% da população mundial.

Quais os sintomas dos dois?

Os transtornos são distintos, mas os sintomas são semelhantes. Em comum, eles apresentam manifestações como as mudanças no humor, carência afetiva excessiva, descontrole emocional, ansiedade, impulsividade, dificuldades de relacionamento, automutilação, choro, alterações do sono, comportamentos de risco, culpa, agressividade, irritabilidade, inquietação, compulsão, falta de moderação, tristeza e perda de interesse em atividades que antes davam prazer.

Quais as diferenças entre ambos?

Para começar, o transtorno bipolar é um transtorno mental, enquanto o borderline é um transtorno de personalidade. No transtorno bipolar, o humor varia em dias, semanas ou meses, normalmente seguindo ciclos. No transtorno de personalidade borderline, as variações ocorrem repentinamente, em um tempo menor, geralmente em segundos, minutos ou, no máximo, em horas.

Outra diferença é que a instabilidade emocional do transtorno de personalidade é mais recorrente, pois, até mesmo a pessoa com episódio misto do transtorno bipolar, que mescla rapidamente episódios de depressão profunda e euforia extrema, é menos inconstante do que alguém borderline.

Quem sofre com uma organização de personalidade borderline costuma não saber exatamente quem é ou o que quer, portanto, sua identidade é menos definida. O bipolar, embora apresente oscilações comportamentais e mudanças bruscas no estado de espírito, tende a apresentar uma identidade mais sólida.

São tratados da mesma forma?

Por serem transtornos diferentes, eles devem ser adequadamente diagnosticados para dar início a tratamentos específicos. No transtorno bipolar o uso de medicamentos pode beneficiar bastante o paciente.

Já no caso do transtorno de personalidade borderline, embora os fármacos possam surtir efeitos positivos, a psicoterapia é um tratamento mais eficaz e gera respostas melhores, sobretudo quando ambos estão associados.

Nos dois tipos de transtorno, a participação em grupos de apoio, sessões de terapia , terapia familiar e psicoeducação podem ser úteis para o controle, melhora e adequação dos sintomas e desenvolvimento de ferramentas para lidar melhor com os problemas.

Na prática clínica, em muitas circunstâncias é muito difícil separar um do outro e não é incomum uma organização de personalidade borderline em um individuo com transtorno bipolar.

Quer saber mais sobre transtornos de personalidade? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



30 de setembro de 2018 Todos

O médico lida diariamente com a saúde dos outros e o seu trabalho está diretamente relacionado com a manutenção da vida e do bem-estar. Teoricamente, eles deveriam ser os primeiros profissionais a cuidarem da própria integridade física e mental, mas por que será que, atualmente, a classe médica tem sofrido tanto com transtornos de ordem psíquica?

Os plantões exaustivos, a carga horária intensa, as pressões profissionais, as situações de estresse extremo, a perda de pacientes, a privação do sono, o sentimento de impotência, o medo de falhar, o ambiente hostil dos hospitais e as condições, muitas vezes precárias de trabalho, são algumas das causas de transtornos mentais entre médicos.

Incrivelmente, problemas como depressão, dependência química, ansiedade e síndrome de burnout são muito comuns na classe médica. Também são frequentes, os casos de suicídio entre esses profissionais. Só para ter ideia, a taxa de suicídio entre médicos é cinco vezes maior do que a população geral. Diante desse quadro, é importante adotar medidas para promover saúde, prevenir condições que geram adoecimento emocional e eventuais desfechos trágicos dessa condição. Veja a seguir como os médicos podem cuidar da própria saúde mental.

Fique atento aos sinais físicos e mentais

Sintomas psicológicos, somáticos e comportamentais decorrentes do estresse emocional crônico do médico podem aparecer, comprometendo assim a qualidade de vida e a atuação profissional.

O esgotamento físico, as alterações de humor, os atrasos constantes, o desleixo com a aparência e a saúde, agressividade, ausências no trabalho, isolamento social, pessimismo, baixa autoestima e dificuldade de concentração são sinais que indicam que algo está errado e é hora de intervir.

