Você provavelmente já ouviu falar sobre o Alzheimer. Trata-se de uma doença neurodegenerativa que prejudica progressivamente as funções cognitivas, reduz a capacidade de trabalho e interfere negativamente no convívio social, entre outros efeitos danosos à saúde, bem-estar e qualidade de vida.
Embora muito se fale sobre Alzheimer, o assunto ainda é cercado de inverdades, desconhecimento e mitos. Vamos desmitificar? Leia o artigo e descubra o que é verdade e o que é mentira sobre a doença.
1. O primeiro sintoma é a perda de memória
Mito. O esquecimento sintoma mais comum, porém, não é necessariamente o primeiro. Primeiramente o Alzheimer acomete a porção do cérebro responsável pela linguagem, raciocínio e, também, pela a memória. Por isso, é comum doença apresente outros sinais iniciais, como dificuldade para realizar tarefas cotidianas, alterações comportamentais, instabilidade emocional e baixa concentração.
2. Alzheimer não tem cura
Verdade. Infelizmente o Alzheimer é uma doença crônica e neurodegenerativa, que gera danos cognitivos progressivos e irreversíveis. Não há cura para a doença, mas existem tratamentos capazes de retardar a evolução, amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
3. O Alzheimer atinge apenas idosos
Mito. Embora atinja mais os idosos, é possível que pessoas abaixo dos 65 anos de idade apresentem Doença de Alzheimer de Início Precoce (Daip), uma condição caracterizada pelo declínio mais cedo das funções cognitivas. Os casos são raros, mas correspondem a 10% dos diagnósticos.
4. Existem remédios para o Alzheimer
Verdade. Atualmente existem medicamentos que minimizam os problemas comportamentais, comprometimentos cognitivos e distúrbios de humor provocados pela síndrome demencial. Entre eles estão os inibidores da cetilcolinestinesterase, indicados para tratar a enfermidade em grau leve a moderado.
5. A alimentação ajuda a prevenir a doença?
Verdade. Muitos são os possíveis fatores envolvidos no desenvolvimento do Alzheimer, mas já foi comprovado que alimentos ricos em ômega 3 ajudam na prevenção da doença. Ômega 3 é um ácido graxo encontrado em castanhas, nozes, óleos vegetais e alguns tipos de peixe. Essa substância diminui o acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro, ajudando assim a evitar o surgimento e a progressão da doença.
6. Jogos são benéficos no tratamento do Alzheimer
Verdade. Jogos como sudoku, palavras cruzadas, exercícios de lógica e jogos de tabuleiro ajudam a evitar o declínio cognitivo. Eles exercitam o cérebro, mantendo a cognição e o raciocínio ativos. Além disso, eles engajam as estruturas cerebrais e contribuem na organização e planejamento.
7. Alzheimer é uma doença exclusivamente neurológica
Mito. O Alzheimer pode ser considerado uma enfermidade neuropsiquiátrica, já que além de sintomas cognitivos, ele gera alterações comportamentais como agressividade, delírios, alucinações, paranoia, inquietação, irritabilidade, mudanças de personalidade, falta de moderação, distúrbios do sono, apatia, descontentamento geral, raiva, perda de interesse em atividades que antes davam prazer, isolamento social, tristeza, angústia, desesperança e falas sem sentido. Por conta disso, a condição não deve ser tratada somente pelo neurologista. A abordagem deve ser multidisciplinar e precisa incluir a participação de psiquiatra, terapeuta ocupacional, fisioterapeutas, preparadores físicos, enfermeiros, etc.
Quer saber mais sobre Alzheimer? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
psiquiatra em São Paulo!