Outras manifestações que podem acontecer são as dores de cabeça, palpitação, sudorese, pressão alta, tensão muscular, insônia, problemas respiratórios e distúrbios gastrintestinais. Preste atenção a esses sintomas!

Busque auxílio psiquiátrico

Boa parte da sociedade rotula os médicos como heróis inabaláveis. É difícil pensar em um médico doente, mas esse profissional é um ser humano como qualquer outro e está sujeito a dores e feridas físicas e emocionais.

Nem sempre o médico consegue se cuidar e se curar sozinho. Em muitos casos, ele também precisa de ajuda para se tratar. É por isso que, ao perceber mudanças nos sentimentos, pensamentos e comportamentos, o médico deve buscar auxílio psiquiátrico.

Um bom especialista é capaz de diagnosticar o problema, ajudar o paciente a entender sua condição e encontrar o melhor tratamento para reverter a situação. Quando se trata de transtornos mentais, geralmente a intervenção pode incluir o uso de medicamentos e a realização de sessões de psicoterapia.

Não se isole

Não sofra sozinho! Médicos não são autossuficientes. Por mais que sejam profissionais sábios, experientes e preparados para cuidar do outro, nem sempre conseguem curar a si mesmos.

Quando há um transtorno mental, eles devem procurar não apenas com um colega psiquiatra, mas também devem buscar apoio na família e nos amigos. O isolamento só tende a agravar o problema.

Melhore a sua qualidade de vida

Não há saúde mental sem qualidade de vida. Nem só de trabalho vive o médico! Realmente, esse profissional está exposto a diversas condições desfavoráveis para a saúde mental, no entanto, é possível encontrar o equilíbrio e obter mais qualidade de vida, evitando assim problemas sérios, como por exemplo, a depressão, doença que atinge 1 em cada 4 médicos.

Para tanto, reserve um tempo para si mesmo, alimente-se adequadamente, pratique exercícios físicos, aproveite as folgas, durma bem, organize seus horários, evite dobrar plantões, tenha uma vida social ativa e não leve as preocupações do trabalho para casa.

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30 de setembro de 2018 Todos

A síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade caracterizado por inesperadas crises de medo, angústia intensa e desespero extremo. Há o temor exagerado de que algo ruim aconteça, ainda que não exista nenhum motivo ou sinal de perigo real.

Esse é um distúrbio mental que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, afeta mais de 280 milhões de pessoas no mundo inteiro. A boa notícia é que a síndrome do pânico pode ser tratada. Descubra a seguir quais são os principais sintomas, causas e tratamentos para esse problema.

Sintomas

Quem sofre com a síndrome do pânico tem crises agudas, recorrentes e inesperadas de medo. Essas crises acontecem sem aviso prévio e são marcadas pelo receio persistente de perder o controle e de ter novos ataques. Normalmente, o tempo de duração das crises varia de pessoa para pessoa, mas, de modo geral, dura no máximo 20 minutos. Em alguns casos, os sintomas permanecem por uma hora ou mais.

Entre as manifestações emocionais, psicológicas e físicas da síndrome do pânico estão a sensação de perigo iminente, medo de tragédias e da morte, batimentos cardíacos acelerados, sudorese, tremores, aperto no peito, falta de ar, hiperventilação, calafrios, ondas de calor, dores abdominais, náuseas, tontura, desmaios, dificuldade para engolir, etc.

Causas

As causas da síndrome do pânico não estão completamente esclarecidas, mas o que se sabe é que esse problema é multifatorial. Isso significa que um conjunto de fatores, que inclui genética, temperamento suscetível a situações de estresse e alterações no funcionamento cerebral estão relacionados ao surgimento do transtorno.

Determinados estudos científicos indicam que a resposta natural da mente e do corpo diante de situações de perigo real ou imaginário estão diretamente envolvidas nos episódios de crises de pânico. Doenças, morte, mudanças na rotina, estresse extremo, abuso sexual, assaltos, agressões físicas e outras experiências traumáticas aumentam as chances de desenvolver a síndrome.

Cumpre acrescentar que a síndrome do pânico afeta mais as mulheres do que os homens e as primeiras crises costumam acontecer entre o final da adolescência e início da vida adulta. Apesar disso, os ataques de pânico também podem acontecer eventualmente na infância ou na terceira idade.

Tratamentos

O primeiro passo para tratar a síndrome do pânico é buscar ajuda psiquiátrica. O especialista pode fazer o diagnóstico correto com base na análise dos sintomas, histórico do paciente, exames específicos e avaliação dos relatos. Com o diagnóstico fechado, um tratamento seguro e eficaz poderá ser iniciado.

O protocolo geralmente inclui o uso de medicamentos e a participação em sessões de psicoterapia. Esse tratamento tem o objetivo de amenizar os sintomas, controlar a síndrome e reduzir o número de crises de pânico, bem como, diminuir a intensidade das mesmas e melhorar as condições de saúde mental do paciente, ajudando-o a encontrar ferramentas para lidar com sua condição.

Quer saber mais sobre a síndrome do pânico? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



30 de setembro de 2018 Todos

A insônia é um distúrbio do sono caracterizado pela dificuldade de dormir ou permanecer dormindo. Trata-se de um problema bastante comum, que afeta cerca de 40% dos brasileiros.

Embora muitas pessoas encarem a insônia como algo normal e inofensivo, quando a pessoa dorme menos do que precisa, a privação do sono pode produzir efeitos danosos como mau humor, baixa concentração, dificuldades de raciocínio, queda na energia, descontrole no apetite, perda de equilíbrio, alterações na pele, prejuízos na produtividade, entre outras consequências nocivas.

Em vários casos, a insônia é um sintoma de que algo não vai bem e de que um problema mais sério está acontecendo. Descubra quando a insônia está relacionada a uma condição física ou mental mais grave.

Ansiedade

As preocupações excessivas com as pendências no trabalho, responsabilidades domésticas, mudanças de rotina e outras situações geradoras de ansiedade podem acabar tirando o seu sono.

Apesar de muitos indivíduos não darem importância à ansiedade, quando ela é excessiva e descontrolada, pode prejudicar – e muito – a saúde de modo geral, pois pode desencadear problemas seríssimos, como por exemplo, a dependência química.

Depressão

A depressão é um transtorno psiquiátrico grave, associado a um estado de profunda tristeza, melancolia e desânimo. Além disso, pessoas depressivas podem apresentar irritabilidade, agressividade e, até mesmo, comportamento suicida. Um dos sintomas de depressão é justamente a insônia. 

Problemas hormonais

O desequilíbrio hormonal é uma das causas de insônia. Os hormônios influenciam no sono, sobretudo no gênero feminino, já que as variações hormonais típicas do período menstrual e da menopausa podem interferir na capacidade de dormir. Além disso, desequilíbrios na produção de melatonina, cortisol, TSH, T4 livre, adrenalina, noradrenalina e GH também têm relação com a ocorrência de insônia.

Estresse

O trânsito caótico, o excesso de compromissos, as pressões profissionais, a sobrecarga de trabalho e os problemas de relacionamento são fatores estressantes, que podem comprometer a qualidade do sono do indivíduo, impedindo-o de dormir bem e ininterruptamente. Sendo assim, o estresse cotidiano é uma das causas de insônia.

Deficiência imunológica

A falta do sono de qualidade gera estresse intenso e isso aumenta a produção de adrenalina e cortisol, hormônios relacionados à tensão. Essas substâncias reduzem a ação do sistema imune e abrem espaço para infecções variadas, complicações digestivas e cardíacas. Além disso, dormir pouco influencia na eliminação de radicais livres, responsáveis pela prevenção do envelhecimento precoce e doenças crônicas. Em outras palavras, a insônia impacta nossas defesas corporais e está intimamente ligada ao bom funcionamento do sistema imunológico.

Condições médicas

Dores crônicas, problemas respiratórios, incontinência urinária ou fecal, artrite, câncer, doenças pulmonares, insuficiência cardíaca, refluxo gastroesofágico, distúrbios na tireoide, AVC, Alzheimer e Parkinson podem ser as causas da dificuldade para pegar no sono ou se manter dormindo.

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